_veronildias Verônica Park

Depois de finalmente ser admitida na equipe de moda do BTS, seu grupo favorito, Lola não consegue resistir à tentação de usar sua posição para matar sua curiosidade. Acaba parando na sala de dança, sem saber que está sendo observada.


Cuento Sólo para mayores de 18.

#bts #kth #taehyung #tae #v #noir #heterossexual #hot #+18
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Singularity

– Eles ganharam um andar inteiro só para eles? Puta merda! – exclamei para o telefone enquanto lia a mensagem enviada pela minha melhor amiga. Era minha primeira viagem como personal stylist de ninguém menos que BTS. Obvio que eu não cuidava dos sete sozinha, havia toda uma equipe, mas as escolhas finais era eu que dava depois de confirmar com eles e com os produtores.

Estava num quarto maior do que meu aparamento todo, alugado à custa de um dinheiro guardado por anos. Julia tinha um quarto parecido, do outro lado do corredor, enquanto o resto da equipe ficava espalhada pelos outros andares. Com exceção das estrelas. Eles ficavam num andar todinho só para eles. Havia todo tipo de sala no andar que eles ficariam, desde salas acústicas para que ensaiassem, ate uma sala de dança toda equipada. Eu não tinha muito acesso a esses ambientes. Meu lugar era na sala menor – bem menor – reservada para o figurino, com araras e mais araras de roupas, maquinas de costura e muitos espelhos. Julia, como maquiadora, tinha acesso a essa sala junto comigo. Mas só.

Quando a madrugada chegou, fechando um dia de ensaio, preparo e muito trabalho, decidi me arriscar a deixar meu lado army falar mais alto. Eu estava trabalhando com eles, não significava que havia deixado de ser fã, não é? Era mais do que justo usar meu privilegio como parte da equipe para andar por aí no andar reservado para o BTS. Era só passar longe dos quartos deles e pronto, estaria mais segura de não ser pega. Se me pegassem no meio do caminho, eu simplesmente diria que estava indo para a sala de costura colocar em pratica alguma ideia maluca que tinha tido de madrugada. Ninguém me julgaria, Suga faz isso toda noite.

– Mas ele é o Suga e você é você. – sussurrei abrindo a porta do meu quarto e espiando para todos os lados. Estava descalça para não levantar suspeitas com o barulho de andar pelo corredor – acredite, sempre tem alguém que ouve. Bati de levinho na porta de Julia, mas ninguém respondeu. Provavelmente estava dormindo.

Dei de ombros e fiz o caminho todo até o andar reservado. Se eu fosse pelas escadas, levantaria suspeita, porque com certeza a porta estaria sendo guardada por algum segurança. Então decidi ir de elevador mesmo. O segurança que cuidaria dessa parte estava na recepção, de olho em qualquer pessoa que parecesse uma dessas fãs loucas que vivem atacando os meninos. Eu não tinha intenção nenhuma de chegar perto deles essa noite, mas podia ser confundida com uma dessas malucas se tivesse saído do térreo e não do andar abaixo do deles.

Quando a porta do elevador se abriu, vi um corredor longo que me pareceu assombrado, pois tudo estava no maior silencio. Engoli em seco e passei pelo corredor. O medo de uma das portas abrirem e eu dar de cara com um dos meninos era grande. Eu podia jurar que eles iam ouvir meu coração martelando no peito, do mesmo jeito que eu conseguia ouvir e sentir. Mas passei com facilidade por eles. Ou pelo menos achei que sim.

O som de uma porta se abrindo me fez correr os últimos metros e acabei entrando na primeira porta que vi aberta. Apoiei nela assim que a fechei depois de entrar, tentando acalmar meu coração. Respirava com dificuldade e tentava ouvir se havia alguém no corredor que eu acabara de deixar. Infelizmente o batuque desenfreado do meu coração não deixou que eu ouvisse direito, então fiquei uns cinco minutos – ou talvez mais – parada ali, o ouvido colado na porta, no escuro.

Meus olhos foram se acostumando com a baixa luminosidade da sala e só então percebi que não estava completamente no escuro. Já que tinha entrado naquela sala, era ela que eu ia espiar primeiro. Quando me virei, dei de cara com um salão de dança enorme. Havia um espelho ocupando uma parede inteira e um tablado para imitar um palco na parede adjacente a ela com um poste desses de dança.

– Eles têm até um trem de pole dance? – sussurrei, deixando o sotaque sobressair na fala em português. Usar a língua materna depois de tanto tempo usando o inglês e o coreano – que era ainda de iniciante – fez com que eu relaxasse um pouco. A pouca luz que iluminava a sala, vinha das grandes janelas que davam para a rua logo atrás do palco improvisado. Subi nele para olhar pelas janelas. Boa parte da cidade podia ser vista dali. – Uau! – sussurrei baixinho.

Já ia mandar mensagem para Julia chamando-a para aquela sala, mas pensei melhor e acabei guardando o celular. Voltei a olhar a sala. Num canto havia um espaço parecido com a sala onde eu improvisava os figurinos. Sorri. Tecnicamente eu posso estar aqui, então. Fui até ela e peguei um boné e uma daquelas mascaras que eles usavam quando viajavam. Prendi o cabelo e coloquei o boné, vesti a máscara e coloquei um par de óculos de sol sobressalente.

– Ok, agora que eu não vejo nada mesmo. – falei, tirando os óculos. Fui ate o espelho e imitei alguns passos de dança, distraída. Não vi quando uma porta lateral se abriu, muito menos quando alguém se sentou na cadeira atrás da maquina de costura. Continuei ali, dançando e sussurrando partes das músicas que eu gostava. Em algum momento Singularity passou pela minha mente e eu senti o impulso de usar aquele poste de dança.

Inspirada pelas luzes da cidade, pela penumbra da sala e pelo fogo que subiu só de me lembrar da música, comecei a improvisar uma coreografia ao redor do poste. Obviamente eu não consegui passar do nível de só me apoiar nele e rebolar. Em algum momento eu joguei o boné e a máscara para longe, com uma vontade repentina de tirar a roupa no meio daquela coreografia. Isso provocou o riso baixo da minha plateia. Quase caí quando percebi.

– Continue, por favor. – eu reconheceria aquela voz de olhos fechados. Como que me encorajando, ele começou a cantar a música que eu estava dançando há poucos minutos. Eu fiquei onde estava, hipnotizada por aquela voz, os olhos presos nos dele. Lentamente ele se levantou de onde estava, ainda cantando. Usava pijamas, mas o fato dele estar cantando Singularity para mim, sem banda, sem melodia, só na voz, não me deixou prestar atenção em mais nada. Estava presa numa armadilha.

Instintivamente eu desci do palco improvisado, indo a sua direção, encantada com aquela voz. O medo de ser repreendida havia sumido no momento em que ele começou a cantar. Quando nos aproximamos, ele enlaçou minha cintura, ainda cantando, e começou a se mover de um lado para o outro, numa dança lenta que eu acompanhei obedientemente. Fechei os olhos, apoiando o rosto no dele, totalmente entregue àquele momento. Com a proximidade, senti os lábios dele próximos da minha orelha.

Fechei os olhos. "Kim Taehyung esta cantando Singularity no meu ouvido, à capela, enquanto dançamos na penumbra. Posso morrer agora." – pensei sentindo meu corpo todo se arrepiando conforme a música encaminhava para o final. Não percebi quando ele parou de cantar, ainda estávamos dançando e só isso importava. Ele afastou o rosto do meu e colocou a mão carinhosamente onde antes o rosto dele estava. Olhava diretamente nos meus olhos, tão próximo que eu podia ver cada detalhe do rosto perfeito dele. Ainda estávamos dançando quando os olhos ele desviaram para os meus lábios.

Meu coração começou a bater disparado feito uma escola de samba. Mas eu não me afastei quando ele fez menção de me beijar. Olhou para mim, como que pedindo autorização e isso me fez tomar a iniciativa. A mente completamente vazia de qualquer outra coisa que não fosse aquele homem. O beijo começou lento, tímido, mas foi evoluindo rapidamente conforme a dança ia naturalmente parando.

Lentamente uma das mãos desceu pelas minhas costas, provocando arrepios por todo o caminho, enquanto a outra se posicionava atrás do meu pescoço, forçando com que eu me aproximasse mais e ajustasse meu ângulo ao dele. A boca dele explorava a minha com força, dificultando minha respiração. Em pouco tempo eu estava respirando com dificuldade, sentindo o calor subir pelo corpo conforme era beijada. Não percebi que estava sendo empurrada na direção do cantinho de costura ate sentir a mesa batendo de leve em minhas costas.

Foi só nesse momento que eu afastei minha boca da dele, virando-me na direção da mesa para abrir caminho. Empurrei a maquina para a outra ponta da mesa e joguei todas as amostras de tecidos e anotações no chão. Senti a ereção dele colada na minha bunda enquanto eu fazia isso. Não tive oportunidade de me virar para frente de novo, pois ele apoiava a mão em minhas costas, me empurrando na direção da mesa. Arfei de prazer de sentir o tamanho da excitação dele contra mim naquele momento e olhei para trás.

Havia um sorriso malicioso brincando nos lábios que eu beijei há pouco, enquanto ele olhava com puro desejo para meu quadril. Empurrei o corpo contra o dele, convidativa, me torturando diante daquela ereção e daquele olhar. Dolorosamente devagar, ele passou os dedos pelo elástico da minha calça de pijama e o puxou para baixo.

– Sem calcinha? – perguntou surpreso.

– Durmo sem nada, ia tirar isso assim que voltasse para o meu quarto. – respondi sorrindo e intencionando meu corpo para ficar de pé. Ele apoiou a mão novamente na base das minhas costas, me indicando que eu deveria ficar daquele jeito. Arfei novamente, obedecendo.

Senti um beijo carinhoso de cada lado da bunda. Mas meu corpo estremeceu mesmo quando senti a respiração dele tão perto quando afastou os lábios para poder me lamber. Se a boca dele não estivesse bem ali, eu estaria encharcada até a próxima encarnação. Gemi baixinho quando senti a língua se movimentando lentamente.

- Oh Deus. – disse em português, fechando os olhos contra a mesa.

Afastei bem as pernas, para que o acesso dele melhorasse, mas isso serviu apenas para um convite para que ele introduzisse um dedo. Arqueei para trás, gemendo, louca com aquele toque. Aquilo pareceu deixar ele mais empolgado ainda, movendo a língua em círculos ao redor do meu ponto mais fraco, enquanto um dedo virou dois. Minha mente já não conseguia processar mais nada a não ser o movimento daqueles dedos e daquela língua. Eu queria gemer, mas sabia que a qualquer momento poderia ser ouvida, ou pior, pega no flagra. Ao invés disso me deixar com medo, me deixou mais excitada ainda e senti o calor subindo pelo meu corpo no que seria um dos melhores orgasmos da minha vida. Fechei os olhos, sentindo a onda de prazer vir e dominar minha mente numa explosão de cores e prazer que eu nunca vou saber descrever. Fechei a boca para não gemer muito alto, mas acabei deixando escapar algum som. Meu corpo ia de encontro com aquela boca conforme as ondas de prazer iam e voltavam. Eu queria mais, precisava de mais.

Como que lendo meu pensamento, senti a ereção dele novamente contra meu corpo. Ouvi o som de algo sendo rasgado e vi uma embalagem de camisinha sendo jogada na direção da bagunça da mesa, agora toda no chão. Eu queria me virar para ele, olhar nos olhos dele, mas ao mesmo tempo queria ser fodida daquele jeito de novo. Ele me puxou pela cintura, para que ficasse um pouco de pé, ainda inclinada na mesa, as costas coladas no peito dele. Senti a uma das mãos subindo por de baixo da minha blusa de pijama ate alcançar um dos meus seios. A outra parou na altura do meu umbigo, quando ele me penetrou com força.

Gemi inclinando um pouco corpo para frente. Ele apertou um mamilo quando deu a primeira estocada, me fazendo fechar os olhos de puro prazer. Eu queria gritar, mas não podia. Respirava com dificuldade, aproximando-me dele quando ele se afastava, seguindo o ritmo das estocadas conforme ele aumentava. Ele gemia baixinho, naquela voz rouca colada em meu ouvido. Virei a cabeça na direção dele e o beijei desajeitadamente, sem que meu corpo se afastasse ou nossa união fosse interrompida. Ele retribuiu o beijo e acabou por se afastar, deixando que eu me virasse completamente de frente.

Sentei-me na mesa, as pernas bem abertas e o puxei para mim. Quando ele me penetrou de novo, não houve como evitar um gemido mais alto que ele abafou com um beijo. O movimento ritmado aumentou naturalmente, como se fossemos amantes desde muito tempo. Movi meus quadris de acordo com os movimentos dele, sentindo minha mente se afastando de novo enquanto a respiração voltava a ficar difícil. A cada menção de gemido, abafávamos com beijos longos, perdidos no vai e vem dos nossos corpos. Senti o orgasmo vindo novamente, mais rápido e mais fácil do que o anterior e o puxei para mim quando senti que o corpo dele começava a estremecer também. Entrelacei minhas pernas nas costas dele, abraçando-o quando senti que ele finalmente estava gozando. Isso me fez gozar novamente, fazendo com que eu fechasse os olhos e me perdesse num mundo paralelo.

Ele respirava com dificuldade, arfando com a testa apoiada em meu ombro, ainda abraçado a mim. Meu coração batia acelerado e nada que eu fizesse parecia surtir efeito em minha respiração. Parecia que eu tinha corrido uma maratona inteira ali naquela sala de dança. Ouvi meu celular vibrar em algum ponto do palco improvisado perto da janela. A realidade daquele som fez com que nos encarássemos sem jeito. Sorri, passando a mão delicadamente no rosto dele antes de dar alguns beijinhos naquela boca. – Tenho que ir. – Sussurrei. Ele concordou com a cabeça, ainda perdido nos próprios pensamentos.

Quando cheguei ao meu quarto, o sol já começava a dar as caras, se infiltrando pelas janelas do quarto imenso que me deram. Sorri sonolenta. Seria um longo dia, cheio de trabalho e correria. Mas também seria o melhor dia, porque agora eu tinha um segredo com Taehyung. A sala de dança nunca mais seria a mesma.




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NOTA DA AUTORA: esse conto, junto com outro conto paralelo, teve como resultado uma história completa que será publicada aqui em breve. Se chama E se... e conta o resto da história de Lola e Taehyung.

10 de Junio de 2020 a las 12:37 5 Reporte Insertar Seguir historia
4
Fin

Conoce al autor

Verônica Park Cheguei aqui de pára-quedas, tentando me recuperar dos danos causados por outras plataformas de texto, mas já adorando o lugar. Escrevo para descontrair, para desestressar (principalmente em tempo de coronavirus) e a maioria dos meus textos tem como inspiração o BTS. Sente-se, pegue uma xícara de café e leia a vontade. Será sempre bem-vindo.

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Mariana Marinho Mariana Marinho
Por favor, faça a continuação dessa história. Mal posso esperar!!!
June 20, 2020, 21:28

  • Verônica  Park Verônica Park
    oii! Obrigada pelo comentário! Vou começar a postar a fic completa que saiu a partir desse conto. Logo vc recebe atualização sobre ela <3 June 20, 2020, 22:44
  • Mariana Marinho Mariana Marinho
    Que notícia boa! 😄😄 June 20, 2020, 23:11
  • Verônica  Park Verônica Park
    ja temos 10 capitulos da fic agora.. caso ja queira começar hahaha Vou tentar postar tudo até amanhã pq essa ja ta completa mesmo. https://getinkspired.com/pt/story/103884/e-se-jungkook/ June 20, 2020, 23:47
  • Mariana Marinho Mariana Marinho
    Estou lendo ela lá pelo wattpad. Só vou conseguir dormir quando terminar de ler essa história kkkkkk June 21, 2020, 00:49
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