yoonlay Lay 🎨

”Era primavera, as flores estavam por todas as partes, lírios, orquídeas, rosas, cactos, vitórias-régias, girassóis... Ah! Os girassóis, aqueles que são como um fantasma que se sente perdido quando não encontra as portas do paraíso aberta para eles, de todas as flores que Hathor podia gostar, o girassol era sua preferida, era a preferida de sua mãe também, mas como os girassóis que nasciam dentro dos limites daquele casarão, sua mãe apenas era uma memória de fantasma.” 500 anos de diferença, gerações e mais gerações rodando num mesmo mistério, porque os girassóis desaparecem quando alguém morre e só ressurgem quando um novo alguém surge.


Fanfiction Bandas/Cantantes No para niños menores de 13.

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Prólogo - 1595


A vida é um sopro do universo, as coisas vão, as coisas vêm, amores surgem e ressurgem ao longo dos anos, dos séculos e das eternidades, eternidades essas que não precisam ter um tempo finito ou infinito, talvez as coisas sejam mais complicadas do que realmente são, e por isso é completamente normal em muitos casos não ficarmos ao lado de quem amamos, foi assim que ele pensou, foi assim que ele sentiu, e foi a partir desse momento em que tudo mudou, antes mesmo de um olhar, antes mesmo da primeira troca de palavras, tudo teve início ali, em 1595, quando a amável Senhora Jeon apresenta seu mais novo para sua mais nova amiga, a Senhora Park.

Não teve um dia especial, não houve um momento em que os planetas se alinharam ou que os pássaros cantaram mais alto, ou que o tempo passou mais devagar, foi apenas uma manhã comum de verão, o dia estava lindo, e era como todos os dias daquela estação, cheio de vida e de cor, Jeon Jungkook era o filho da amada senhora Jeon, uma moça muito jovem que teve o garoto aos seus 18 anos, mas isso não a fazia uma mãe menos rigorosa, pelo contrário, ela sempre esperava o melhor do filho e sempre demonstrou muito orgulho do mesmo.

Naquela manhã, Jungkook estava sentado tomando seu café como habitualmente fazia todas as manhãs, ouvia a música que saía dos lábios de sua mãe, o garoto gostava daqueles momentos. Senhora Jeon sempre foi um talento na música, ficava o dia todo cantando e isso deixava tanto Jungkook quanto o senhor Jeon felizes, afinal, aquela era a mulher que ele havia escolhido para ser a que ficaria ao seu lado até seu último suspiro, Senhor Jeon era tão sonhador quanto o filho, acreditava no melhor de cada pessoa e não pensou duas vezes em se estabelecer em Busan, Seoul nos anos que já se passaram.

Era quase nove horas da manhã, quando a pequena campainha improvisada pelo patriarca da família anuncia que uma visita estava chegando, normalmente Senhora Jeon corria para atender as visitas, pelo menos aquelas que ela não sabia quem realmente era, mas naquele momento ela tinha conhecimento que era apenas a Senhora Park, sua vizinha e melhor amiga desde que chegara naquela pequena província.

— Bom dia, minha querida amiga, vejo que o pequeno Jungkook já não é tão pequeno assim.

E lá estava ela com seus cabelos loiros e liberando um lindo sorriso, Senhora Park era o tipo de mulher que cativava a todos não apenas pelo sorriso, mas por todo um jogo de contextos e histórias que ela tinha para contar em uma boa roda de conversa, ambas as mulheres se conheceram em um jantar beneficente e desde então são inseparáveis, Jisung e Jungkook não tinham a mesma idade, o filho da Senhora Park era alguns anos mais velho, e em todos esses anos em que eram amigas, ambos os garotos nunca foram apresentados oficialmente, o motivo?

Nem elas mesmas sabiam, apenas não tinham encontrado o momento certo, mas naquela manhã tudo parecia estar favorecendo esse encontro.

— Bom dia querida, Jungkook seja educado e dê bom dia para a Senhora Park, sim? - Minhee dizia olhando para o filho que agora sorria educadamente olhando para os dois pares de olhos que estavam em sua frente.

— Olá, eu sou Jeon Jungkook.

E ele deu seu melhor sorriso, seus dentinhos de coelho realçaram ainda mais suas feições, Jungkook era um garoto adorável, e assim como a mãe, ele não precisava fazer muita coisa para conquistar as pessoas. Ao lado de Park Chaehyung estava um garoto, loiro de olhos azuis, ele parecia tímido, e um pouco menor que Jeon, aos poucos o garoto foi dando alguns passos a frente e estendeu a mão.

— Eu sou Jisung, Park Jisung, é um prazer conhecê-lo Jungkook.

E foi a partir dessas poucas trocas de palavras que as coisas mudaram, Jisung e Jungkook se tornaram inseparáveis, assim como as mães, passavam a tarde toda juntos, viviam no lago que ficava um pouco próximo da casa de ambos, era ali que eles ficavam curtindo e falando de como eles não gostavam de muitas coisas, de como Barth fugia dos caras mais velhos e o jovem Jungkook sabia apenas rir e dizer que em qualquer momento era só chamar por ele, como se aquele garoto mediano fosse capaz de bater em alguém, Jeon não gostava de briga e nada que tinha haver com violência, mas ver o loiro rir de suas frases bobas era o melhor de seus dias naquele lugar.

— Eu tô falando sério Jeon, eu não aguento mais aqueles garotos, ficam me perseguindo o tempo todo, não posso sair sozinho que eles ficam me seguindo, já falei pros meus pais e eles dizem que só querem ser meus amigos, mas nós dois sabemos que não é isso que eles querem.

E lá estava ele,reclamando em todos os momentos que se encontrava com Jungkook, era como se o mais novo pudesse ser seu super herói, e por ironia do acaso ele realmente podia, há pouco mais de seis meses eles haviam se conhecido, e desde então eram Jungkook e Jisung para todos os lados, os jovens garotos não sabiam, mas aquela amizade deixava de ser apenas afeto e fazia um sentimento novo crescer cada vez mais.

— E acha mesmo que eu posso fazer alguma coisa Ji, olha pra mim, eu não sei bater nem em uma mosca, acha que posso enfrentar esses valentões sozinhos? Apenas diga à minha mãe que eu a amava muito.

— Não fale como se fosse morrer Jung, o máximo que pode acontecer são apenas alguns hematomas roxos pelo corpo e pode ter certeza que eu cuidaria deles com todo o cuidado do mundo porque você é o meu herói preferido.

E o sorriso que Jeon tinha aprendido a amar com o tempo estava ali novamente, não era como se Jungkook fosse negar alguma coisa para ele, mas a partir do momento em que Park Jisung sorria, não tinha nada no mundo que fizesse ele mudar de ideia.

— Claro que tenho medo Ji, já olhou para aqueles caras? Eles são o triplo do meu tamanho e andam em bandos, o meu bando é você, o que pode dar errado não é mesmo?

E lá estava o moreno passando mais uma de suas tardes maravilhosas ao lado do loiro,essas que se sucederam por meses até que o primeiro beijo acontecesse. Era uma tarde de domingo e os garotos estavam passando pela colina onde o Jeon costumava correr e o Park apenas o olhava de cima de uma árvore qualquer que ali existia.

O dia estava quente,e ambos os garotos estavam apenas com uma calça e uma camisa mais leve no corpo, hoje não era dia de exercício, era apenas o dia em que os rapazes conseguiam se sentar embaixo de uma mangueira que ali ficava.

Olhando para o horizonte e vendo a infinidade tão finita de nuvens que estavam no céu, os garotos ficavam ali por horas sem falar uma palavra, apenas a companhia um do outro já bastava, mas algo havia mudado, Jisung nos últimos dias ficava mais próximo de Jungkook e sempre que tinha oportunidade falava com o garoto era bonito e como ele seria o único dentre os outros garotos que eles conheciam que poderia ficar com seu coração, e em segredo, Jeon sorriu e imaginava um momento em que poderia contar para o mais velho quando foi que a amizade se tornou um grande amor.

— Jungkook, hoje o dia está terminando mais tarde, as nuvens estão ficando roxas, não acha lindo?

Dizia Park olhando fascinado para o horizonte, o garoto estava deitado nas pernas de Jeon enquanto o mesmo mexia em seus cabelos, aquele era um de seus momentos preferidos em toda sua vida, apenas ele, o céu e Jungkook, o seu amor.

— Acho que sim Hyung, mas eu ainda acho que mais bonito que todo esse céu são seus olhos olhando para ele.

E o grande Jeon soltava mais uma de suas frases apaixonadas sem nem perceber, estar com Jisung era assim, seu coração e sua mente não conversavam, apenas agiam e isso que deixava tudo um pouco mais intenso da parte dele.

— Acha que meu olhar é mais bonito Jungkook? - Dizia o loiro se sentando e olhando fixamente para os olhos do moreno que no momento estavam arregalados pela vergonha.

— Sim, eu acho seu olhar muito mais bonito que qualquer sol no céu e qualquer estrela que brilhe mais a noite Ji.

Aquele tinha sido seu surto de coragem, agora ele estava ali, cara a cara com a pessoa que amava dizendo isso em palavras mais bonitas e enigmáticas.

O mais velho sorriu, a algumas semanas ficava sonhando e imaginando momentos assim com o mais novo, e não podia negar que isso o deixava mais eufórico, em toda sua vida, Jisung nunca sentiu nada por outra pessoa a não ser por Jungkook. E sem a autorização prévia do mais novo, ele foi se aproximando e colocando a mão no rosto de Jeon que estava apenas olhando e prestando atenção em cada movimento que era feito.

— Eu gosto de você Jeon Jungkook , e apenas de você.

Dizia o garoto antes de passar devagar seus lábios sob os do menino a sua frente. Jeon que havia beijado poucas pessoas em sua vida apenas colou seus lábios aos de Jisung que iniciou um beijo calmo e sem pressa, apenas para que ambos se encontrassem e percebessem que ali era a casa um do outro, o lugar onde seus corações podiam chamar de lar.

O beijo foi encerrado com mais uma quantidade imensa de selinhos e dois garotos sorrindo largamente, e a partir daquele momento, eles não eram apenas melhores amigos, Jisung e Jungkook juraram perante as primeiras estrelas da noite que seu amor seria para sempre.

— Promete que vai me amar, mesmo que o mundo nos separe, que tudo dê errado, promete que vai me amar em outra vida, e que sempre ficaremos juntos?

— Eu prometo, prometo te amar em todos os dias da minha vida, enquanto todas as estrelas do céu brilharem e até nos dias mais quentes.

E com mais alguns beijos e carinhos trocados os garotos voltam para suas casas com sorrisos sinceros e apaixonados que não passaram despercebidos por suas famílias, essas que no fundo sempre sabiam que os jovens garotos se amavam e ficaram felizes em saber que o amor era correspondido,apenas o alertaram sobre tomar cuidado com as pessoas ruins que podiam viver naquele pequena Busan, mas os garotos estavam preocupados demais em amar que se esqueceram disso inúmeras vezes e uma delas acabou se tornando fatal.

Era setembro de 1595, os garotos estavam em mais um de seus momentos juntos sentados à margem do lago molhando apenas seus pés na água quando um grupo de jovens se aproximou dos garotos com sorrisos maliciosos e nada educados.

— Olha se não são o casal Park e Jeon, não acha que esse lugar é bonito demais para aberrações como vocês estarem aqui?

O garoto disse aquelas palavras e o coração de Jeon parou, ele sabia que a qualquer momento isso poderia acontecer, sua tão amada Busan não era como seus pais ou os pais de Jisung, ela era preconceituosa e intolerante, não iriam aceitar seu amor.

— Vamos embora Ji, melhor ficarmos longe deles. — Já dizia o garoto se levantando rapidamente e pegando nas mãos do namorado para que o mesmo também se levantasse.

— Calma, calma, estamos aqui apenas pra conversar, porque não ficam um pouco mais? Tenho certeza que não vão se importar de ficar um pouco mais aqui, não é mesmo?

Os garotos estavam com medo, se sentiam ameaçados com a presença dos outros e queriam apenas ir embora, então abaixaram suas cabeças e começaram a seguir seu caminho na espera de que os outros apenas deixassem eles irem embora.

— Eu disse para vocês ficarem seus merdinhas.

E o garoto já se encontrava puxando o loiro dos braços de Jungkook e acertando um soco em seus lábios, Jeon não teve tempo de se defender e o primeiro soco o deixou no chão. Era impossível ele ganhar quando o mesmo estava em desvantagem numérica, então o que ele podia fazer era apenas deixar os socos e as agressões virem e esperar que em algum momento elas parassem e que toda aquela tortura fosse embora.

Do outro lado, estava Jisung sendo segurado e vendo os garotos batendo sem pena no jovem Jungkook, e seu amado apenas se encolhendo em busca de proteger o que ainda conseguia, aquele era seu pesadelo e ele não sabia como sair dali e só queria que tudo aquilo tivesse um fim de uma única vez.

— Acha que já apanhou suficiente Jungkook? Acha que devemos continuar com isso ou acabar de vez com seu sofrimento?

O garoto se abaixa na altura de Jeon que já estava encolhido e sem forças para responder.

— Okay, como você quiser, vamos acabar logo com isso.

E o som de um disparo foi ouvido, aquele garoto havia acabado de atirar no peito de Jungkook, em algum momento da luta, ele pegou a arma em mãos e esperou até que Jeon já estivesse quase morto ao chão para terminar com isso tudo de vez.

Os braços de Jisung foram soltos e o mesmo apenas correu para seu amado que perdia sua vida naquele chão, seu grande amor, aquele que foi o único que morou em seu coração, estava ali, morrendo em seus braços, porque uma sociedade preconceituosa não aceitou o amor daqueles jovens. Os demais garotos foram embora sorrindo, como se estivessem felizes com aquele fim, enquanto o casal se encontrava ainda no chão, Jeon já sem vida, e o loiro, perdendo aquele que amava.

A noite os acalentava e se tornava mais fria que o normal, Bartholomeu se encontrava perdido em meio a todos os seus sentimentos, queria fugir, gritar, morrer junto a Jungkook, e ao mesmo tempo, queria justiça, queria que seu amor fosse lembrado e que sempre fosse eterno. Com os mais novo em seus braços e com manchas de sangue por suas roupas, o garoto volta para casa, onde ambas as famílias já estavam preocupadas.

O olhar de senhora Jeon era indecifrável, os patriarcas das famílias tinham se que manter fortes em meio a um momento tão difícil, senhora Park tinha apenas que manter seu primogênito bem e forte, afinal, todos ali tinham sofrido uma grande perda. Ao olhar para seu pequeno já sem vida em cima da cama, a jovem senhora Jeon conseguia apenas pensar em como tudo pode acontecer tão rápido, como uma sociedade podia matar tão friamente uma pessoa apenas por ela amar.

— Querida, precisamos providenciar as coisas para o funeral de Jungkook.— Disse senhor Jeon na porta do quarto, o patriarca ainda não tinha parado para analisar o corpo do filho, ele juntamente com o senhor Park foram em busca daqueles que mataram o garoto em busca de uma resposta, mas conseguiram apenas mais indignação.

As horas foram se passando, o corpo de Jeon Jungkook foi cuidado e colocado com as melhores roupas, seus cabelos estavam bem penteados e em seu dedo, o anel que o mesmo tinha dado a Bartholomeu a muito tempo atrás como uma pequena declaração de seu amor. O dia do funeral nasceu triste, o sol não abriu como todos os dias, os pássaros não cantaram e a natureza parecia estar em luto, o jardim dos Park agora eram as únicas coisas coloridas em uma imensidão preto e branca.

Nesse mesmo jardim, enquanto o corpo de Jeon era levado para a sua última despedida, Jisung se encontrava olhando para os girassóis que ali estavam, eles sempre seguiam o sol, mas hoje não havia sol e eles estavam ali simplesmente parados, como se sentissem sem rumo, assim como o garoto que estava ali.

— Fora aqui onde tudo começou, foi naquela manhã quando reguei os girassóis pela primeira vez e te vi correndo para ajudar seus pais que eu me apaixonei sem nem perceber Jungkook, foi aqui, que meu coração se entregou sem me avisar a um amor que ele não sabia que terminaria dessa forma, você se foi, e levou parte de mim, que assim como esses girassóis que seguem a luz do sol, você siga a sua luz meu amor, e que possamos um dia estar juntos novamente, que entre todos os girassóis você se torne o mais bonito e o mais amarelo dentre todos eles, meu Jungkook, meu fantasma de girassol, meu eterno amor.

E com o terminar dessas palavras algumas gotas de sangue caem junto com as lágrimas de um garoto que um dia amou mais que o seu coração e que passou a viver para um dia encontrar aquele que amou em outro momento, em outro plano, quando se tornasse apenas mais um fantasma de girassol.

14 de Mayo de 2021 a las 23:39 0 Reporte Insertar Seguir historia
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