olinuns Olive Nunes

"Os passos se afastaram consideravelmente. Provavelmente eram as crianças felizes por estarem de bermuda e camiseta novamente. Que se foda. Este foi meu último pensamento racional. Quando me dei por mim, Andreas estava entre a parede e meu corpo e dessa vez, nada impediu que o beijasse. Ne-m, nem mesmo ele me impediu. Talvez seja o melhor beijo que já recebi, roubei. Não sei. Os lábios dele são tão macios, o beijo é tão quente. Me permiti pensar minutos antes de me entregar totalmente até o final. Nós nos encaramos, ninguém dizia nada, nenhum de nós reagia. O que eu fiz? Foi meu último pensamento antes dele dar uma breve despedida. ─ Preciso ir, creio que você queira descansar. ─ Esper... ─ Tentei dizer, mas era tarde. Ele saiu correndo desesperado. E entrou no seu quarto, que para meu azar, (ou sorte), era bem ao lado do meu. Tenho um problema. E dessa vez, não é brincadeira." Romance escrito em parceria com Raphael Oliveira (@phaeltheo).


#7 en LGBT+ Sólo para mayores de 18.

#258 #principe #casamento #enemiestolovers #reino #fantasia
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~ANDREAS~


Eu queria morrer. Real e literalmente morrer. Meus pais, sentados na mesa de jantar, decidiam meu destino como se fosse uma transação comercial. O reino de Navir se encontrava há anos sustentando ao mesmo tempo que era sustentado por nosso reino e ambos os governantes decidiram que era hora de tornar essa aliança algo mais permanente, com um casamento entre as duas casas.


Mas para a minha completa tristeza, meu irmão mais velho e príncipe herdeiro, Murtagh, já era casado há cinco felizes anos com o amor de sua vida e, portanto, a mesma oportunidade não seria dada a mim. Nossos vizinhos me aceitaram como oferta de pretendente para sua princesa e herdeira e, tão logo os proclames fossem definidos, eu me casaria e me mudaria para o castelo de Navir, aquela construção imponente de pedra negra que sempre odiei.


E assim, estava muito feliz por ser o plano B de uma princesa fútil do outro lado da fronteira, num país gelado como o inferno onde eu definharia pelo resto dos meus dias como nada além de um príncipe consorte, um enfeite para que a princesa pudesse subir ao trono graças as leis sobre casamento e sucessão.


Ou a princesa herdeira arrumava um chaveiro para transformar em consorte antes de assumir o trono ou seu irmão mais novo assumiria o país, com o aniversário dela se aproximando e portanto sua coroação, os atuais reis deviam estar realmente desesperados.


O príncipe mais novo deve ser horrível para que estejam tão desesperados atrás de um marido pra mais velha.


Caminhei meio sem rumo pelo palácio, depois de um pedido de desculpas murmurado para meus pais e, de alguma forma fui parar no jardim. E, com a lua e as estrelas como companhia, me permiti um único suspiro cansado.


Como eu vou fazer herdeiros para o país é o grande questionamento do dia.

E não é como se meus pais não soubessem que eu sou gay. Mas, eles e os reis de Navir eram amigos há muitos anos, então estavam tão desesperados para ajudá-los que simplesmente não se importavam.


”Nada que um caso fora do casamento não resolva. Para vocês dois.” Tinha sido a resposta deles quando eu questionei.


Então tudo que me restava era esperar pelo meu casamento, uma sensação de impotência subindo pelo meu corpo.


Suspirei mais uma vez me levantando de vez antes que algum guarda aparecesse para me colocar pra dentro como se eu tivesse doze anos de novo. Olhei para o céu uma última vez, me perguntando o quão miserável seria minha vida a partir dali.


Mas que se foda esse inferno. Pensei indo em direção a vila próxima ao castelo, um copo de whisky não faria mal a ninguém.


Ou talvez dois. Penso com amargura tentando não tropeçar no caminho de paralelepípedos que levava para fora da minha casa.




~EROS~

─ Vocês só podem estar de brincadeira! ─ gritei meio a gargalhadas ─ É patético essa aliança que vocês querem fazer! ─ realmente era patético. Aquele reino de merda era patético. Se não fosse pela economia e laços comerciais e religiosos, eu mesmo declararia guerra a eles.


─ Eros, é uma amizade de séculos. Está na hora de uma aliança. E agora, sua irmã é a herdeira é a oportunidade perfeita. Ou prefere, você mesmo, se casar com o príncipe? ─ meu pai sabia mesmo como me deixar enjoado, aquele príncipe deve ser tão horrendo quanto ao castelo deles, uma arquitetura arcaica e ultrapassada de pedras cinzas e portões enormes de madeira de pinheiro. Me causava arrepios.


─ Que a Deusa me livre de me casar com qualquer um de Áquila. Pelo menos me diga, que Nora não vai se mudar para Áquila. Quero dizer, se casar com um herdeiro... Bem, deixa pra lá.─ apesar de todo mundo saber, adoraria usar o fato que o futuro marido de minha irmã é gay contra ela.


─ Não, ele se mudará para nossas terras. ─ desbravou papai, senhor meu rei, enquanto ajeitava as roupas antiquadas que o reinado exigia que ele usasse.


Saí gargalhando pelos corredores largos e silenciosos do castelo. Apesar de ser uma situação bem cômica, me preocupava com o futuro e felicidade de minha irmã Nora. Coisa que obviamente meus outros quatro irmãos, não fariam. Eder, Joanes, Matheus e Diego renunciaram ao trono ao entrarem para as forças militares do reino e se casarem com plebeias. Optaram ao amor ao reinado. Eu queria poder odiar meus irmãos, mas eles estavam felizes e com isso haviam tirado a minha liberdade e liberdade de Nora.


Acho que no fim, nenhum deles pensaram em mim ou em minha irmã afinal.


Porém, quando se é caçula, como é o caso de minha irmã e eu, não se tem muitas escolhas a nossa frente.

Maldita aliança. Ou minha irmã é infeliz ao lado de um homem gay, ou eu sou infeliz ao lado do meu possível inimigo.


Queria me certificar que seria tudo seguro para Nora e sua coroação. Apesar de odiar Áquila e Andreas, minha irmã e meu reino são minha prioridade no momento.


Minha cama era a única coisa que eu desejava agora. Arrancar essa camisa e aproveitar o calor do aquecedor. Nevava bastante lá fora.


Pensando bem, um chocolate quente com conhaque não faria mal a ninguém. Ou talvez dois.


Só queria esquecer tudo isso. Não era bem minha responsabilidade, não é?


Tirei a camisa e o karma apareceu como um tapa na minha cara. Todos os possíveis herdeiros do sexo masculino, recebiam uma tatuagem no braço. Três triângulos entrelaçados, representando a família, Navir e suas alianças e a religião.


Maldita marca. Me permiti soltar um suspiro de ódio e exaustão.


Navir é minha casa e minha responsabilidade a partir do momento que recebi aquela marca aos quinze anos. Eu precisava me certificar que não haveria nenhum golpe de Estado, nenhum atentado contra vida de meus Reis e minha irmã. Eu precisava de um plano.


─ Eros? ─ Nora invadiu meu quarto, parecia triste e desanimada. Antes que eu pudesse perguntar algo, ela se atirou na cama.


─ Irmão, é verdade o que dizem? Ele é gay?


─ Como eu poderia ter certeza?


─ Ah, você também é gay. Vocês se conhecem, ou não?


─ O que? Eu não sou gay.


Tá, apesar da minha bissexualidade ser composta por 90% homens, 8% qualquer ser e 2% mulheres. Era uma sexualidade valida, não é?


─ Arham. E eu sou a rainha da Inglaterra. Irmão, eu não quero me casar com ele. Se quer confio nele.


─ Eu vou me certificar de que você estará segura, minha irmã eu prometo.


Eu não tinha um plano, bem, na verdade tinha. Mas era tão surreal, que era loucura demais até para mim.


E se, eu for passar uma temporada no reino de Áquila? Eros, cala a boca. Você não vai. Fazer. Isso.


─ Eu tenho um plano, para te manter minimamente segura.

Buceta! Você tinha que ser superprotetor não é, seu gay!


Nora saltitou de alegria, saindo do quarto toda animada.


Eu arruinei minha vida. Certamente eu arruinei minha vida.

3 de Diciembre de 2021 a las 15:58 1 Reporte Insertar Seguir historia
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Jorge JL Jorge JL
Bom começo pra uma história que parece ser muito promissora, animado pra ler os próximos capítulos e descobrir mais sobre os personagens e suas relações.
January 25, 2022, 22:07
~

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