quesia-loreto1623497321 Quesia Loreto

Maria Antonieta é uma garota desprovida de inteligência. No entanto, suas poucas habilidades escolares não a impedem de viver uma deliciosa comédia romântica com dois garotos que são o completo oposto: o popular, tipicamente clichê, e o considerado "nerd" da turma. Será realmente um triângulo amoroso que a aguardará nessa nova etapa colegial ou é coisa da cabeça dela?


Humor Todo público.

#humor #romance #colegial #escolar #comédia #comédiaromantica #trianguloamoroso
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O Bolo

_ Ei, Pirimquimba, não come meu pão nãoo. _ Eu disse para o meu irmão, estava chorando porque era o último pão.

_ Meu bem, eu fiz um bolo maravilhoso, por que você ainda não comeu? _ Minha mãe me pergunta e eu e meu irmão nos entreolhamos.

Ela era uma assassina. Qualquer um que se sujeitasse a comer aquele bolo estaria cometendo um suicídio.

_ Parece que eu estou atrasada para a aula, né. _ Pego minha mochila para fugir daquela casa.

_ Não! Eu não posso permitir que minha filha vá com fome! _ Minha mãe fala tão sério que eu não sei se eu estaria cometendo suicídio ao comer o bolo ou ao não obedecer ela.

_ Pode me dar um pedaço que eu vou comendo no caminho _ Sorrio sem graça.

_ Nem pensar! Onde já se viu andar comendo?

Ela me da o pedaço na mão e eu olho para ele, olho tanto que eu vejo ele olhando para mim. Meu irmão estava gravando a cena com seu pocket de 2010 e então eu fechei os olhos e mordi um pedaço.

Eu tinha 16 anos, estava no segundo ano do ensino médio. Já era uma adolescente formada e muito bonita, mas isso não me impediu de quebrar uma parte do meu dente ao morder aquele pedaço de concreto disfarçado de bolo e me atrasar por estar engasgada.

_ Gente, alguém ajuda ela? _ Minha mãe grita desesperada.

_ Meu Deus! O que aconteceu aqui? _ Meu pai corre para de desengasgar.

_ Fala galerinha do youtube, esse foi mais um desafio mortal do meu canal. Minha irmã vai ou não sobreviver? _ Aquele traste de 9 anos estava gravando a cena.

_ Socorro! Eu estou com dor de denteee!!!! _ Eu grito chorando, não aguentando mais essa humilhação.

_ Filha, o seu dente do meio está com a ponta quebrada. _ Meu pai olha estranhando. _ O que aconteceu?

_ Ah, meu amor, ela estava tão apressada que deu uma mordida muito forte no bolo. Se não estivesse tão ansiosa para o seu primeiro dia de aula isso não teria acontecido! _ Minha mãe explica.

O silêncio na casa reina. Meu pai olha para mim e para meu irmão e então abaixamos nossa cabeça. Todo mundo sabia das duvidosas habilidades culinárias da minha mãe, mas ninguém ousava falar nada, já que ela nunca sentia que suas refeições estavam com gosto de morte igual a gente sentia. Infelizmente, eu fui a cobaia para experimentar o bolo de concreto.

_ Bom, as vezes acontece, né? _ Meu pai continuava de cabeça baixa e sem graça.

_ Paai, como eu vou para a escola com um pedaço do dente quebrado? _ Eu falo chorando.

_ Filhinha! _ Minha mãe me abraça _ Não deixe ninguém estragar seu dia!

_ Tá bom, eu estou mais animada para ir! _ Sorrio para eles e meu irmão ri igual um demônio do meu dente quebrado.

_ Ah, minha filha, coloquei um pedaço de bolo em sua mochila para você lanchar na escola! Te amo! _ Minha mãe sorri.

Meu. Deus.

Saio de casa e caminho para a escola. Ninguém vai estragar o meu dia! Apenas a minha escoliose que estava se formando devido ao concreto de 18 toneladas que eu estava carregando, mas que minha mãe chamava de bolo.

Caminho na calçada e avisto um homem na rua que estava caminhando em minha direção. Meu Deus, eu tenho que desviar dele. Quando ele se aproxima quase batendo em mim, eu dou um passo para a direita, mas ele também dá para se desviar, então eu dou um passo para esquerda e, infelizmente, ele também da na mesma hora. Eu olho para ele e concluo que ele não vai mais desviar, então dou um passo para a direita novamente, porém ele também vai para a direita.

_ Ah, quer saber de uma coisa? Vamos dançar valsa logo. _ Puxo aquele homem para uma valsa, dando passos para a direita e esquerda no meio da calçada.

Me lembro que eu estou atrasada para a aula e largo as mãos dele.

_ Tchau. _ Continuo meu percurso até a bendita escola.

Ano novo, escola nova! Eu arrumo meus cabelo castanhos e alisados. Ninguém poderia estragar meu dia, se não fosse pelas nuvens do céu que se formaram e começaram a chover.

Meu Deus, por que tá chovendo se tem sol?

Corro pra dentro da escola com a minha chapinha estragada. Vou para o banheiro e faço um coque frouxo estilo blogueirinha, mas ele fica parecendo o de uma certa Marina aí.

Entro na sala de aula porque já estava atrasada, mas o professor me repreende:

_ E isso lá são horas de chegar na sala? _ Ele tinha um bigode parecido com Charles Chaplin.

_ Desculpe, me perdi no caminho. _ Eu não gostava de mentir, mas o bigode dele era muito esquisito. Deveria ser aula de história, pelo visto.

_ Me desculpe, aluna nova, mas você não vai poder entrar na minha aula com um atraso de 20 minutos não.

O pessoal começa a rir de mim, mas por que ninguém ri do bigode dele?

Eu me viro para sair da sala, mas um homem armado aparece, querendo tacar o terror.

_ Todo mundo para o chão, agora! _ O homem encapuzado ordena

Nossa, eu estava morrendo de medo.

As patricinhas da sala gritam desesperadas e os meninos choram igual um bezerro, tão forte que eu começo a sentir cheiro de xixi.

_ Eu vou matar todos aqueles que não me derem dinheiro!

Ferrou, né. Quando que pobre leva dinheiro pra escola pública? Parece que hoje é o meu dia de azar.

Eu abro minha mochila na esperança de ter pelo menos 10 centavos, mas acho uma preciosidade que poderá salvar a vida de todos: era o bolo da minha mãe! Ainda bem que ele vai ser útil para alguma coisa, né.

Pego o pedaço de bolo disfarçadamente, então miro na cabeça do cara e jogo. O bolo bate na sua testa e ele cai no chão, sofrendo um derrame cerebral. Mais tarde descobrimos que ele foi levado para o hospital mas não resistiu, teve morte encefálica.

_ Mocinha! Você é a nossa salvação! _ O professor grita e me abraça, pelo visto vou poder assistir a aula, obrigada, bolo de cimento!

Eu assisto a aula e vejo que ele não dava aula de história e sim de matemática. Quando acaba a aula, as meninas patricinhas ficam cochichando e falando mal de mim, eu ouço porque tenho um ouvido muito bom, mas tem uns meninos que vem falar comigo.

_ Nossa, você foi muito louca naquela hora! Eu curti demais você! _ diz um menino de boné, eu nem olhei muito não porque era muito feio.

_ Verdade, eu te curti muito hoje! _ diz outro menino que dessa vez eu levanto minha cara pra olhar. E olha que menino, hein! Ele era todo bem treinado de academia, tinha uma pele morena e um cabelo caramelo de grande cumprimento com uns cachos maravilhosos estilo surfista.

_ A gente pode trocar umas ideias ainda... _ Eu mostro meu sorriso encantador pra ele, mas outro menino aparece do nada pra falar comigo.

_ Ah, é você! _ Misericórdia, que menino feio! Ele era magricelo, usava um óculos quadrado maior que o próprio rosto, que deixava ele com cara de besouro, seu cabelo estava partido ao meio, parecendo com uma cara de nerd insuportável e sua pele era tão pálida e transparente que se eu forçasse demais conseguia ver o professor do outro lado alisando o bigode e indo embora.

_ Oxi, quem é você, doido? _ Pergunto pra ele dar no pé.

_ Eu tive a oportunidade de dançar com você hoje na rua. Me pareceu até uma cena cinematográfica produzida a fim de alcançar o clímax romântico de uma curta-metragem. Aliás, suas atitudes foram um tanto quanto imprudentes, visto que você poderia levar m indivíduo a óbito dentro do ambiente escolar, que visa alcançar um meio saudável para os de mais estudantes. _ Quando ele termina de falar e olha para cima ele percebe que eu já tinha vazado dali, óbvio.

O bonitinho tinha me chamado para fazer um tour pela escola e eu não perco tempo, né. Então sigo ele, mas acontece que o professor bigodudo aparece de novo.

_ Aí está você, Maria Antonieta, eu te levarei para casa. A polícia pediu para que você fique em segurança. _ O professor fala e seu bigode mexe.

_ Então tá.

No caminho para casa, eu percebo que o professor é legal, independente do seu bigode, é um homem muito sincero. Então quando a gente chega em casa eu convido ele para entrar.

_ Perdoe a intromissão! _ Ele fala para meus pais enquanto entra.

Minha mãe vê ele e fica muito contente, então vai para a cozinha e decide mostrar sua obra de arte.

_ Olhe o que eu fiz essa tarde, Carlos (Era o nome do professor)!

Meu professor para por um momento, mas logo comenta:

_ Nossa, que incrível! Eu sempre fui fascinado por tijolos e diferentes pinturas rupestres! _ Ele pega na obra de arte da minha mãe _ É esse estilo de pedra que você levou para a aula hoje?

Minha mãe para um momento e depois comenta:

_ É um rocambole.



8 de Mayo de 2022 a las 01:43 0 Reporte Insertar Seguir historia
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