heyjess Hey Jess

Eu o conheci em uma tarde de verão, o céu estava limpo e num forte tom de azul, a brisa era morna e a luz do sol iluminava seu rosto delicado, o tom de sua voz era suave, sentia meus ouvidos deitarem em palavras doces e meus olhos focarem somente nele. Logo percebi que meu coração não batia mais da mesma maneira, agora ele estava acelerado e descompassado, porém assim como a neve que derrete e vai embora no fim do inverno, você nem percebe que a primavera chegou... Universo Alternativo; TodoDeku; Os personagens não me pertencem, todos os créditos ao criador/autor(a) do manga; A imagem não me pertence, todos os créditos ao criador/autor(a);


Fanfiction Anime/Manga Sólo para mayores de 18.

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Verão – 26/06 08:34 - Hosu General Hospital, quarto 316: Todoroki Shoto.

O olho direito se abria vagarosamente mostrando a íris castanha, mas logo fechava na mesma velocidade, se acostumando aos poucos com a claridade do quarto. O olho esquerdo permanecia fechado, enfaixado, assim como a mão e o antebraço do mesmo lado.

Um vaso de vidro transparente contendo flores amarelas foi a primeira coisa que seu olho direito captou diante da imensidão branca daquele quarto melancólico, levou a mão esquerda até os lábios tampando um bocejo matinal enquanto erguia o corpo e olhava em volta.

Ninguém. Não havia ninguém no quarto, havia apenas uma janela na parede ao lado esquerdo de onde estava o garoto, mas ela era afastada da cama e estava aberta, a cortina, cujo tecido era leve e esbranquiçado, se movia com sutileza pelo toque do vento enquanto alguns raios do sol atravessavam a mesma iluminando o quarto.

O garoto, que agora estava sentado na cama, vagava o olho pelo quarto e para sua mão esquerda, coberta pela atadura macia. Os fios finos e lisos de duas cores diferentes, vermelho e branco, estavam desalinhados e caiam suavemente na altura dos olhos, a pele branca estava mais pálida que o normal e o único olho a mostra estava levemente inchado e sonolento.

Debaixo das faixas havia uma recente cicatriz que cobria todo o olho esquerdo e metade da metade do rosto, essa mesma cicatriz que estava na mão coberta; cicatrizes de queimadura, elas eram o que causava a tristeza que podia ser vista no olho castanho, mas não porque sua visão do olho esquerdo ficasse debilitada ou que talvez a tivesse perdido, não era isso que o entristecia, e sim o causador daquilo, ou melhor, A causadora daquilo.

Com um suspiro profundo seguido de movimentos lentos e doloridos, o garoto bicolor retirava de cima de si um cobertor branco e leve, arrastando as pernas para fora da cama e colocando a sola do pé em contato com o chão que imediatamente sentiu o choque térmico nos pés quentes com o piso frio, fazendo sua pele se arrepiar por completo.

Em passos lentos e arrastados ele foi até a janela aberta, conforme se aproximava sentia a brisa morna acariciar sua pele descoberta, quando chegou apoiou suavemente o corpo no batente metálico e branco, o único olho funcional observava o pequeno jardim que havia no térreo, no centro do quadrado formado pela estrutura do hospital, apreciava os raios de sol que chegavam as folhas e flores e que refletiam uma cor um pouco saturada, contudo sendo uma bela visão das múltiplas cores visíveis no pequeno jardim.

Já estava a quase uma semana naquele lugar, queria sair e voltar a sua vida normal, não que fosse conseguir, afinal muita coisa havia mudado desde o acidente e seu pai fizera questão de se certificar de que só teria alta assim que estivesse perfeitamente bem, na medida do possível é claro. Além do fato de que quando voltasse, ele acabaria que sendo um ponto de foco e fofoca, afinal ele vinha de uma família muito conhecida e, de acordo com outros, muito prestigiada e digna de inveja.

Mas Todoroki Shoto, aquele que estava ali na janela perdido em pensamentos, não se importava com isso, admitia que a fama trazia muitos privilégios, porém os problemas vinham na mesma intensidade e sua privacidade gritava em socorro.

Sentia uma angústia e vazio dentro de si, ao mesmo tempo que percebia o nó que estava presente em sua garganta a todo momento enquanto estivesse acordado e que já começava a se formar. Queria chorar, mas de acordo com seu pai “não era coisa de homem”, então se mantinha em silencio, com sentimentos ocultos dos olhos de tudo e todos.

Ficou escorado na janela por alguns minutos, apenas observando tudo e sentindo o vento bagunçar os fios lisos e coloridos de seu cabelo, sua mente ainda estava barulhenta, cheia de interrogações e vazia de respostas, porém assim que ia se afastar e voltar para cama algo chamou sua atenção naquele jardim; um garoto, com o cabelo bagunçados e, diferentes daquele que o observava, na cor de verde escuro e cheio de cachos, o garoto no jardim vestia a mesma roupa que ele, entretanto o esverdeado estava sentado em uma cadeira de rodas que parecia ser feita especialmente para ele, pois ela era de certa forma personalizada, mas suas pernas não estavam enfaixadas e não estavam atrofiadas.

"O que será que ele tem?"

Por um momento a mente Shoto se calou e se ocupou apenas de pensamentos sobre o garoto do jardim, talvez tivesse sofrido um acidente igual a si, ou alguma má formação genética, não sabia ao certo o porque aquele garoto lhe chamou tanta atenção, talvez fosse sua feição calma e esperançosa que tivesse atraído a curiosidade do bicolor. Não sabia, mas queria as respostas para as perguntas egoístas que ocupavam seus pensamentos no lugar dos antigos e deprimentes.

Rapidamente procurou algo para cobrir os pés e cortar o contato direto com o piso, logo achando pantufas hospitalares e as colocando, logo saindo do quarto com a maior velocidade que seu corpo lhe dispunha, seu braço esquerdo ardia e doía dentro da tipoia que o envolvia conforme ele andava, mas algo em seu peito o deixava um pouco ansioso para falar com aquele de cabelo esverdeado, então a ardência e dor foram rapidamente ignorados dando lugar a uma singela ansiedade.

Algumas enfermeiras o olhavam confusas e o paravam perguntando aonde ele estava indo e ele apenas respondia brevemente 'no jardim', algumas lhe falavam para tomar cuidado e uma em especifico se voluntariou a ajuda-lo a chegar até lá, o deixando livre novamente quando chegaram no pequeno degrau que dava no jardim do hospital.

O orbe castanho vagou pelo ambiente a procura dos fios bagunçados e verdes, assim que o avistou se aproximou sem pressa por trás tentando parecer discreto.

O esverdeado cantarolava baixo uma canção para si próprio, sem perceber a presença do outro, estava praticamente alheio ao seu redor e parecia focado em algo em suas mãos, algo que Shoto não conseguia ver se não se aproximasse mais.

Tomou coragem e em uma respiração funda se aproximou do garoto desconhecido entrando em seu campo de visão pela lateral direita, chamando a atenção do menor com sucesso. Depois de alguns segundos de silencio e ambos encarando um ao outro, Shoto com ansiedade e o outro curioso, o bicolor resolveu quebrar esse silencio:

-Ah... oi. –Ele sentia suas bochechas esquentarem um pouco, contudo o menor retribuiu com um largo sorriso, esse que fez com que o rubor na face de Shoto aumentasse, porém ainda continuava relativamente discreto.

-Oi! – a voz do menor era um pouco rouca e mais fina que a de Shoto, tinha um tom suavemente alegre e animado.

Mais alguns segundos de silencio, Shoto por um momento se perguntou o que fazia ali, ele não era de agir por impulso ou movido por sentimentos, então por quê?

-Tá doendo? – o tom doce do esverdeado despertou o outro de seus pensamentos, ele apontava para o próprio olho numa ato de indicar do que ele falava

-Um pouco... e... hum... você...? – constrangido era a palavra que descrevia o bicolor nesse momento, esse que desviou o olhar enquanto perguntava.

-Sem dores também! – o tom calmo e risonho atiçava ainda mais a curiosidade de Shoto.

-O que você... tem? Sofreu um acidente? – o esforço em não querer parecer invasivo era grande, mas o outro não parecia se importar muito com isso.

-Ah, é uma coisa chamada de osteogênese imperfeita... talvez já você já deve ter ouvido falar em ossos de vidro...

-Sim... nossa, deve ser bem ruim.

Nesse ponto Shoto se sentia um pouco mal de ter ido até ali e perturbado o garoto só por curiosidade, então para não ir embora e ficar marcado como O babaca ele resolveu conversar mais com o outro.

-Eu sou Shoto, Todoroki Shoto. – disse seguido de um rápido e breve curvar do corpo em direção ao esverdeado.

-Oh, Todoroki? Você é filho do Todoroki Enji, o ator de O Nome do Fogo?! – a animação repentina do menor surpreendeu Shoto, que se sentiu incomodado pela animação do outro por seu pai, que na sua opinião não era tudo aquilo.

-Hum... sim. – disse indiferente, mas ainda olhando o menor.

-A-ah, desculpe... ahm, eu sou Izuku, Midoriya Izuku! – com o rosto vermelho em constrangimento Izuku sorriu largo para o novo amigo de pé em sua frente e recebeu em troca um sorriso pequeno de Shoto.

E ali, no jardim do hospital uma amizade se formou, uma amizade que começou de uma simples curiosidade e de ações impulsivas.


~~~ ~~~


Outono - 08/09 15:06 - Hosu General Hospital

Lá estava Shoto novamente, mais um final de semana no hospital ao lado de seu novo amigo, só que dessa vez ambos estavam no quarto de Izuku, onde ele estava deitado cuidadosamente em sua cama.

Já haviam se passado alguns meses desde que se conheceram e ambos descobriram muitas coisas novas sobre o outro, família, vida cotidiana, desejos e sonhos. Por causa de sua condição e por ter familiares que trabalhavam em áreas importantes do hospital, Izuku praticamente morava ali, então seu quarto era personalizado, havia jogos e outras coisas para distrair o garoto, quando Shoto o visitava eles se divertiam o máximo que conseguiam no período de 4 horas, que era o tempo permitido para visitação.

Izuku não tinha o que reclamar, ele não possuía amigos lá e os que tinha feito no passado receberam alta a muito tempo e nunca mais os viu, ter Shoto o visitando quase todos os finais de semana era sem dúvidas a realização de um de seus mais profundos desejos.

Shoto também gostava de ir lá ver o esverdeado, a energia que ele emitia era gostosa, animada e jovial, bem diferente de si próprio, contudo esse não era o único motivo para ele estar indo lá, a algumas semanas ele havia percebido algo diferente em si quando se encontrava com o esverdeado, era como um frio na barriga quando seus olhos se encontravam, uma vontade de tocar a pele pálida cheia de pintas e vê-lo ruborizar. Percebeu também que reparava muito mais no amigo do que o costume, como o habito dele de enrolar a ponta dos cabelos nos dedos quando se sentia constrangido, a maneira que os músculos da face se moviam para formar um largo sorriso, o brilho esperançoso nos olhos castanhos esverdeados... entre outras coisas a mais.

Reparou também que o menor possuía muitas cicatrizes nos braços e mãos, cicatrizes de cortes precisos e aparentemente profundos, mas que eram escondidos por camisas de mangas compridas e algumas ataduras finas. Se preocupou no início, entretanto logo descobriu que tais cicatrizes foram feitas pelos médicos, muitas vezes ele caia e seus ossos frágeis se quebravam e vários, então era necessário cirurgias para posicioná-los da maneira certa e no tempo certo.

Assim que percebeu o quão frágil era aquele na sua frente, sua alma pareceu se aquecer mais, como se estivesse em frente a um recém nascido que precisa de todo cuidado possível.

E quando descobriu o que poderiam ser tais vontades e sentimentos ele se sentiu sujo por ter pensamentos impróprios para com seu amigo e por ter desejos tão possessivos, além de ficar confuso com seus gostos, sempre achou que gostava de garotas, porém acreditava ter preferencia por algum tipo que ainda não tinha visto, pois as filhas de amigos de seu pai, essas que eram possíveis futuras pretendentes, não lhe atraiam em nada, eram bonitas e algumas até eram legais, mas apenas isso.

Estava com 15 anos e se sentia, de certa forma, inocente perante o mundo, contudo de frente a Izuku ele se sentia como o próprio mal que cerca e destrói a pureza em sua frente. Ele pensou em parar de ir ver Izuku para acabar com essas sensações, entretanto não achou que seria justo com o menor, que já havia falado diversas vezes que se sentia sozinho lá e que os amigos sempre o deixavam, Shoto não queria ser só mais um amigo que o abandonou naquele lugar de paredes brancas e piso gelado. Seu coração não iria permitir que o abandonasse lá.

Assim então Shoto continuou o visitando, todavia escondendo no fundo do seu ser qualquer rastro de sentimentos, de acordo com ele, sujos e impuros, mas todos sabemos que aprisionar tais emoções é como segurar água de baixo de uma torneira, ela escorre pelas menores frestas que há entre os dedos e quando você menos percebe a água está transbordando.

Naquele dia em especial Izuku havia voltado a pouco tempo de um tratamento físico recente e se encontrava cansado demais para jogar, então jazia deitado confortavelmente enquanto trocava palavras com o bicolor, seus olhos pesavam pelo cansaço acumulado da semana, sua mente estava lenta, mas ele se esforçava para continuar dando atenção ao seu precioso amigo. Contudo, uma hora o sono foi mais forte e levou Izuku para o mundo dos pensamentos platônicos e ilógicos.

Shoto achou uma graça o outro fazer tanto esforço assim para dar-lhe atenção e assim que dormiu ele ficou observando-o, os traços delicados, as marcas castanhas que pintavam seu rosto, a maneira que os fios cacheados caiam pelo rosto bonito, os cílios longos que repousavam sobre a bochecha, o lábios bem desenhados e entreabertos. E nesse momento somente um pensamento passou pela mente do bicolor:

“E se eu apenas desse um...”

Instantaneamente Shoto se parou e sentiu um frio na barriga pelo pensamento que quase teve, bem no seu amago ele sabia que o viria a seguir e não admitiria nem para si mesmo, mas queria poder continuar com tal desejo e que Izuku o correspondesse, sentiu seu coração apertar um pouco com isso e decidiu que deveria ir embora antes que tivesse mais pensamentos podres.

Se levantou calmamente e o mais silencioso possível, iria deixar Izuku descansar, assim logo se caminhou para fora do quarto e apagou a luz principal assim que saiu.

Izuku não possuía ninguém além de sua mãe, que não podia deixar o garoto sozinho e tinha que o acompanhar, e seu tio, esse que trabalhava no hospital e foi quem garantiu a estadia do jovem ali, então não iria vir nenhuma outra pessoa encontrar o esverdeado e isso causava sentimentos conflitantes em Shoto, ao mesmo tempo que se sentia triste pela solidão do amigo, se sentia feliz por ser essa única pessoa que ele tinha fora sua mãe e tio, sentimento esse que o bicolor também fazia questão de esconder de todos, principalmente do esverdeado, pois acreditava que o outro ficaria chateado com ele e o relacionamento deles se distanciasse ou até acabasse, algo que angustiava Shoto só de pensar.

Naquele outono ele descobriu sentimentos novos e estranhos, sentimentos que iria analisar melhor e pensar no que fazer com eles.


~~~ ~~~

Inverno - 12/01 14:36 - Hosu General Hospital

As ruas ainda estavam cheias de neve de meses atrás, as decorações de Natal e Ano Novo ainda estavam presentes pela cidade e por toda a estrutura do hospital.

Os dois haviam passado ambos os feriados com suas famílias e ficaram alguns finais de semana sem se ver e isso estava deixando Shoto ansioso. Ele já havia entendido claramente o que sentia pelo esverdeado e aprendeu que guardar esse sentimento não era bom para si, não que necessariamente iria revela-lo ao outro, mas deveria aprender a conviver com ele, afinal era algo importante e que o bicolor se sentia carente dele; Amor.

Assim que acabaram a maioria das comemorações e algumas coisas já voltaram ao normal, Shoto foi direto ver o amigo, perguntar como ele estava e como havia sido o final do ano, parecia que se conheciam a anos, melhores amigos de infância, pois eles riam e conversavam com tamanha naturalidade que jamais imaginariam que não havia nem 1 ano que se conheciam.

Quando o bicolor chegou ao hospital, foi com rapidez até a recepção, onde já era bem conhecido, pegou um crachá de visitante e foi para o elevador, em direção ao quarto de seu amigo... e amado.

A saudade fazia com que seu corpo tremesse inquieto enquanto sentia sua barriga gelar e sua respiração acelerar, no elevador mesmo ele já batia o pé impaciente com a demora do mesmo em subir 3 andares, assim que as portas metálicas se abriram o bicolor prendeu a respiração momentaneamente e observou o longo corredor branco.

Soltou o ar em um suspiro forte e caminhou hesitante até o quarto desejado, estava com medo, não sabia ao certo do que e se achava idiota por tal, Izuku provavelmente estaria com tanta saudade de si quanto imaginava, não havia motivo para hesitar.

Parado em frente a porta branca e com a mão na maçaneta pronto para abrir ele respirou fundo mais uma vez, porém antes de abrir a porta algo chamou sua atenção e fez com que sentisse seu corpo esfriar; Izuku estava rindo e falando com alguém. Reconhecia o som do riso do menor e tinha alguma outra voz masculina lá dentro, porém não entendia o que era falado, sentiu peito doer e novamente se xingou por estar sendo possessivo e ciumento com o outro, Shoto acreditava que deveria ficar feliz por Izuku ter um novo amigo pra conversar, porém seu ego gritava que o esverdeado pertencia somente a ele. De fato, um pensamento egoísta e corrompido.

Em um movimento calmo e regado de tensão, Shoto abriu a porta devagar e observou dentro do recinto, sua chegada havia chamado atenção daqueles que estavam lá, havia seu precioso Izuku e um outro garoto, esse possuía cabelos loiros e lisos, porém rebeldes e espetados, seus olhos eram rubros e pareciam selvagens, raivosos até, suas roupas eram largas e de cores escuras, num estilo que Shoto julgara como “bad boy revoltado”, o loiro o encarava numa expressão mista em raiva e curiosidade.

-Shoto! Você veio! – a felicidade genuína que Izuku transbordava conseguiu acalmar o coração do bicolor, que agora, mais relaxado, observava os dois sentados na cama, percebendo que estavam bem próximos.

-Ah, eu não sabia que você estava ocupado... eu vou fic-

-NÃO! Ah... quer dizer, não precisa, pode ficar aqui se quiser. – As bochechas coradas do esverdeado criaram um singelo sorriso nos lábios de Shoto.

-Okay... – ele fechou a porta e se aproximou dos dois, estando bem ciente de que estava sendo observado pelo loiro e que não era um olhar amigável.

-Be-bem, esse é o Kacchan – Falou apontando para o loiro – esse é o Shoto – agora apontava para si – ham... é isso.

Izuku constrangido e com a face ruborizada era sem dúvidas a visão favorita de Shoto, esse que se perdeu brevemente enquanto contemplava a visão do outro.

-Então é esse idiota? – o insulto despertou instantaneamente Shoto, que desviou o olhar para o loiro, que o encarava de cima a baixo.

-Ele não é idiota Kacchan! Para, se for pra ficar enchendo o saco dele eu vou pedir pra você ir embora! – os dois se surpreenderam com o menor, o bicolor bem mais que o loiro, esse que fez um estalo com a língua enquanto se levantava e pegava uma mochila que estava encostada em algum canto do quarto.

-Eu já estava indo embora mesmo! – o tom continuamente agressivo fez com que Shoto, instintivamente, se colocasse na frente do menor.

Rapidamente, e depois de alguns murmúrios que nenhum dos dois compreendeu, Kacchan foi embora do quarto, fechando a porta com um pouco mais de força do que necessário, deixando os dois sozinhos e em um clima embaraçoso.

-Sinto muito por atrapalhar quando você estava com algum amigo. – o bicolor foi o primeiro a quebrar o silencio, falando em um tom baixo e tímido.

-Ah não, tá tudo bem! Relaxa! Ele era um vizinho meu, aí a gente se conhece desde criança, mas eu não diria que somos amigos amigos, sabe. – Tinha certo constrangimento na fala do menor – ele veio só pra dar um parabéns geralzão sabe... de todas as festas que passaram a tal...

-Uhum... e como foi o seu fim de ano?

Rapidamente eles começaram a conversar como se nuca houvesse existido um momento acanhado a pouco tempo, falaram sobre o que fizeram, o que queria fazer, como foi, o que ganharam e semelhantes, compartilharam tudo numa esperança de matar toda a saudade acumulada.

O tempo foi passando tão rápido que quando menos perceberam uma enfermeira batia na porta e colocava a cabeça para dentro do quarto avisando que faltava 20 minutos para acabar o horário da visita, fazendo com que Shoto já se sentisse ansioso para o próximo final de semana.

-Foi bem divertido então nossos fim de ano, e você veio me ver ainda – uma risada baixa saiu dos lábios recém lubrificados de Izuku antes de continuar – achei que iria vir daqui um tempo ainda... sei lá.

-Não tem por que eu vir depois se posso vir agora... e eu estava com... hum... saudades... de jogar com você – desviando o olhar para a janela do quarto, numa tentativa de disfarçar o rubor em seu rosto, porém percebeu que falhou quando ouviu o som da risada gostosa de Izuku, fazendo com que voltasse seus olhos para o mesmo.

-É... eu também estava com saudade...

Ficaram alguns minutos sem falar nada, apenas encarando um ao outro com os rostos vermelhos. Os olhos heterocromáticos de Shoto foram descendo pelo rosto branco de Izuku lentamente, guardando cada detalhe dele em sua mente, e no final os orbes repousaram sobre os lábios rosado, sentiu a respiração ficar mais pesada e sua mente começar a ficar nublada... Contudo um estalo subconsciente o fez despertar e se martirizar pelo que estava fazendo na frente do amigo.

Quando afastou o corpo um pouco percebeu que na verdade havia se aproximado muito do outro, e se sentiu ainda mais culpado, engoliu seco a saliva que estava em sua boca e evitou olhar para o esverdeado.

Mas assim que sentiu dedos frios e delicados pegarem no seu queixo e virarem seu rosto, seu coração, que já estava acelerado, bateu ainda mais forte. Izuku o olhava com a face seria, porém o vermelho em suas bochechas entregavam que ele também estava constrangido, entretanto o próximo passo tomado pelo menor fez com que a mente de Shoto ficasse em branco total em questão de segundos e que seu corpo se tornasse frio e quente ao mesmo tempo: A mão que segurava suavemente o queixo, puxou seu rosto enquanto o mesmo avançava com a face rapidamente de encontro a do bicolor, quando os lábios se juntaram ambos sentiram algo parecido com um choque atravessando seus corpos.

Izuku mantinha os olhos fechados com força enquanto Shoto estava com os seus arregalados em surpresa, o beijo durou poucos segundos, mas para os dois foi como se tivesse passado horas. Assim que o esverdeado se afastou singelamente, ele abriu os olhos e reparou nos heterocromáticos, ação que foi copiada pelo bicolor.

Esse pequeno e singelo beijo foi o estopim para que Shoto levasse a mão esquerda ao rosto de Izuku e o puxasse para um segundo e mais profundo beijo, esse que foi prontamente aceito pelo menor. Os lábios se tocaram com um pouco de força e começou com apenas o contato da pele, mas logo Izuku abriu um pouco os lábios e passou a língua nos de Shoto, num pedido mudo para que avançassem para a segunda fase do beijo.

Rapidamente ambos enroscavam as línguas em uma dança quente e molhada, as respirações estavam pesadas e o quarto frio se tornou quente, as mãos de Izuku passeavam pelos braços e tórax do bicolor, que soltava pequenos gemidos no meio do beijo. Shoto puxava levemente os fios esverdeados presentes na nuca do outro, que também soltava gemidos baixos entre o beijo, a mão direita passeava por quase toda a extensão da pernas que estavam cobertas, dando leves apertadas próximo aos joelhos.

Depois de alguns poucos minutos eles se separaram ofegantes e extremamente corados, permanecendo na mesma posição só que com as testas coladas e os olhos admirando um ao outro.

Um sorriso começou a se formar rapidamente no rosto deles, sendo o de Izuku muito maior e explicito e o de Shoto mais contido e discreto, porém ambos passando a mesma carga emocional. Shoto sentia que podia gritar de felicidade, seu corpo ainda estava em confusão, se sentia quente pelo momento recente, mas também gelado pela emoção e surpresa, e ele admitiria que a sensação e o sentimento que estava tendo agora era tão bom que poderia facilmente se viciar.

-Acho que é melhor você ir... senão vão vir te expulsar daqui a pouco... – o tom sussurrante fazia todo o corpo de Shoto se arrepiar e sua mente, agora maculada, viajar para locais que antes eram proibidos e que agora só eram um pouco constrangedores.

-Hum... queria ficar mais... – respirando fundo e inalando o cheiro gostoso que vinha de Izuku, o bicolor fechou os olhos se concentrando naquele momento que fora tão sonhado por si.

-É... eu também queria...

Alguns minutos mais tarde e bateram na porta avisando que o tempo havia acabado, Shoto se despediu de Izuku com um toquinho de mãos, afinal depois que afastaram os corpos a vergonha os atingiram de maneira brutal.

Assim que Shoto atravessou as portas de vidro do hospital ele caminhou pela calçada em direção a onde o seu motorista o esperava com o carro. O céu estava começando a escurecer, o tom de laranja indo para o azul, com rosa, vermelho e roxo fazendo a transição era sem dúvidas lindo, as nuvens ajudavam a compor uma visão de tirar o folego e o bicolor estava perdido em pensamentos enquanto admirava tais cores. Porém essa sua distração o fez se assustar verdadeiramente quando foi puxado com força para o lado e obrigado a entrar em um beco largo, em seguida sentiu seu corpo bater com força contra a parede de uma das casas enquanto sua roupa era segurada com brutalidade. Seu coração batia descompassado e ele sentiu medo do que poderia acontecer ali adiante, contudo quando abriu os olhos para ver quem era o agressor, pode ver apenas os familiares olhos carmesins, que o observavam raivosos, e o cabelo loiro espetado.

-Oe seu maldito. O que pensa que tá fazendo com o Deku em? – o tom era notavelmente hostil, mas era baixo, apenas os dois podendo ouvir o que era dito.

-Como assim? Não tô fazendo nada, ele é meu amigo. – respondeu imitando o outro, seu medo anterior sendo substituído por raiva também.

-Eu tô de olho em você seu meio a meio de merda! Se ousar encostar no Deku com essas suas mãos nojentas... eu te mato! – em um tom um pouco mais baixo e aproximando os rostos para que fosse audível, Kacchan praticamente sibilou a ameaça

-Vai se foder!

Já visivelmente irritado com a petulância do loiro, Shoto empurrou o outro com força para longe e caminhou rapidamente para fora do beco e voltou a ir em direção ao carro. Kacchan apenas grunhiu de raiva e o seguiu com o olhar, o empurrão só havia o afastado, mas ele ignorou o bicolor e adentrou o beco em passos lentos e carrancudos.

...

Naquela noite os dois pensaram muito a respeito do que tinha acontecido, Shoto pensou sobre o vizinho de Izuku e a maneira que ele havia falado consigo, não parecia para si que eles eram apenas vizinhos, apesar do jeito estranho e rude do loiro, o bicolor havia visto certa preocupação nos orbes rubros e agressivos, porém não tinha muito embasamento sobre tal assunto e nem queria muito, dentro de si ele sentiu um pequeno beliscão de ciúmes, pois o loiro conhecia Izuku a muito mais tempo que ele e isso mexia com seu ego. Contudo no meio de tanto pensamentos sobre o que iriam fazer dali em diante e o que haviam feito, ambos tinham certeza de uma coisa: queriam mais um do outro.

O beijo havia sido igual experimentar uma droga muito forte e que te deixa com uma sensação muito boa no final e eles queriam mais daquilo, queriam que a água transbordasse e escorresse por todo o corpo até chegar ao chão.

“Acho que acabei de me viciar nisso...”


~~~ ~~~

Inverno - 19/03 15:43 - Hosu General Hospital

Já havia se passado algumas semanas desde que os dois jovens haviam dado o primeiro beijo entre si, o primeiro passo.

Depois daquele dia em todos os encontros que tinham eles aproveitavam alguns momentos em que ficavam sozinhos para trocarem caricias e alguns beijos a mais, porém nunca passando de uma linha imaginaria que colocaram.

Nesse tempo eles haviam se confessado um ao outro, falado abertamente sobre seus sentimentos, obviamente que não foi tão simples assim, havia sido uma conversa regada de faces vermelhas, palavras confusas e receio, receio de falar algo errado e estragar tudo, de o outro não gostar dos “motivos” do outro e ficar um clima esquisito entre eles, contudo havia sido mais tranquilo do que esperavam. Shoto descobriu que Izuku começou a nutrir sentimentos por si pouco tempo depois que eles viraram amigos, mais ou menos na mesma época em que Shoto também começava a se perceber estranho na presença do esverdeado, porém o bicolor descobriu algo que o surpreendeu muito; Izuku possuía uma autoestima muito baixa. Na visão de Shoto o menor possuía uma beleza impressionante, as sardas no rosto em contraste com os olhos escuros e o cabelo parecido com uma paisagem natural após uma chuva torrencial, possuindo aspecto calmo e relaxante, de fato era uma comparação bem esquisita, tanto que rendeu algumas gargalhadas por parte de Izuku.

Mas o fato de Izuku ter um corpo tão frágil e ter que depender dos outros para algumas coisas básicas o deixavam muito mal, essa impotência que tinha desde que havia nascido, o medo do desconhecido o irritava, queria não ser tão medroso e ter forças para sair daquele lugar e poder andar com as próprias pernas, literalmente.

E Shoto se viu surpreso ao ouvir essas palavras, e semelhantes, sair da boca daquele que achava incrível, afinal não tem como tampar os olhos e não perceber que de fato Izuku estava certo, qualquer coisa boba para pessoas normais representava um risco a sua vida, só que Shoto achava incrível ele conseguir suportar tudo isso e continuar com um sorriso no rosto, sempre olhando para frente. Talvez tenha sido isso que o encantou, essa força de vontade, essa coragem de querer mudar, melhorar, pois diferente de Izuku, Shoto se considerava um covarde, sempre abaixando a cabeça e não possuindo opinião diante o pai, se escondendo quando poderia se move e assim talvez mudar algo.

Se tivesse se movido antes, a meses e anos atrás, talvez não teria tais cicatrizes que estavam marcadas em sua pele por toda a sua vida terrena.

Essa troca de sentimentos, essa ação deles se abrirem um para o outro e contarem seus medos foi sem dúvidas algo que os aproximou mais, um sentimento que se tornava tão forte que chegava a doer dentro do peito.

O dia fazia frio, então a característica janela do hospital estava fechada, porém a cortina estava aberta deixando a luz do céu claro iluminar o quarto.

A mãe de Izuku havia saído temporariamente para resolver alguns assuntos financeiros e havia deixado os dois conversando e se divertindo juntos. Nesse ponto Shoto já era quase da família, Inko via como seu precioso filho ficava quando estava na presença do bicolor e o garoto era educado e bonito, não tinha do que reclamar, confiava no maior e não tinha receio em deixar Izuku com ele.

Então ambos estavam sozinhos no quarto hospitalar e ficariam ali até a horário de visita acabar. Obviamente, como adolescentes com hormônios em alta, eles aproveitaram o momento sozinhos para voltar com as caricias e beijos.

Shoto fazia questão de tomar o máximo de cuidado com o esverdeado, jamais se perdoaria se o machucasse, então ele sempre ia com calma e reparando em cada expressão ou palavra do outro.

Eles começaram com um beijo calmo, onde havia apenas o contato dos lábios quentes, esses que se separavam rapidamente e logo voltavam a se encontrar, a mão de Izuku ia do rosto do bicolor até sua cintura, passando pelos braços e pelas costas, que notou terem alguns músculos desenvolvidos. Shoto mantinha a mão direita sempre na nuca do outro, acariciando o cabelo enquanto dava leves puxadinhas para trás, a mão esquerda se preocupava em explorar quase toda a extensão do corpo do menor, tudo sempre tomando o maior cuidado possível.

Em pouco tempo os selinhos deram lugar a um beijo de língua abrasador que conseguia os fazer sentir calor mesmo em um dia de temperatura negativa. As mãos que antes apenas acariciavam suavemente começavam a ter uma veemência maior, os gemidos ocupavam espaço com arfadas pesadas e a mente de ambos começava a ficar nublada, possuindo o outro como um farol em meio a nevoa.

Porém foram interrompidos por uma ligação no celular do bicolor, fazendo ambos se separarem corados e levemente suados.

-Alô? – a voz rouca de Shoto soou, logo sendo consertada por uma tosse forçada. – Hum... acho que sim.

A face corada e curiosa de Izuku contemplava o garoto que conversava pelo telefone de maneira monossilábica, Shoto era alguém muito bonito, até mesmo tendo uma cicatriz de queimadura na metade do rosto, sua face naturalmente séria, a maneira que o cabelo caia pelo seu rosto, além do próprio rosto em si, que Izuku, e muitas garotas anônimas, achavam maravilhoso. Se sentia sortudo por ter alguém como ele ali, gostando de si do mesmo jeito que ele gostava do bicolor, trocando caricias consigo enquanto o olhava daquela maneira. Uma arfada seguida de um desviar do rosto foram as saída que o menor encontrou para disfarçar os sinais de seu corpo, não iria de maneira alguma falar para o outro que estava excitado e que sua mente lhe dava imagens que pioravam a situação, principalmente quando se recordava do olhar heterocromático do outro que transbordava carinho e indecência.

Enquanto Izuku olhava para outro canto com a face cada vez mais vermelha, Shoto passou a o observar enquanto respondia a ligação, essa que acabou rapidamente.

-Era sua mãe. – comentou tendo a atenção de Izuku voltada para si novamente – ela disse que acha que vai acabar demorando mais do que o esperado e me perguntou se eu não podia ficar aqui com você nesse tempo...

-Sé-sério? E você pode? – Shoto achou engraçado o brilho nos olhos do menor e o tom animado.

-Posso sim, vou só avisar minha família e as enfermeira também, ela disse que vai ligar para avisar também e como seu caso não é de risco, do tipo que precisa de acompanhante 24 horas... – com uma outra olhada no menor antes de voltar-se para o celular, ele pode ver que Izuku parecia muito feliz com isso, e lógico, ficou feliz com isso também, porém ver a felicidade do outro era muito mais satisfatória para si.

Em alguns longos minutos tudo estava resolvido, Shoto poderia ficar como acompanhante temporário de Izuku desde que o menor não sofresse nenhum acidente grave, pois não havia riscos de uma emergência diferente da dessa. Alertaram o bicolor para tomar cuidado quando for ajudar o esverdeado a fazer qualquer coisa, pois uma queda pode acabar quebrando alguns ossos e ninguém queria isso.

Quando estavam somente os dois sozinhos no quarto novamente eles não voltaram as caricias de imediato, eles ainda se sentiam envergonhados quando tinham que parar no meio de algo, era quase como se alguém os tivesse pegado no flagra. Então passaram algumas horas conversando e jogando como sempre faziam.

Quando deu aproximadamente 21:06 ambos decidiram ir dormir, Shoto apagou as luzes, deixando apenas a luz da lua e dos postes do jardim entrarem, e Izuku fez questão que o outro se deitasse consigo, logo abrindo um espaço na cama do hospital.

Assim que já estavam deitados, ficaram de frente um para o outro se admirando, não falaram nada, apenas de encaravam, mas lentamente o bicolor levou a mão esquerda até o rosto de Izuku e acariciou suavemente, quase como se tocasse algo que poderia quebrar caso respirasse muito forte, o menor se aproximou mais ainda e quebrou qualquer distância que tivessem com um beijo.

Beijo esse que, assim como os outros, começou calmo e lento e aos poucos foi ficando mais intenso, entretanto dessa vez não havia algo que fosse os impedir, a mãe do menor ligaria avisando quando estivesse voltando e nenhuma enfermeira iria entrar ali desde que não estivesse precisando. O coração de ambos começou a bater mais rápido e mais forte, logo Shoto se apoiava no braço direito enquanto posicionava o corpo por cima do de Izuku e sem demora ele já estava totalmente por cima, porém sem colocar sequer um pouco de peso sobre o corpo menor.

Por um momento Shoto abandonou os lábios inchados do menor e foi criando um caminho de beijos molhados pelo rosto e pescoço do outro, dando pequenas mordidas e passando sua língua em seguida. O arfar pesado misturado a gemidos que saiam de Izuku eram como uma melodia bem tocada e Shoto queria ouvir mais dessa música, queria fazer seu amado se sentir bem, queria dar-lhe prazer, o fazer gemer seu nome.

As mãos do esverdeado percorriam por sobre a camisa daquele que o instigava, os dedos finos arranhavam e davam pequenos apertos no corpo forte acima de si, as vezes levava uma das mãos ate os fios lisos e copiava a ação que o outro fazia em si, os puxando levemente para trás. Um arrepio percorreu o corpo de Izuku quando ele sentiu uma mão fria entrar em contato com a pele da sua barriga, no mesmo segundo a boca quente voltou ao seus lábios em um beijo sedento que melado.

A mão de Shoto foi percorrendo pela pele do tronco do menor que estava abaixo de si, a pele era macia e estava quente, mas seu âmago queria mais, queria provar o gosto daquela carne, experimentar seu toque, se sentia eufórico e ansioso, como um animal faminto que acabou de avistar a presa perfeita. Se separou brevemente e se posicionou melhor entre as pernas do esverdeado, antes de voltar aos beijos o bicolor teve uma visão que diria ser a mais bela que já havia visto até aquele momento; Izuku deitado, ofegante, totalmente ruborizado e com as roupas e cabelo bagunçados, isso enquanto o encarava com os olhos semiabertos.

Em um movimento rápido e eufórico, o bicolor tirou a camisa de manga longa que vestia e jogou nos pés da cama, passou a mão no cabelo o jogando para trás para que não o atrapalhassem a medida que encarava o menor, se abaixou até o corpo pequeno e, tirando aos poucos a camisa do mesmo, ia dando beijos e lambidas por todo o abdômen do outro enquanto o observava suas reações, essas que despertavam ainda mais a libido do bicolor.

Já Izuku se sentia desorientado com o que via, o corpo definido, mas magro de Shoto fez seu corpo tremer e se arrepiar por completo, a luz que entrava pela janela fez aquele ser que se encontrava entre suas pernas parecer mais bonito do que naturalmente já era, depois dele passar a mão no cabelo e o jogar para trás Izuku teve certeza que estava quase indo para outro plano. Engoliu em seco quando o outro se abaixou e começou a acariciar sua barriga com os lábios e a língua, aquele homem a sua frente era um demônio, vindo direto da camada da luxuria e perdição, sua existência chegava a ser um crime de acordo com Izuku, que ria internamente por não ter forças nem coordenação para fazer isso fisicamente.

Em pouco tempo ambos estavam quase totalmente nus, com apenas as roupas intimas separando-os, a pele do corpo já estava em contato e em fricção, o toque do outro parecendo queimar a epiderme. Totalmente excitados e não querendo voltar atrás eles se agarraram um no outro entrelaçando as pernas e com o suor escorrendo pelo peito e costas, Shoto ainda permanecia entre as pernas de Izuku, só que agora com as intimidades coladas, com duas camadas de tecido as impedindo de se tocarem. Shoto estava com o corpo abaixado sobre o de Izuku, as bocas coladas em uma dança sensual e ofegante, as mãos do esverdeado exploravam com avidez o corpo forte acima e o bicolor apoiava o 1/3 do peso no braço direito enquanto o esquerdo segurava com firmeza a cintura do outro, as vezes percorrendo a coxa, mas logo voltando a cintura.

Poucos segundos depois o bicolor começou a movimentar o quadril contra o do menor com força e lentidão, fazendo Izuku gemer um pouco mais alto no meio do beijo e fincou as unhas nos seus ombros. O movimento se tornava cada vez mais intenso e preciso, acarretando na separação do beijo e os levando a arfar e gemer baixo no ouvido do outro, Shoto apoiou a cabeça no travesseiro ao lado de Izuku, a mão que antes sustentava o corpo agora segurava a outra coxa do menor na altura do joelho com um pouco de força, Izuku por outro lado abraçou os ombros de e cruzou as pernas nas costas de Shoto, hora ou outra arranhando as costas dele ou dando pequenas mordidas na área próxima a clavícula.

O esverdeado sentia que estava quase chegando no ápice, porém queria mais, queria o maior dentro de si, preenchendo seu “vazio”. Então em um sussurro sensual no ouvido do maior, Izuku disse:

-Eu quero... você dentro... por favor...

O tom era ofegante, baixo e aparentemente cansado, mas Shoto ouviu em alto e bom som, virando a cabeça para encontrar com os olhos nublados de prazer do outro.

-Mas... ah... não tem nada pra... não te machucar... – a voz de Shoto estava duas vezes mais grave e rouca, tanto que fez com que os pelos de Izuku se arrepiassem por completo.

-Tem um... ah... creme aqui... ah... do lado... – eles não haviam parado a fricção das intimidades, então falar havia se tornado uma tarefa um pouco difícil.

Shoto parou brevemente sua movimentação e procurou na cômoda ao lado da cama algum creme, encontrando-o rapidamente e logo voltando a sua atenção ao esverdeado.

-Você já fez isso antes? – perguntou calmamente ao menor que negou com a cabeça timidamente – eu também não, mas... acho que sei como fazer...

O creme foi colocado do lado do corpo deitado de Izuku enquanto Shoto se sentava sobre as próprias pernas e acariciava as coxas e joelhos do menor, que se sentia arrepiar a cada toque do outro. Ambos estavam muito corados e tímidos, entretanto não iriam parar ali, assim calmamente e sempre reparando nas expressões do pequeno, Shoto segurou a barra da cueca e começou a retira-la vagorosamente do corpo magro de Izuku, assim que completamente nu, ele parou por mais alguns segundos para observar o corpo delicado do outro, percebeu logo que esse estava meio tenso, com medo talvez, então se aproximou novamente, tomando os lábios nos seus em outro beijo lento e repleto de luxuria.

-Eu vou devagar... me avisa se doer ou quiser que pare ok? – com o olhar preocupado e transbordando carinho, Izuku se sentiu acolhido e com um pouco mais de coragem, mesmo que tenha sido ele quem deu a ideia.

Ainda com o corpo próximo ao de Izuku, Shoto pegou o pênis do outro e começou a estimula-lo gradativamente, seu rosto estava bem perto do dele, assim podendo ver com todos os detalhes quando o menor se contorcia em prazer e gemia seu nome baixo, ação que fazia seu próprio membro, que já estava acordado a um bom tempo, latejar e pedir atenção, porém no momento Izuku era prioridade. Assim que percebeu que o menor estava quase no ápice novamente, Shoto parou o movimento das mãos e se afastou, abrindo as pernas de Izuku e um pouco as suas, deixando assim o caminho para o anus livre.

Pegou o creme de aparência leitosa e jogou um pouco nas pontas do dedo, em seguida levando-o até a saída do menor e massageando suavemente a região. Vagarosamente Shoto penetrou o dedo do meio dentro do menor, que gemeu baixo e sua expressão não parecia confortável, porém não disse nada.

O dedo permaneceu dentro do mesmo imóvel, até que lentamente começou a se movimentar em um entra e sai e um pequeno “carinho” na mucosa intestinal, um tempo depois Izuku já havia se acostumado ao primeiro dedo. Quando o segundo foi introduzido ele começou a se sentir verdadeiramente incomodado, mas se esforçou para tentar achar aquilo bom, demorou um pouco, mas logo estava pedindo o terceiro, que foi cautelosamente introduzido.

Shoto notava qualquer alteração na face bonita de Izuku, então quando já havia dedos os suficiente dentro do mesmo procurou algo que já havia lido em sites; o “ponto G” masculino, a próstata, foi acariciando a parede do intestino do menor até ver que o rosto do outro se contorceu em prazer, havia achado o local que faria seu amado não se sentir tão desconfortável, ou pelo menos era o que esperava. Ficou acariciando o ponto G por um tempo, via as mãos finas agarrarem o lençol da cama e arranharem seu ombro, mas nada disso importava tanto quanto ver o rosto do outro contraído em prazer.

Logo Shoto retirou os dedos melecados de dentro de Izuku e se posicionou melhor entre as pernas dele, rapidamente tirou a cueca, que o prendia, dando liberdade a seu pênis, esse que era alguns centímetros maior de o de Izuku, em um movimento rápido o maior se inclinou o corpo para o lado da cama onde estava seus pertences, incluído sua carteira, de onde ele retirou uma embalagem pequena e quadrada e a abrindo em seguida, revelando um objeto circular, de aparência plástica e melecada. Em pouco tempo o pênis do bicolor estava protegido com uma camisinha bem lubrificada, esse que estava sendo observado curiosamente pelo esverdeado. Se posicionou na entrada do outro e se abaixou ficando cara a cara com Izuku, ficando de quatro, só que com a cintura mais próxima do colchão e as pernas mais abertas para caber a bunda do outro entre as suas coxas.

-É uma camisinha... Posso ir...? – um sussurro rouco dito no pé da orelha de Izuku foi o suficiente para que seu pênis voltasse a ficar ereto e rígido.

-Sim...

Sem pressa Shoto foi adentrando o ânus do outro com seu pau, dava beijos no rosto e pescoço do outro numa tentativa de o relaxar, levou a mão direita até o pequeno membro rígido e o massageou também. O ânus de Izuku era apertado, quente e, por causa do creme e da lubrificação da camisinha, pegajoso, Shoto teve que fazer um grande esforço para não o penetrar com tudo, aquela entrada lenta estava o matando, sentia que poderia gozar ali mesmo, sem nem mesmo ter feito algum movimento, ele respirava fundo enquanto beijava e lambia o pescoço e boca de Izuku.

Quando finalmente estava completamente dentro do menor ele esperou o aval do outro para poder se movimentar, demorou um pouco, mas logo chegou e em movimentos lentos e curtos Shoto começou a se deslocar dentro do outro, em certo ponto começou a procurar o ponto G novamente e o achando rapidamente. Assim que a cabeça de seu pênis cutucou a próstata de Izuku, ele deu um gemido arrastado, porém baixo, fazendo Shoto engolir seco e se concentrar em não chegar ao seu ápice tão facilmente.

Com a mão direita ainda estimulando o pau de Izuku, logo o movimento de sua pélvis contra os glúteos macios do outro começou a se tornar mais intenso e mais rápido, os gemidos iam aos poucos se tornando mais altos também, ao ponto em que o próprio Izuku tapou a própria boca para que não saísse mais som. Contudo para Shoto que estava ali, colado em si, os gemidos abafados eram muito excitantes, quando o menor gemia seu nome sua libido crescia e a vontade de ir mais fundo em Izuku só aumentava, ato que aos poucos ele ia fazendo.

Pouco tempo depois Izuku chegou ao seu ápice gozando em seu próprio abdômen e no de Shoto, poucos segundos depois em uma última estocada mais forte foi a vez do bicolor de gozar.

Ambos estavam ofegantes, suados e melecados, precisavam de um banho urgentemente, porém tinha que respirar primeiro, eles se encararam por um tempo, abrindo sorrisos cansados em seguida e logo começando um outro beijo molhado, só que bem mais curto.

O bicolor se sentia mole, porém não iria soltar o corpo em cima do esverdeado, então ele jogou o corpo para trás e se sentou nas panturrilhas, ainda não tinha saído de dentro do outro então aproveitou para, novamente, contemplar sua obra de arte; o gozo no abdômen do menor junto ao rosto corado e a bagunça da cama e daquele deitado, quase faziam seu pênis se enrijecer novamente, contudo estava cansado demais para isso. Observou o próprio pênis coberto sujo e ainda dentro do buraco do menor, sentiu excitação também, mas não deixou o pau endurecer novamente, nem ele nem Izuku iriam aguentar outro round seguido.

Havia um banheiro privado no quarto, então Shoto fez questão de levar Izuku com o maior cuidado possível para o local e ambos tomaram um banho juntos, com direito a mais algumas caricias, estímulos e gozos, entretanto nada entrando e saindo novamente.

E ali, naquele dia, naquele quarto, os dois tiveram um momento deles onde compartilharam seu amor, seus toques, sua paixão ardente e imparável. Ali ambos se conectaram como um só, seus sentimentos se tornaram o mesmo e ficaram marcados um no coração do outro por toda sua existência, pois o que compartilharam ali não foi apenas saliva, suor, gemidos e sêmen, ali eles compartilharam algo muito maior que tais coisas terrenas e carnais, eles compartilharam AMOR.


~~~ ~~~

Primavera - 18/05 – A caminho do Hospital

Naquele dia Shoto estava com um pressentimento ruim, algo parecia errado para si, mas não sabia o que era, então estava ignorando enquanto contava as horas para poder ir visitar seu amado, só que tal sensação não se dissipou em momento algum, causando certa ansiedade no bicolor.

Horas se passaram e finalmente ele estava a caminho do hospital, dentro do carro de sua família ele observava a paisagem que passava rapidamente pela janela de vidro escuro, as mãos se acariciavam de vez em quando num gesto ansioso, alguns suspiros escapavam de seus lábios chamando atenção do motorista, que o observava brevemente pelo retrovisor central.

Assim que chegou na entrada de visitantes do local, saltou para fora do carro e em passos apressados se dirigiu a recepção e entregou o documento sem esperar um pedido, porém a expressão da recepcionista fez um frio passar pelo seu corpo.

Seu rosto estava com um expressão triste e consoladora ao mesmo tempo, a sensação ruim que estava em seu corpo apenas aumentou diante daquilo, sua cabeça se mexia em negação e suas sobrancelhas tremiam em um misto de incerteza e indignação.

-Senhor Todoroki... eu... você não vai poder ir visitar o Izuku hoje... – o tom era baixo e suave, talvez numa tentativa de amenizar qualquer tipo de reação que o bicolor pudesse vir a ter.

Porém sem uma resposta apropriada e num movimento repentino o bicolor se colocou a andar rapidamente, quase correndo, em direção aos elevadores, alguns seguranças tentaram o parar, contudo o mesmo desviou com facilidade e voltou a correr, para sua sorte as portas metálicas se abriram assim que chegou perto e uma pessoa saiu de dentro do elevador, Shoto com pressa entrou na caixa metálica e apertou com força o botão do andar e o de fechar a porta, vendo os seguranças virem em sua direção antes da porta de fechar completamente.

Seu peito parecia que iria explodir, sentia como se estivessem enchendo um balão com água dentro de si, algo solido e pesado que se expandia, sua respiração estava pesada e suas mãos tremiam, assim que a porta se abriu ele correu em direção ao quarto, no caminho os funcionários diziam para que não corresse, contudo o único som que seus ouvidos captavam era o das batidas do seu coração que se assemelhavam a tambores graves.

Assim que virou o corredor sentiu seus joelhos falharem e suas pernas ficarem fracas de repente, o corpo foi direto a parede e ao chão com apenas as mãos apoiando. Na frente da porta do quarto estava a mãe de Izuku, ela tinha o corpo curvado para frente e as mãos no rosto, ao seu lado um homem alto, magro e de cabelos loiros bagunçados afagava suas costas, sua expressão era de profunda tristeza e pesar, virado de frente para si havia um médico de longos cabelos negros, sabia quem era e não gostou de vê-lo ali, não naquele momento.

-EU QUERO MEU FILHO DE VOLTA! – um grito carregado de dor ecoou pelos corredores melancolicamente brancos e frios, um choro alto triste veio em seguida junto a súplicas ao médico, logo Inko caiu ajoelhada no piso que nessa hora parecia estar mais frio que o normal.

A mente de Shoto não conseguia processar o que via e ouvia, com o corpo jogado no canto da parede e assistindo aquela cena seus olhos estavam arregalados e a boca semiaberta, entretanto aos pouco os orbes foram enchendo de lagrimas, as sobrancelhas franziram e o queixo começou a tremer, ele fechou a boca e pressionou os dentes, não conseguia desviar o olhar da mãe de Izuku caída no chão, igual a si, seus olhos vagavam entre a mulher e o médico, numa esperança inútil de que o homem falasse que era tudo uma piada de mau gosto e que Izuku estava depois daquela porta. Porém quando os olhos vermelhos do médico se encontraram com o seus, ele sentiu como se o balão dentro de si estivesse estourado, as lagrimas agora corriam com velocidade e abundância, levou a mão esquerda ao peito e agarrou com força a própria camisa.

Sentia seu peito doer, uma dor quase insuportável que crescia a cada vez mais, o corpo aos poucos foi se curvando e logo os soluços baixos, começaram a sair.

Aqueles que estavam no corredor ou que passavam, sentiam a dor e tristeza que havia ali e rapidamente chegavam a conclusão do que havia acontecido, afinal era um hospital e, infelizmente, coisas assim eram comum para eles, mas não quer dizer que era mais fácil receber isso ou assistir as reações de familiares, amigos e parceiros, em um ato de respeito pela dor daqueles que perderam alguém, eles permaneciam em silencio total e faziam preces, cada um para o que acreditava, pedindo proteção a aqueles que permaneceram, mas claro, tudo feito de maneira silenciosa.

Shoto sentiu mãos acariciando suas costas e o abraçando de lado, não sabia quem era e não importava, tudo que ele queria era acabar com aquela dor lancinante que mutilava seu peito. Por um momento ele desejou nunca ter conhecido Izuku, nunca ter ido conversar com ele naquele dia, nunca ter se apaixonado por ele, nunca ter o tocado, nunca ter trocado sentimentos, nunca ter sido correspondido... Ele desejou nunca ter feito tantas coisas, mas só uma delas permaneceu intacta; amava Izuku.

...

Três dias depois houve o velório de Izuku, Inko chamou Shoto, porém não queria obrigar o garoto a ir, então fez um convite vago. No dia em questão estava, ironicamente, chovendo, era uma garoa fraca, como se você estivesse cansado de chorar, mas ainda tivesse lagrimas nos olhos.

Izuku havia se acidentado numa escada e suas fraturas foram graves o suficiente para que ele não aguentasse a cirurgia, essa que foi realizada com rapidez e por especialistas, contudo não foi possível salvar o garoto quando o monitor cardíaco apresentou o iso, a linha que antes fazia um zigue-zague indicando os batimentos cardíacos se transformou em uma linha reta, tentaram reanimar o corpo de Izuku, mas não foi possível traze-lo de volta.

Um padre fazia orações para que o espírito fosse em paz e outras coisas que Shoto não fez e nem faria questão de prestar atenção, seu foco era somente na tampa do caixão, que descia devagar até o fundo da cova. Seu peito já não doía mais, porém agora havia algo semelhante a um vazio dentro de si, não queria sentir mais nada, aquele vazio era sufocante, porém não queria se livrar dele porque o lembrava de Izuku, o fazia lembrar de todos os momentos bons que haviam passado juntos e depois de pensar, nos três dias que se passaram, ele decidiu que não queria esquecer, se arrependeu de ter desejado nunca ter o conhecido, pois os momentos que passaram juntos foram, sem dúvidas, os melhores de sua vida até aquele momento.

Nenhuma lagrima escorreu do inicio ao fim do evento fúnebre, entretanto quando chegou em casa e entrou no próprio quarto se encostou na porta e escorregou até o chão, onde se deixou desabar igual fez no hospital a dias atrás, chorou até se sentir sonolento e desabar na cama de qualquer jeito, possuindo somente um ultimo pensamento antes de apagar.


“Eu sinto sua falta Izuku...”




.

..

...

Fim.


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Essa é minha primeira One Shot se não me engano, eu já estava com ela a muito tempo guardada na mente, com a ideia, mas decidi tomar vergonha e escrevê-la e postar.

Espero que esteja legal sdfblsdjfsldf

Tentei trazer tudo que eu me lembrava sobre sentimentos, tanto que eu senti ou li, espero que tenha ficado bom!

A e mais uma coisa, eu peguei varias informações de sites e artigos sobre essa doença, só que não necessariamente tudo que eu coloquei é do jeito que acontece, cada caso é um caso e tem vários tipos dessa doença, eu coloquei de um jeito que desse pra encaixar do jeito que eu queria na fic, encaixar nos personagens, até a parte do Todoroki não é necessariamente desse jeito que acontece sabe sldjfshlkfjshldf mas é isso, só uma observação de que tem ficção né, pra vcs não tomarem como verdade absoluta só pq tem algumas infos corretas. sdjfslkjfslkfjsdl

Foi um trampinho escrever essa fic viu, tive que até ler artigos científicos para saber se algumas coisas que eu coloquei poderiam acontecer, quero pelo menos um comentario falando no mínimo em “muito show” ksjdflskdjfsldfsfd brincadeira, comenta se quiser, mas saiba que quando vc comenta é um apoio muito grande pra quem escreve, a gente se sente importante sabe, tipo “a pessoa comentou mesmo! Ela tirou um tempinho só pra comentar!” aquece o nosso ser sdjfslkdfjsldjfk

Peço desculpas por qualquer erro de gramática ou interpretação, as vezes tem coisa que passa sabe, mesmo que eu tenha lido umas 3 vezes sjdfsçjfsçdkjfsç caso vocês verem algo errado, me digam que eu arrumo skjdfsldkfshlfsd

Bem espero que tenham gostado dessa fic, finalmente ela saiu viu, pq eu tava com ela guardada a muito tempo, eu to vendo pra tomar vergonha na minha cara e escrever as que eu to em andamento e as que eu to com ideia na mente sabe!

Mas é isso cremosos!! Muitos Beijos para todos que chegaram até aqui! Cada leitor é muito importante for me!!!

22 de Julio de 2020 a las 01:45 0 Reporte Insertar Seguir historia
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Fin

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