tenebraz Runa Tenebraz

"Desde que te conheci, a minha vida tem sido um paraíso" O amor pode acontecer em qualquer lugar. Paris pode ser considerada o pais do amor, mas foi na Itália que o amor de Yoongi e Jimin nasceu.


Fanfiction Todo público.

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Cuento corto
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A história se repete

Se você jogar no Google: “cidades românticas”, vai aparecer um monte. Porém com tudo e entretanto, quando pensamos em uma cidade romântica pensamos na cidade do amor, Paris, na França.

Meus pais estavam fazendo bodas de coral, que no caso seriam 35 anos de casados e eu como um bom apreciador do romance dos meus pais pensei em dar uma viagem para eles de comemoração, foram meses planejando essa viagem.

Voltando a parte de cidades românticas que o Google nos recomenda, está Florença que foi a cidade que meus pais se conhecerem e eu não faço ideia como, mas eles nessa época viajaram em várias cidades da Itália. Mas enquanto planejava essa viagem para eles, eu chorava com o valor, mas sempre repita que para eles valia a pena.

Só que infelizmente imprevistos acontecem.

Descobrimos que papai estava com câncer, foram meses de tratamento, só que infelizmente o câncer estava em um estágio avançado e em pouco tempo ele se foi.

Minha mãe ficou tão abalada com tudo que não teve coragem ou força para fazer essa viagem.

E sinceramente eu pensei em vender esse pacote que fiz para não sair totalmente no prejuízo.

A morte dele me abalou muito, fiquei um tempo desnorteado, imagina como mamãe havia ficado.

Porém, um dia, quando estava planejando em como vender as passagens, ela fala para que eu fizesse a viagem. Realmente eu não queria ir, afinal, havia planejado aquilo para eles dois, mas ela insistiu para que eu fosse.

A ideia dela era que o resultado do amor deles conhecesse a origem.

Devo admitir que achei fofo o ponto de vista dela.

E lembro de mamãe ainda ter a coragem de dizer que eu poderia encontrar alguém.

“— Quem sabe, vida. Você tenha a sorte que eu e seu pai tivemos e você encontra alguém para viver contigo naquela sua casa vazia?”

Porém, como a vida gostava de pregar peças, ela tinha razão, eu conheci alguém.

O nome dele é Park Jimin e eu até hoje tento entender o que passou na cabeça dele para achar que seria uma ótima ideia pausar o intercambio que estava fazendo para sair em viagem pela Itália comigo, um completo desconhecido para ele.

E se eu fosse um sequestrador? Aquele garoto não pensava na própria vida?

Não tem aquele papo que nossos pais têm conosco quando somos pequenos para não conversarem com estranhos? Os pais do Jimin não tiveram essa conversa com ele.

Conheci Jimin quando cheguei a Milão, ele já estava a mais tempo lá por causa dos estudos. A princípio eu ia ficar apenas uma semana em Milão, mas por causa dele, acabei ficando duas semanas e quando disse que ia continuar a minha viagem pela Itália, ele perguntou se poderia ir comigo e como eu ainda tinha passagem sobrando, pensei, por quê não?

Lembro que nos primeiros dias fiquei um pouco surpreso com o fato de que Jimin tinha duas personalidades e elas andavam lado a lado de mãos dadas. Ele tem bochechas fofas que contribuem para a sua personalidade fofa, amigável. Porém, ele também tinha a personalidade sexy, que tinha um sorriso de lado e olhos sedutores e particularmente sempre tinha medo dessa personalidade, já que no final eu sempre acabava sem roupa e não sei como isso acabava acontecendo, mas acontecia.

Fico feliz que Jimin tenha escolhido viajar pela Itália comigo, pois além de eu não saber nada de italiano, não teria me divertido como me diverti, não teria acabado com a memória da minha câmera e também, não teria transado como transei.

A parte incrível e dolorosa foi: eu me apaixonei por ele.

Não sei o que foi que me encantou, não sei se foi a risada, os sorrisos, o jeitinho dele, as implicâncias.

Eu sabia sim que Jimin morava na Coreia, até trocamos números de telefone, mas não sabia se ele sentia o mesmo por mim e não sabia se daria certo.

Obviamente eu não deixei esses pensamentos me abalarem e estragassem a viagem, mas é incrível como essas inseguranças, esses “e se” encontram o caminho para voltar a nossa mente quando nos deitamos para dormir. Logo quando vamos descansar.

Sem descanso.

Se me perguntassem se eu me arrependo de ter feito essa viajem, eu diria que não.

E se eu faria tudo novamente? Obviamente.

Só não sei se teria dinheiro suficiente para tal ato novamente. Ainda estou pagando por essa viagem.

Mas definitivamente a parte mais difícil foi a despedida.

Jimin foi comigo até o aeroporto, afinal, ele ainda tinha que voltar para o intercambio dele. E sinceramente não sei como ele não havia sido expulso.

Estávamos sentados juntos, eu apoiava minha cabeça no ombro dele e ele apoiava a cabeça dele na minha, lembro de estarmos de mãos dadas enquanto esperávamos o meu voo.

—Vai ser um pouco complicado por causa do fuso horários, mas irei te mandar mensagem sempre e é bom você responder, Yoongi.

Sorri por debaixo da máscara.

— Sim, senhor. Pode deixar que não lhe deixarei de te responder.

— Hm, é bom mesmo.

Acabei rindo e ele me acompanhou. Definitivamente terei saudades daquela risada.

Quando começaram a chamar o meu voo, foi nessa hora que eu realmente fiquei triste, não queria ir, tinha gostado de ficar com Jimin ali.

— Vem cá.

Ele levantou e me puxou com a mão para que eu pudesse levantar também, obviamente eu não queria, mas não tinha muita escolha.

Ele me abraçou e o que eu fiz? Retribui o abraço e escondi meu rosto na curvatura do seu pescoço sentindo o seu cheiro. Queria desesperadamente gravá-lo em minha memória.

— Nós vamos no ver logo, logo, ok?

Apenas concordei com a cabeça.

Jimin gentilmente me afastou dele e segurou as minhas bochechas em suas mãos pequenas.

— Isso aqui não é para ser uma despedida de para sempre, Yoo. Eu vou voltar para a Coreia e se você quiser, podemos tentar algo, que tal?

Concordei com a cabeça sem coragem alguma para falar qualquer coisa.

Ele sorriu fraco e baixou a minha máscara.

— Esse não vai ser o nosso beijo de despedida, é apenas um beijo de até logo, ok?

— Tá...

Jimin se aproximou mais e colou seus lábios nos meus.

Não foi um beijo afoito, foi calmo, carregado de muitos sentimos para um ato tão pequeno e curto.

Jimin sabia que se fosse por mim, eu não teria finalizado aquele beijo, e alguém precisava ser forte ali e ele foi.

— Vai, para você não se atrasar e por favor, não se esqueça de me avisar assim que pousar na Coreia e quando chegar em casa. Ai depois que tiver me mandado mensagem, tome um bom banho e se alimente bem e depois vá descansar, ok?

Sorri pelo jeito preocupado dele e concordei com a cabeça.

— Sim, senhor. Seu desejo é uma ordem.

Peguei a minha mala, dei um último selinho nele e partir para o portão de embarque.

Eu tinha maravilhosas lembranças daquela viagem, ótimos sentimentos e sensações e nunca iria esquecer de nada que tinha passado ao lado de Park Jimin.

A gente continuou a conversar por mensagens, claro que decidimos não tentar nada virtualmente e devo admitir que, eu senti falta dele, dos abraços e beijos e de todo o rosto.

Era domingo e eu estava acompanhando mamãe a fazer compras no shopping. Minha função? Ficar segurando as sacolas dela e ficar quieto, pois raramente ela pedia a minha opinião e quando pedia, fazia o contrário do que eu falava.

Mães.

Mamãe estava vendo as blusas, a quase meia hora, ela já deveria ter ido provar várias e até agora não decidiu qual iria levar. Eu dei a ideia de que ela levasse as duas que tinha gostado, mas como uma boa mãe, ela me ignorou.

Sinceramente, eu nem queria ver quando formos comprar sapatos, vai ser pior que comprar as blusas. Ela vai reclamar que não é confortável, que é feio, que é fofo demais, duro demais, apertado demais, que o modelo não combina com o gosto dela e por ai vai.

A minha vontade era de levantar e ir ver um filme e só voltar quando ela tivesse decido o que iria levar, mas era possível de que quando eu voltasse do filme, ela ainda estaria indecisa sobre o que comprar.

E também que ela iria brigar horrores comigo por ter deixado ela sozinha para ir ver um filme.

Eu estava quase cochilando sentado quando senti meu celular no bolso vibrar, a princípio pensei em cochilar e ir dormir, porém, pensei melhor e peguei o telefone para ver quem tinha me enviado a mensagem e ainda bem que eu tinha ido ver, pois quem me mandou a mensagem foi Jimin.

Obviamente já estava sorrindo igual a um idiota antes mesmo de abrir o chat e ver o que ele queria.

E obviamente que se eu não estivesse em público estaria pulando de alegria por causa daquela mensagem. Jimin estava me perguntando se não poderia buscá-lo hoje a noite no aeroporto e obviamente eu disse que sim.

Admito que passei o resto do dia ansioso para poder ir buscá-lo no aeroporto, e por causa da ansiedade pode ser que eu tenha chegado um pouco cedo demais. E isso me obrigou a ficar sentado nos bancos do aeroporto esperando por ele.

A cada minuto eu ficava olhando para o relógio ansioso para que o avião em que ele estava chegasse. E para ser sincero, tudo aquilo parecia uma tortura. Quando finalmente deu a hora em que o avião dele aterrissasse, fui para o portão de desembarque esperar por ele.

Fazia muito tempo que eu não via ele pessoalmente, será que eu iria reconhecê-lo? Sinceramente, esperava que sim e temia que não. Seria tão vergonhoso se isso acontecesse...

Fiquei olhando o portão de desembarque até ver um cabelo rosa bebê. Depois que vi que era ele, um sorriso apareceu automaticamente em meu rosto.

Assim que ele me viu, seus olhinhos se fecharam em duas luas e ele acabou esbarrando numa garota fazendo os dois caírem.

— Menino...— Segurando a vontade de rir, fui ajudá-lo.

Assim que cheguei perto dele, ele estava todo desesperado pedindo desculpas para moça. Peguei a mochila dele e pus em minhas costas negando com a cabeça.

— Uma vez desastrado sempre desastrado, não é mesmo Park?

— Aish, Yoongi.

Rio e abraço ele.

— É muito bom te ver novamente, Ji.

Senti ele retribuir o abraço e esconder o seu rosto em meu pescoço.

— Realmente, é muito bom te ver, hyung.

Eu nunca irei saber como explicar exatamente o que senti ou revê-lo. Euforia talvez, mas com toda a certeza de que o nosso primeiro encontro foi uma serendipidade.

Depois desse dia, muita coisa aconteceu. Começamos a namorar e um tempinho depois, ele decidiu que iria morar comigo. Simplesmente apareceu em minha porta cheia de malas e com uma caixa que tinha um filhotinho de gato.

Fiquei mais confuso com a aparição do gato, do que ver ele se mudando para o meu apartamento. De acordo com ele, enquanto ele estava vindo para cá, estavam doando filhotes de gato e ele não resistiu em não trazer o gato para o meu apartamento sem me avisar.

Nomeamos o gato de Mingau e ele virou nosso filho, como dizia Jimin.

Morar com ele foi diferente, bem diferente da época em que dividíamos o apartamento enquanto estávamos explorando a Itália. Tivemos algumas brigas bobas, pois tínhamos costumes diferentes é claro, o que é normal.

Primeiro brigávamos, não falávamos um com outro e depois nos sentamos e conversamos melhor sobre o que estávamos sentido.

Decidimos que essa era a melhor forma de se resolver a coisa, se a briga estava muito forte, parávamos de conversar e pensávamos sobre o que estava acontecendo e depois mais calmos, sentávamos juntos para poder conversar e resolver as coisas.

Diferente de que na Itália, estávamos passeando juntos, transávamos sem nos preocupar com muita coisa, mas agora, estávamos tentando construir uma vida a dois e não devíamos querer fazer a mesma coisa que fazíamos lá, pois eram coisas completamente diferentes, eram sentimos diferentes, tempos diferentes.

Aos pouquinhos conseguimos evoluir para melhor, já não tínhamos tantas brigas, claro que de vez em quando brigamos, afinal, somos humanos, mas sempre fazemos a mesma coisa, briga, separa para pensar e depois volta para conversar e isso tem resolvido todos os nossos problemas, pois conversar de cabeça quente não dá é a mesma coisa que querer continuar brigando.

Teve uma época que foi a divisão de água para nós e não foi a mudança repentina de Jimin para o meu apartamento, foi o nosso casamento.

Lembro que estávamos bem, nunca havíamos conversado sobre nos casar, mas acabou quem deu o primeiro passo para isso, fui eu. Jimin deu o primeiro passo para morarmos juntos, eu dei o primeiro passo para nos casarmos.

E para isso contei com a ajuda do nosso filho. Eu sabia que o Jimin era um pouco lerdo, mas naquele dia foi demais.

Mingau é um gato bastante peludo, então obrigatoriamente tínhamos que levar ele para a tosa, só que, antes tinha todo um processo por culpa de Jimin que mimou aquele gato. Jimin alimentava e escovava o pelo dele para ele se acalmar antes de levarmos para a tosa. E para isso ele tirava a pequena coleira que Mingau tinha com nossos dados para caso ele sumisse. Eu botei as alianças na coleira dele e um papel que estava escrito “Sposami?” Que significava casa comigo em italiano.

E ele nem percebeu. Só quando ele foi botar a coleira de volta no Mingau para levá-lo que ele viu. E eu já tinha esquecido disso, tanto que levei um susto quando ele gritou e se jogou em cima de mim chorando dizendo que aceitava.

Lembro de ter perguntado do que ele estava aceitando. Ele parou de chorar e ficou me encarando.

— Você não está me pedindo em casamento?

— Verdade! — Sorri e abracei ele rodopiando. Ele ria e reclamava que depois era eu que chamava ele de lerdo.

E nos casamos, não foi em qualquer lugar, decidimos que tinha que ser em um lugar especial e por isso que escolhemos Florença, a cidade em que nos conhecemos, a mesma cidade que meus pais se conhecera.

No final, acabou que mamãe estava certa, eu realmente conheci alguém. A história se repetiu.

— Eu te avisei.

Ri e neguei com a cabeça olhando a mulher ao meu lado.

— Sim, mamãe você estava certa, sempre está. — Parei de beber o vinho, Jimin estava cumprimentando as pessoas no casamento. Olhei para ela. — Queria que papai estivesse aqui.

— Eu também meu amor, mas tenho certeza de que ele está orgulhoso de ti.

Sorri e beijei a testa dela. Vi que Jimin estava sozinho, pedi licença a minha mãe e fui até ele.

— Licença, gato. Depois daqui, posso te pagar uma bebida?

— Desculpa, eu sou casado agora. — Mostrou a aliança no dedo.

— Merda, cheguei atraso.

Jimin não durou muito e começou a rir e se apoio no meu ombro para não cair. Segurei a sua cintura, depois beijei a sua testa, nariz, queixo e por fim lábios.

Tenho certeza de que se não fosse pela loucura de Jimin ao aceitar viajar pela Itália comigo, nada disso teria acontecido.

Obviamente que para a lua de meu, fizemos quase o mesmo trajeto da última vez em que estivemos ali juntos.

Não me arrependo de nada que tenha acontecido, adorei cada parte da nossa história e agora estamos construindo mais um novo capítulo.

Eu amo cada parte de Min Jimin. Cada gesto, cada personalidade, eu o amo por completo e sempre irei amar.



+++

Olá, todos bem?

Para quem está relendo Amore, sim a história etá diferente, eu decidi reescreve-la e devo admitir que amei o resultado.

E para quem está lendo pela primeira vez, bem vinda a Amore. Não se preocupe, a única diferenta é apenas que essa está maior e está no ponto de vista do Yoongi, de resto, não há nada de diferente, espero que tenham gostado!

9 de Mayo de 2021 a las 00:25 1 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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Runa Tenebraz Escrevo para fugir do mundo real que me assombra.

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Harley Harley
Nossa, eu realmente amei essa fic💜
May 10, 2021, 07:50
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