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Quando nasciam, todos os híbridos eram abençoados com a aparição das suas almas gémeas ao seu lado, isso era algo que tinha sido decidido para que todas as almas pudessem ter a mesma oportunidade de serem felizes. Oportunidade essa que Todoroki Shouto e Kirishima Eijirou iriam aproveitar. [TodoKiri # Soulmate!AU]


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Dentro do ovo

“Há muito muito tempo, quando todas as almas destinadas a se encontrarem habitavam a terra, Kami-sama percebeu que nem todas tinham a sorte de conseguir encontrar o seu parceiro destinado, aquele com quem poderiam viver verdadeiramente felizes.

Alguns encontravam, mas sem saber que eram, acabavam por escolher o parceiro errado, outros morriam antes sequer do caminho de ambos se poderem cruzar, haviam ainda aqueles que conseguiam encontrá-las, mas eram relativamente poucos.

Ao ficar triste em constatar tal facto, Kami-sama, para impedir que as almas fossem injustiçadas ao não conseguirem encontrar o seu destinado e não conseguirem viver plenamente felizes, decidiu que quando uma das almas destinadas renascesse, a outra iria aparecer ao seu lado dentro de um ovo, que só iria nascer quando fosse a sua altura, e, até esse momento, teria de ser cuidado pela alma que já o esperava, ou, caso a diferença entre o nascimento de ambas as almas fosse pequena, pela família da primeira alma.

Graças a essa decisão, a injustiça no encontro de almas terminou, e nenhuma delas se importava realmente com a forma que poderiam adquirir, já que estavam com a pessoa destinada, e, com isso, poderiam viver felizes.”

Ao terminar de ler a história que constava no livro infantil de seu filho, a mulher de cabelos brancos sorriu ao perceber que o pequeno já se encontrava na sua forma híbrida, com orelhas e caudas de gato de cores distintas, a dormir abraçado a um ovo vermelho e preto.

Era encantador como apenas com 3 anos o seu filho, Todoroki Shouto, parecia já saber que a sua alma destinada se encontrava dentro daquele ovo, que já estava com um tamanho relativamente grande, o que significava que estava para nascer em breve.

A mulher fechou então o livro, acariciando em seguida os cabelos macios do filho, entre as orelhas felinas do mesmo, dando-lhe um beijo suave na testa, de seguida guardou o livro e saiu do quarto, deixando o pequeno dormir, ansiosa pelo nascimento da pessoa à qual o seu filho estava destinado.

#3 anos depois

Todoroki 6 anos – Kirishima 3 anos#

Todoroki olhava atentamente para todo o vasto jardim da propriedade da sua família, sendo uma das mais famosas e importantes de todo o reino, tinha consideráveis riquezas, mesmo que todo o reino vivesse prosperamente graças ao atual rei.

Mas os bens matérias não importavam para Todoroki, ele simplesmente adorava ter um sítio tão grande para poder brincar, especialmente agora que conseguia controlar a sua transformação.

Antes mesmo de Kami-sama decidir que as almas destinadas iriam aparecer em forma de ovo ao lado da primeira que nascesse, os humanos já tinham adquirido a habilidade de se transformarem em algum tipo de criatura, cada humano tinha a sua própria transformação, e poderia ser parcial, onde só apareciam partes da criatura, ou completa.

Descobriu-se anos mais tarde, após as primeiras transformações dos humanos, que essa habilidade não só lhes dava características das criaturas, como possibilitavam que as pessoas, independentemente do género, engravidassem, com isso, mesmo que as almas fossem do mesmo género, tinham a opção de decidir se teriam, ou não, descendentes.

Todoroki ainda não sabia dessa parte da gestação, ainda era muito novo e teria tempo para aprender sobre, no entanto, as transformações eram possíveis desde idades muito precoces, sendo, até uma certa idade, incontroláveis, o que fazia com que, na maioria das vezes, as crianças se transformassem sem intenção.

No entanto, Todoroki tinha conseguido adquirir controlo total sobre a sua transformação e, ao admirar o jardim, decidiu transformar-se e correr na sua forma completa de felino. Era um gato que tinha o pelo dividido perfeitamente entre vermelho e branco, exatamente como os seus cabelos na forma humana, era pequeno, algo normal devido à sua idade, mas extremamente ágil. E, por ser um felino de pequeno porte, o jardim parecia ainda maior, e tal noção do espaço só fazia um sorriso inocente surgir no rosto de Todoroki.

Enquanto corria e sentia a relva nas patas e o vento no focinho, Todoroki percebeu uma presença relativamente próxima de si, uma sensação que se tornava cada vez mais habitual e que fazia com que ele se sentisse bem.

Parou então de correr e ergueu a cabeça, juntamente com as orelhas felinas, com a intenção de ouvir algo, e observou a área à sua volta, mais propriamente em direção à sua casa. Não demorou muito e logo conseguiu ver uma figura pequena na porta que dava para o jardim.

A sua pessoa destinada, aquela com quem a sua alma se ligava, e que nascera de um ovo há 3 anos, Kirishima Eijirou. O pequeno tinha os cabelos negros e penteados para baixo, os seus olhos vermelhos brilhavam e o seu doce sorriso ficava ainda mais belo graças aos dentes pontiagudos, que a família Todoroki acreditava estarem relacionados à criatura na qual Kirishima conseguia transformar-se, um dragão.

Ao perceber que o pequeno estava a tentar ir na sua direção Todoroki logo correu ao seu encontro, chegando rapidamente.

Ao estar próximo o suficiente de Kirishima, o felino transformou-se novamente em humano, e as pessoas agradeciam o facto de que sempre que se transformavam voltavam a ficar com a roupa que estavam a usar, mesmo que isso não importasse para Todoroki, que não tinha vergonha, especialmente em frente a Kirishima.

– O que foi Eiji? – Perguntou Todoroki curioso, passando os seus dedos delicadamente nas bochechas de Kirishima, onde algumas escamas vermelhas se faziam presentes, algo normal, considerando que o pequeno ainda não possuía controlo sobre a sua transformação.

– Rei chamou, comida. – Respondeu alegremente, adorava sentir-se útil, e ao ajudar Rei, a mãe de Todoroki, a qual também cuidava de si, Kirishima ficava orgulhoso consigo próprio.

– Obrigado. – Agradeceu Todoroki parando de acariciar as bochechas do mais novo, passando suavemente o dedo na pequena cicatriz que Kirishima tinha em cima do olho direito, fruto do não controlo da sua transformação, levando em seguida a sua mão à de Kirishima, pegando-a e guiando o pequeno até à cozinha.

Ao entrarem na casa, e antes de chegarem à cozinha, Todoroki notou que Kirishima tinha novamente, e sem controlo, a cauda exposta, ele adorava aquilo no mais novo, a cauda era vermelha e tinha um comprimento maior que o seu próprio corpo, parecia mostrar um pouco da majestosa criatura que Kirishima era.

Todoroki estava prestes a acariciar essa parte do corpo de Kirishima quando sentiu o cheiro delicioso do bolo recém-feito pela sua mãe, que atraiu a sua atenção de tal forma que logo correu em direção à mãe, curioso sobre qual seria o bolo daquele dia.

Entretanto, durante a breve corrida até Rei, Todoroki não reparou num guardanapo no chão, o qual atraiu a atenção de Kirishima, que se aproximou para pegar nele para metê-lo na mesa, no entanto, o pequeno não notou que Rei estava a fazer chá, tendo ainda a chaleira ao lume, e muito menos notou que a sua cauda acertou a chaleira, conseguindo apenas ouvir o grito de Todoroki na sua direção, o que fez com que Kirishima o encarasse confuso e assustado, sendo empurrado para trás em seguida pelo bicolor. Ao cair sentado no chão, o único som que Kirishima conseguiu ouvir foi o grito de Todoroki, que ecoou por toda a casa, assim que a água a ferver da chaleira lhe acertou o rosto.

Kirishima ficou paralisado com a cena de Todoroki a gritar e chorar enquanto Rei o segurava, gritando para que alguém chamasse um médico, tentando passar o rosto do filho por água fria, o híbrido de dragão olhou então para a chaleira, agora praticamente vazia, no chão, e depois encarou a sua cauda, abraçando-a, sentindo que a culpa era sua pelo estado em que Todoroki se encontrava.

(#)

Horas mais tarde, após Todoroki ter recebido a ajuda médica necessária e ter sido deixado no seu quarto a descansar, o híbrido de gato abriu os olhos lentamente, sentando-se na cama, percebendo que estava na sua forma parcialmente híbrida. Olhou para a janela, vendo que já tinha escurecido, desviou o olhar para uma das suas mãos e levou-a em direção ao rosto, tocando no olho enfaixado, a sensação de ter algo no olho era incomoda, e não conseguir ver como estava habituado também não era algo agradável, no entanto Todoroki sabia que era necessário ter aquilo, para que ficasse bem novamente, pelo menos, ele esperava ficar bem.

Suspirou baixo e deixou a mão cair no seu colo, levando a outra de encontro à sua cauda exposta, acariciando-a entre os dedos, aquilo era algo que ele gostava de fazer na sua forma híbrida, sentia-se mais confortável e sempre que podia acariciava a cauda, era algo que o acalmava diversas vezes. Com a mão livre, apertou o cobertor com alguma força, apesar de se sentir melhor, graças ao tratamento recebido, sentia que faltava algo.

Foi tirado dos seus pensamentos sobre o que poderia faltar quando ouviu leves batidas na porta, as quais deixavam clara a incerteza da pessoa do outro lado, e Todoroki não conteve o sorriso ao sentir a presença de Kirishima, que logo empurrou a porta do quarto, abrindo-a um pouco e espreitando, mantendo-se meio escondido.

Todoroki estranhou o facto de Kirishima não se ter aproximado de si, e permanecer com a cabeça baixa tentando esconder-se atrás da porta. Ficaram os dois uns segundos em silêncio, até que Todoroki decidiu pronunciar-se.

– Eiji. – Chamou, atraindo os olhos vermelhos de Kirishima para si. – Vem cá. – Pediu docemente, deixando o híbrido de dragão mais calmo.

Kirishima aproximou-se lentamente da cama de Todoroki, ficando de cabeça baixa, com algum receio de encarar o outro, que ficou confuso com a atitude do híbrido, só percebendo que algo não estava bem quando viu as lágrimas de Kirishima molharem o chão, acompanhadas de soluços baixos.

– Eiji. – Chamou novamente preocupado, esticando as mãos, tentando puxar Kirishima para a cama, que era relativamente baixa, e, por tanto, fácil para que ele conseguisse subir.

Kirishima aceitou a ajuda de Todoroki para subir na cama, e antes que o híbrido felino pudesse perguntar a razão pela qual chorava, foi envolto pelos pequenos braços de Kirishima, que soluçava mais alto.

– Desculpa Shouto, Desculpa. – Pediu Kirishima apertando Todoroki com mais força.

Todoroki rapidamente associou o acontecimento com a chaleira com o estado de Kirishima, e abraçou o híbrido de dragão carinhosamente, sussurrando o seu nome, pedindo que o mesmo parasse de chorar, pois não o queria ver assim.

Quando Kirishima se acalmou minimamente, Todoroki afastou-se um pouco e começou a limpar as lágrimas que ainda escorriam dos olhos vermelhos e que marcavam as bochechas do híbrido de dragão.

– Foi só um acidente, a culpa não é tua Eiji. – Afirmou Todoroki, sorrindo carinhosamente em seguida.

– Mas… mas... – Tentou justificar-se Kirishima, ficando em silêncio ao sentir as mãos de Todoroki na sua cabeça, acariciando-a com suavidade.

– As coisas às vezes acontecem porque têm de acontecer, não te preocupes com isso. – Pediu Todoroki encarando os olhos de Kirishima, que ainda chorava e fungava. – Eu não estou chateado contigo, já nem dói. – Acrescentou.

– Mesmo? – Perguntou Kirishima incerto, tocando levemente no olho tapado de Todoroki.

– Mesmo. – Garantiu Todoroki, sorrindo ao ver que Kirishima já não chorava mais. – E… – Acrescentou num tom um pouco mais baixo, como se estivesse a dizer um segredo que apenas os dois pudessem ouvir. – Se continuares a gostar de mim, mesmo que eu fique diferente. – Comentou lembrando-se das palavras que sua mãe lhe dissera quando estava a ser tratado sobre uma possível cicatriz. – Então não importa, e vou ficar feliz se estiveres comigo. – Disse, com um pouco de medo por Kirishima se poder afastar de si.

Mas o medo logo deu lugar ao alívio ao ouvir o riso de Kirishima, que empurrou Todoroki na cama com um abraço.

– Vou sempre gostar de ti Shouto! – Garantiu com um sorriso, e com os seus olhos vermelhos brilhantes, o que fez Todoroki sorriu e abraçá-lo.

– Eu também sempre vou gostar de ti Eiji. – Comentou e riu, feliz por saber que Kirishima iria permanecer ao seu lado.

April 7, 2020, 1:04 a.m. 0 Report Embed Follow story
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