angelizzie7 Annelies Winchester

S/n é uma caçadora adotada por Jody, que lutou ao lado dos Winchesters contra os homens de letra britânicos. Um caso a levou de volta para o Kansas, onde conheceu o nefilim Jack, que era completamente rejeitado pelo Winchester mais velho. Durante um clima não muito amigável no bunker ela resolveu que ajudaria Sam a saber se ele era ou não confiável.


Fanfiction Series/Doramas/Soap Operas Not for children under 13.

#supernatural #jack #Jackkline #samwinchester #winchester #sobrenatural #nefilim
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Um Diabo Diferente

Eu estava no telefone com os Winchesters, havia acabado de contar que eu tinha um caso em Kansas e eles insistiram para que eu passasse o tempo que iria ficar na cidade no bunker. Eles pareciam tristes no telefone, Mary havia desaparecido e Cass morrido. Pouco tempo depois de se afastar do irmão, Sam contou que Dean estava péssimo, vivia mau humorado e adorava descontar tudo em Jack, a causa dessa grande confusão.

-Talvez sua companhia o ajude a sentir melhor. –Sam suspirou.
-Espero que sim. –Um sorriso triste tomou conta do meu rosto, odiava ver os meninos daquela forma, eles já haviam carregado tanto o peso da perda e quando finalmente as coisas estavam mais tranquilas tudo voltou a desmoronar. Da última vez que nos encontramos lutamos lado a lado contra os homens de letras britânicos, que queriam exterminar todos os caçadores dos EUA. Jody havia caçado com Dean há uns dois dias atrás e me disse que a caçada terminou com a morte de uma amiga antiga dele. –E esse Jack, como ele é? –perguntei curiosa, me parecia uma grande ironia a casca original de lúcifer estar criando seu filho.
-Ele parece um bom menino. –o Winchester mais novo sentou-se em sua cama. –O problema está sendo o Dean, as vezes ele assusta o menino, o trata como uma aberração. –completou com pesar. –Ele é só uma criança, não tem culpa por ter nascido e muito menos por ser filho de lúcifer.
-Entendo perfeitamente. –Me joguei pra trás na cama de Claire, a minha estava ocupada com minha mala, uma grande mochila de carrinho que ainda estava aberta. –Eu vou tentar conversar com ele quando chegar.
-Só tenha cuidado, ele está muito sensível. –Sam alertou.
-Eu sei como lidar com o Dean, sei que as vezes ele é muito cabeça dura. –observei minha colega de quarto entrar, me observando por alguns segundos, ela perguntou silenciosamente quem era e eu respondi num som inaudível.
-Oi Sam! –Claire gritou com um pouco de deboche, ela sabia que isso me deixaria com raiva.
-Fala pra Claire que eu mandei oi. –ele riu, obviamente não sabia do motivo pelo qual Claire me apurrinhava.
-Pode deixar! –eu sorri sem jeito, ainda bem que ele não podia ver o quanto eu estava vermelha.
-Ui, ela ta com vergonha! –Claire sussurrou para que ele não ouvisse, fazendo com que eu tacasse uma almofada nela.
-Sam mandou oi. –Dei um sorriso falso sentando novamente e ela gargalhou, sentando-se do meu lado enquanto eu colocava no viva voz. –Bom, acho que eu vou desligar agora que tenho uma intrusa na conversa.
-Pior eu, que tenho uma intrusa na minha cama! –Claire retrucou, e ambas ouvimos a risada de Sam do outro lado da linha.
-Tudo bem, se comportem meninas! –ele disse naquele tom carinhoso e eu deixei um sorriso leve escapar.
-Pode deixar! Até amanhã!
-Até amanhã . –ele respondeu, lembrando-se de algo. –Ah, como você vai vir?
-Com a minha moto. –Eu tinha uma Harley preta, da qual eu me orgulhava muito. –E eu meio que vou precisar de um favor. –fiz uma careta.
-Diga.
-Minha mala vai chegar aí, talvez um pouco antes de mim. Vou colocá-la no ônibus, você poderia buscá-la pra mim na rodoviária?
-Claro!
-Ótimo! Eu vou colocá-la as 04:30 da manhã, provavelmente ela deve tá chegando aí umas 10:00 e eu chegando um pouco depois.
-Ok, anotado!
-Vou colocar seu nome nela e te passo o código por sms quando pegar ele. Obrigada Sammy! –O apelido escapoliu, fazendo eu tampar minha boca imediatamente.
-De nada! Até amanhã!
-Até... –sorri, desligando o telefone.

-Ai Sammy! Você é tão lindo, me dá um beijo! –Claire deitou na cama, fingindo estar falando num telefone falso.
-Cala a boca! –Eu estava completamente vermelha e coloquei o seu travesseiro na sua cara para abafar o som. –Todo mundo vai ouvir!
-O que foi? Não quer que o mundo todo saiba da sua paixão platônica? –ela perguntou de uma forma muito mais baixa e eu deitei-me do seu lado, rindo e encarando o teto. Segundos depois, a porta se abriu e meu coração parou, era Jody.
-Paixão platônica? Tem alguém apaixonada aí? –ela perguntou com um meio sorriso.
-Não! –neguei imediatamente, um tanto desesperada sentando na cama.
-Hum... sei... –Jody sorriu.
-Ela está toda apaixonada por um homem misterioso! –Claire disse, levando um empurrão meu.
-Não estou nada!
-Meninas, se comportem... Não se preocupe (s/n), eu sei que você vai me contar quando se sentir confortável. –ela me lançou um olhar maternal. –O jantar está pronto meninas. –Ela finalmente mudou de assunto e saiu. Claire e eu nos entreolhamos e depois caímos na gargalhada.
-E então (s/n), quando vai confessar seu amor por ele?
-É... nunca! –eu ri, negando com a cabeça. –Eu tenho um crush nele, é diferente!
-Super diferente. –Ela rolou os olhos, rindo.
-Sério, ele é fofo, atraente e alto... mas eu sei que sou um bebezão pra ele, uma irmã mais nova no máximo. –Eu sempre mantive meus pés no chão, sabia que jamais iria acontecer. –Nada além de uma leve atração.
-Ainda bem que você é realista. –Claire riu e eu fiz um bico.
-Vamos antes que a Jody venha puxar a gente pela orelha.

Depois da janta eu dormi, pois teria que acordar cedo pra levar as malas até a rodoviária. Quando acordei coloquei a roupa que havia separado e saí. Levei as malas, mandei sms pro Sam e parei em uma lanchonete 24 horas, onde fiquei apenas uns 30 min.
Não demorou muito para que o sol nascesse, minha moto tinha um rádio com auto falantes acoplados então eu fui cantando por toda a viagem.
Quando entrei em kansas recebi uma ligação de Sam e estacionei num acostamento para atender.

-Alô.
-Hey, eu estou na rodoviária pegando suas malas, parece que elas atrasaram um pouco. –Ele disse e eu chequei meu relógio, eram 10:30.
-Sério? Que droga! Desculpa te meter em uma furada.
-Que nada! Eu estava com a manhã livre, sem problemas. Eu tentei trazer Jack comigo mas ele preferiu ficar no quarto, ele anda mexendo no computador, assistindo filmes aprendendo referências.
-Referências são importantes. –deixei uma risada escapar.
-Sim, você está onde?
-Chegando, acabei de entrar em Kansas, capaz de chegar primeiro que minha mala.
-Ok, então até daqui a pouco!
-Até! –desliguei e voltei pra estrada.

Sam conseguiu pegar minhas malas alguns minutos depois, então se direcionou para o bunker. Eu avistei um sinal prestes a fechar a minha frente e quando prestei atenção pude ver um veículo conhecido parado no início dele, como eu estava de moto consegui me aproximar e parar ao seu lado. Buzinei e sorri.
-Hey estranho!
-Parece que você me alcançou. -ele riu.
-As malas estavam muito pesadas?
-Ta brincando né?
-Claro! -eu ri. –Eu sei que você é duro na Queda. –completei, observando o sinal abrir e apertei o acelerador.

Eu cheguei pouco antes de Sam, saí da minha moto, tirei o capacete, observando o impala estacionar e ele sair de dentro com os braços abertos.
-Como foi na estrada? –ele disse fechando seus braços ao meu redor, após uma leve corridinha da minha parte.
-Ótimo! Viajar é sempre bom. –eu o soltei olhando pra ele. –Principalmente com suas próprias músicas.
-Bom! E o caso? Se precisar de qualquer ajuda não hesite em nos pedir.
-Relaxa Sam, está tudo sobre controle.
-Vem, vamos estacionar lá dentro. –ele disse e eu assenti com a cabeça, subindo novamente na minha moto. –Eu nunca vou me cansar de admirar essa garagem. –eu olhei ao redor, todos aqueles carros clássicos estacionados.
-Acho que nem mesmo o Dean se cansou ainda. –Sam riu, fazendo com que eu também sorrisse enquanto o observava. Se ele não fosse caçador ele facilmente poderia ter sido modelo ou algo do tipo.
-E então, onde está o "Diabo diferente"? –perguntei, fazendo Sam franzir a testa com minha referência.
-Lá embaixo, no quarto. –Ele disse, modificando sua feição, dando um ar mais sério a conversa. -(S/N), eu realmente quero que você tire suas próprias conclusões sobre ele... não deixe Dean te afetar.
-Ok, eu sou boa nisso. –afirmei com a cabeça. –E onde está este grande cabeça dura?
-Quando eu saí ele estava bebendo todas no quarto, como te disse antes... não estamos numa boa vibe aqui.
-Vish...
-Tivemos uma briga quando ele voltou da caçada com a Jody, ele disse pro Jack que mataria ele e tudo mais... quando Dean voltou eu falei algumas verdades e ele está revoltado desde então, espero que sua presença aqui diminua este clima.
-Também espero –suspirei. –Então... Vamos lá!

Nós encontramos Dean em uma das mesas do bunker com um laptop e uma garrafa de cerveja ao seu lado.
-Hey idiota! Sentiu minha falta? –Perguntei com um sorriso convencido no rosto.
-Hey! Como é bom te ver! –Dean sorriu, levantando-se e andando até a mim para me abraçar.
-Espero animar isto aqui um pouco. –Eu deixei um sorriso triste escapar, sabia que ele estava péssimo e dava pra notar isso até mesmo pela sua aparência e cheiro de álcool. –Então, vai me passar uma dessas garrafas ou eu vou ter que beber escondida?
-Quando você tiver mais de 13 anos, talvez.
-Haha! Engraçadinho! –Fechei a cara. –Eu fiz 21 semana passada.
-É, sobre isso... –Sam pigarreou. –Nós temos algo pra você.
-Sério? –perguntei deixando minha empolgação à mostra.
-Aham –Dean confirmou –e não venha com essa de não precisava. –Ele continuou antes que eu abrisse a boca novamente.
-Não é muita coisa, mas acho que você vai gostar. –Sam riu.
-Já gostei só do fato de vocês terem se preocupado em me dar algo. –Um sorriso sincero tomava conta de todo meu rosto, enquanto Sam saía e voltava com uma pequena caixinha vermelha retangular.
-Espero que goste. –ele disse, pouco antes de me entregar.
-Certeza que vou. –peguei a pequena caixinha e tirei a tampa imediatamente, dando de cara com uma linda faca de prata com meu nome entalhado. –Awwwn, já falei que amo vocês? –puxei os dois para um abraço em grupo.
-Jody disse pra gente que você tinha perdido sua faca de prata preferida em um caso. –Dean disse. –Daí tivemos essa ideia.
-Bom, eu amei! –Respondi, observando cada mínimo detalhe dela. –Vou estreá-la no meu caso.
-E quando pretende começar? –Dean voltou a sentar na cadeira.
-Estou exausta, vou pesquisar algumas coisas hoje e começar amanhã. –sorri. –Mas agora eu vou conhecer o filho de Lúcifer. –Fiz uma careta ao perceber o quão bizarro isso soava e vi a expressão de Dean mudar para uma cara de desanimo.
-Ele está no quarto, é por aqui. –Sam fez sinal com a mão e eu o segui.

Caminhávamos em silêncio pelo corredor estreito do Bunker, tudo parecia tão quieto que nossos passos faziam eco e isso só me deixava ainda mais apreensiva, não sabia afinal de contas como essa criança seria. Centenas de filmes bizarros se passaram em minha cabeça e eu descartei todos eles ao ver Sam bater na porta do quarto e a abrir lentamente, apenas o suficiente para sua cabeça passar. Se ele queria me deixar curiosa estava conseguindo.
-Jack, tem alguém aqui que quer te ver, pode ser? –Sam disse enquanto eu tentava de forma falha enxergar o que estava atrás da porta. Não ouvi uma resposta sendo redirecionada a Sam e comecei a me perguntar se o menino não iria responder de volta, então o Winchester mais novo abriu a porta, revelando algo que eu não esperava ver de forma alguma.
Adentrei o quarto e olhei ao redor quase que incrédula, parecia estar procurando algo e eu estava.
-Cadê a criança? –Perguntei incrédula, fazendo Sam deixar uma risada escapar.
-(S/n) esse é Jack, Jack essa é a (S/n). –Sam disse e eu arqueei as sobrancelhas ao cumprimentá-lo. O menino sorria de forma... seria bizarro dizer angelical? Sim? Porque foi a primeira coisa que me veio a cabeça. E nossa... ele era bonito!
-Prazer. –Sorri completamente sem jeito pela forma como havia surtado. –Ouvi falar muito de você.
-Jack, ela é uma amiga nossa que também trabalha como nós e vai ficar no bunker por um tempo. –Sam explicou, fazendo o sorriso do menino aumentar.
-Que legal! Vai ser bom ter companhia. –Ele disse, me fazendo pensar em quão exagerado Dean estava sendo ao odiá-lo.
-O que está assistindo? –Perguntei ao me aproximar o suficiente para ver a tela de seu notebook.
-Ah, eu... é... estou assistindo os vingadores.
-Show! –Me empolguei imediatamente. –Começou bem!
-Obrigada. –Ele respondeu.
-Se quiser eu tenho uma penca de filmes pra te indicar! É só me falar o que já viu e os estilos que mais gostou.
-Eu gostaria muito! –Jack me olhou com os olhos brilhando, de alguma forma aquele olhar esbanjava inocência e eu consegui entender por um minuto o porque Sam queria tanto protegê-lo.
-Bom, falo com você depois Jack! Agora eu tenho um monte de coisas pra fazer... –Fiz um bico, acenando de longe.
-Tchau, até mais! –Ele disse acenando de volta.
-Vem, vou te mostrar seu quarto. –Sam disse, colocando sua mão em meu ombro. Nós dois saímos do quarto de Jack e eu esperei chegarmos a uma distância segura para surtar.
-Como assim ele parece que tem a minha idade?! –Sussurrei. –Quantos anos ele tem?
-Você quis dizer dias, né? –Sam disse, rindo.
-Isso é insano! Até mesmo nos filmes de terror o anticristo parece criança.
-Bom, agora que você já o conheceu um pouco quero saber... O que achou? –Sam coçou a cabeça.
-Ele parece inofensivo.
-Exato, só que ele tem muito poder. –Sam me viu colocar as malas em cima da cama. –Um nephilim é mais poderoso que o anjo que o gerou e ele é filho de um arcanjo... Só tem um porém, ao que parece ele não tem noção do quão forte é.
-Não sei se fico grata ou triste com isso. –Eu disse me sentando na cama e tentando digerir tudo aquilo.
-Eu tenho tentado treiná-lo. Até agora ele só me mostrou ser bom.
-Talvez isso seja um bom sinal. –eu sorri.
-Talvez... Dean acha que é só questão de tempo até ele mostrar as garras.
-Tempo Sam, o tempo é a resposta de tudo... –suspirei. –Talvez nós também devêssemos dar um tempo ao Dean, ele está totalmente quebrado.
-Eu perdi pessoas também, (s/n). –Sam colocou as mãos na cintura. –As mesmas pessoas que ele.
-Eu sei Sammy. –Me levantei para poder olhá-lo nos olhos. –Mas, cada um sente de forma diferente... Eu consigo entender o seu lado assim como eu consigo entender o lado do Dean, ele se fechou está assustado, por mais que ele queira demonstrar que não, ele está. Ele tem medo de criar expectativas e acabar mais machucado que já está.
-Queria que ele não fosse tão cabeça dura. –O Winchester mais novo suspirou.
-Você consegue entender que Jack não tem culpa por está aqui, ele não escolheu isso. De certa forma você tem um vínculo com ele, teve experiências parecidas... sabe como é ser diferente.
-Dean também já teve esse tipo de experiência, com a marca de Caim. –Sam retrucou.
-Sim mas Dean foi transformado pela marca de caim, já adulto... E ele sabia das consequências quando aceitou a marca. Você não teve escolha Sam, você cresceu com aquilo e sofreu as consequências daquilo mesmo antes de compreender. –Suspirei novamente. –A única coisa que podemos fazer é esperar e dar o nosso melhor.
-Eu sei. –Sam assentiu com a cabeça. –Bom, eu vou buscar algo para comermos está quase na hora do almoço. Se precisar de qualquer ajuda com o caso pode chamar. –Ele deixou um fraco sorriso de lado evidente.
-Ok! Pode deixar! –Eu sorri de volta o vendo deixar o quarto.

Nov. 11, 2019, 6:27 p.m. 0 Report Embed Follow story
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