Hardy olhou-a virara quarta ou quinta dose de uísque e oferecer-lhe a próxima que o bartender servia.
— Você sabe que eu não posso beber, Miller.
— Você sabe que eu não posso beber, Miilleeer —ela o imitou, fazendo troça do seu sotaque e da sua própria fala. —Miller, Miller, Miller.
—Se bem me lembro, você mesma me proibiu de te chamar de Ellie.
— É... — ela levou o copo aos lábios e, quando o pousou, Alec avançou-lhe sobre sua mão, indicando ao bartender que parasse de servi-la de uma vez por todas.
Porém aquele toque, ínfimo, atravessado, fulgurou uma descarga elétrica no corpo de ambos. Talvez era a primeira vez que se tocavam, fosse como fosse, ou talvez era a primeira vez que se davam conta disso. Ele nunca teve tato para demonstrar qualquer sentimento e a única vez que quis abraçá-la, foi rejeitado... Ela sempre foi suficiente em si mesma, até quando se via claro que não o era.
E o momento, no entanto, perdurou, congelando-se em si mesmo, sem que nenhum dos dois tivesse vontade de sair dele. Encararam-se, os olhos lânguidos de Ellie escondendo seu desamparo diante do olhar de Alec, cujos arames farpados cruzavam-lhe as sendas.
No entanto ele pôde ver...
No entanto ela pôde ver...
O que puderam fazer foi colar-se os corpos como se os limites tivessem sido encurtados; foi embaraçar os lábios e desembaraçar-se das roupas tão logo ficaram a sós; foi fazer amor como se suas vidas dependessem daqueles movimentos desesperados, por vezes desajeitados, mas sedentos da mesma coisa.
Dormiram agarrados, porque a realidade estava ali, ao alcance dos dedos, depois de tanto tempo.
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