melpomene Melpomene Arinne

"Era um lindo fim de semana ensolarado no pacato bairro de Windermere. Todos os vizinhos se uniram para realizar a famosa festa anual, onde levantavam fundos para instituições de caridade local. Todos ajudavam, até mesmo meu vizinho, o rapaz simpático da casa da branca em frente à minha nova residência. O culpado por desenterrar o passado enterrado em mim, fazendo-o surgir como uma besta, dominando-me. Minha culpa era sua beleza."


Cuento Sólo para mayores de 18.

#conto-de-terror #originais #fiqueemcasa #terrorehorror #+18 #brasil #376 #crime #sexta-feira13 #br #230
Cuento corto
0
2.4mil VISITAS
Completado
tiempo de lectura
AA Compartir

One Shot- Blue Jeans


As sirenes soavam do lado de fora, o barulho era estarrecedor. Os gritos da população revoltada chiavam por todo pequeno bairro de Windermere.


Orlando, o paraíso na terra. Tudo era perfeitamente calmo por ali e eu havia prometido para mim mesmo que não tornaria as coisas difíceis naquela cidade. No entanto ali estava eu, sentando em minha poltrona, de frente para a janelas do meu quarto vendo as luzes vermelha e azul oscilando, com as vozes nos megafones me chamando para fora. Me obrigando há render-me, mas eu era inocente! Eu era a verdadeira vítima e sua beleza estonteante foi a isca para minha queda.


Era um lindo fim de semana ensolarado no pacato bairro. Todos os vizinhos se uniram para realizar a famosa festa anual, onde arrecadavam fundos para as instituições de caridade local. Todos ajudavam, até mesmo meu vizinho, o rapaz simpático da casa branca. O culpado por desenterrar o passado enterrado em mim, fazendo-o surgir como uma besta, dominando-me.


“Ele era lindo, estonteantemente belo...” suspirei ao lembrar-me.


Sua pele era alva e de aparência aveludada, o que era ainda mais real ao ser tocada. Alto, magro, cabelos pretos e curtos penteados no estilo Rock roll de Elvis Presley. Olhos escuros como o breu da noite, fascinantes...Lábios rosados e carnudos, deixando bem aparente o quanto era saudável.


Billy, como soube dias após minha chegada, era perfeito, digno de uma aparência que não merecia ser corrompida pelo tempo. Eu- Eu só queria fazê-lo durar, tanto quanto o infinito de sua beleza diante dos meus olhos. Ele merecia ser eterno. Precisava ser.


Naquele dia em questão ele ajudava na decoração das casas, tudo estava lindo. As ruas onde aconteceriam as atividades do evento haviam sido fechadas, só era permitido o acesso de pedestres. Os simpáticos policias John e Mike estavam por lá, apesar de nunca ter acontecido nada nessas comemorações, pelo que eu soube, a presença deles era tranquilizadora.


Até aquele dia em questão eu não havia trocado uma palavra, além de um “oi”, dado pela manhã quando ele saia com os Hamptons para comprar as luzes que faltavam para a decoração. Eu estava por acaso no meu jardim, mas muito antes disso eu sabia de quem se tratava.


Foram exatos três meses, quando dei por mim e uma voz perigosa me alertou tarde demais, já sabia todos seus hábitos e toda sua rotina.


Bill costumava morder os lábios quando estava desconfortável. Era incrivelmente vaidoso, até mesmo de pijama exalava vaidade. Estava sempre impecável e era belo até mesmo de camisa branca e jeans azul. Saia as 6 da manhã com o cachorro Sunday para um passeio que durava em média 40 minutos. Quando retornava tomava um banho e depois um café da manhã no jardim de sua bela casa. Não tinha relacionamentos íntimos com ninguém, sua companhia geralmente era a presença dos vizinhos em jantares que ele oferecia ou era convidado. Não tinha uma relação amigável com a família.


As janelas de sua casa estavam sempre abertas, meu quarto ficava de frente para casa dele, tinha uma visão privilegiada proporcionada pelos dois andares de ambas as casas. Ao se trocar sempre tirava os sapatos primeiro, depois a blusa. Por último as calças e as roupas intimas no banheiro. Se secava por lá também, pois sempre voltava seco, cabelos molhados e nu para se trocar no quarto. Quando se vestia colocava a camisa primeiro depois a cueca e então, dependendo da escolha, as calças. Costumava se arrumar antes dos sapatos digo arrumar os cabelos, a maquiagem que apesar de suave era perceptível e então os sapatos.

Ele era doce e querido por todos... “Bom dia Bill, como anda?” Todos se preocupavam com ele. Era como um filho querido para todos aqueles senhores e senhoras.


“Bill...Bill...Bill...”, seu nome ecoava por todos os cantos em minha cabeça, me fazia ofegar, suar e deseja-lo ardentemente, não como desejei os outros. Bill era um pecado maior.


Tudo nele me atraia para destruição, talvez sua beleza. Sua maldita belezasequei as lágrimas que escorreram silenciosas por meu rosto Maldito! Ele poderia ser meu para sempre, eu poderia ter sido diferente. Mas ele era perfeito demais!


Eu só queria fazê-lo eterno! Maldito, com sua maldita perfeição... — apertei firme os braços da poltrona onde me encontrava — eu havia prometido aos céus que não tornaria a fazê-lo, mas eu cai...eu-eu fui fraco. Encontrei uma “maça” que me tentou muito mais do que a serpente à Eva no seu belo jardim dos céus.


Bill envenenou-me, com o brilho dos seus olhos, despertou-me para uma verdade terrível escondida em minhas trevas. Uma presa mortalmente fraca, tão carne e desejo, quanto se pode controlar.


Naqueles dias, atraí-lo para minha casa foi mais fácil do que planejei.


Eram exatamente sete horas da noite. Ele voltava para casa, iria se arrumar para há confraternização. Quando o avistei do meu jardim agi rapidamente. Um pouco cambaleante, caminhei em direção a varanda de minha casa, tropeçando no caminho. Como eu disse, foi fácil atrair sua atenção. Bill era sempre atencioso com os outros, não me negaria ajuda.


“Thomas, você está bem?”, ele me chamou, a preocupação evidente acentuada no tom de voz. Ofeguei acenando positivamente com a cabeça.


“Foi...só uma tontura”, respondi apoiando-me no batente da porta entre aberta. Sabia o que viria a seguir. Ele não perguntou novamente, eu sabia. Com toda sua bondade ele entrou no meu quintal e caminhou até mim.


Deixe-me te ajudar”. A atenção dirigida a mim aquecia-me também. Um rosto bonito e um coração apetitoso. Não havia mais volta, meus olhos brilhavam sobre ele. O caçador, virando a presa.


Bill ajudou-me a entrar. Com o corpo apoiado sobre o dele pedi que me deixasse na poltrona próxima a porta. Ele o fez e caminhou, afastando-se um pouco, na direção oposta à saída. Ele não notou, ninguém notaria. A casa estava toda fechada.


Sorri agradecendo. Logo em seguida me levantei e sem dizer nada empurrei a porta, fechando-a. Foram apenas alguns minutos de silêncio. Sua transparência impedia-o de disfarçar qualquer emoção naquele momento e o medo em seus olhos era um deleite para mim.


Deixe-me lhe agradecer pela ajuda Bill”, sussurrei, sentindo aquele velho sorriso abrindo em meus lábios. “sua presa, sua presa” a voz ecoou em minha cabeça.


“Imagine, não precisa. Eu fico feliz em ajudar”, falou e a ansiedade em sua voz causou-me excitou-me. Ele estava com medo, muito medo. “Eu fiquei encarregado de ajudar na festa”, sorriu caminhando em direção a porta. Agarrei seu braço vendo-o se assustar.


“É apenas um chá”, suavizei minhas expressões. Aquele era um momento crucial, ainda que vê-lo naquela situação fosse um deleite, minha ações deveriam ser precisas com o único objetivo de fazê-lo aceitar o convite. “Pavor, tenho certeza que terá tempo de se arrumar e ir à festa. É o mínimo que posso fazer por você”, sorri gentilmente soltando-o. “Deixe-me agradecer”.


Ele não ia recusar, eu tinha certeza. Afinal, nem nos conhecíamos, ele era o tipo que não gosta de deixar má impressão. Estava claro que ele não queria me ofender, então agiria como se na verdade estivesse tudo bem e não estivesse assustando.


Na cozinha preparei minha especialidade em chás, chá de papoila, as belas flores que eu cultivava no jardim. Coei o chá e o preparei para servir. Na bandeja coloquei o bule de porcelana, contendo o chá. Duas xícaras, uma pequenina tigela com cubos de açúcar e o frasco com “adoçante”.


“Aqui está”, sorri convidativo, colocando a bandeja sobre a mesma de centro. Um suspiro de alivio profundo foi dado por ele “é apenas um chá” deve ter pensado. Servi sua xícara, fazendo o mesmo com minha. “Açúcar ou adoçante?”


“Adoçante, por favor”. “Adoçante, por favor. Adoçante, por favor. Adoçante, por favor”. Sua voz ecoou em minha mente e com ela muitas das ocasiões em que presenciei seus pedidos nos cafés da cidade.


“Três gotas?”


“Sim, é o suficiente” falou sorrindo. “Sim, é o suficiente”. Preparei-lhe o chá e me sentei no sofá a sua frente. Bill agradeceu e tomou-o calmamente, sorri fazendo o mesmo com o meu.


“É realmente muito gostoso”, elogiou, parecendo surpreso.


São Papoilas”


“Desculpe, o que você disse?, seus olhos oscilaram levemente, mas três gotas de Haldol eram suficientes, ele nem mesmo notaria quando perdesse os sentidos.


“Papoilas, as flores que plantei no jardim, á algumas semanas. São realmente deliciosas como chá, sem falar nos benefícios a saúde...”, continuei falando normalmente como se estivéssemos tendo uma conversa normal e ele sorria como se estivesse tudo bem, mas eu sabia que minha voz já devia estar longe demais para sua audição e minha sala escurecia ao seu redor rapidamente. “Boldo, erva-cidreira, funcho, hortelã...São tantas, eu gosto mesmo de cultiva-las. Você devia vir aqui qualquer dia desses, gostaria de te mostrar meu jardim...”, o barulho da porcelana estilhaçando sobre o chão confirmou isso.


Meus planos estavam dando certo.


Coloquei minha xícara de volta a bandeja e fui até a cozinha, precisava limpar aquela sujeira na sala. Juntei os cacos e joguei no lixo. Retirei o chá e limpei tudo, voltando a sala para levar o resultado de minha caçada.


Do bolso de minha jaqueta retirei as luvas descartáveis, vestindo-as. Tomei-o em meus braços e o carreguei até o pequeno escritório. Bill, comparado aos outros, era leve, foi fácil descer os degraus com ele. Sim, os degraus do pequeno subsolo feito por mim em quatro semanas de dias e noites privados do sono ou qualquer outra atividade que não estivesse relacionada ao meu pequeno projeto.


O pequeno caminho ligava o escritório ao porão, não podia correr o risco de ser pego carregando um corpo para o porão da casa. Tudo devia ser feito com descrição e não era discreto carregá-lo pelo lado de fora da casa.


As luzes acendiam-se conforme os sensores detectavam nossa presença. Coloquei-o sobre a maca. Preparei o soro com a dose perfeita de barbitúrico. A dose regulada evitaria que seus órgãos fossem prejudicados e a mistura com formol facilitaria a sequência de meu trabalho.


Perfurei sua veia cuidadosamente com a pequena agulha que levaria a mistura para seu organismo.


“Descanse meu querido”, beijei-lhe a testa e me retirei. Deixei o porão e logo o sub-solo, voltando para casa, para trancar as portas e janelas. Apaguei o restante das luzes, afinal a casa precisava parecer completamente vazia. Ali iniciava-se a segunda parte do meu projeto.

“Sua beleza era digna de tornar-se eterna”


Tudo corria como o planejado. Chequei sua pulsação e para ter toda certeza de sua morte usei o estetoscópio. Seu peito estava tão silencioso, quanto a falta de pulsação sentida por mim.


Inerte e intacto, sua face não expressava dor, angustia ou medo. Ele estava lindo, perfeito como eu queria que estivesse. Como eu queria mantê-lo.


“Billy”. Tão belo, perfeitamente belo e jovem. O tempo jamais o castigaria, eu o manteria assim “para sempre”. “Billy”, sussurrei novamente, tocando com cuidado o rosto delicado, escorregando minhas mãos suavemente por todo seu corpo. Peguei o estilete que estava próximo a maca, sobre a bandeja no “carrinho cirúrgico” e abrindo rasguei-lhe as roupas, cuidando para que a lâmina não tocasse a pele. Não sei exatamente quanto tempo fiquei admirando-o ali, inerte em seu sono profundo. Ele parecia intocável, escultural e meu, ele seria apenas meu.


Minhas mãos voltaram ao seu corpo acariciando-o novamente, desta vez sem as roupas atrapalhando. Me inclinei sobre seu rosto beijando-o, descendo os meus lábios suavemente até seus lábios gélidos e deles para o queixo, pescoço e o corpo. Seu delicioso e macio corpo.

Tudo fluía tão naturalmente, toda loucura que ele despertava em mim. Deitei sobre ele e continuei a toca-lo. Meus dedos entravam e saiam ágeis de seu interior, estava cada vez mais excitado. Com a mão desocupada abri o zíper de minha calça, colocando meu pênis ereto para fora. Continuei a tocá-lo, movendo-me sobre ele. Como ele podia ser tão delicioso?


Retirei meus dedos de seu interior e voltei a penetrá-lo, desta vez com meu pau. Gemia e ofegava sobre seu corpo imóvel, que mesmo gelado me aquecia e enlouquecia-me perturbadoramente. Continuei cada vez mais rápido, mais fundo, animalesco como me satisfazia. Movia-me buscando por mais prazer.


“Oh, Billy”, arfei, prendendo-me aquele movimento. Contraindo-me sobre seu corpo, gozando em seu interior. Desci da maca, vestindo-me. Precisava limpá-lo, tinha pouco tempo para evitar que o corpo perdesse sua textura perfeita e natural.


Troquei de luvas e arrastei a bandeja cirúrgica, com as ferramentas que utilizaria organizados um ao lado do outro. Coloquei a máscara respiratória e a touca descartável, preparando-me. A caixa térmica com os cubos de gelo já estava posta ao meu lado direito, os sacos plásticos etiquetados e numerados na ordem em que seguiram minhas ações.


Segurei o bisturi e dei início a parte mais importante de tudo aquilo. Primeiro um corte preciso sobre o abdômen, para limpá-lo por dentro. Conforme fazia, os sacos plásticos recebiam seu conteúdo, eram lacrados e colocados dentro da caixa térmica.


Ao terminar troquei novamente as luvas e manipulando cuidadosamente a seringa metálica apliquei o ácido por suas narinas. Apenas trinta minutos e poderia continuar. Me afastei indo até a caixa de vidro, feita por mim com tanto apreço. Com as medias exatas para acomodá-lo.


Trinta minutos, o relógio em meu pulso apitou. Parei o alarme voltando ao corpo. Com o aparelho de extração retirei os restos de seu cérebro, colocando-o num recipiente próprio para depois deposita-lo na mesma caixa térmica em que se encontravam os outros órgãos. Preenchi seu corpo com as ervas cuidadosamente selecionadas, limpas e preparadas. Fechei a abertura em seu corpo com a costura interna. Com a ajuda do sal o corte cicatrizaria e com não deixaria marcas visíveis.


Sete dias. Voltaria ao jardim, minha rotina. Me afastei do corpo depois de desce-lo á “banheira” metálica com água e sal. Todos sentiriam sua falta, mas ninguém desconfiaria de mim assim tão cedo.


xxx



7º Dia



“Bom Dia vizinho”, cumprimentou-me Ellen, a adorável senhora, vizinha de Bill. Dias atrás comentou algo comigo sobre o desaparecimento dele. A polícia já havia sido informada, chegaram a revistar a casa, mas não encontraram nada. No início da semana que viria todos nós deveríamos nos apresentar a polícia para depor, mas eu estaria longe demais para isso.


Terminei de regar as papoilas e voltei para dentro de casa, discreto como costumava sem. Sem manter contato com aqueles moradores antes e depois do desaparecimento de Bill. “Estou só de passagem”, dizia quando cheguei, e assim seria até minha partida.

De volta ao Porão, retirei seu corpo da água colocando-o novamente sobre a maca metálica para a secagem. Depois de tê-lo feito, com o mesmo cuidado o movi para a uma nova maca onde as faixas esperavam por ele.


Depois de enfaixa-lo corretamente levei seu corpo até a caixa de vidro, colocando-o ali, fechando-o e lacrando o vidro. Estava terminado.


Na manhã em que descobriram quem eu realmente era, tudo estava pronto para minha partida. Não soube como nem quando suspeitaram de mim, mas naquela manhã minha casa estava rodeada por policias e pessoas revoltadas que atiravam objetos contra as paredes de concreto. Desci até o porão, pensando que talvez eles tivessem levando-o de mim, mas não. A caixa de vidro ainda estava lá, lacrada, com o corpo de Billy seguro.

A casa estava cercada, não podia tirá-lo de lá, não podia mais sair sem ser visto. Então o levei para cima, para meu quarto. Não era nada leve e o corpo, apesar de embalsamado, pesava. Ainda assim consegui empurra-lo escada acima.


Agora ali estava eu sentando em minha poltrona, com um caixão de vidro ao meu lado. Eu nem mesmo ficaria com ele. As vozes continuavam a subir revoltadas e furiosas, mas eu era inocente!


“EU SOU INOCENTE! SOU INOCENTE!”, gritei contra as vozes e sirenes que invadiam o quarto. Eu era inocente, eles precisavam acreditar em mim. A culpa, a culpa era toda dele! Maldito! Maldito! Eu era inocente...

Thomas Ahnert. 42 anos. Condenado a pena de morte pelo assassinato de Billy Soileau e mais 26 pessoas. Sendo 12 do sexo feminino e 14 do sexo masculino. Entre suas vítimas encontravam-se 3 meninas de 16 anos. 6 dos corpos encontrados foram submetidos a exames de identificação avançados, por estarem carbonizados. O assassino modificava a aparência nos lugares que passava.


“Deitei na maca sem me importar ao ter os pulsos e tornozelos atados por amaras de couro. Enfermeiros caminhavam de um lado para o outro e a minha frente o vidro preto protegia os rostos da plateia. Não percebi quando se aproximaram, tudo que eu senti foi o líquido se espalhando dentro de mim. Me lembrei dele. Vi seu rosto perfeito... Billy,Billy,Billy”




21 de Febrero de 2021 a las 23:56 0 Reporte Insertar Seguir historia
0
Fin

Conoce al autor

Melpomene Arinne ⚡💔 sad but lovely💔⚡

Comenta algo

Publica!
No hay comentarios aún. ¡Conviértete en el primero en decir algo!
~