Anne passou a sua vida inteira dentro do palácio real.
Desde criança foi criada para liderar a Inglaterra e gostava disso, de verdade. A única parte que não conseguia concordar era por que sua mãe insistia que ela deveria se casar. Afinal, não era obrigatório estar casada para se tornar rainha, mas perdeu as contas de quantas vezes escutou da rainha que se ela estivesse casada, seria melhor.
Não entendia o motivo de sua mãe apoiar as regras antigas. Essa regra já havia sido mudada há uns anos e mesmo assim, sua mãe não concordava. Não que a rainha fosse uma mulher ruim, na verdade todos a amavam, inclusive Anne. Então, por esse motivo queria achar um marido e a deixar orgulhosa e talvez satisfeita, mas... Ninguém se encaixava em seus padrões que eram altos o bastante para ela não conseguir se relacionar com ninguém.
Existiam inúmeros pretendentes, mais do que ela imaginava. Mas todos já esperavam isso, a princesa é tão linda que sempre que ela aparecia na televisão as pessoas se perguntavam se ela realmente havia saído de um conto de fadas. Era uma pena que Anne não se enxergava assim.
Era aniversário de seu pai e Windsor estava em festa. Desta vez, decidiram mudar a tradição e além da carreata iriam fazer um baile á noite. Apenas para pessoas da realeza. Anne não estava nenhum pouco feliz com isso porque teria que escutar sua mãe a apresentando aos filhos das duquesas e ela definitivamente não estava interessada em nenhum deles.
Do outro lado da cidade, Alec desembarcava de seu vôo. Depois de quatro anos morando nos Estados Unidos, ele finalmente estava de volta para as terras inglesas. Sorriu ladino ao ver as pessoas do aeroporto o olhando enquanto caminhava preguiçosamente até seus pais. Todos o conheciam, afinal era o duque de Berkshire e sua reputação não era uma das melhores. Ele era sempre visto com mulheres, bebidas e drogas nas ruas de Reading, Ascot e Windsor. Por este motivo, seus pais optaram para o mandar para um internato bem longe dali.
Não é como se agora ele estivesse mudado e se esquecido de sua antiga vida. A verdade é que ele sentia falta do que vivia ali e mal podia esperar para matar a saudade. Abraçou apertado sua mãe e seu pai, e achou fofo a maneira que eles fingiam ter saudade.
Bom, mas de qualquer maneira... Era bom estar em casa novamente.
Ana
