red-sailor Amaterasu

Um garoto problemático acaba revirando a vida de Hinata logo após sua mudança para a casa de seu pai e, consequentemente, de escola. Sua mãe, diagnosticada com uma doença se tornou incapaz de cuidar dela, de sua irmã Hanabi e seu primo Neji, fatos que levaram ambos a se mudar para a casa de Hiashi. Com o início de uma nova vida, Hinata agora lida com o ensino médio em uma escola de "riquinhos", o que antigamente seria apenas um sonho distante. A jovem precisa aprender a sobreviver nesse ambiente parcialmente novo. Seu julgamento sobre as pessoas muda após conhecê-las melhor e ela entende que precisa conhecer a si mesma novamente.


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

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Começo

Gaara

Acordei tarde. Eu simplesmente estava com zero vontade de ir para a escola. Por sorte, meus pais se importam o mesmo tanto comigo. Ser o mais novo tem suas vantagens em certos momentos. Havia passado a madrugada em claro jogando videogame, então estava exausto.

Me levantei e fiz minha higiene cotidiana. Vesti uma bermuda preta e uma camiseta vermelha com alguns detalhes. Desci as escadas descalço. Ao passar por um espelho de parede, pude ver a gigantesca palidez que sou eu. Minhas olheiras como sempre se destacavam em meio a tanta falta de cor.

As férias de verão haviam terminado há uma semana e era evidente o fato de que eu tinha faltado ao encontro familiar na praia durante esse tempo. Meus pais viajaram com meus irmãos e avós para nossa casa praiana, mas eu resolvi ficar. Não me sentia acolhido de qualquer forma. O filho esquecido que eles sequer dão a mínima.

Meu café da manhã estava pronto. Delilah sempre deixava guardado com um protetor de metal nos dias em que eu faltava. Me sentei à mesa e descobri tudo. Comi lentamente pensando na vida. Sinceramente, eu parecia um zumbi: completamente sem vida.

Peguei meu carro da garagem. Eu tinha três, mas raramente usava os outros dois na cidade. Um eu usava para viagens, por ser uma Hilux; o outro só para eventos, por ser uma Lamborghini veneno; já o último era apenas uma BMW i8 prata que eu normalmente uso. Sim, só dois lugares para não correr o risco de eu virar o uber da galera todas as vezes. Na verdade, eram raros os momentos em que eu dava carona para alguém que não fosse mais uma das garotas que eu saio.

Novamente a vida de fanfarrão. Acho que é o maior clichê dos Estados Unidos da América, completamente reforçado por seriados e filmes adolescentes. É completamente comum ter um cara popular na escola por ter pais podres de ricos e não ter feito nada para merecer as coisas que eles dão; ainda por cima pegar todas as garotas na tentativa de suprir essa necessidade de se provar “incrível”.

Eu critico completamente isso, embora eu seja um desses caras. Honestamente eu amaria não ser, mas a sensação de ter o mundo em suas mãos dá uma energizada na espinha. É o famoso bônus que some em segundos e deixa enormes efeitos colaterais que te mantêm pensando que se sua vida não for cem por cento do tempo dessa forma, você é um total fracasso. Uma idiotice.

Liguei o som no máximo sem me preocupar com o resto do mundo. Saí do condomínio após acenar para o segurança. Todo o assunto da praia me deu uma vontade de dar uma olhada. Tive que dirigir por um bom tempo até chegar lá. Isso tudo para dar uma olhada rápida e retomar meu caminho para lugar nenhum.

Bati a porta do carro com leveza antes de ir direto para uma sorveteria no centro da cidade, umas quadras abaixo da minha escola. Tinha uma moça muito educada cuidando do lugar. É minha sorveteria favorita, apesar de ser pequena eles sempre cuidam bem de seus clientes. Às vezes a dona, uma senhora, vem para ajudar a filha, a moça adulta que geralmente trabalha sozinha. Raramente eu vejo um homem de cabelos castanhos, que julgo ser parte da família, dando uma mãozinha para as duas.

Pedi o de sempre e não demorei muito ali. Permaneci sentado apenas até o momento em que só restasse a casquinha e o sorvete contido dentro dela. Comi o restante dirigindo o carro. Parei para abastecer uma vez e continuei seguindo até o momento em que percebo meu celular vibrando no banco ao lado.

-Neji?

-Oi, Gaara. Lembra que eu prometi nunca mais te pedir ajuda?

Honestamente eu gosto muito de ajudar o Neji. Mesmo que ninguém o mantenha em um emprego por ele morar no lado mais perigoso do Bronx em Nova York, eu continuo tentando ajuda-lo a achar um novo, e até empresto uma grana – sem qualquer intuito de receber de volta. Eu uso o termo “emprestar” porque o faz se sentir menos pior com a situação.

-O que houve dessa vez, amigo?

-Podemos nos encontrar em uma lanchonete aqui perto?

-É claro.

Mudei a direção do carro até o local marcado. Era umas duas quadras após a saída do Bronx. Estacionei em uma lanchonete e me sentei. Pedi umas batatas fritas e duas latas de refrigerante. Mesmo que eu tivesse atravessado boa parte da cidade para chegar até ali, Neji ainda não estava lá. Comecei a me preocupar quando as batatas chegaram e nada dele, mas me acalmei quando o vi virando a esquina.

-Desculpa a demora. Eu tive um problema no emprego – justificou enquanto se sentava com um macacão todo sujo de graxa. Seu trabalho da vez era em uma oficina perto de seu apartamento.

-Tudo bem, sem pressa – respondi apontando para sua lata e as batatas.

-Eu não quero incomodar você de novo, Gaara, mas...

-Pode me dizer a quantia. Você sabe que eu não me importo em te ajudar, cara. Somos amigos e eu não espero nada em troca além da sua alegria e bem estar.

-Muito obrigado. Eu não sei o que seria de mim sem você.

Soltei uma risada e retirei minha carteira do bolso. Ele iria fazer as compras em um pequeno armazém em seu bairro, então não aceitou a carona que eu ofereci. Neji não queria que ninguém soubesse que ele tem um amigo podre de rico como eu, poderia ser perigoso.


Hinata


Eu terminei de ajudar Hanabi com o dever de casa. As roupas do varal já haviam sido estendidas e a louça estava limpinha. Finalmente um pouco de descanso antes de preparar o almoço. Este que eu não faço ideia de como será feito. Não tínhamos nem carne na geladeira. O almoço seria apenas salada. Até estaria tudo bem se não fosse o fato de que estávamos com muita fome e minha mãe precisa de comida suficiente para se manter de pé durante o trabalho. Sem falar que o Neji está quase se matando de trabalhar.

O pão já havia acabado e o dinheiro que tínhamos era pro aluguel. Sem moradia nós estaríamos indefesos contra bandidos. O Bronx não tem a maior taxa de criminalidade em Nova York, mas isso não significa que é um lugar seguro. Se ao menos meu pai ajudasse fazendo o mínimo que é pagar o aluguel.

Minha mãe havia se divorciado dele quando eu tinha apenas seis anos e minha irmã três meses. Ela trouxe Neji junto, pois seu pai havia falecido e ela jamais deixaria que ele fosse criado pelo tio. A grande Arika Hyuga teve o coração partido pelo homem que uma vez amou. Segundo ela, ele fez coisas piores do que apenas traí-la; mas essa parte da história eu jamais ouvi.

Dei uma lida em um dos livros que eu havia pego emprestado na escola. Estava no final. Após a leitura da última linha, ouvi barulho na porta da frente. Neji havia retornado. Mas ele estava com muitas sacolas de compras. Me pergunto se ele assaltou alguém para conseguir comprar tudo isso.

-Neji, onde conseguiu tudo isso?

-No mercado – debochou com um sorriso divertido.

-É sério, Neji. Você assaltou alguém?

-Eu te juro, Hina: eu não assaltei ninguém. Consegui tudo isso de maneira honesta, está bem?

Suspirei pesadamente. Eu estava apenas cansada. Fiz muita coisa na tentativa de ajudar em casa. Inclusive esse era o meu dever: permanecer em casa cuidando de tudo e da Hanabi enquanto Neji e minha mãe se matavam de trabalhar durante o dia.

Ajudei Neji a retirar tudo das sacolas e guardar em seus devidos lugares. Separei uma quantia suficiente para preparar o almoço e me pus a trabalhar novamente. Neji foi tomar um banho e descansar um pouco. Hanabi me ajudou com algumas coisas e organizou a mesa. Esperamos minha mãe chegar do trabalho para almoçarmos juntos.

-Oi, crianças. Que saudades! – Disse minha mãe quando chegou em casa e abraçou cada um de nós.

-Oi, mãe. Como foi o trabalho? – Indagou Hanabi.

-Ah... Foi ótimo, querida – mentiu.

Ela trabalha como advogada em uma pequena empresa que mal paga os funcionários. Infelizmente não podia pedir mais por isso, pois não havia realmente pego seu diploma de advocacia, já que abandonou tudo para se casar com meu pai.

Esperamos Arika tomar banho e depois almoçamos juntos. Após alguns minutos, todos começamos a nos preparar para ir à escola. Eu estava fazendo um rabo de cavalo em meu cabelo quando ouço um barulho de vaso quebrando na sala. Pensei que minha mãe tivesse apenas esbarrado em um, mas ouvi constantes sons de tosse e um estrondoso som de queda. Corri junto de Neji e Hanabi. Chegamos juntos quando vimos minha mãe caída. Embora não estivesse desmaiada, parecia muito fraca e sua mão estava suja de sangue, provavelmente da tosse. Pedaços de vaso azul estavam caídos do outro lado da mesinha que fica ao lado do sofá velho; no lado contrário de onde minha mãe estava caída.

-Neji, chama uma ambulância – gritei antes de pegar minha mãe nos braços e virá-la para cima.

Não tinha força suficiente para levantá-la e a depositar no sofá, mas conseguia segurá-la de modo que sua cabeça ficasse alta. Hanabi estava desesperada. Pedi que pegasse um copo de água e ela o fez, trazendo em seguida em passos rápidos. Minha mãe bebeu sedenta e esperamos a ambulância chegar.

Paramédicos levaram-na em uma maca. Eu fui junto enquanto Neji abraçava Hanabi que chorava.

Neji

Abracei Hanabi enquanto Hinata descia com os paramédicos. Pedi um táxi assim que possível. Já era o que havia sobrado do dinheiro que Gaara me emprestou. Chegamos meia hora depois que elas haviam saído do apartamento. Entrei segurando a mãozinha de Hanabi, mas disseram que minha tia havia sido transferida para um hospital diferente. Tive que gastar mais da metade do dinheiro que eu havia ganhado esse mês para chegar até o novo hospital.

-Hinata, o que houve? Por que mudaram de hospital? – Indaguei indo de encontro ao abraço de minha prima, ainda sem soltar a mão de Hanabi que se juntou a nós.

-Disseram que não tinha como tratar ela lá. Estava lotado e o hospital mais próximo era esse. La estava tossindo muito, Neji. Estou preocupada.

-Entendo. Eu também estou. Mas vai ficar tudo bem, eu tenho certeza disso.

-Senhorita Hyuga?

Me virei junto com Hinata. Era uma mulher loira com o cabelo preso dos dois lados. Ela deu um sorrisinho reconfortante para nós.

-Sou Tsunade Senju, a médica chefe deste hospital. A saúde de sua mãe está em risco, como você pode perceber. Ela está com tuberculose...

-O quê? O que é isso? – Indagou Hinata atônita.

-Não se preocupe. Ela é uma doença comum, é infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões. Ela é transmitida de uma pessoa a outra pelo ar, ou seja, durante o tratamento só poderão ir vê-la usando uma máscara.O tratamento se feito adequadamente dura apenas seis meses. Precisamos que façam exames para checarmos se está tudo bem e notificaremos os colegas de trabalho dela para que também se atentem a isso.

-Está bem – respondi vendo que minha prima estava sem palavras.

-Posso ver que são menores de idade. Não posso deixar que fiquem sozinhos sem um adulto supervisor e sua mãe respondeu que é divorciada. Vocês têm alguém com quem ficar?

Pensei por um momento. Não era uma ideia que Hinata iria gostar, muito menos Arika, mas era o que tínhamos. Se ficássemos sozinhos sem algum responsável, por não sermos emancipados, seria considerado abandono ainda que fosse por motivos de saúde. Essa era a única saída.

-Sim. Nós temos com quem ficar – percebi o olhar surpreso de Hinata – conhece o empresário Hiashi Hyuga?

-Minha nossa... Me acompanhe até a recepção, lá tem um telefone que você pode usar caso precise.

-Sim, por favor...

6 de Junio de 2021 a las 19:57 0 Reporte Insertar Seguir historia
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