oak Rodrigo Carvalho

Caminhando por algum lugar desconhecido você não sabe onde dará a próxima curva ou, o que está logo atrás daquela que você acabou de fazer.


Ciencia ficción No para niños menores de 13.

#tensão #ficção #horror #suspense #horror-cosmico #cosmic-horror #mistério #conto #história
Cuento corto
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Eu, você e ele

Norman atravessou o portal e deu de cara com o interior obscurecido do que deveria ser uma salão de conferência. Sua respiração estava acelerada, o que tornava difícil de se concentrar no que era importante. O peito palpitava e ele podia até ouvir suas artérias bombeando sangue para o seu corpo enquanto tentava decidir se continuava a correr em meio a escuridão ou ficava ali e enfrentava aquilo.


Herman se deparou com um corredor estreito e levemente colorido por uma iluminação tênue e tremulante. Seus olhos podiam focar, nos curtos intervalos entre cada piscadela, os contornos e nuances do lugar. Paredes, chão e teto eram diferentes de tudo o que ele já tinha visto até aquele momento, eram irregulares mas formavam contornos que a natureza não poderia criar naturalmente. Ele não sabia o que era e a ideia de caminhar por entre aquelas paredes o incomodava, o suor nos mãos e a sensação de estar em perigo que eriçava seus pelos por todo o corpo não o deixavam em nenhum dos passos que dava sempre indo para frente.


Aquilo caminhava hesitante enquanto avaliava o caminho até o portal. Sua visão era obstruída pela natureza daquele caminho, mas ela sentia que havia algo à sua frente, algo que ela desejava. Não ousava retroceder, mas ia lentamente em frente, em meio a um duelo em seu interior entre o perseguir aquilo que o atraia e escapar dali, como seu instinto dizia.


Norman caminhou quieto, escolheu fugir e seguir em frente dentro da grande sala de conferência obscurecida. Tateava apenas com seus pés nús o chão e suas mãos trêmulas no ar a sua frente.


Herman seguiu pelo caminho, sem retroceder, evitando a sensação de terror que sentia dentro de si. As mãos iam pela parede, sentindo as nuances das formas da mesma forma que seus pés iam pelo chão.


Aquilo respirava fundo, misturando o instinto de lutar ou fugir com a incredulidade de estar alcançando sua presa, mesmo tomada por um terror que era incapaz de compreender ela se manteve firme, trêmula, hesitante e excitada.


Atravessou o limiar, deparando-se com um caminho não esperado. Estava na frente de um corredor estreito, porcamente iluminado em meio a flashes coloridos que davam aos formatos não naturais mas obtusos aspectos ainda mais não compreensíveis.


Sentiu a visão incomodar, não via como antes, estava obstruída pela natureza do caminho, mas sentia que havia algo ali, algo à sua frente, algo que ele queria, que precisava, que necessitava de ter para si, mesmo, que algo lhe dissesse, dentro de si, para não continuar, para, se virar e voltar.

21 de Marzo de 2021 a las 10:07 1 Reporte Insertar Seguir historia
9
Fin

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Rodrigo Carvalho Gosto de escrever, ** *** ******* ***, por enquanto é só isso.

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Fabi Soares Fabi Soares
Adorei a história! Agora quero continuação porque fiquei curiosa sobre o que aconteceria caso os personagens se encontrassem.
March 21, 2021, 12:14
~