detectivebaek gabriel

Kim Jongin é um dos melhores pilotos da força aérea da Coreia do Sul. Do Kyungsoo é o novo e excelente médico da aeronáutica. O que não sabiam era que um terrível acidente os aproximaria, fazendo-os viver um belo e proibido romance, em pleno anos 80.


Fanfiction Not for children under 13.

#kaisoo #kai #do #exo #anos80 #80s
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New Romantics

Em Abril de 1985, as Forças Armadas da Coreia do Sul estabeleceram uma escola de elite para um por cento dos seus melhores pilotos. Sua proposta? Recuperar a arte de combate aéreo e assegurar que os homens e mulheres que formassem ali, seriam os melhores pilotos do mundo.

Eles conseguiram.

Hoje, a Força Aérea a chama de Escola Starflight de Aviação Civil, mas seus alunos a chamam de R2B.

Entre os poucos alunos que ali estudavam, Kim Jongin era o que mais se destacava, não só pela sua rebeldia, mas também pela sua beleza e por seus incríveis vôos. No momento em que entrou na sala de aula, para receber novas instruções de seu coronel, percebeu que a mesma estava relativamente vazia, mas viu que um de seus poucos amigos estava sentado no canto da sala, com a cabeça encostada na parede, como quem não quisesse ter levantado da cama naquele dia. Park Chanyeol era um garoto que chamava atenção pelo seu corpo atlético e apesar de ser meio tímido, sempre se esforçava para dar o seu melhor em qualquer tarefa recebida por seus superiores.

- Ei Park, o que acha que vão nos passar hoje? - Jongin perguntou num tom de tédio, como se já tivesse passado por aquilo várias vezes.

- Não tenho certeza. - Chanyeol disse com uma voz sonolenta - Acho que vão nos passar um novo comando, fiquei sabendo que a academia desenvolveu um novo avião e querem que um de nós teste-o.

Logo depois de Chanyeol ter dito essas palavras, os alunos foram surpreendidos pela chegada do coronel Jongdae. Ele não tinha um cargo tão elevado, mas estava acima dos soldados que estavam ali na sala de aula. Jongdae era um pessoa ríspida, objetiva e que só fala o necessário. Era temido por todos pela sua imponência, menos por Jongin, que o achava um tremendo de um metido, o típico tipo de pessoa que abusa do poder que tem. E ele estava certo, o coronal Jongdae, ou Chen, como era chamado por aqueles que estavam acima dele, diversas vezes mostrou ser impiedoso e severo.

- Bom dia - o coronel disse ao entrar na sala, parando ao lado de uma mesa que estava posicionada no meio da sala. - Como alguns de vocês já devem estar sabendo, nós desenvolvemos um novo avião e precisamos que um de vocês o teste antes de ser apresentado ao público, no mês que vem, para isso, todos vocês serão submetidos a uma bateria de exames e testes, nada que vocês já não estejam acostumados. Então por hoje é só, me encontrem amanhã, na pista de pouso, às sete da manhã. Estão liberados.

A primeira coisa que Jongin fez, após prestar continência ao coronel, foi virar para seu amigo e reclamar do horário que deveriam se encontrar amanhã. Ele odiava acordar cedo, acreditava que não era tão produtivo pela manhã, por isso gostava de fazer suas tarefas no período da tarde ou noite.

Antes de fazerem suas tarefas do dia, Jongin e Chanyeol costumavam andar por toda a escola em busca de um lugar que pudesse ser só deles, um lugar que pudessem ser eles mesmo, que pudessem jogar conversa fora sem serem chamados a atenção a cada cinco minutos, sem todo o peso de ser um soldado das Forças Armadas. Talvez estivessem buscando uma espécie de paraíso, ou algo parecido, no meio de toda responsabilidade que tinham e toda agitação que viviam.

Os garotos conheciam cada canto daquele lugar e cada funcionário que trabalhava ali. Mas ao passarem na entrada do centro hospitalar, Jongin pode notar que havia alguém diferente ali. Era um novo garoto. Ele vestia roupas brancas completamente limpas e pareciam que tinham acabado de ser passadas, um jaleco que continha a insígnia das Forças Armadas e havia um estetoscópio sob seu pescoço. Ele conversava com o major Minseok, talvez estivesse recebendo instruções sobre seu trabalho, Jongin não conseguia ouvir o que eles conversavam, por estar com seus olhos completamente fixados no garoto. Jamais esqueceria como se sentiu. Nunca poderia se esquecer da imagem daquele garoto baixinho, com sua postura perfeita e caramba… Jongin nunca tinha visto alguém tão bonito.

Após alguns minutos em transe, e de muito ser chamado pelo seu amigo, Jongin retornou a sua consciência, não completamente, mas o suficiente para perceber que o garoto também o observava. Entretanto, não poderiam conversar, já que Chanyeol repetia várias vezes que estavam atrasados para suas tarefas. Jongin não estava dando a mínima importância para isso, só pensava no que o garoto sentiu ao olhar para ele e pegava-se imaginando se tivesse sentido o mesmo.

No dia seguinte, a primeira coisa que veio a cabeça de Jongin, após abrir os olhos, foi lembrar do garoto que havia visto. Se martirizava com seus próprios pensamentos. Droga… se deu conta que não sabia nem o nome da pessoa mais bonita que havia visto. Precisava saber mais sobre ele, e lembrou-se dos novos exames que precisariam ser feitos para o novo voo-teste. Enquanto caminhava para a pista de pouso, indo de encontro com o coronel e seus outros colegas, rezou para que seu médico encaminhado fosse a gracinha que tinha visto no dia anterior.

- Atrasado de novo, soldado Kim. - Jongin pode sentir prazer na fala de Jongdae.

- Desculpa, Senhor, tive uma péssima noite de sono, isso não vai se repetir.

- Eu não me importo com sua vida pessoal, soldado, e é bom que não se repita mesmo. Agora, alinhe-se perto de seus colegas e escute bem as instruções que serão passadas.

Jongin odiava o coronel. Literalmente. Mas não entendia o por que de tanto rancor, não sabia se era algo pessoal, somente com ele, ou se tratava todas as pessoas assim. Para ser sincero, Jongin não notava muito nele e nas pessoas em geral, apenas em Chanyeol. Se importava muito com aquele grande idiota. Eram amigos desde o primeiro dia em que pisaram na academia.

Tinha se perdido em seus próprios pensamentos e acabou perdendo a explicação do coronel, só retomou seus sentidos quando Chanyeol bateu com uma pasta em seu peito. Era a ficha medicinal, com todos os pedidos de exames. Um sorriso involuntário surgiu no rosto de Kim Jongin, ou Kai, como era chamado pelo melhor amigo, ao ler o nome do médico que iria fazer seus exames. Do Kyungsoo. Tinha certeza de que era ele, certeza de que era o garoto que tinha trocado olhares no dia anterior.

Ao chegar ao centro hospitalar, Jongin estava nervoso, um pouco ansioso e trêmulo. Não sabia explicar muito bem o porque, nem sabia se aquela gracinha de médico iria atendê-lo ou não. Respirou fundo uma vez, de novo e de novo. Fez isso umas dez vezes. De nada adiantou, continuava nervoso. Todos os soldados e soldadas esperavam do lado de fora do hospital. O local era dividido em quatro consultórios, um balcão, com várias recepcionistas para marcar as consultas fazendo com que ali nunca ficasse vazio, e uma pequena sala de espera.

A medida em que os pacientes eram chamados, Jongin ia ficando cada vez mais ansioso, naquele momento já sabia que Do Kyungsoo era o médico novato, um de seus colegas havia sido atendido por ele e confirmou sua teoria. Em meio ao nervosismo, pode perceber que Chanyeol não tirava os olhos do enfermeiro que vinha a porta, de meia em meia hora, para chamar o próximo atendimento.

- Você podia ser mais discreto, por favor? Se notarem que você tá babando por um cara, vão te expulsar desse lugar sem pensar duas vezes. - Jongin disse com um tom de culpa e raiva, não queria perder a única companhia que tinha ali, e zelava pela proteção do amigo.

- Desculpa, é só que esse garoto é a pessoa mais bonita que eu já vi na minha vida inteira. - Os olhos de Chanyeol chegavam a brilhar, era como se tivesse se apaixonado pela primeira vez novamente.

- Tudo bem, mas disfarça, olha pros lados de vez em quando, sei lá, se ficar encarando demais também, o garoto vai achar que você é um esquisitão. Se for homofóbico então, te denuncia sem pensar duas vezes.

- Que porra, Kai. Me deixa sonhar só um pouquinho. - Chanyeol disse quase formando um biquinho com os lábios, o que fez com que Jongin caísse na risada

A distração durou poucos minutos. Jongin congelou ao ouvir do enfermeiro que o doutor Kyungsoo estava pronto para vê-lo. Durante o curto caminho da sala de espera até o consultório, aprendeu que o enfermeiro se chamava Byun Baekhyun. O nome estava bordado no uniforme azul do profissional. Seu sorriso era algo que realmente chamava atenção, podia entender o porque de Chanyeol estar tão hipnotizado. O garoto era realmente muito bonito.

Antes de entrar para a consulta, sussurrou algo quase indecifrável para Baekhyun. Um segredo que deveria ser trancado a sete chaves. Não sabia qual seria a reação dele, mas precisava tentar, nunca tinha visto o amigo olhar para alguém daquele jeito. ‘Eu não sei você notou, mas aquele cara altão lá fora, tá super afim de você’. Baekhyun arregalou os olhos e suas bochechas foram ficando cada vez mais avermelhadas e quentes, o enfermeiro ficou estático e sem palavras, nunca ninguém tinha sido tão direto consigo, pelo menos não a respeito de relacionamentos.

Jongin olhou para Chanyeol com um sorriso debochado, como quem tivesse aprontado, mas o amigo estava distraído, nem notou que os dois haviam conversado. Talvez fosse melhor assim. A falta de resposta do garoto era tudo que Jongin precisava para ter a confirmação de que o enfermeiro também tinha notado o melhor amigo e que algo, definitivamente, iria acontecer entre os dois.

Entrando no consultório, toda a alegria de Jongin tinha ido embora, era como se tivesse tomado um banho de água fria, algo tinha que estar errado, não era possível que isso estivesse acontecendo, não com ele. Toda sua esperança havia se desfeito, não seria agora que Jongin conheceria aquela gracinha.

- Boa tarde, ahn, o Senhor é o doutor Do Kyungsoo? - Era notável que sua intonação era a mais triste possível.

- Não, eu sou o doutor Kim Junmyeon, estou substituindo o doutor Kyungsoo apenas na parte da manhã. Ele precisou passar no escritório do major Minseok para terminar de assinar alguns papéis, você sabe, toda aquela burocracia que as Forças Armadas nos exigem. - disse com um sorriso no rosto.

Jongin estava aéreo, mas respondia a todos os comandos do doutor, realizou tudo o que foi pedido, mas tudo o que pensava era no desejo de encontrar a pessoa que estava mexendo com sua cabeça. Após realizar alguns procedimentos básicos, Junmyeon pediu que o soldado fizesse alguns exames complementares e que era só pedir ajuda de algum enfermeiro andando pelos corredores do pequeno hospital.

Saiu dali cabisbaixo, triste e sem prestar atenção nas pessoas ao seu redor. Esbarrou em uma pessoa que não conseguiu ver o rosto, alguns papéis se espalharam pelo chão e Jongin rapidamente se abaixou para pegá-los. Pode notar, em um desses papéis, um nome familiar, o nome que rondava seus pensamentos desde que se viram. Do Kyungsoo. Olhou para cima rapidamente. Era ele, bem ali na sua frente. Jongin tentava manter a calma e levantou-se tranquilamente, mas sem tirar seus olhos dos olhos do doutor, era como se tivesse se perdido naquela vasta imensidão castanha. E estava amando cada segundo disso.

- Desculpa ter esbarrado em você, não estava prestando atenção, eu te machuquei? - Não sabia de onde tinha tirado forças para conseguir dizer tudo aquilo.

- Está tudo bem, não me machuquei, você pode me devolver meus papéis? - Kyungsoo disse com toda a calma do mundo. Jongin se apaixonava ainda mais, por cada detalhe. Jongin pensava que Kyungsoo tinha sido milimetricamente esculpido por um anjo.

- Claro, hm, desculpa mais uma vez. Não queria causar uma confusão.

- Tudo bem, sem problema algum. - Kyungsoo deu um leve sorriso, estava sendo sincero em suas palavras

- Ei, você é novo aqui na escola, certo? O que acha de me acompanhar num café? Posso te mostrar toda a escola, conheço cada canto deste lugar. - Jongin se calou involuntariamente, não queria parecer um louco desesperado por atenção.

- Sou sim, fui transferido ontem, fazia parte de uma outra escola, mas em uma zona diferente. Acho que me lembro de você, me lembro de ter visto você me observar enquanto conversava com o major. - Jongin corou. - Mas sim, eu aceito ir tomar um café com você, me parece promissor. - Kyungsoo sorriu.

- Ok, que horas você é dispensado do plantão? - Jongin já não sabia mais de onde tirava forças para responder o doutor, se controlava para segurar tamanha felicidade, não acreditava que aquilo poderia ser real.

- Às dez!

- Ótimo, estarei te aguardando na porta do centro hospitalar. Combinado - Eles deram as mãos e seguiram seus rumos.

Antes de se distanciarem por completo, Kyungsoo lembrou que não havia perguntado o nome do garoto que acabrá de marcar um encontro.

- Ei, eu esqueci de perguntar, qual seu nome?

- É Jongin. Kim Jongin. Mas pode me chamar de Kai.

May 29, 2019, 11:23 p.m. 0 Report Embed Follow story
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