Noite passada eu gritei minhas perguntas ao infinito.
Tudo o que recebi de volta foi o eco da minha voz.
Veja só, essa é a história de alguém que se apaixonou pelo universo,
que olhou para o céu na noite e viu uma viagem no tempo, onde existia um cemitério.
Alguém que quis alcançar o espaço, tocar as estrelas.
"Você tem potencial para tanto."
Agora, eu vejo o potencial como poeira de estrela.
Se pudesse alcançar com as mãos, iria ver escorrendo entre os dedos.
Ou talvez, todo o brilho fosse apenas uma supernova.
Não era o nascer de uma estrela, mas apenas o começo do fim.
Não era o nascer de uma estrela
Era o nascer de um buraco negro.
E escuridão é tudo o que vejo à minha frente.
Agora, "como se sente?" me perguntam.
"Me sinto em um nave no espaço, sem combustível e rodando sem direção, apenas esperança o oxigênio acabar."
Cá estou eu, rodando no desconhecido, com um mapa do passado como guia.
Tudo é diferente e não explorado.
Sem direção certa, mas com tempo limitado.
Não me sinto pessoa, apenas uma massa de gás girando,
Não me sinto pessoa
Não me sinto
Não sinto.
Tudo do que lembro é que um dia pensei que alcançaria as estrelas,
e agora flutuo em meio a um cemitério sem fim.
Sufocando aos poucos, guardando todo o oxigênio possível,
Apenas para gastar tudo em um grito que ecoa no tudo e no nada.
"De que adianta um infinito inteiro de vazio?"
"Só porque você não vê, não quer dizer que não existe algo lá."
"Nada existe até que seja observado."
Nada existe.
Nada existe.
Nada.
Noite passada eu gritei minhas perguntas ao infinito.
"O que eu faço agora?"
"O que eu faço agora?"
"O que eu faço agora?"
Tudo o que recebi de volta foi o eco da minha voz.
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