Eu estava cansada, suada e coberta de folhas.
O sol estava quase totalmente escondido quando percebi que havia perdido a noção do tempo. Estava tarde e eu continuava na a floresta, inclinada próxima a árvores que se tornavam conhecidas, me voltando para detalhes que passaram despercebidos. Era hora de voltar ao pequeno casebre que aluguei, tão difícil de encontrar no meio do campo, longe de tudo, mas ainda assim confortável e facilmente transformado em um lar.
Eu apreciava as folhas verdes, marrons e amareladas desde a infância, não via a hora de fugir da cidade. Sorte a minha descobrir a Biologia logo cedo, poder encontrar um resquício de natureza para meu corpo necessitado. Quando terminei os estudos percebi que era hora de deixar o mundo cinza e seguir meu sonho: ir para o meio da Mata Atlântica, levar todo o conhecimento que adquiri com o objetivo de descobrir o segredo das terras altas, exploradas mas não da forma correta. Um desperdício.
Voltando em meio as árvores amigas, aceitando o escuro da mesma forma que meu pulmão aceito o oxigênio, percebi algo que não tinha notado anteriormente. Não me surpreendi, sempre há coisas novas, não importa o tempo gasto em observações e anotações. Me aproximei segura, a curiosidade sempre foi meu maior defeito. A coloração de uma fruta comum da região estava alterada de maneira anormal. Tudo bem, é comum que elas mudem por fatores naturais como o clima e a umidade presente no ar, mas existem padrões para cada fruta, proteínas comuns para cada uma. Aquela cor não é comum para bananas, que variam muito em cores: podem ser até arroxeadas. Mas não laranjas. Não existem bananas laranjas.
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