O Sol aos poucos ia se escondendo atrás das montanhas, os pássaros voando até seus ninhos, os animais retornando apressados às suas tocas.
Sem dúvidas a noite chegava naquela região tão pacata que era Paoz.
O garotinho deitava na cama miúda como ele, preparando-se para mais uma noite de sono. As janelas abertas permitiam a entrada da brisa noturna e a única luz que iluminava o ambiente vinha de um abajur, não havia Lua nem estrelas aquele dia.
Aos seus pés, um homem de músculos bem definidos e cabelos desgrenhadosfitava o perfeitoclone que era o filho. Este também observando-o, sonolento:
— Papai, o senhor poderia me contar uma história?
O pedido de Goten o deixara perplexo, era nitidamente mal acostumado àquelas coisas. Não se lembrava do primogênito – quando este era menor – lhe dizer algo do tipo.
Aparentemente, sequer o guerreiro mais forte de todo o planeta conseguia escapar do cansaço:
— ... papai?
— Hm? O que foi, Goten? — perguntou acariciando os fios negros do menino.
— O senhor vai me contar uma história, ou não?
— Mas é claro que vou! Agora me diga, que tipo de história você quer ouvir?
— Qualquer uma... tanto faz.
Tanto faz não foi a respostaque ajudou Goku, agora pensando em que tipo de história contaria. Quer dizer, mesmo não sendo um dos mais inteligentes, ele sabia que falar sobre Piccolo Daimaoh, Freeza, e até mesmo Cell, não faria uma criança dormir. Quem sabe acontecesse justamente o contrário?
Passou algum tempo, mas finalmente se decidiu:
— ... Era uma vez um garotinho muito bonito que morava no meio das montanhas. Ele estava levando seu almoço até em casa quando, de repente, foi atropelado por uma garota de cabelolilás. Ela procurava por esferas mágicas que realizavam qualquer desejo...
— As Esferas do Dragão? — interrompeu Goten, coçando os olhos.
— Isso mesmo.
— E o que ela queria pedir?
— Não me lembro muito bem, mas acho que ela queria um namorado, ou algo assim.
— SÉRIO? — se surpreendeu.
— É sério, sim... — impaciente, completou — Posso continuar a história?
— Pode sim, me desculpe papai. — respondeu cabisbaixo.
— Não precisa pedir desculpas, Goten.
Assim, continuou a contar sua história. Atentamente, o pequenino ouvia tudo o que o pai dizia, maravilhado com tantas situações bonitas. Suas pálpebras começaram a pesar sobre os olhos, a boca abrindo e fechando em longos bocejos.
Quando Goku percebeu, Goten já adormecera.
Observando-o terno, deitou ao lado dele, afagando seus cabelos enquanto refletia sobre como fora difícil aguentar sete anos sem a família. Sete anos, céus!
Não estava arrependido, com toda certeza. Gohan enfim era o cientista que sempre sonhou, e o caçula estava ali ao seu lado. Teria algo melhor?
Goku o envolveu em seus enormes braços, adormecendo lado a lado. Pai e filho, como deveria ser...
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