renarmia Renan Carmo Garcia

Neste conto de terror psicológico, uma rica família está voltando de viagem e decide comprar um gnomo de jardim em uma loja de souvenir. Após esta compra, as coisas não pareciam mais as mesmas. O que seria apenas um objeto para recordação, trará momentos que seria melhor se fossem esquecidos.


Horror No para niños menores de 13.

#Conto #terror #horror
Cuento corto
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O Gnomo

Querido diário, não consigo dormir faz 2 dias, me sinto observada e isso me incomoda profundamente.


Tudo começou quando estávamos voltando de mais uma de nossas viagens em família. Passamos uma ótima semana naquele rancho, e você sabe como mamãe é, em toda viagem que fazemos ela precisa trazer alguma lembrancinha. Sendo assim, papai dirigiu pela estrada beeem devagarinho para procurarmos uma destas lojas de souvenir. Demorou bastante, estávamos quase desistindo quando, bem na fronteira da cidade, ao lado da grande placa de madeira com o nome da mesma, encontramos a tal lojinha, feita de madeira bem rústica com um gnomo de jardim na frente. Mamãe estava encantada com a beleza daquele pequenino, era riquíssimo em detalhes, claramente feito com muito capricho.


Descemos do carro para vê-lo de perto e quanto mais eu me aproximava daquele treco, mais realista ele parecia! Possuía um chapéu pontudo vermelho, e com este, alcançava meu tamanho ; mesmo assim, era pequeno. Vestia um macacão azul, como o de um fazendeiro clichê de filme, e botas bem grandes; já seu rosto, era um rosto infantil, um rosto de criança, com enormes olhos castanhos, pele rosada, grandes bochechas avermelhadas e um sorriso beeeeem largo, de orelha a orelha, com um dos dentes da frente faltando. Para ser sincera, se prestasse bastante atenção era possível ver pequenas rugas em baixo dos olhos, linhas de expressão, pelos e até poros. Mamãe achou encantador, mas para mim, aquilo por algum motivo me perturbava.


Enquanto estávamos parados apreciando aquele gnomo, a dona da loja finalmente se revelou, de dentro das sombras daquela cabana, iluminada apenas pela luz do sol que entrava pela porta aberta e algumas frestas entre os troncos de madeira, surgiu uma belíssima mulher. A moça era um perfeito estereótipo daquelas atrizes de Hollywood! Possuia cabelos loiros e cacheados, olhos azuis bem vibrantes, um batom de um vermelho intenso, um corpo com curvas perfeitamente notáveis e um longo vestido marrom e branco igual ao das madames de filmes de época vitoriana, arrisco dizer que até usava espartilho. Era como se estivesse parada no tempo por séculos e sido descongelada só agora, como aquele filme!


A bela moça se apresentou, seu nome era... Elizabete, ou algo assim, e ofereceu ajuda. Mamãe sequer a olhou pois não tirava os olhos daquele gnomo, e Papai sequer respondeu pois não tirava os olhos daquela moça. Ela voltou a perguntar se queriam ajuda e mamãe finalmente saiu daquela espécie de transe e perguntou se o gnomo de jardim estava à venda; a moça respondeu que sim e que, inclusive, como os gnomos e as bonecas estavam em falta, aquela era a única coisa que de fato possuía preço naquela loja, desculpou-se por aquele ser o último gnomo à venda e nos convidou para ver as outras mercadorias da loja.


Nota: O que ela quis dizer com "Os gnomos e bonecas são as únicas coisas que possuem preço nesta loja"? As outras mercadorias que ela citou eram de graça?


Mamãe agradeceu o convite mas negou, indo direto ao ponto que lhe interessava e perguntando o preço do pequenino. A moça o observou e nos disse seu preço, imediatamente mamãe apanhou uma grande quantia em dinheiro, colocou no bolso do vestido da dona da loja, pegou o gnomo e o segurou no colo. (aquilo certamente era mais que o preço oferecido pela moça, três vezes mais, creio eu). A moça abriu lhe um sorriso meigo, agradeceu, olhou para mim uma ultima vez antes de voltar para dentro da loja e sumiu em meio à escuridão. Para ser sincera, ela olhava para mim com frequência... Bizarro.


Após a moça do passado entrar na loja, papai parecia ter recobrado a consciência e mamãe parou de fitar com tamanho desejo aquele gnomo, todos voltamos para dentro do carro. Mamãe pediu para que eu levasse o gnomo comigo no banco de trás, passando-o pelo banco e o colocando em meu colo, eu o apanhei e olhei para aquela coisa bem nos olhos, ele era tão estranho, era muito realista, como se estivesse vivo! E aquele sorriso forçado... aquilo me dava calafrios, não consegui segurá-lo por mais tempo e logo o deixei do outro lado do banco, virado para a janela. Não pude deixar de notar que aquele gnomo possuía um perfume muito forte, rosas talvez?


Chegamos em casa após algumas horas de viagem e mamãe parecia super empolgada com sua compra, ela sempre abria a porta do carro para mim, porém neste dia, assim que desceu do mesmo, ela abriu a porta do lado em que estava o gnomo, o pegou e a fechou, me trancando lá dentro. Era como se eu não estivesse lá.


Nota: É a primeira vez que conto isto aqui neste diário, mas as portas de trás só abrem por fora. Papai disse que era para manter minha segurança durante as viagens, assim eu não às abriria no meio da estrada e não cairia para fora do carro.


Papai estava conferindo os pneus do carro, então acreditei que ele abriria a porta para mim, mas eu estava errada. Após conferí-los, ele caminhou diretamente para dentro de casa, passando pelo extenso jardim, onde estava mamãe encontrando o melhor lugar para posicionar aquele gnomo. Eu bati na janela, mas ninguém ouviu. Eu gritei, mas ninguém ouviu. Eu chorei, e mesmo assim, ninguém ouviu. Eu estava só, presa no carro, vendo a noite chegando, o sol se pondo e os últimos raios deste mesmo sol, batendo no rosto daquele maldito gnomo, que mamãe o posicionou de frente para a janela do banco de trás do carro, e que quanto menos luz havia, mais perturbador aquele sorriso parecia. Lá estava ele, olhando para mim, sorrindo forçadamente com tamanho realismo em seu rosto. Por alguns momentos, ele parecia compartilhar o mesmo desespero comigo.


A noite caiu, aquele carro estava quente e a única coisa que não o tornava um forno era uma fresta na janela que permitia a entrada do ar frio. Vi papai me procurando pelo jardim periodicamente durante este tempo em que fiquei presa, talvez tenha notado que eu não estava em meu quarto assistindo filmes, e sempre que ele passava, eu gritava "papai, estou aqui, tenho fome!", mas ninguém ouviu. Mamãe também aparecia pelo jardim, mas para observar o gnomo de lonje, ela parecia nem ter notado que trancou-me no carro. Eu estava triste, sozinha, com fome, calor, sede e incomodada pois aquele maldito gnomo estava me olhando fixo, sorrindo na escuridão, eu sabia que estava, mesmo sem conseguir vê-lo, eu sentia ele me observado, incessantemente. Eu não queria olhar para ele, mas era inevitável quando precisava chamar meus pais ao aparecerem pelo o jardim.


Passei um bom tempo lá, tanto que adormeci, mas fui despertada por papai, que finalmente me encontrou no carro. Ele me abraçou muito forte e eu não parava de chorar, nunca mais quero ficar presa no carro. Ele me levou para dentro, me serviu um belo jantar com direito a sobremesa: uma magnífica porção de sorvete de baunilha com flocos de chocolate, meu favorito! Após isso, fui ao meu quarto para dormir e encontrei mamãe, na varanda, observando sorridente aquele gnomo, que lhe retribuia o sorriso, semi-iluminado pelas luzes do jardim. Ela havia movido aquela coisa para perto, olhando diretamente para a porta de vidro da varanda. Ela saiu logo depois e sequer me pediu desculpas. Naquela noite, eu não consegui dormir, que bom que eu havia tirado aquele cochilo no carro.


Eu havia passado a noite em claro, não preguei os olhos uma vez sequer, e muito menos me virei para ver aquele gnomo me olhando, sorrindo para mim. Eram oito horas da manhã e eu havia desistido de tentar dormir, então, liguei a televisão do meu quarto e comecei a assistir um filme em uma das várias plataformas de streaming que papai assinou para mim. Era um filme exclusivo e havia acabado de lançar, eu realmente não sei como eu assistiria se papai não houvesse assinado aquele plano! Meus amigos dizem que sou filinha de papai, que eles não tem uma casa grande como a minha e dinheiro para estas mordomias, então assistem filme pirata e dizem que sou boba pois lá tem todos os filmes "exclusivos"... Não conheço essa tal de "Pirata", mas para ser sincera, eu não me importo, odeio filme de pirata, até mesmo os exclusivos.


Quase perdi o fio da meada, eu me empolgo quando falo sobre filmes, enfim, voltando ao assunto. Comecei a assistir, e de fato parecia muito bom, era uma remasterização de um filme antigo onde os pais esqueciam seu filho em casa. Dizem que está diferente do antigo, pois os pais além de esquecerem o filho, eles esqueceram até quem eram. Isso me incomodou muito durante o filme pois lembrava-me das horas que fiquei trancada no carro e da forma mamãe me deixou lá... Será que ela se esqueceu de mim também? Eu chorei várias vezes enquanto assistia, mas eu me sentia observada, e logo parava de chorar, o gnomo estava me observando, sorrindo como sempre. Será que por trás daquele sorriso, ele já sentiu vontade de chorar alguma vez?


O filme terminou (era muito bom!) e eu estava com fome, então fui à cozinha pegar algo para comer e encontrei papai sentado à mesa, nem disse "Bom dia", estava com uma caneta, escrevendo algo em uma folha toda rabiscada e eu fiquei curiosa, então, fingi que ia pegar algo no armário atrás dele e dei uma espiadinha: parecia ser uma carta, para a moça da loja, já que seu nome se repetia durante toda a folha... e estava escrito errado! Não consegui me conter e lhe disse "Papai, está escrito errado, é Elizabete, sem "H", eu vi no crachá!" Ele agradeceu e corrigiu, então perguntei se era uma carta para a moça da loja e ele me respondeu de forma extremamente rude, batendo na mesa, dizendo que não era de minha conta e que eu devia deixar de ser enxerida. Papai nunca agiu assim comigo. Ele estava estranho.


Assustada, peguei um pacote de biscoitos que estava naquela mesma estante e corri para longe dele, para o jardim, chorando. Sentei-me debaixo da macieira, em um dos extremos do quintal, onde fica minha casa na árvore, sabe? Estava faminta, tanto que comi aquele pacote bem rápido! Eu ainda estava com fome, mas não queria voltar para a cozinha e encontrar com papai, então decidi subir para a casinha, me encolhi no canto e comecei a chorar novamente.


Fiquei neste estado por um tempo até me recompor, peguei meu binóculo que estava no chão e tentei ver se papai estava na cozinha, mas o ângulo não permitia, então algo me chamou mais a atenção: mamãe estava no jardim, ela estava agindo estranho desde ontem, novamente olhando para aquele gnomo, fixamente; parecia até conversar com ele. Algumas gotas de chuva começaram a cair do céu e rapidamente se transformou em uma tempestade! Mamãe odeia chuva, mas neste dia, ela continuou ali observando aquela coisa macabra. A chuva caía sobre sua cabeça, mas mesmo assim, ela ficou lá por mais meia hora após o início da tempestade. Logo os raios e trovões tornaram-se mais intensos, fazendo-a entrar em casa e eu, como sempre tive medo de tempestades, me escondi naquele mesmo canto da casa na árvore e voltei a chorar.


Quando a tempestade finalmente cessou, eu recobrei minha coragem e apanhei novamente meu binóculo. Queria ver se mamãe estava no jardim de novo observando o gnomo, mas o que vi foi mais estranho ainda: ali estava ele, aquela coisa macabra, todo ensopado. Seu cabelo estava molhado e aos seus pés, alguns fios haviam caído, talvez não fosse feito com tanto capricho assim. Mas o pior veio depois, quando observei com mais atenção: O verniz que cobria quase todo o gnomo, exceto os cabelos, estava um pouco rachado, e um pequeno pedaço de seu rosto havia caído no chão, o que deixou uma cavidade de cor avermelhada. Pensei que pudesse ser feito de argila, mas argila não possuía um vermelho tão intenso. Aquilo ainda é um mistério para mim.


Desci da casa na árvore, com meu binóculo em mãos e corri para dentro de casa avisar a mamãe sobre o que tinha acabado de ver. Ela estava na sala, sentada naquele grande sofá, assistindo televisão; parecia tranquila. Ela me olhou, demonstrou estar preocupada comigo e me perguntou o que aconteceu e por que estava assustada. Ela se levantou e me abraçou, dizendo que tudo iria ficar bem. Foi a primeira vez desde que aquele gnomo apareceu que eu reconheci minha mãe. Eu então, ainda gaguejando, a disse que tinha visto algo estranho; ela perguntou o que seria, com um sorriso aconchegante para me tranquilizar. Eu a olhei nos olhos e lhe contei que havia visto um pedaço do rosto do gnomo de jardim cair, deixando uma cavidade vermelha estranha. Imediatamente o sorriso de mamãe tornou-se uma expressão de desespero. Ela me empurrou com força, fazendo-me chocar com a parede e saiu correndo para o jardim. Meu ombro doía muito, mamãe nunca fez algo do tipo comigo. Ali eu fiquei, chorando. Papai sequer me socorreu. A porta de seu escritório, na sala ao lado, estava fechada.


Não demorou muito para mamãe voltar do jardim, com uma expressão de pura raiva dizendo que eu havia feito aquele buraco. Neguei as acusações, mas quanto mais eu repetia que não havia feito nada, mais irritada ela ficava. Mamãe agarrou-me pelo braço e me levou brutamente até meu quarto. Disse que eu ficaria trancada ali de castigo até eu estar arrependida pelo que fiz. Ela bateu a porta, a trancou e saiu batendo os pés; nunca vi mamãe tão furiosa. Eu agora estava presa em meu quarto, com fome, sede e precisava muito ir ao banheiro. O pior de tudo, é que novamente tinha uma visão clara do gnomo e daquele maldito sorriso.


Neste tempo que fiquei trancada no quarto, faltou energia em meu bairro, provavelmente devido a tempestade que houve mais cedo. Eu não podia mais assistir meus filmes, apenas observar aquela coisa lá fora me fitando. Então, enquanto entardecia, percebi que algumas moscas se aglomeraram naquela cavidade que se abriu na bochecha do gnomo sorridente. Logo, mais e mais moscas se aproximaram e oscilavam entre pousar na cavidade e no pedaço que caiu no chão; e cada vez mais fios de cabelo dele caiam aos seus pés. Aquela cena era nojenta e me causava arrepios. Antes que o sol se escondesse por completo no horizonte, o chão estava repleto de cabelo, e o gnomo, estava com grandes falhas em seu penteado.


Já era noite, eu estava com muita fome e sede; infelizmente não consegui segurar minha vontade de ir ao banheiro por tanto tempo e precisei me aliviar ali no canto do quarto. Me senti suja, mas não houve outra maneira, mamãe não apareceu uma vez para que eu pudesse me desculpar. Eu me sentia cada vez mais observada, mas não queria olhar para aquele sorriso e tentei dormir... mas obviamente não deu certo, eu estava horrorizada, precisava de algo para me tranquilizar ou ao menos desviar meu olhar daquela coisa lá fora. Foi neste momento, que revirando minhas coisas, encontrei você, meu velho diário.


Agora já é de manhã, passei outra noite em claro, escrevendo, e aquele sentimento de ser observada me incomodou a cada segundo; eu sentia como se aquele sorriso quisesse me devorar. Aquela sensação me consumia, me fazia tremer, eu queria gritar. Eu queria chorar. Eu queria que aquilo acabasse. Os segundos pareciam horas e as horas pareciam dias; dias de constante terror. Por que mamãe agiu daquela forma? Por que papai agiu daquela forma? O que tem de errado com aquele gnomo? Por sorte, ainda hoje, mais cedo, vi mamãe levando o gnomo para a posição que estava anteriormente, próximo ao carro, de costas para mim. Finalmente um momento de alívio! Acabei de ouvir papai dizendo que vai sair para entregar uma carta pessoalmente e mamãe disse que ia ver se estava tudo bem comigo pois não é comum eu ficar tanto tempo no quarto. Acho que ela esqueceu que me trancou aqui, devia estar fora de si.


Ela está vindo! Não vejo a hora de comer algo. Espero que tudo tenha voltado ao normal.



MAS QUE INFERNO, TUDO ESTÁ DESMORONANDO, CAINDO AOS MEUS PÉS, EU NÃO AGUENTO MAIS ESSE PESADELO, SÓ QUERO QUE TUDO ACABE. TUDO!


EU PRECISO DESABAFAR, ESTOU ENLOUQUECENDO!! EU SÓ QUERIA SAIR DESTA DROGA DE QUARTO E COMER ALGO, MAS NÃO, PARECE QUE DEUS DECIDIU ESTRAGAR A MINHA VIDA DE VEZ! ENQUANTO EU COMIA, OUVI MEU PAI SAINDO COM O CARRO ACOMPANHADO DO SOM DE ALGO QUEBRANDO E MINHA MÃE GRITANDO E CORRENDO DESESPERADA PARA O QUINTAL. EU, CURIOSA, IDIOTA COMO SEMPRE, FUI VER O QUE ACONTECEU E ENCONTRO AQUELA PORCARIA DE "GNOMO" PARTIDO AO MEIO COM TRIPAS SAINDO DELE E SANGUE ESPALHADO PARA TODO LADO, REPLETO DE LARVAS NAQUELE BURACO NA CARA. LOGO A FRENTE, AJOELHADA AO LADO DAQUELA MERDA, ESTAVA A VACA DA MINHA MÃE. EU PERGUNTEI HORRORIZADA O QUE ERA TUDO AQUILO E ELA ME DISSE QUE MEU PAI TIROU TUDO DELA, QUE AQUILO ERA TUDO O QUE ELA TINHA E LOGO EM SEGUIDA PEGOU AQUELE CHAPÉU PONTUDO TODO ENVERNIZADO E COMEÇOU A CHOCÁ-LO CONTRA SEU ROSTO. O ROSTO DELA FOI TODO DESFIGURADO E SEU OLHO COMPLETAMENTE AFUNDADO, LOGO ELA CAIU DURA E EU ESTAVA SOZINHA, EM CHOQUE, SEM SABER O QUE FAZER. ENTREI NOVAMENTE EM CASA CHORANDO DEPOIS DE VOMITAR A ÚNICA COISA QUE COMI E ME ENCOLHI NO CANTO DA SALA EM POSIÇÃO FETAL O DIA INTEIRO APENAS DESEJANDO QUE TUDO ACABASSE. MAS NADA ACABOU! AQUELE PORCO IMUNDO DO MEU PAI NÃO VOLTOU EM TODOS ESTES DIAS! EU ACABEI DE ENTERRAR MINHA MÃE COM AQUELA CRIANÇA NO QUINTAL DE CASA! SIM, UMA CRIANÇA! ELA TEVE OSSOS RETIRADOS PARA FICAR COM BAIXA ESTATURA, FOI COSTURADO E ENVERNIZADO VIVO! ELE ESTAVA VIVO!! DAVA PARA VER SEUS ÓRGÃOS PULSANDO!


EU SÓ QUERO QUE ISSO TUDO ACABE.


5 de Mayo de 2021 a las 16:20 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

Conoce al autor

Renan Carmo Garcia •Olá, sou só mais um escritor e amante de palavras que gosta de criar histórias de minha autoria envolvendo teorias e pensamentos filosoficos geralmente da minha cabeça. Gosto de escrever contos e livros com capítulos curtos para uma leitura dinâmica e tranquila pensando nas pessoas que levam uma vida corrida e/ou cheia de contratempos pois sei como é ruim ter que parar de ler no meio de um capítulo.

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