michaelbocadio Michael Melo Bocádio

Fernanda da Silva Clifford era mais que uma mulher, era um estilo de vida! Fernanda Clifford jovem empresária da rede de shoppings Betel. Mais uma estrela na constelação empresarial conhecida como o grupo Os Filhos da Fé. Fernanda Clifford cantora infantil e ex-modelo, mas ainda uma referência cultural para a sua geração. Fernanda Clifford, política. Nova liderança da direita brasileira em sua luta contra aquilo que ela chama de "ameaça comunista no Brasil". Mas, acima de tudo, Fernanda é a mais jovem revelação da Igreja dos Filhos de Deus, uma congregação religiosa fundada por seu pai o Pastor John Millard Clifford. Diante de tantas faces, quem realmente é Fernanda Clifford? Essa é a pergunta que todos se fazem, quando, numa noite chuvosa, seu corpo é encontrado sem vida num motel nos confins da Região Metropolitana de Fortaleza. O que ela estaria fazendo ali? Teria sido levada contra a sua vontade? Quais as circunstâncias de sua morte? Será que ela estaria ligada com a longa lista de inimigos que colecionou ao longo de sua vida? Essas são as perguntas que se faz o repórter investigativo Diógenes Sínope, quando começa a desconfiar que as investigações do caso estão influenciadas por homens poderosos e decide investigar por conta própria o passado de Fernanda em busca de uma pista para descobrir os motivos de sua morte. Mas, o que nem Diógenes, nem Fernanda, nem ninguém sabia, era que estavam todos sendo observados pelo Grande Irmão. Ele estava onisciente a todos os acontecimentos, direcionando os cordões invisíveis que manipulam as vidas de todos os envolvidos nesta trama de poder, intriga e medo!


Suspenso/Misterio Sólo para mayores de 21 (adultos).

#suspense #thriller #sociedade #policial
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SOBRE UNIVERSOS COMPARTILHADOS E OUTROS MUNDOS

Alguns personagens e acontecimentos narrados aqui foram mencionados na série literária Perdidas Numa Noite Suja, em especial em seu primeiro volume Festa de Halloween. Ambos são o que se pode chamar de “romances gêmeos” porque foram desenvolvidos praticamente na mesma época e compartilham alguns personagens comuns. Contudo, o fato de serem gêmeos, não quer dizer que a leitura de uma obra seja necessária para compreensão da outra e vice-versa. Podemos dizer que são gêmeos “bivitelinos” porque, apesar de ambos terem alguns personagens comuns, de se fazerem referência a alguns acontecimentos comuns, tratam-se, na verdade, de duas histórias independentes (tanto na forma quanto no conteúdo) onde a leitura de ambas pode ser feita separadamente sem prejuízo de compreensão da história.

Ao contrário do cinema, trazer histórias independentes compartilhando o mesmo universo ficcional, ou mesmo transpor personagens de uma história para outra, sem que esta seja necessariamente uma sequência uma prequel da anterior, não é uma novidade em literatura, mesmo na literatura brasileira. O personagem Quincas Borba, por exemplo, aparece em duas histórias independentes de Machado de Assis Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba; José de Alencar atribui o mesmo personagem fictício como narrador de três obras independentes Cinco Minutos (onde o narrador também aparece como personagem principal), A Viuvinha e O Guarani além de fazer seu protagonista Paulo de Lucíola, reaparecer como interlocutor para dar início a narrativa de Diva.

Contudo, as séries literárias ou o recurso de narrar aventuras diferentes do mesmo protagonista é uma tendência que está relacionada ao fato de hoje a arte literária está cada vez mais subordinada à dinâmica do mercado editorial sem que, muitas vezes, haja uma mediação artística por parte do escritor que passa a produzir diretamente tendo em vista as tendências deste mercado. Uma tendência que começou lá fora desde o século XIX e que no Brasil ganhou maior sistematicidade com a entrada dos livros digitais pela Internet.

Através dos últimos dois séculos, escritores e escritoras como Sir Arthur Conan Doyle, Agatha Christie, J.K. Rowling com seus Holmes, Hercule Poirot e Harry Potter, descobriram que recorrer aos mesmos personagens, seja em histórias sequenciais ou mesmo independentes, era uma ótima receita para ganhar dinheiro com literatura. Se formos para a literatura americana, aí perderemos as contas, já que vários dos escritores yankies são conhecidos muito mais por seus personagens mais recorrentes do que pelas histórias que estes protagonizam. Basta falar em Tom Clancy e Dan Brown, por exemplo, para imediatamente lembrarmos, respectivamente, de Jack Ryan, John Clark e Robert Langdon.

Contudo, a tradição de contar histórias sequenciais atendendo a critérios não apenas mercadológicos, como também a busca em acrescentar mais elementos de originalidade artística, trouxe também muitas experiências bem-sucedidas. Alguns dos casos mais felizes aonde a unidade do universo ficcional não prejudicou a independência das obras, nem a qualidade artística delas foram Tolkien com sua Terra-Média (a trilogia O Senhor dos Anéis, O Hobbit, Tom Bombadill e todas as histórias independentes que alimentaram a construção de seu mundo de fantasia) e Balzac em sua Comédia Humana uma síntese da França da primeira metade do século XIX, sobretudo nas décadas de 1820, 1830 e princípios de 1840. Eu poderia também mencionar aqui o trabalho do mestre da ficção científica Isaac Asimov em A Fundação, mas aí já nos alongaríamos demais.

Certamente, aqui no Brasil, ambição mais famosa e mais bem-sucedida (de crítica e de público) de realização de um universo ficcional orgânico em literatura brasileira foi a série O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo, embora o grande público conheça – por conta das duas adaptações globais, (a primeira para a T.V e a segunda para o cinema) – apenas a primeira parte dela.

Da minha parte, não alimento pretensão de fazer nenhum universo compartilhado. A ligação entre personagens comuns nestas duas histórias se justifica pelo fato de que ocorreu um caso raro onde duas narrativas diferentes dialogam entre si, algo que só me dei realmente conta quando as duas já estavam em processo de desenvolvimento. Se estes personagens, ou outros, poderão ou não reaparecer em obras futuras é algo do qual eu não faço ideia no momento.

Vejamos o que o futuro nos aguarda.

Michael Melo Bocádio

17 de Junio de 2021 a las 19:02 0 Reporte Insertar Seguir historia
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