prushoto aslan whosft

Onde Midoriya, um jovem camponês, acaba conhecendo um príncipe um tanto egocêntrico e narcisista, que acaba o arrastando para uma missão arriscada cheia de mistérios e aventuras.


Fanfiction Anime/Manga Todo público.

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Piloto

O suave canto dos pássaros ecoavam logo cedo pela manhã, os raios solares gentis adentravam pelos buracos na janela e na telha e repousavam suavemente na pele de Midoriya, que não estava com vontade de acordar, mas sabia que hora ou outra teria que levantar e acabar por enfrentar mais uma vez um longo dia de trabalho braçal. Pelo calor do sol, já havia amanhecido fazia um tempinho, mas o esverdeado não sentia a mínima vontade de levantar.


— Izuku? Já estás acordado? — A voz de Inko ecoou no cômodo pequeno, ela não havia entrado totalmente no quarto, estava na entrada, olhando curiosamente para seu filho que fingia dormir. Com passos lento ela se aproximou e balançou o de sardas que se remexeu e fingiu ainda dormir — Sei que já acordastes, querido.


Involuntariamente o homem abriu um sorriso e deixou uma risada escapar de seus lábios, ele sentou na cama desconfortável e bocejou, seus olhos levaram minutos para se acostumar com a claridade que invadia seu quarto. Sua mãe o olhava ansiosamente, ela segurava um saquinho de pano que estava em um péssimo estado.


— Poderia ir ao reino e trazer-me alguns legumes, querido? — Sua mãe questionou suavemente, sua voz trazia uma certa calma e delicadeza, por mais que ela parecesse controlada, seus olhos demonstravam uma certa tristeza e preocupação. Aqueles olhos nunca haviam mudado, desde que Izuku começou a repará-los ele acabou por perceber que foram poucas as vezes que o rapaz pôde presenciar sua mãe totalmente feliz ou relaxada.


— Claro, irei trocar de roupas e logo partirei. Prometo voltar antes do anoitecer. — O camponês respondeu de uma forma lenta e arrastada, ele bocejou novamente e se espreguiçou, com calma levantou da cama e se encaminhou até o banheiro, onde fez suas higienes matinais e trocou-se, assim vestindo suas roupas diárias. Suas únicas roupas. Com passos largos ele voltou à sala da pequena casa e encontrou-se com sua mãe que já o aguardava na porta. Ela o entregou o saquinho com algumas poucas moedas dentro e sorriu de uma forma triste, mas encorajadora.


— Por favor, filho meu, tenha cuidado. — A mulher de cabelos longos disse de um modo soturno e juntou suas mãos como se estivesse fazendo uma prece. Izuku nada disse, ele sorriu e com a bênção de sua mãe saiu de casa.


Um caminho de terra o levava diretamente para a floresta. Pela quentura e posicionamento do sol, ele julgou ser por volta de umas oito ou nove horas do dia. Midoriya inalou o ar fresco e respirou pesadamente, ele reuniu forças e caminhou diretamente para a floresta.


Morar em meio a natureza possuía seus lados negativos e positivos, e um dos lados positivos era que ele sempre podia admirar as estrelas quando a noite caía e trazia consigo sua brisa gélida e gentil, o lado negativo era que ele sempre tinha que ir até o reino mais próximo para comprar mantimentos com o pouco dinheiro que recebia dos trabalhos que fazia no próprio reino. Essa era a pior parte dos seus dias. Lembrar daquele rei egoísta fazia seu estômago embrulhar. A família real adoraria matar os camponeses, só não faziam porque eram eles que produziam comida e ajudavam a aumentar seus lucros. Caso contrário, todos estariam sendo torturados lentamente na frente do Rei Enji e de diversos outros reis bárbaros.


Midoriya Izuku continuou caminhando entre as árvores enquanto prestava atenção em tudo ao seu redor, haviam diversos animais e seres místicos vivendo naquela imensa floresta, caso não fosse cuidadoso, acabaria morrendo bem antes de chegar no reino. O vento farfalhava as folhas nas árvores e passava uivando entre os ouvidos do menor que sentiu um arrepio em sua espinha assim que percebeu que o vento trazia consigo murmúrios incompreensíveis.


O camponês respirou fundo e caminhou na direção daqueles barulhos misteriosos, várias possibilidades invadiram a sua mente naquele momento. Seria um ladrão? Um monstro? Um ser místico da floresta?


Não.


Lentamente o esverdeado tocou no cabo de sua espada e a segurou firmemente, ele estava pronto para atacar, mesmo sabendo que nunca havia lutado com uma espada antes. Afinal, aquela espada nunca fora de sua propriedade, segundo sua mãe a arma pertencia ao seu cônjuge desaparecido — E Izuku levava aquela espada para todo o lugar, era uma forma dele se sentir perto do pai que nunca conheceu. Com as mãos trêmulas ele foi retirando a espada da bainha e se aproximando lentamente dos barulhos que cada vez mais ficavam mais próximos, caso o homem desse um passo errado, acabaria por chamar a atenção de seu inimigo.


— Maldição! Eu deveria tê-lo amarrado bem. Justo agora que eu estava tão perto…


Midoriya hesitou antes de se aproximar, era a voz de um homem comum, mas ele não sabia que tipo de homem aquele indivíduo era, talvez ele fosse alguém do mal.


Uma ansiedade o tomou e ele respirou fundo e colocou sua espada de volta na bainha. Com cautela segurou no tronco de uma árvore grande de carvalho e inclinou seu rosto para o lado, assim podendo ver a fisionomia do indivíduo ali presente, sem muitas expectativas ele rolou seus olhos pelo local e avistou um garoto alto que possuía cabelos de duas cores diferentes, um lado era vermelho e outro branco. Suas vestes recordavam o menor da realeza, provavelmente aquele homem fazia parte da burguesia do reino ou da família real.


O que era estranho, nobres não saíam do reino. O que ele estava fazendo ali?


— Olá? — O esverdeado falou em um tom alto, já com o intuito de atrair a atenção alheia para si, e isso foi um erro, já que o bicolor rapidamente retirou sua espada e mirou em sua direção.


— Quem é você?! — O outro homem vociferou, diferente de Izuku, o indivíduo segurava sua espada com destreza, ele mirava diretamente para seu oponente e parecia estar preparado para iniciar uma luta caso fosse preciso.


— Bem, meu nome é Midoriya, poderia me dizer o seu? — Deku manteve seu tom de voz mediano, ele recuou um passo e se manteve calmo, qualquer movimento brusco poderia dar a entender que ele estava desafiando o bicolor.


— Meu nome é Shouto Todoroki, filho de Enji Todoroki. Sou príncipe do reino de U.A — Ele respondeu, seu olhar estava afiado e ele não abaixou sua espada em momento algum. Midoriya pensou em quanto tempo mais demoraria para que o rapaz percebesse que não havia motivos para lutar.


— P-Príncipe? — O de sardas balbuciou e fez uma reverência para o homem que revirou seus olhos com aquele ato e abaixou sua espada — Majestade, diga-me, o que está fazendo aqui?


— Tsc, não é da sua conta, camponês. — Shouto replicou e guardou sua espada novamente na bainha, ele encheu suas bochechas de ar e tentou mostrar sua irritação.


— Estás perdido, minha majestade? Precisas de ajuda? — Midoriya perguntou cautelosamente e o nobre soprou uma mecha de seu cabelo que estava em seu rosto. Ele não respondeu aquela pergunta mas o menor teve uma noção de sua resposta. — Entendo. Bem, eu preciso continuar seguindo o meu caminho, boa sorte com sua viagem, majestade.


O homem de madeixas bicolores não respondeu, ele apenas deu às costas e marchou para longe do local. Izuku, por sua vez, retornou ao seu objetivo, ele voltou para o caminho que sempre percorria e deixou com que seu corpo entrasse em um estado de piloto automático. Seus pensamentos falaram mais alto e ele nem percebeu quando chegou no reino que estava movimentado por diversos outros súditos que estavam em um tipo de condição mais precária que a sua. Crianças choravam ou corriam de um lado para o outro, pessoas lutavam para venderem coisas e ganharem um pouco de dinheiro.


Midoriya Izuku caminhou pelo reino em busca de bons alimentos, foi demorado mas ele encontrou algumas coisas e aproveitou a bela vista que o local possuía. Ele sempre amou a natureza e vê-la sendo ocupada por casas era, de certa forma triste.


Quando começou a escurecer o portador de sardas saiu do reino e retornou pelo caminho no qual veio. A floresta parecia, de certa forma, sombria. Ele sabia que poderia encontrar perigos alarmantes ali, então acelerou o passo. A noite caía de uma forma lenta e os últimos raios solares brilhavam no céu que estava em uma explosão de cores em tons pastéis, parte dele possuía uma cor azul clara enquanto as nuvens alternavam entre terem uma coloração rosa ou roxa, mais ao fundo as nuvens estavam em um amarelo quase dourado e o sol já se escondia atrás das montanhas. Midoriya Izuku se sentia um tolo por sempre prestar atenção nas cores que tomavam os céus quando a noite estava prestes a chegar, para ele, aquilo era um show natural que esquentava o seu coração.


Ele continuou andando em um silêncio absoluto e evitou se distrair com coisas fúteis. Um cheiro peculiar entrou por suas narinas e chamou sua atenção, aquele cheiro não era normal.


Havia algo pegando fogo. O seu corpo travou. Poderia a floresta estar pegando fogo? Mas como? Talvez a Fera houvesse atacado novamente.


Com cautela ele seguiu aquele cheiro de queimado e evitou fazer barulhos chamativos. A escuridão tomava o local pouco a pouco e isso era preocupante. O cheiro de fumaça levou o menor até uma caverna que tinha suas paredes iluminadas por fogo. Midoriya trincou seu maxilar e com sua mão livre tocou na sua espada.


“É agora ou nunca”. Pensou.


Com destreza, tirou sua espada da bainha e se colocou na posição de ataque, seus passos cuidadosos ficaram rápidos e quando ele menos percebeu, já estava na entrada da caverna. O mesmo rapaz de mais cedo estava ali, sentado no chão, olhando fixamente para alguns galhos que queimavam e talvez estivessem servindo como uma fogueira.


— Hey — Midoriya chamou a atenção do outro que teve um sobressalto e o fuzilou com o olhar — Majestade, hã, você está perdido?


— Creio que isso não seja da sua conta, camponês. — Ele respondeu seriamente e forçou um sorriso nada amigável.


— Vamos lá, permita-me te ajudar. Por que estás aqui? — Izuku guardou sua espada e respirou pesadamente. — Eu posso tentar ajudar-te.


— Não hei de repetir. Isso não é de seu interesse. — O príncipe retrucou rispidamente e logo ficou quieto, sua barriga roncou alto e ele olhou novamente para as chamas que consumiam os galhos pouco a pouco.


— Estás com fome? — Deku questionou e observou o nobre assentir lentamente com sua cabeça. — O que achas de sairmos daqui e irmos para a minha casa? Podes passar a noite lá. Afinal, se eu fosse você, evitaria ficar sozinho na floresta por muito tempo.


O de sangue azul levantou e fitou o de sardas seriamente, seus olhos heterocromados pareciam estar estudando e captando cada detalhe do menor que se sentiu exposto.


— Caso eu faça isso, você finalmente irá deixar-me em paz? — Shouto questionou lentamente. O camponês assentiu e viu o outro suspirar pesadamente. — Entendo. Tudo bem, mostre-me o caminho, peregrino.


— Te asseguro que não sou um peregrino, minha majestade. — O esverdeado respondeu e o bicolor fez um estalo com sua língua.


— Não me chame de sua majestade, isso é irritante.


Izuku assentiu e gesticulou para que o homem o seguisse. Já havia anoitecido e tudo estava escuro e assustador, isso não o abalou. O camponês continuou caminhando entre as árvores e foi seguido pelo nobre que estava quieto. O único som presente ali era o cantar dos sapos nas lagoas próximas e dos grilos. Fora isso, a floresta estava quieta. Algo estava prestes a acontecer.


— Hey, você… o que estás procurando? — Deku questionou de uma forma monótona e olhou de relance para o outro rapaz que desviou seu olhar para um local qualquer.


— Meu pai me enviou para matar a besta que assombra nosso reino. De ano em ano, ele envia jovens guerreiros para dar um fim a besta, mas eles nunca retornam de suas viagens. — O príncipe falou seriamente.


— Se quiseres, eu posso te ajudar! Duas pessoas são melhores do que uma, não é? — O menor perguntou e ouviu a gargalhada amarga do outro.


— Pensarei em um plano para derrotar aquela besta maldita e libertar meu reino de seus tormentos. — O bicolor respondeu em um bom tom. Ele estava deixando bem claro que não precisava da ajuda de terceiros.


Midoriya, por sua vez, ficou em silêncio e rolou seus olhos pela floresta, o silêncio ali era perturbador, ele sabia que talvez o motivo fosse a chegada da noite, mas algo não estava certo. Ele sentia que não estava certo. Era como se seus instintos estivessem tentando informá-lo algo, mas o que era?


De longe o esverdeado avistou sua casa e acelerou o passo, o nobre continuou o seguindo até que ambos chegaram juntos na porta da frente que era feita de uma madeira lascada.


— Não é nada comparado ao castelo, mas aqui está. — O camponês falou e voltou o seu olhar para sua mãe que havia acabado de abrir a porta e estava parada na entrada, estática e boquiaberta. — Mãe, esse é o Príncipe Todoroki, ele se juntará a nós essa noite.


— A-ah… Majestade! — A mulher de cabelos longos fez uma reverência e o bicolor suspirou e balançou sua mão enquanto mostrava um olhar completamente desinteressado naquilo. — Por favor, entre. Izuku, você trouxe as coisas?


— Sim, mãe. Aqui estão — Ele sorriu gentil e entregou o saco com os alimentos para a mulher que retribuiu o sorriso e caminhou até a cozinha estreita.


O de sardas entrou na casa e fechou a porta atrás de si, o nobre olhava ao redor, talvez ele estivesse pensando em como preferia ter ficado na caverna onde estava.


— Onde irei dormir? — Sua voz saiu baixa e cautelosa, Midoriya abriu um sorriso, então suspirou pesadamente.


— Podes descansar na minha cama, não há problemas, eu durmo na sala. — Izuku respondeu.


O príncipe ficou em silêncio. Um som de algo quebrando se fez presente e o menor sentiu seu coração disparar, seus pêlos do braço e seus cabelos da nuca se eriçaram repentinamente, seus sentidos entraram em alerta e repentinamente ele se sentiu atordoado.


— Mãe? — O garoto chamou cuidadosamente e não obteve resposta, rapidamente ele caminhou até a cozinha e encontrou sua mãe que estava estática e mantinha seu olhar vidrado na janela que dava vista para a floresta. Midoriya engoliu em seco e novamente chamou pela mulher — Mãe?


— A floresta… está em chamas… — Sua voz falhou e o silêncio recaiu no aposento.


De fato, os sentidos de Izuku nunca falham.



29 de Junio de 2021 a las 13:04 0 Reporte Insertar Seguir historia
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