—No que posso ajudar?—perguntou Kaibara com as mãos na cintura e com um pano de prato de estampa de maçãs no ombro direto, um verdadeiro adulto
—Me disseram que você estava enrolado com as encomendas, então quem seria melhor pra ajudar?—respondeu Monoma com algumas estrelas-que surgiram do além diga-se de passagem- brilhando perto de seu rosto, lhe lembrava o cara do laser da barriga, Aoyama certo?
—Certo... Pode entrar
O apartamento de Kaibara era simples e organizado a não ser pela cozinha
Ah... a cozinha parecia um campo de batalha, mas era a contínua guerra de Kaibara contra os prazos
Nunca que ia saber que as pessoas gostariam tanto de seus doces
—“Espero que Monoma saiba cozinhar alguma coisa”—pensou
Se dirigiram a cozinha e pegou dois aventais simples e azuis, um pra ele e um pra Monoma
E assim começaram a fazer, com Monoma fazendo várias perguntas e Kaibara respondendo com monossílabos e de vez em quando um frase completa
Até que o silêncio tomou conta do lugar
Kaibara estava sentindo falta da voz de Monoma?
Quando Kaibara virou, todos os palavrões possíveis foram ditos por ele
O bolo de Monoma queimou
Kaibara respirou fundo
—Deus me ajude...—disse rangendo os dentes, repensando se ser preso por homicídio era tão ruim—Você tem sorte de ser bonito—pensou alto
O silêncio se estabeleceu
—Você... me acha bonito?—Monoma perguntou o óbvio
O vermelho se apossou das bochechas de Kaibara
—Eu...Eu—”mude de assunto, mude de assunto”—Vou tirar o bolo...
Kaibara tinha dúvidas se as luvas que usava para não se queimar escondiam o tremor de suas mãos
Kaibara deixou a forma com bolo queimado ali na bancada mesmo, estava sem ânimo pra tirar o bolo da forma e jogar fora agora
—Bom... Que tal você me ajudar a terminar esse bolo?—perguntou tentando quebrar o silêncio
Monoma acenou positivamente
Aquele bolo precisava de calda de chocolate, chantilly e algumas frutas vermelhas
—Consegue fazer a calda?
—Sim
Kaibara sentia que tinha algo de errado
—Antes... pode vir aqui por um momento?
Monoma obedeceu e se dirigiu até ele diretamente
Agindo por impulso, Kaibara puxou-o para mais perto e lhe deu um beijo
Foi tão rápido... Mas demorou tanto para Monoma processar o que havia acabado de acontecer
—Faça direito dessa vez—disse Kaibara, havia certo rubor vermelho em seu rosto
—Eu não estava pronto!—reclamou Monoma, envergonhado e confuso
—Eu quis dizer sobre a calda, Neito—disse e deu uma risadinha
—C-Certo—Nunca em toda sua vida Kaibara viu Monoma envergonhado, até que é bem fofo
E Kaibara continuou fazendo perguntas sugestivas até terminarem o bolo
Monoma estava em seu limite, sentia que ia explodir, e isso o lembrava do maldito explodoboy da classe 1-A, sentia vários explodoboys dentro de si usando sua quirk sem parar
Queria saber se ele sentia o que sentia por ele, não queria estar pulando numa piscina sem água
—Kaibara, você gosta de mim?
—Sinceramente, o que você acha?—disse num tom de deboche, não era possível que ele era tão denso
Monoma permaneceu em silêncio
Kaibara suspirou, ele era sim
—Sim, eu gosto de você—falou sem perceber que não estava falando mentalmente
Monoma começou a dar um bi panic no meio da cozinha enquanto Kaibara percebia o que tinha falado e começado um gay panic
Quem tomou a iniciativa de parar com o pânico foi Monoma
—E-Então nós deveríamos ir a um encontro certo?—perguntou Monoma ainda se recuperando da confissão que havia recebido
—Eu acho que sim...—respondeu com a cabeça baixa, não tinha forças pra olhar pra Monoma
—Você quer sair comigo?
Kaibara levantou bruscamente a cabeça
—O quê?—disse atordoado, realmente não esperava por essa, ah,e seus braços giravam como nunca, não estava conseguindo controlar—Sim? Mas por quê você...?
—Eu também... gosto de você—disse desviando do olhar de Kaibara
—Por favor pare ou eu vou virar uma furadeira humana—disse escondendo o rosto com as mãos e deixando um espaço entre seu rosto e suas mãos para não se machucar
Monoma se aproximou e abraçou-o, seus braços eram aconchegantes,Kaibara acalmou-se
—Eu sei de uma cafeteria muito boa, depois podemos ir lá...—disse Kaibara, seus braços não giravam mais e retornavam o abraço de Monoma
—Claro...
Eles ficaram abraçados, sentindo o calor um do outro por um tempo
E assim se daria início ao relacionamento dos dois, improvável? Talvez, mas eles gostavam um do outro então por que não?
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