agustdeadtown 𝖋𝖎𝖛𝖊 𝖎𝖓 𝖗𝖔𝖒𝖆𝖓

❝Não haviam barreiras que destruíssem o que tínhamos, era o amor que eu sentia por eles que não me feria e que era saudável o suficiente para que eu fosse feliz❞. [BTS has space members | one shot | carta de despedida] ©2018 agustdeadtown


Fanfiction Bandas/Cantantes Todo público.

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único: GOODBYE

Quando conheci o Lua, ele era como um mar desconhecido e escuro, tinha sua luz própria, era de falar pouco, mas de bons concelhos e opiniões fortes. Parecia um pouco depressivo, até me contou em uma noite de lua crescente que tinha épocas onde ficava muito triste e naqueles momentos eu não deveria subir a colina a fim de encontrá-lo, pois ele não estaria ali para dividir prosa comigo.

Conversamos todas as noites. Subo a colina e me sento sob uma grande árvore que caiu em um temporal de verão, no fim do ano passado. O Lua sabe tudo sobre mim, e eu pouco sobre ele. A única coisa que eu sabia era que Lua, na verdade, era um garoto e que gostava de dormir bastante durante o dia e de ficar acordado de noite, por isso ele determinava as madrugadas para os nossos encontros. O Lua viu todo o meu crescimento da pré-adolescência até a minha atual fase, onde devo dar iniciativa ao meu relato.

Em uma noite de inverno, subi a colina como era o costume, a mochila pesando em minhas costas. Sentei sob o tronco da árvore, tirei a coberta e a garrafa de chocolate quente da mochila. O cumprimentei em um sussurro. Lua gostava de conversas calmas e em tons baixos. Perguntei um pouco sobre como foi seu descanso, antes de perguntar sobre as mudanças que ele havia notado em mim antes de uma perturbada fase da minha vida.

Ele me disse que eu era mais calma, ingenua e solidária, não me afetava tão fácil por opiniões e que eu tinha um jeito próprio que não sofria influências. Fiquei me questionando alto sobre suas palavras, estaria eu regredindo enquanto crescia?

Nossa conversa seguiu. Ele era como meu diário secreto, trocávamos segredos e nosso dia-a-dia com frequência. Mesmo que o dia do Lua fosse sempre muito parecido e monótono, eu gostava de como sua voz grossa e rouca soava gostosa de se ouvir em junção aos grilos da mata.

Ele tinha poucos amigos pelo que me contou uma vez, Sol, Estrela, Marte, Buraco Negro, Nuvem, e Meteoro. Todos eles eram amigos distantes, o Sol, era o garoto que Lua menos via por terem gostos diferentes e raramente se encontrarem.

Eu gostava de conversar com seus amigos também, principalmente o Sol, ele gostava de preservar a alegria, contava piadas engraçadas e sempre fazia caretas, dava gritos e pulinhos afim de me fazer rir.

Ele tinha opiniões assim como o do Lua: bem formadas e que zelavam o meu bem. Sentia-me como um de seus melhores amigos, acolhida. Contei a ele sobre o que nosso amigo havia me dito na noite passada, buscando uma segunda opinião. Sol concordou com Lua, dizendo-me que eu era alguém mais positivo antes de tudo acontecer.

Lua, Sol, Meteoro, Marte, Buraco Negro, Estrela e Nuvem eram como pessoas, homens e mulheres, que eu nunca iria amar, por não saber o que se trata o amor. Era comum ouvir todos definirem aquela palavra da mesma forma, meu amigos também não escapavam do básico, mas complementavam: "é um sentimento lindo, mas que por vezes irá te machucar mais do que lhe trará alegria"

Alguns anos depois eu entendi o que eles queriam me dizer, eu entendi o que era o amor. Não gostei de senti-lo, entretanto. Aquele tipo de amor fantasiado pelos seres humanos e descritos nos livros não poderia se igualar pelo amor que eu prezava pelos meus sete amigos e o que eu prezava por mim mesma.

Estava retornando a ser como os eles e principalmente como Lua e Sol. Nós gostávamos da calmaria e ao mesmo tempo dos momentos felizes que poderíamos nos proporcionar através de risadas e com coisas simples, como nossos encontros, fossem eles de madrugada junto do Lua ou no início da manhã com o Sol.

Também gostávamos do perigo e de músicas calmas e melodiosas, logicamente relacionadas ao nossos humores momentâneos.

Ainda sobre eles, Marte era calado, misterioso e alguém que tínhamos acabado de fazer amizade. Conversava pouco e conhecíamos quase nada sobre ele, às vezes falava sobre os assuntos aos quais falávamos, mas era muito tímido para tal, então apenas se juntava a conversa, ouvia quieto e atento a tudo.

Buraco Negro era muito sábio, se revoltava facilmente se visse um de nós brigando ou as coisas ficando errado em nossa amizade, mas enquanto houvesse algo que pudesse engolir, ele estava feliz. Contava piadas de velho por ter vivido à muito tempo antes de mim e do Nuvem que éramos os mais novos dali. E quando sentia fome, saia correndo de perto dos meninos com medo de comê-los também.

Nesses momentos eu costumava rir mentalmente. Buraco Negro era esfomeado e insaciável, mas seu humor era tão puro quanto o de Nuvem e Estrela.

Mar era muito calmo. Era esponsável como Buraco Negro, até mais que ele, apesar de ser mais novo que o outro. Era amigo próximo de todos nós, sendo o único elemento capaz de encontrar os demais em todo o momento. Eu cheguei a conversar com ele diretamente quando fui ao litoral no verão, tudo o que ouvia sobre ele fora esta estação era-me passado em conversas com os outro seis elementos da natureza.

Nuvem era brincalhão e atrevido, às vezes era sexy, exibindo os trovões que soltava, e outras vezes muito fofo, como um algodão doce. Ele era tão jovem quanto eu. Sol nos apresentou justamente por nossas idades próximas. Nuvem gostava de conversar sobre as coisas da imaginação, criando formas engraçadas no céu para contá-las. Ele quem me ajudava a escrever dissertações para as provas da escola, outras vezes me ajudava a escrever textos com música jazz.

Estrela também não era muito mais velho do que nós dois. Era muito iluminado e sempre procurava me ajudar nas noites frias em que eu estava pensativa demais. Juntava-se comigo e com o Lua, às vezes com os outros amigos para conversar sobre o mundo e suas belezas na colina ou no litoral. Era muito amoroso e conseguia puxar assuntos saudáveis ou memórias boas sobre nossa amizade.

Os sete costumavam dizer que consideravam-me sua dona. Sem eu por perto, não eram tão ligados e felizes, como se não tivessem vida, meros elementos. Não haviam barreiras que destruíssem o que tínhamos, era o amor que eu sentia por eles que não me feria e que era saudável o suficiente para que eu fosse feliz. Com eles eu era eu mesma, e seguindo o concelho deles que eu fui dando passos.

"Você era mais feliz sendo você mesma, não recebendo influências ou cicatrizes de quem você tem em sua volta hoje"

Iniciei me afastando de quem não me fazia bem, depois arranjei coisas para ocupar meu tempo e mente, junto com eles eu arranjei novas músicas para escutarmos de noite na colina. E eu abandonei tudo o que estava me ferindo e me deixando triste. A perturbada fase de minha vida ficou para trás quando eu segui meu caminho e deixei tudo aquilo para trás, inclusive amores e paixões não saudáveis.

5 de Junio de 2021 a las 23:31 1 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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𝖋𝖎𝖛𝖊 𝖎𝖓 𝖗𝖔𝖒𝖆𝖓 Escritor é aquele que coloca em palavras o sentimento de alguém. Não possuo capacidade de ao menos externizar os meus e vivo em constante bloqueio criativo, portanto não sou escritor, mas um indivíduo quebrado. Você também pode me encontrar na plataforma laranjinha, onde sou mais ativa, sob o mesmo usuário.

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YM Yasmin Maria
Sinceramente que lindo, eu amei de verdade 💜
June 13, 2022, 23:27
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