vatrushka Bê Azevedo

As Nove Musas, deusas das artes e de todas as belezas, pereceram. O Olimpo entra em desordem assim como o mundo mortal - abalando, por fim, o Acampamento Meio-Sangue. Para solucionar o problema, decide-se elevar outras novas nove musas. O que os deuses não esperam é como a herança das Antigas Nove pode afetar as recém-escolhidas, ou o quê estas podem provocar com todo o poder que recebem. *Fanfic de Percy Jackson *Já publicada nas minhas contas do Nyah!, Spirit e Wattpad


Fanfiction Libros Sólo para mayores de 18.

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Era uma vez no Olimpo

Mais um festejo no Olimpo.

O que comemoravam exatamente? Mais algum triunfo de Apolo. Sabe-se os deuses qual ao certo… Talvez alguma caça bem-sucedida? Alguma nova invenção? Apolo era tão impecável em tudo que fazia e se exibia em tais atributos com tanta frequência que os presentes já haviam se cansado de surpreender-se.

Menos Zeus. Concluiu Hermes, revirando os olhos. Meu pai parece encantado até com o cocô de Apolo.

O deus mensageiro assistia a cena apoiado em uma coluna, levemente entediado. O rei dos deuses já devia ter proposto, à aquela altura, uns três brindes ao seu filho favorito só aquela noite. A maioria ao redor pareciam animar-se também, não se importando com o excesso da babação-de-ovo.

Hermes ergueu a sobrancelha, sorrindo de canto de rosto. Claro, não pôde evitar de reparar nas outras duas pessoas incomodadas com a situação. Hera estava sendo obrigada a engolir seu orgulho ao ver seu marido reconhecendo e exaltando um filho bastardo em detrimento de seu oficial e favorito, Ares.

E Ares, seu amado filho prodígio, ao lado da mãe, com os olhos em chamas.

Papai, se não te conhecesse bem… Concluiu Hermes, gracejando consigo mesmo. Diria que está sendo incrivelmente estúpido alimentando tamanho ódio dentro de sua própria família…

Claro, Hermes debochava porque era a arma que lhe restava. Não podia negar que entendia o sentimento de Ares. Talvez mais do que ninguém. Não importa o quanto façamos para agraciar nosso pai… Apolo sempre ganhará os louros, não é mesmo?

Hermes era um dos deuses mais ecléticos de todos. De tal forma que ninguém sabia ao certo do que Hermes era deus – das estradas? Dos ladrões? Da mentira? Da comunicação? Das viagens? Do comércio? Já atuara de tantas formas, com tantas conquistas diferentes, que era diferente situá-lo em uma figura só.

Só que assim também era Apolo. Deus da beleza, das artes, dos esportes, do Sol, da medicina, arco e flecha, harmonia, equilíbrio, razão, blá blá blá, quanta baboseira. Não importa o quão mais ágil Hermes era em suas atividades, Apolo sempre dava um jeito de alcançá-lo e superá-lo frente a Zeus.

Logicamente que não permitia demonstrar… Mas como aquilo o irritava.

Adorava Apolo. Era um de seus irmãos mais próximos, um grande amigo para todas as horas. Mas não podiam evitar em sua convivência uma certa… Competição.

Os olhos de Hermes se voltaram para aquelas damas em cima do altar que os agraciavam com sua música celestial. As Musas.

Inconscientemente, contou-as. Ué. Apenas oito.

“Com licença, senhor…” Uma voz feminina tímida ressoou baixinho atrás de si. Hermes virou-se, curioso. Ah. Aí está a nona. Deu-lhe um sorriso galanteador. Uma mulher jovem, de rosto redondo e sardento, cabelos presos, baixinha e de pouca presença, olhos colados no chão. Qual o seu nome mesmo?

Foi quando percebeu que ela carregava uma bandeja repleta de taças de vinho. Estava pedindo para que ele desse licença para que ela passasse. Ou pelo menos estava tentando, se não estivesse tendo um ataque de timidez.

“Oh, gracinha, porque te fizeram carregar bandejas? Temos criados para isto. Francamente.” Disse, pegando a bandeja para si com um sorriso simpático. A musa surpreendeu-se com o gesto. “Deixe que eu levo até eles. Aproveite sua festa.”

A musa curvou-se e agradeceu, corando adoravelmente. Rapidamente se afastou, como uma jovem ingênua. “Qual o nome dela mesmo?” Perguntou para as cobras escondidas em seu bolso. George foi o que respondeu primeiro: “Polímnia. Uma das musas. Não lembro do que exatamente…”

Martha, a outra cobra, imediatamente se prontificou: “Pelo o que posso ver no Wikipedia, chefe… É a musa da música sacra, da narrativa, da geometria, da meditação e da agricultura…”

“Bem genérica, né?” Comentou George.

“Calem-se.” Bastou Hermes. Não queria que começassem a fofocar demais. Sabia que não parariam, uma vez que começassem.

“Hm, estressadinho… Da próxima vez que me chamar, não venho mais.” Ouviu Martha sussurrar, enquanto as duas cobras voltavam para seu bolso.

Ignorando as reclamações, Hermes se aproximou da mesa onde estavam Apolo e Zeus e pôs ali a bandeja. Apolo abriu um largo sorriso ao ver seu irmão, puxando a cadeira e convidando-o a se juntar a eles.

“Meu irmão!” Apolo deu tapinhas em seu ombro. “Veio me dar os parabéns?”

“Mas é claro, meu irmão! Do contrário, para que viria?” Respondeu, fingindo entusiasmo. Por que eu não tinha outra opção, talvez?

“Pois bem… Estou esperando!” Apolo abriu ainda mais seu sorriso, de forma quase infantil. Estava o provocando. Sabia disto.

Podia sentir os olhos de Zeus observando-os. Inferno.

“Claro, claro… Pelo o quê mesmo?” Perguntou em tom de brincadeira, descaradamente.

Vantagens de ser Hermes. Debochar dos maiores deuses e sair ileso com isto.

“Seu irmão conseguiu descobrir a cura de mais uma doença, Hermes.” Respondeu Zeus, simplesmente.

Hermes ergueu a sobrancelha. “Que interessante.” Muitíssimo interessante.

“Lógico que não havia conseguido sem Calíope…” Apolo fingiu modéstia, apontando para a rainha das musas, a musa da ciência, que graciosamente inclinou sua cabeça em cumprimento.

Mas é claro que não resistiria em pegar todo o crédito para si de toda a forma, completou a sentença do irmão mentalmente.

“Bravo.” Hermes aplaudiu, com pouco entusiasmo.

“Está tudo bem, irmão?” Perguntou Apolo, com os olhos brilhando. “Está particularmente entojado hoje.”

Não mais do que você está sempre. “Meu pai, o que tem a dizer de meu pedido?” Disparou Hermes de uma vez. Aguardava seu retorno a uma semana, enquanto o rei dos deuses perdia tempo com… Apolices da vida.

“Ah. Sobre aquela sua ideia tola?” Desprezou Zeus, com pouco caso. “Aprofundar suas tais pesquisas, passando mais uma temporada entre os mortais? Como se já não tivéssemos semideuses o suficiente…?”

Zeus deu um risinho e Apolo o acompanhou. Hermes tentou conter o sangue que fervia de seu pescoço à sua cabeça. Usou um tom de voz controlado. “Se Apolo pode, por que não eu…?”

“Porque já temos Apolo.” Foram as palavras de seu pai. Um soco em seu rosto o ofenderia menos. “Agora, prosseguindo…”

Hermes levantou-se bruscamente, batendo suas mãos na mesa. A música cessou e todos os olhares se voltaram a ele. Sua voz alterou-se em um tom grave. “Estava pedindo sua bênção, meu pai. Não sua permissão. Se é assim que deseja, assim será.”

Apolo também levantou-se, intimidando-o. “Não desrespeite nosso pai assim.”

O deus mensageiro não pôde se conter. Fez um biquinho. “Ou o quê? Chamará Ártemis para te defender?”

Ártemis, a poucos metros dali, deu de ombros. “Eles que se resolvam.” Murmurou com Atena. As duas deram risinhos.

“Ou se verá comigo.” O tom de Apolo já estava sério. Seu olhar era de ferro, mas Hermes não hesitou. Os dois se encaravam sem piscar. Sem ao menos respirar.

Então que venha. Era o que diria, se uma frágil garota não tivesse se interposto entre eles.

Hermes ergueu a sobrancelha. Era Polímnia.

A tal musa de… Do quê mesmo?

Apesar de sua estatura, o olhar da donzela em sua direção não oscilou nenhuma vez. “Por favor, pare.” Sua voz era firme.

Tensos segundos se estabeleceram em seguida.

Continuou encarando Polímnia, surpreso, porém firme. Que ousadia. Tinha de reconhecer sua bravura, embora fosse um tanto quanto estúpida.

A insultaria, para que saísse dali aos prantos e aprendesse não se meter em assunto de cachorro grande? O que estava ela fazendo ali, afinal, defendendo Apolo com garras e dentes?

Por que todos defendiam Apolo com garras e dentes?

Pôde, entretanto, sentir a respiração acelerada de Polímnia. Sua mandíbula estava tensa. Seu punho fechado, ainda que contra a sua vontade, tremia.

Estava com medo.

Suspirou, dando para trás. “Muito bem. Fiquemos por isto mesmo.” Cedeu.

“Ao menos por enquanto.”

Deu as costas e saiu dali, com a rapidez que lhe era comum.

Todos observaram-no alçando voo.

Inclusive Éris, que assistia à tudo com um sádico sorriso no rosto.

10 de Diciembre de 2020 a las 15:13 0 Reporte Insertar Seguir historia
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