anneclaksa Anne Claksa

Já viveram uma aventura sem sair de casa? Pois isto aconteceu com Narla, uma jovem de dezenove anos que, no dia do seu aniversário, compra um livro que faz parte de uma saga. Entretanto, esse presente será mais do que um simples passatempo. [Adeus Olimpo, de minha autoria e postada aqui no site, foi utilizada para a criação desta história]


Cuento Todo público.

#cheirodelivro #aventura #mitologia-grega
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A mais incrível aventura que vivi

Já viveram uma aventura sem sair de casa? Pois isto aconteceu comigo. Meu nome é Narla, tenho dezenove anos e vivi a mais incrível aventura que eu poderia ter imaginado. Pode parecer estranho o que vou contar agora, mas é a mais pura verdade. Dizem que os livros nos fazem viajar por diversos mundos e entrar nas histórias a cada linha que lemos. Bom, eu literalmente entrei em um livro.

Desde a minha adolescência, sou apaixonada por mitologia grega, adoro os mitos, os seus personagens, me interessa tudo o que for sobre esse assunto. Quando soube que uma autora escreveu uma saga sobre mitologia grega, fiquei louca para comprar o primeiro livro. E havia mais um detalhe, seria uma mitologia grega “diferente”. A curiosidade me tomou e esperei a data de lançamento.

Olha a coincidência: Adeus Olimpo foi lançado nas livrarias no dia do meu aniversário. Adivinha qual foi o meu presente? Fui à livraria e garanti o meu exemplar. Em duas semanas, li Adeus Olimpo, mas a história me encantou tanto que eu o reli diversas vezes, imaginando como seria incrível participar de um capítulo daquele livro ou dos outros da próxima história, o que não seria novidade para mim, pois eu sempre quis entrar nos mitos gregos e participar do que estava acontecendo.

Não sou muito de reparar em detalhes, mas Adeus Olimpo tinha um que me intrigou e eu mal sabia da aventura que me esperava. No final da contracapa, havia uma palavra escrita em outro idioma e, como sou expert em linguagem antiga, identifiquei que era um dialeto do grego antigo, uma palavra que significava “magia”. Porém eu não sabia pronunciar a tal palavra, tentei dizê-la em voz alta de várias formas, achei divertido, mas algo estranho aconteceu. Quando pronunciei o vocábulo pela última vez, meu quarto foi envolvido por uma luz e eu fui levada para dentro do livro.

Sério! Não estou brincando! Isto aconteceu mesmo, eu literalmente entrei dentro do livro.

No início estranhei o lugar, porém em poucos minutos reconheci onde estava, de tanto ler Adeus Olimpo, eu sabia que estava no monte Olimpo. Quase enlouqueci vendo todos aqueles deuses reunidos, porém o clima não estava bom, parecia que algo estava para acontecer…

Que besteira a minha! É claro que eu sabia o que ia acontecer, a Hera vai dizer que está indo embora do Olimpo. Naquele momento, estava sentindo mais emoção do que quando li o livro, pois estava vendo a cena ao vivo. Me escondi atrás de uma pilastra e acompanhei tudo de perto.

O Olimpo virou um alvoroço depois que Hera foi embora. Zeus chorava e eu pensava “Bem feito! Quem mandou ser um deus tão galinha?”, os outros deuses saíam para procurar por Hera. Tive muito medo de ser descoberta, mesmo que estivesse morrendo vontade de dizer poucas e boas para o Zeus, então me mantive quieta atrás da pilastra.

Porém, fui surpreendida.

— Quem é você?

Fiquei gelada na hora, me virei lentamente e vi a deusa Hebe na minha frente.

— Eu te fiz uma pergunta. Quem é você? – Ela me perguntou novamente, parecia estar um pouco impaciente.

— Eu… meu nome é Narla, senhora divindade. – Eu não sabia o que responder, falei a primeira coisa que passou pela minha cabeça. Fiquei morrendo de vergonha depois.

— Prazer em conhecê-la, Narla. Eu sou...

— Hebe, deusa da juventude. Não precisa se apresentar, eu te conheço muito bem... Ai, perdão.

— Está tudo bem. – Ela me respondeu de forma serena. — O que faz aqui no Olimpo?

— Bem, é uma história complicada de explicar.

— Então me explique como puder. Tenha certeza de que irei entender.

Comecei a explicar, contei sobre a minha paixão por mitologia grega, do livro que comprei e reli diversas vezes e de como fui parar no Olimpo.

— Parece que a senhorita se envolveu com algo mágico. Já ouvi falar desses objetos, há muitos espalhados por toda a Grécia, porém são bem raros de serem encontrados, tens sorte de ter se deparado com um. – Disse Hebe. — Esse objeto é algum pergaminho?

— Não, é um livro que comprei, mas jamais imaginei que ele era mágico e que eu fosse parar dentro dele ao dizer uma simples palavra: “Mageía”. – Percebi que Hebe estranhou quando eu disse “livro” e resolvi explicar. — Um livro é como um pergaminho, só que quadrado e com muitas folhas. Alguns servem para estudo, outros contam histórias, esses são meus preferidos, pois nos fazem viajar para lugares incríveis. Espere! Se estou em um livro, significa que tenho outros capítulos para visitar, posso ver todos os momentos do livro. Mas não tenho ideia de como fazer isso… — já estava tagarelando enquanto pensava alto as minhas possibilidades.

— Se um livro é como um pergaminho, então um pergaminho é a chave para a senhorita se transportar. Me disse que falou a palavra “mageía”, então talvez deva procurar um pergaminho com a mesma palavra e dizer qual momento deseja visitar. – Explicou Hebe. — Há uma sala cheia de pergaminhos, lá tem o que procura.

— Obrigada, farei isso. Foi um prazer te conhecer, Hebe. Só mais uma coisa, se eu quiser sair do livro, é só fazer a mesma coisa, por exemplo, ler “mageía” e dizer para onde quero ir?

— Isso mesmo. – Hebe confirmou. — Ah! Narla, se encontrar minha mãe, diga a ela que a amo e que sinto saudades dela. Posso ter enlouquecido, pedir ajuda para uma humana que mal conheço, mas tudo aconteceu tão rápido e qualquer ajuda, seja de onde for, é bem-vinda. Minha mãe foi embora, não se sabe onde ela está. Meu coração está apertado. Confesso que minha vontade é de ir com a senhorita e dizer isso pessoalmente a ela, porém não posso deixar meu pai aqui, ainda mais no estado em que ele está. Então, Narla, eu te peço, mande este recado para a minha mãe por mim.

Percebi o sofrimento de Hebe, ela estava bem aflita, seus olhos estavam quase se enchendo de lágrimas. Fiquei com muita pena dela.

— Pode deixar, eu digo para ela. - Falei isso e um leve sorriso no rosto de Hebe, que me agradeceu e me desejou sorte.

E fui em busca do tal pergaminho. Não foi difícil achar a sala, ficava atrás do salão dos tronos, difícil foi achar um único pergaminho no meio de tantos outros. Peguei um por um, olhei em cada parte da estante, li palavra por palavra.

Até que olhei para cima e vi um pergaminho na última prateleira. Só poderia ser ele, pensei, mas como eu iria pegá-lo? Estava muito alto. Tomei uma decisão arriscada, mesmo morrendo de medo de altura, resolvi escalar a estante até o pergaminho. Respirei fundo e comecei a subir em cada prateleira, um pé após o outro e tremendo por dentro. Quase me desequilibrei quando ouvi uma voz.

— Moça, o que está fazendo aí?

Levei um susto, me segurei na base de uma das prateleiras para não cair. Quando olhei para ver quem tinha falado, vi o deus Apolo.

— Perdão, eu só queria pegar um pergaminho que estava na última prateleira. – Respondi um pouco nervosa. — Eu me chamo Narla, sou uma leitora, vim parar dentro deste livro por magia e queria ver outros eventos. Mas preciso do pergaminho para isso e ele está na última prateleira.

— Entendo, Hebe me falou de você. – Disse Apolo. — Você poderia ter se machucado, um deslize seu em uma das prateleiras, cairia e teria uma bela fratura.

Ele me animou bastante com essa visão. Pensando bem e olhando para a estante, isso poderia ter acontecido mesmo. Imagine só voltar para casa com o braço quebrado?

— Hebe me mandou, pois sentia que precisava de ajuda e, pelo o que vi aqui, você precisava mesmo de ajuda. Vou descê-la para que possamos conversar melhor.

Apolo me levitou e me colocou no chão, agradeci, pedi desculpas e disse de qual pergaminho eu precisava. Acho que corei ao máximo quando ele me mostrou onde estava o que eu procurava. Sou bem distraída e não prestei atenção para ver que o pergaminho estava na primeira prateleira. Agradeci a Apolo pela ajuda, ele me desejou sorte e parti para a próxima parte da minha aventura.

— Mageía! Me leve para a construção das cidades chinesas!

...

Finalmente, cheguei à China... quer dizer, China antiga. Coloquei o pergaminho no bolso da minha calça e segui em frente.

Fiquei bastante admirada com o lugar, com sua cultura, suas belas e delicadas porcelanas pintadas de todas as cores, com as pessoas que riam e conversavam, me encantei com as crianças que brincavam sorridentes. E levei um susto.

Estava sendo perseguida por um dragão pardo imenso! Fiquei morrendo de medo, só torcia para correr bem rápido e não ser pega. Por sorte, alguém conseguiu domar o dragão antes que ele conseguisse me abocanhar.

Fiquei muito grata ao homem que me salvou, senti o meu coração falhar uma batida e quase desmaiei ao vê-lo: alto, loiro, olhos azuis, pele clara e bem musculoso.

— Senhorita, está bem? – Ele perguntou, eu apenas balancei a cabeça dizendo que sim. Me olhou de cima a baixo e achou estranho ver uma garota ruiva, com sardas, usando óculos, tênis e jeans na China antiga. — Por sua aparência e roupas, não é destas terras. Qual é o seu nome e de onde vens?

— Meu nome é Narla. E é bem complicado, mas sou uma leitora e vim parar dentro deste livro devido a uma magia. E você, quem é?

— Sou Ares, deus da guerra. Quer dizer, não sou mais, desde que deixei o Olimpo para acompanhar minha mãe. Sou um deus que ama a guerra, a luta, o conflito, na Grécia havia vários desses e eu estava presente em todos eles. Quando minha mãe me falou sobre as nações, tive um pouco de receio, pois deixaria tudo para trás para viver em uma nação. Mas pensei, se é uma nação, tem fronteiras e se tem fronteiras, é porque tem outros territórios que podem ser inimigos. Então, deduzi que estes cidadãos podem entrar em uma guerra e eu serei o deus perfeito para guiá-los em uma. Tem mais um detalhe, minha mãe disse que serei responsável pela próxima nação dela.

Ares ficou muito empolgado enquanto falava. E será que eu acabei de receber uma informação do que pode vir nos próximos livros? Bom, deixei isso de lado e foquei no que era mais importante.

— E sua mãe, onde está? - Perguntei à Ares.

— Está com meu avô, minha irmã e o Ixião. Estão ajudando os chineses a construírem as cidades. Venha, te levo até ela. - Ele me respondeu com a mesma empolgação.

Ares chamou o dragão pardo (sim, o dragão que tentou me atacar), subiu em cima dele e me chamou para subir também. Fiquei morrendo de medo, mas ele disse que não eu teria nada a temer, pois estaria em segurança ao seu lado. Aceitei a resposta dele, mas continuei com medo. Ares me levitou e fui colocada em cima da sela e partimos.

Senti um frio na barriga, mas, nesse passeio de dragão, pude ver a China antiga do alto, os campos de arroz, o solo arenoso, algumas pequenas cidades em construção.

Finalmente, chegamos e Ares me mostrou onde Hera estava. Em todo livro sobre mitologia grega, ela era retratada como uma deusa irascível e com uma expressão sempre fechada. Naquele momento, porém, vi uma Hera diferente, sorrindo, brincando, sua face estava mais serena, ela usava um belo quimono de cor rosa claro, seus cabelos negros estavam presos por um coque. Ares se aproximou dela, acho que falou de mim, pois ela olhou diretamente na minha direção e me chamou. Me aproximei bem receosa, procurava não falar muito, Hera podia até ter saído do Olimpo, mas o seu jeito rígido continuava o mesmo.

— Então, você é a tal leitora de quem meu filho falou. – Ela disse com uma voz séria e eu gelei por dentro. — Como se chama?

— Narla. – Respondi com a voz um pouco trêmula.

— Não precisa ter medo, não irei te machucar ou fazer algo contra você. – Hera falou com uma voz suave. — Ares, ajude Ixião e os chineses com as pedras. Eu e Narla iremos ajudar as mulheres a terminarem a pintura das porcelanas.

— Eu? – Perguntei espantada.

— Sim, aproveitamos e conversamos melhor.

Hera me levou até as mulheres e começamos a pintar as porcelanas. Me diverti muito fazendo cada desenho nas peças, pintando com as mais variadas cores; a pintura, assim como a leitura, é um ótimo passatempo.

Depois que terminamos o serviço, Hera me levou para um passeio por um jardim do palácio imperial e fiquei maravilhada com as flores que havia por lá. A deusa me contou sobre a sua experiência de fundar uma nação, de como estava sendo gratificante construir a sua própria, de ser reconhecida e venerada por isso. Ainda me contou que se sentia muito feliz com sua nova vida, pois, como rainha do Olimpo, ela nunca teve esse reconhecimento. Sempre admirei Hera, sempre a achei uma deusa forte que estava no lugar errado, mas, fundando a China, ela mostrava que era poderosa e poderia fazer coisas incríveis.

Eu mal podia esperar para ver a fundação dessa nação e da segunda nação dela. Aliás, eu poderia ver a fundação da China, seria o meu próximo passo. Me despedi de Hera, mas disse que em breve nos veríamos de novo, ela fez o mesmo e me desejou sorte. Peguei o pergaminho e disse:

— Mageía! Me leve para a fundação da China!

...

No livro, o palácio de Atlas é um lugar imenso, mas, pessoalmente, é gigantesco e muito bonito, tem um ar sóbrio, bem elegante e estava todo decorado de acordo com a cultura chinesa.

Dei uma volta pelo salão, os deuses do Olimpo compareceram à festa, vi que Afrodite ficou encantada com a decoração do lugar, reparei em Ilítia voltando para o salão junto com Zeus, parecia que os dois tiveram uma conversa bem séria. Depois, reencontrei Hera, mas só a vi de longe, ela entrava altiva, com um sorriso no rosto e segurando a filha nos braços, estava deslumbrante naquele quimono negro. Fui falar com ela, que me reconheceu na hora, fiquei encantada com Khayna, era uma graça a futura deusa da China com seus olhinhos puxados.

— Narla! Que bom vê-la novamente. — Disse Hera.

— Não disse que nos veríamos outra vez? – Brinquei com ela, já me sentia íntima da deusa. — Parabéns pelo país, tenho certeza de que a China será uma grande nação.

— E será, Narla! – Disse Ixião. — Hera é uma deusa incrível e tem ótimas ideias. A China irá crescer e prosperar.

— Agradeço aos dois pelos elogios. – Hera agradeceu.

— Ah! Me lembrei! Hera, tenho um recado da sua filha Hebe para você. Ela disse que te ama e que sente a sua falta. – Falei, mas senti que a deusa ficou um pouco incomodada. Com toda a educação, ela me respondeu.

— Obrigada, Narla. Também sinto saudades dela, a amo muito, espero um dia reencontrá-la e lhe dar um abraço.

— E você vai. Pode demorar, mas esse encontro vai acontecer.

Um pouco depois, Hera se retirou do altar e foi para fundos do castelo, aconteceria o momento que mais adorei ler, a conversa com Zeus. Não entrei na sala, fiquei do lado de fora ouvindo a conversa, que começou calma, mas depois ficou tensa. Hera começou a gritar e a falar de modo rígido, Zeus só pedia desculpas e pedia para ela voltar para ele, mas ela estava irredutível.

Depois de um tempo, Hera saiu da sala, tentava disfarçar que aquela conversa mexera com ela, respirou fundo e seguiu em frente, afinal de contas, decidiu ter uma vida nova e que começava a partir daquele momento. Zeus, por outro lado, ficou na sala chorando, estava sentindo o que é perder um amor. Pensei em dizer umas poucas para ele, que merecia perder Hera, pois nunca soube a respeitar, mas, ao vê-lo chorando ajoelhado no chão, confesso que senti um pouco de pena, por mais que ele tenha errado com Hera, a amava e não queria perdê-la. Os deuses também amam.

De repente, Zeus se virou e me viu, fiquei assuntada.

— Quem é você? – Perguntou ele com a voz chorosa.

— Eu sou Narla, uma leitora que veio parar dentro deste livro por magia. – Respondi.

— Se você veio de fora, então, deve ter vindo rir por Hera ter me deixado.

— Não! Eu jamais iria rir de um deus, principalmente do rei dos deuses. Sei que está sofrendo, mas você,... perdão, o senhor cometeu muitos erros com ela, sempre a traindo, nunca respeitando-a, não a enxergando como uma deusa incrível. Hera se cansou e partiu para uma vida em que teria tudo que não teve. E agora, está conseguindo isso vivendo na China, ela está feliz.

— Ilítia também me disse isso, me sinto tão culpado.

— Sei que está arrasado, mas, assim como Hera, deve seguir em frente, continuar sendo o rei do Olimpo e quem sabe até encontrar um novo amor. Claro que esse último fica à sua escolha, se não quiser, tudo bem, mas tire forças dessa tristeza, para seguir com sua vida e tentar ser feliz.

— Como posso ser feliz sem Hera? Ela é o amor da minha vida.

— Você vai conseguir, acredite em mim, você vai encontrar um novo amor. Bom, tenho que ir agora, mesmo eu sendo uma mera mortal, pense no que eu disse.

Me afastei dele e fui para outro lugar. Peguei o pergaminho, respirei findo e disse:

— Mageía! Me leve até Têmis!

...

Retornei ao Olimpo. Havia um evento sendo preparado, o casamento de Zeus e Têmis. Fiquei de boca aberta ao ver decoração: flores enormes e bem coloridas, plumas brancas, um cupido atirando jatos de perfume, as únicas coisas que eram razoáveis, eram as toalhas de mesa.

A reação de Afrodite diante daquilo foi engraçada, nunca havia visto algo tão brega, ri quando li no livro e também quando presenciei a cena. Queria conhecer a autora dessa festa, digo, a noiva, então fui procurar por Têmis.

Cheguei a um dos quartos do Olimpo e vi uma mulher de cabelos e olhos castanhos se arrumando. Passava uma maquiagem brilhante, vestia um vestido branco brilhante, cheio de plumas, a primeira palavra que veio em minha cabeça foi: perua. Tudo bem que disse para Zeus encontrar um novo amor, mas tinha que ser uma perua como aquela? Têmis notou minha presença.

— Olá! Veio me ajudar a me vestir? – Ela perguntou com empolgação.

— Não. Na verdade, sou apenas uma leitora que veio parar dentro desse livro, meu nome é Narla. – Respondi.

— Ah! Que legal! Alguém para conversar. – Têmis se levantou e deu pulinhos, o que mais poderia se esperar de uma perua? — Me diga, como estou, Narlinha?

Olha, ela pegou intimidade comigo. Eu respondi:

— Parece uma linda noiva.

— Obrigada! Mas ainda não estou pronta, falta colocar uma coisinha.

Têmis pegou uma tiara com pedras enormes e disse que iria usar no casamento, eu falei que a deixaria mais bonita. No livro não dava para notar, mas, pessoalmente, percebi que Têmis gostava de falar. Enquanto se arrumava, ela contava como conheceu e se apaixonou pelo Zeus, de como ele a pediu em casamento e da expectativa em ser a rainha do Olimpo, eu ouvi atentamente. Quando terminou de se arrumar, Têmis me perguntou novamente como estava e eu respondi:

— Continua uma linda noiva.

Pouco tempo depois, Têmis saiu, estava na hora de se casar. De longe, acompanhei a cerimônia, a noiva estava empolgadíssima, já o noivo... nem tanto. Ele estava de olho em Hera, de uma forma disfarçada, mas estava. Até que finalmente, Têmis e Zeus foram declarados marido e mulher, ela pulou no pescoço dele para beijá-lo. E assim acabou a minha aventura por Adeus Olimpo, peguei o pergaminho e disse pela última vez:

— Mageía! Me leve de volta para o meu quarto!

Fui envolvida por uma luz e estava em meu quarto outra vez.

...

Foi incrível o que vivi, entrei em uma história, conversei com deuses e vivenciei, pessoalmente, os meus momentos preferidos no livro. Fiquei ainda mais encantada por Adeus Olimpo, parece que essa saga de mitologia grega de um jeito “diferente” será incrível. Mal posso esperar por A Família Olimpiano e suas nações, Parte 1, quero saber quais deuses irão fundar as nações e espero que o livro venha com a palavra “mageía”, pois vou querer viver essa aventura.

16 de Abril de 2021 a las 21:19 14 Reporte Insertar Seguir historia
11
Fin

Conoce al autor

Anne Claksa Gosto muito de mitologia grega e de aprender sobre países e por isso, eu criei e escrevi histórias imaginando, como seria se alguns países tivessem sido fundados pelos deuses olímpicos. Gosto de ler basicamente sobre tudo, mas tenho preferencia por romances, fantasia e um pouco de drama, agora, se a história tiver mitologia grega e sobre a segunda guerra mundial, aí me conquista.

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Olá, Anne! Primeiramente, gostaríamos de agradecer a sua participação no #cheirodelivro! Ter vocês, autores, nos apoiando com suas histórias incríveis e participando ativamente deste desafio nos deixou realmente felizes. Acreditamos que somos apenas um ponto numa multidão de pessoas que adoram mitologia grega, mas, olha só, não é só por gostarmos desse tema que adoramos acompanhar sua história, não! Adoramos acompanhar sua história por conta também da energia positiva que ela tem e pela deliciosa sensação de estarmos em um bate-papo com sua protagonista. Em Minha Aventura em uma Mitologia Grega Diferente, pudemos embarcar em um livro seu que não conhecemos, mas mesmo assim conseguimos assimilar todas as coisas que nos foram apresentadas, graças ao seu cuidado em sempre colocar referências claras e que fizessem sentido a qualquer leitor. A proposta do desafio era que seu personagem de alguma forma acabaria por entrar dentro de seu livro favorito e isso acabou por acontecer quando, curiosamente, ela disse em voz alta aquelas palavrinhas, arriscando-se a desafiar seu conhecimento pela língua antiga. E foi aí que toda a magia acabou acontecendo e ela acabou sendo sugada para dentro da obra. Muito perspicaz e condizente com o que pediu o desafio. É muito difícil encontrar alguém que já não conheça os personagens da mitologia grega e seus dramas. Portanto, não foi difícil entender os motivos de Hera abandonar Zeus, por exemplo. Você também foi capaz de ressignificar muitas dessas figuras e suas relações, de modo a criar sua própria versão da mitologia grega, uma vez que o conto foi baseado em uma história sua. Narla, por sua vez, é uma personagem curiosa e cativante, uma figura tão distinta que sequer os deuses sentiram alguma estranheza por sua presença ali: muito pelo contrário! Toda sua ajuda foi bem-vinda, de modo que ela amarrou as pontas da história. Você ambientou sua história de uma forma interessante, de modo que o leitor pudesse premeditar o próximo cenário antes mesmo de ser introduzido a ele, graças ao encantamento de Narla que a permitia transitar por diferentes espaços. No entanto, você ainda provê aos leitores descrições sobre pormenores de cada um desses lugares, o que apenas torna sua ambientação mais certeira. A ambientação é uma parte muito importante da história, que afeta sua coerência, e você conseguiu trabalhar bem com ela. Parabéns! E também gostaríamos de parabenizá-la pelo cuidado que teve com a correção do seu conto, o que contribui para que nos sintamos ainda mais acolhidos por você e pela sua história. E gostaríamos de contribuir ao menos um pouco com o seu crescimento como escritora aconselhando que tenha um pouco mais de cuidado ao utilizar pontos de exclamação. Não é algo que atrapalhe a leitura, claro, mas esperamos que seja uma observação válida e útil para você. Esperamos que seu conto seja também um chamariz para a sua história Adeus Olimpo e que os leitores que chegarem aqui se sintam tão encantados quando nos sentimos com a Narla e com o mundo por você criado. Obrigada pela sua participação, foi muito bom poder contar com você neste desafio e esperamos que nos agracie com suas obras em outros. Os resultados serão divulgados em breve nas nossas mídias sociais. Fique de olho e boa sorte!
April 23, 2021, 22:59
𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 . 𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 .
Oi, Anne! Como vai? ♡ Sou apaixonada por mitologia, e um clássico como a grega não poderia ficar de fora. Portanto, me apaixonar por sua história não foi difícil, dado ao tema, e sobretudo, a trama. Hera se separando de Zeus? A Nala deve muito bem ter se sentido no meio de um episódio de Casos de Família. KJDAWIFDAWUHFU A viagem de Nala pela história é muito interessante, tão mais a forma como ela viaja por dentro do livro. É como se a própria autora quisesse que isso acontecesse com seus leitores, e a gente aqui fica só sonhando na possibilidade disso um dia acontecer. Toda a familiaridade que ela tem com os ambientes e os personagens só provam que Nala é de fato fã de carteirinha da obra, que por sua vez é um livro escrito por ti, Anne! Agora, estou curiosíssima pra dar uma boa olhada nele e ficar sabendo de todos os pormenores de Adeus Olimpo. Meus parabéns por sua história, e muito obrigada pela sua participação no desafio #cheirodelivro. ♡
April 21, 2021, 14:47

  • Anne Claksa Anne Claksa
    Olá! Confesso a você que mitologia grega é o meu assunto favorito, adoro praticamente tudo sobre o tema e resolvi mostrar isso através da minha personagem. Imagina como foi para a Narla, acompanhar a cena da Hera se separando do Zeus, de perto? Deve ter sido uma sensação incrível acompanhar cada momento da discussão entre os deuses. Confesso também, que tive um pouco de dúvida em como fazer a Narla parar dentro do livro. Mas no final das contas, acabei usando a ideia que coloquei no conto. Obrigada pelo elogio ;). Fique à vontade para ler Adeus Olimpo quando quiser, ficarei feliz em ter sua companhia por lá. Essa história faz parte de uma pequena saga que criei e que em breve, outras histórias serão publicadas. Obrigada por ler e comentar :D Até a próxima!!! May 05, 2021, 16:36
Danieli Cavalcanti Danieli Cavalcanti
A Narla é realmente cativante, estava aqui lendo sua história desejando acompanha-la em suas aventuras pelo mundo da Mitologia Grega. Aceita mais uma na mala? ^^ Ah! Obrigada por ter seguido a minha história. Boa sorte no desafio!
April 21, 2021, 14:44

  • Anne Claksa Anne Claksa
    Olá! Fico feliz em saber que gostou da minha personagem :D. Quem não queria acompanhar a Narla nessa viagem? kkkk. Obrigada por acompanhar e ler a minha história :) Até a próxima!!! May 05, 2021, 16:06
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
Oiê! Ai, gente, eu achei a Narla um amorzinho! Deu vontade de apertar. Sem dúvidas alguém com quem amigaria rápido hahaha Eu adorei a forma como você resolveu desenvolver a sua história. Foi realmente um sonho de leitora sendo realizado e, pra ser sincera, ler sua história até me fez recordar das vezes em que me imaginei dentro das histórias que leio (o que foi engraçado, porque isso fez com que eu me visse na Narla também 🥰). Eu adorei o fato de você ter usado um livro seu e mesmo assim ter conseguido deixar a narrativa bastante clara: eu não conheço seu livro, mas terminei esse conto como se já o conhecesse, em principal porque pude ver a Narla interagir com os personagens e participar de momentos do livro. Parabéns pela história ❤️.
April 21, 2021, 13:51

  • Anne Claksa Anne Claksa
    Olá! Esse desafio foi um teste para mim. Eu testei uma nova forma de narrar e outro tipo de texto. Eu me acostumei a escrever histórias com vários capítulos e eram sempre narrados em terceira pessoa. Nesse desafio, resolvi fazer algumas mudanças. Assim que soube do desafio, eu comecei a planejar a história e foi assim que surgiu a ideia de colocar o personagem para narrar a história para leitor. Adeus Olimpo é uma história minha, com capítulos e narrada em terceira pessoa, resolvi transforma-la em um livro, a Narla faria essa viagem por ele e contaria para o leitor, como se estivesse conversando com um amigo. Antes de publicar, tive que organizar muito bem o que teria na história, principalmente como a Narla iria parar dentro do livro, até que achei a solução, uma palavra mágica e um pergaminho (aliás, eu tive que pesquisar como era a palavra magia em grego, para poder combinar com o tema do livro). A Narla é uma criação minha, eu ia utiliza-la em outro projeto meu, mas resolvi coloca-la no conto. E eu separei alguns capítulos de Adeus Olimpo para escrever a história, aliás, Adeus Olimpo, faz parte de uma pequena saga que criei. Obrigada pelos elogios ;) Até a próxima!!! April 23, 2021, 15:13
Urutake Hime Urutake Hime
Olá! A mitologia grega é uma coisa que estamos acostumados a ver desde crianças, como em desenhos animados e depois na escola, nas matérias. É praticamente impossível não gostar de Mitologia Grega e qualquer obra que aborda o tema. Confesso que, por ser em primeira pessoa, parecia que a personagem estava se comunicando o tempo todo comigo, como se fosse uma velha amiga compartilhando uma fofoca. Isso definitivamente deixou a leitura bem mais divertida... Outro motivo que me fez querer ler a história a qual usou aqui é por conta do casal. Eu não sou chegada em Zeus ou Hera, sempre tive muitas criticas sobre os dois... Mas como na história eles seguem caminhos diferentes, além de se misturar com a cultura chinesa, fiquei bem curiosa pra saber no que pode dar essa mistura. E ainda teve essa nova noiva do Zeus que parece bem doidinha... Chamá-la de perua já me fez lembrar de algumas personagens de desenhos animados. Quanto a ideia de levar a personagem para dentro do livro graças a uma palavra mágica foi algo genial, simples e que funciona muito bem nesse contexto. Ainda teve a facilidade de usar o mesmo recurso entre os pergaminhos, isso realmente facilita a forma de viajar. Ficou muito bom e divertido, eu realmente gostei ♥ Parabéns pela participação no desafio!
April 21, 2021, 01:26
Welington Pinheiro Welington Pinheiro
Logo assim que postei meu conto no desafio, a sinopse do seu me chamou atenção. E - olha só! - cá estou colocando a sua história como a primeira da minha lista de leitura. E isto por uma razão muito simples: eu adoro mitologia grega. Sou historiador do mundo grego antigo, mais especificamente o período da Grécia Arcaica, cresci lendo as histórias da mitologia e ensinei meu filho a ler com elas. Até hoje ele também as tem como suas histórias preferidas. Os trabalhos de Hércules, as viagens de Odisseu, a Guerra de Tróia, o continente perdido de Atlântida, dentre tantos outros. O que mais gostei no seu conto é ver o quanto essas velhas histórias fundadoras da nossa cultura ainda são vivas e o quanto são capazes de nos encantar. Sua protagonista é uma observadora, ela nada faz em todos os lugares por que transita no livro. E nem precisa, aliás, nem deve. Você optou por conduzir o leitor a mergulhar no maravilhoso mundo dos mitos gregos através dos cenários. Mostrou os deuses extremamente humanizados como aquele povo gostava e não deixou de revelar as eternas tramas entre eles, como no caso óbvio de fazer a gente refletir no quão a deusa Hera realmente foi ofuscada por seu marido nos mitos, refletindo um sintoma daquela cultura, onde as mulheres por mais brilhantes que fossem não podiam mostrar toda dimensão do seu talento, pois era uma sociedade feita por homens e para homens. Por fim, é como ler um novo mito grego, porém feito no mundo moderno. Confesso que fiquei curioso em ler a obra que inspirou sua história. Não a conheço. Sua história também me lembrou alguns jogos como "Imortal Rising Fenix" e "Kid Icarus", ambos de Nintendo Switch, o videogame que curto com meu filho. Parabéns, Anne! Curti sua história. Uma viagem no mundo atemporal dos mitos. (e ainda estou aqui pensando na grande nação - a China - Hera ergueu, tá aí... se vingou pra valer rs)
April 20, 2021, 22:06
Max Rocha Max Rocha
Olá Anne. Ao ler sua história me lembrei de minha infância, a ler as aventuras de Emília, Pedrinho e o Visconde de Sabugosa, transportados pelo pó de pirlimpimpim para a Grécia antiga, ou Hélade, melhor dizendo, a visitar o Monte Olimpo e comer as iguarias dos deuses gregos, o néctar e a ambrosia (rsrsrsrs). Monteiro Lobato, através da falastrona boneca Emília, conversava com as divindades gregas, exatamente como a sua Narla o faz, só que sua história tem um viés mais adulto. Achei interessante o retratar das fraquezas muitíssimo humanas dos deuses e a desenvoltura de Narla perante as situações de risco que vivenciava. Fui aos risos com a caracterização de Têmis como perua. Quisera eu ter um comando tipo mageía a me conduzir aos recônditos de toda obra cativante que lesse. Poderíamos assim fugir deste mundo cheio de loucura e intolerância. Leitura agradável e dinâmica, sinal que o texto é bom! Adeus Olimpo deve ser uma obra interessante, a julgar pela sua fascinação com o tema. Boa sorte no desafio e abraços do Fantasma.
April 20, 2021, 20:28
CC C Clark Carbonera
Primeiramente, gostei muito da narrativa ser em primeira pessoa, isso traz uma perspectiva mais intimista pra história. De fato, é interessante você colocar deuses gregos na China (antiga, moderna ou contemporânea). Anne, você conhece sobre filosofia e pensamentos religiosos chineses? Todos eles são muito ricos em sua essência e como o padrão de pensamento oriental é bem diferente do ocidental (praticamente uma polaridade), achei diferente trazer a perspectiva puramente ocidental para a fundação de uma nação como a China, pois o pano de fundo filosófico dela é muito denso e forte (digo que a forma de pensar de qualquer divindade, para que essa nação fosse fundada, não seria compatível com a forma de pensar dos deuses gregos), a não ser que essa China do conto não seja igual a China do nosso mundo, e sim uma outra China fictícia dentro do universo que você criou. Curioso!! O detalhe que trouxe pra Narla poder visitar e bisbilhotar os acontecimentos de qualquer capítulo do livro foi muito bem bolado, simples, mas bem bolado. Gostei bastante dele também! No mais, sua história está boa, a narrativa ótima! Parabéns por publicar e participar do desafio. É a primeira história que leio tua e a experiência valeu a pena :)
April 19, 2021, 23:21
Afonso Luiz Pereira Afonso Luiz Pereira
Olá, Anne, em primeiro lugar esclareço que não sou profundo conhecedor da mitologia grega. Então, não posso inferir o que há de fidelidade folclórica dos Deuses olimpianos ou alterações na sua mitologia, ou se você a segue sob um ponto-de-vista alternativo nessa versão do teu livro “ADEUS OLÍMPO”. O fato é que, uma coisa ou outra, penso que você conseguiu dar o seu recado com muita leveza e espontaneidade sob a perspectiva de uma fã dos Deuses (personagens) mais importante desta mitologia. Você escreve bem, a leitura corre fácil e conta um pouquinho de sua própria obra literária, desde o quebra-pau entre Zeus e Hera, passando rapidamente pela fundação da China, segundo a versão livre de sua história.
April 17, 2021, 03:20

  • Anne Claksa Anne Claksa
    Olá! Eu sempre gostei de mitologia grega e resolvi criar histórias sobre os deuses gregos, só que de uma forma diferente, pois, a mitologia em si tem coisas bem pesadas. Então, não tem problema se não é conhecedor de mitologia grega. Adeus Olimpo é a primeira história de uma pequena saga que eu criei, algo bem diferente com os deuses gregos. Obrigada pelos elogios :D! Eu quis mostrar um pouco de Adeus Olimpo, através da aventura da Narla, retratei alguns capítulos da história e a minha personagem presenciando seus momentos preferidos no livro. Além de conversar com os deuses, a Narla, assim como eu, adora a mitologia grega e seus mitos. Obrigada por comentar, Até a próxima! April 19, 2021, 00:02
Afonso Luiz Pereira Afonso Luiz Pereira
A Narla dentro do livro parecia Alice no país das Maravilhas, mas sem as encrencas desta última. Uma jornada interessante entre os capítulos. Uma boa sacada: escrever sobre o que gosta, participar do Desafio da Escrita e, de quebra, fazer um marketing muito criativo sobre o seu livro. 3 coelhos numa cajadada só. Minhas congratulações pelo texto. Muito bom.
April 17, 2021, 03:19

  • Anne Claksa Anne Claksa
    Olá! Quando soube do desafio, comecei a ter a ideia e Adeus Olimpo seria a história perfeita para isso. A Narla é uma criação minha, ela estaria em um outro projeto meu, mas resolvi a colocar nesse desafio. Mais uma vez, obrigada pelos elogios. :D E obrigada por ler a minha história! Até a próxima! April 19, 2021, 00:13
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