u15514544731551454473 Luiz Fabrício Mendes

Com a morte de Kin Jong-ho, ditador da Coreia do Norte, sua irmã mais nova Kin Ahnjong assume o poder. Às voltas com um país problemático e a não aceitação de seu governo pelos velhos caciques do Partido, a nova líder recebe a inesperada visita de uma delegação russa, comandada pela deputada Natasha Povloskaya... Tensão, embate político e um inusitado romance afloram da convivência entre Ahnjong e Natasha, criando um cenário para que a herdeira dos Kin transforme seu país verdadeiramente na melhor das duas Coreias. (Arte de capa por PeaCh Artworks - @pcmaniac88)


Romance Erotic For over 18 only.

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Prólogo

Como a Coreia era antes de você


Nota do autor: Esta é uma obra de ficção. Os personagens retratados são fictícios e qualquer semelhança à realidade é mera coincidência.

Não há a intenção de fazer apologia a qualquer regime de exceção ou autoritário/totalitário com esta história. Ela serve apenas à proposta de entretenimento.


Prólogo


Meus olhos se perderam pela imensidão da praça Kin Il-sung, a visão toda pintada de vermelho pelas bandeiras e flâmulas agitadas por centenas de milhares de pessoas. Felizes, determinadas, empenhadas em servir à sua Grande Líder. Talvez numa das primeiras vezes em décadas, ali se concentravam porque era o local em que realmente queriam estar.

Oposta à praça e do outro lado do rio, a Torre Juche se impunha como uma ponta de lança voltada ao céu, remetendo diretamente ao pincel que compunha centro do emblema do Partido dos Trabalhadores da Coreia. Devido ao reflexo da manhã, a ponta do monumento parecia mesmo pingar tinta após ter pintado o firmamento com o mais belo azul.

A cor não só combinava com o clima ameno e a delicada brisa acariciando meu rosto do alto daquele palanque, mas também com meus sonhos. Reformas, uma ampla gama de iniciativas para tornar a República Popular Democrática da Coreia um país realmente desenvolvido e justo, levando o socialismo Juche ao propósito que sempre almejou...

E, claro, a cor do uniforme da mulher ao meu lado que, naqueles poucos, porém intensos meses, tornara tudo possível.

Conforme o desfile diante de nós chegava ao ápice, soldados acenando de seus jipes ou marchando com seus fuzis, nós involuntariamente nos aproximamos uma da outra. Antes e até durante as primeiras semanas depois de sua chegada, comandar minha nação se mostrara um eterno primeiro dia de trabalho – a assistência dela, sem dúvida, sendo o que tornara tudo possível e profícuo, explicando o magnetismo natural não só entre nossos corpos, mas nossas almas.

Estando a menos de um metro uma da outra, nossas mãos se uniram.

Ah, o toque de seus dedos... sempre um tanto frios, como marca natural da região do mundo de onde minha salvadora era originária, mas ao mesmo tempo quentes, firmes, capazes de me transmitirem a mais sólida confiança...

Nossos punhos se tornaram um só, e eu decididamente ignorava o que a alta cúpula ou as velhas raposas do regime poderiam pensar. Não havia mais medo em ferir qualquer protocolo. Desde algum tempo, como eles aprenderam tanto por convencimento quanto pela dor – agora aplicada em sua justa medida – eu ditava o que era ou não protocolo, justamente para que num futuro próximo meu povo não mais precisasse se ater ao que lhe era ditado.

Minha leoa das estepes da Ucrânia decerto me ajudara a lidar com aquelas raposas...

Foi com as mãos ainda enlaçadas que o grupo de alunas de colégio nos encontrou diante do palanque, chamando atenção não apenas por seus uniformes alinhados e sorrisos nos rostos, mas pelos buquês de lírios brancos trazidos por cada uma delas. Dois deles foram estendidos a nós que, completamente encantadas, nos inclinamos para apanhá-los.

Voltadas uma à outra, com lindas flores entrepostas entre nós, eu e minha leoa também sorrimos; e sempre me lembrarei do tom dourado que o sol conferia não só aos seus cabelos loiros, mas ao seu olhar sempre empático e atencioso...

Estou aqui com você! – ela conseguia me dizer sem pronunciar palavra alguma. – Sempre!

Com as pernas levemente trêmulas e a mente ameaçando sucumbir ao nervosismo do pronunciamento tão ensaiado que daria em minutos, procurei me agarrar a algo que pudesse trazer tranquilidade – honrando o significado de meu nome...

A lembrança dos atribulados, mas valiosos dias desde que minha leoa chegara a Pyongyang, foi mais uma vez esmiuçada em meus pensamentos.

Reviver cada segundo em sua presença era o que eu precisava para manter minha força e resolução.

May 6, 2020, 12:34 p.m. 2 Report Embed Follow story
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TM Thabata Moraes
Nossa, no primeiro capítulo já achei interessante!! Parabéns pela criatividade de pensar em um tema assim!!
March 01, 2021, 10:37

  • Luiz Fabrício Mendes Luiz Fabrício Mendes
    Muito obrigado. Pretendo retomar esta história e terminá-la. Agradeço por ler :) Abraços. March 01, 2021, 17:46
~

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