autoralauraffc Laura Ferreira

Lauren é uma jovem menina que acabou perdendo os pais cedo demais, nunca descobriram o porque o carro capotou em meio a estrada, ela nem teve a chance de conhecê-los direito, só conheceu eles por fotos que a sua avó mostrava. Lauren cresceu num lar totalmente arrepiante por conta do seu tio, que, por fim acabou por cuidar de sua fortuna bilionária, depois que a sua avó morreu misteriosamente. O sonho de todo adolescente era entrar no ensino médio, é claro, menos o de Lauren, porque se ela soubesse que causaria tanta dor de cabeça, ela não estaria nessa maldita escola, conhecendo as piores pessoas que tentarão de tudo para lhe fazer mal. Mas no meio disso tudo ela tenta entender como os seus pais morreram, acabando por fim investigando o seu passado todo em busca de respostas para as suas perguntas em branco, enfrentando um perigo muito maior do que imagina, que vai fazer de tudo para ela perder todos que amam, sem nem pensar nas consequências, porque um simples erro do seu passado, pode mudar a sua vida drasticamente, mesmo que você não tenha um pingo de culpa. 𝕾𝖊́𝖗𝖎𝖊: 𝖁𝖊𝖗𝖉𝖆𝖉𝖊𝖘 𝖊 𝖒𝖊𝖓𝖙𝖎𝖗𝖆𝖘


Thriller/Mystery For over 18 only.

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Abro meus olhos lentamente, o sol já estava batendo por todo o quarto, e assim, então, comecei mais um dia em minha vida, mas fazia tempo que a minha vida não era tão boa quanto deveria ser.
Eu me mudei para Nova York quando ainda era um bebê, todos queriam apreciar a linda menina que tinha acabado de nascer. Meu pai era um homem muito carinhoso e bastante rico, pelo o que minha avó disse há alguns anos atrás, ele era tão rico que, quando morreu junto com a minha mãe, fez questão de deixar uma fortuna bilionária, acrescentando casas, boate e tudo que eles conquistando durante os anos para sua única filha.

─ Lauren Sthephany John será herdeira de todos os patrimônios, incluindo uma boate em Nova York, totalizando mais de um bilhão de dólares. Sua tutora será Madalena III, mãe de Vicente William John, a quem cuidará de toda sua fortuna até que a mesma complete seus 18 anos. Caso algo aconteça com a sua avó, seu tio Sébastien Jonathan John será seu novo tutor, conforme foi o pedido de seus pais.

Eu só posso dizer que foi a pior coisa que meus pais fizeram.

Minha avó morreu quando eu tinha uns 10 anos de idade, pra você ter noção eu já tenho 16 anos, eu super me dava bem com ela, eu a amava muito, mas ela morreu de uma maneira "estranha", assim como meus pais, foi quando esse estúpido do meu tio apareceu que a única coisa que sabe fazer é me assediar, o não tão pior são as vadias Beth e Lua, mais cobra que elas não existem, definitivamente elas estão torrando com todo o meu dinheiro e eu tenho que ficar quieta, porque meus pais não escolheram ninguém melhor, minha vida realmente se tornou um inferno completo quando eles se mudaram para cá.
Em pé em frente ao espelho que tinha ao lado do meu banheiro, o meu quarto era tão grande que os meus próprios passos ecoavam em meio aquele imenso quarto. Comecei a me despir ali mesmo, jogando o pijama em algum lugar do meu quarto, a porta do meu quarto sempre ficava trancada, isso porque, na verdade, desde que comecei a ter uma formação corporal, que por sinal é bem vantajoso, eu tive que trancar por causa do meu tio.
Meu banheiro tem um chuveiro eletrônico, de última geração, coloquei uma música para tocar aumentando até o último volume, entrei na banheira ligando o chuveiro na água quente. A água caiu sobre meu corpo fazendo-a tremer causando calafrios que eram bons, a propósito, cada trecho da música que estava tocando eu tentava cantar no mesmo ritmo, mesmo que eu desafinasse a metade do tempo;

Know it hurts to see the truth in your face
(Saiba que dói ver a verdade em seu rosto)

Circumstances bring you down to your knees
(As circunstâncias deixam você de joelhos)

Go on and cry an ocean, but don't drown in it
(Vá em frente e chore um oceano, mas não se afogue nele)

Enough to put your heart at ease
(O suficiente para deixar seu coração à vontade)

Oh, don't lose your self esteem
(Oh, não perca sua autoestima)

I apologize, for being a man
(Peço desculpas, por ser homem)

It's way harder than what it seems
(É muito mais difícil do que parece)

Desliguei o chuveiro, peguei a toalha que estava pendurada no gancho que tinha na parede, me enrolei sobre a mesma, desliguei o Bluetooth do meu celular, eu tive que tomar o maior cuidado com esse celular, pelo qual motivo sabia que o traste do Sébastien, mais conhecido como meu tio não iria liberar a merda do dinheiro - que, aliás, é meu - para um celular novo, agora se fosse para a Lua, meu Deus, ele liberava sem dó nem piedade, nem passaria na cabeça dele que o dinheiro era meu. Eu abri meu armário - era enorme - pegando uma das minhas blusas de escola, já estava cursando o 1°ano do ensino médio, essa já era a segunda escola que eu entrava esse ano, hoje será meu primeiro dia, conheci algumas meninas no Twitter para me enturmar logo, acabamos nos tornando um quarteto de amigas, uma delas eu já conhecia a bastante tempo, a Camila Hilary, estudamos na mesma escola durante 4 anos, porém, sempre fomos de turmas separadas, sempre falávamos uma com a outra no intervalo de 30 minutos que dava para todos. Esse ano eu tive a "sorte" de cair na mesma turma que a dela, já que muitos de nossos amigos trocaram de escola ou até mesmo se mudaram - no meu caso, eu fui expulsa- mas ela não poderá ir para a escola esses dias porque machucou um dos braços e teve que engessar, mas ela me apresentou algumas meninas antes de começar as aulas, Pam e Victórian, eu não faço nem a mínima ideia de onde eu iria acabar me metendo daqui pra frente com essas garotas.
Já estava pronta para sair de casa, escutei meu celular apitar, era uma das centenas de mensagem do Janderson, ele era meu melhor amigo, não vou negar eu até tenho uma quedinha - Eu to no chão com essa queda - por ele, quem não tem uma queda pelo seu melhor amigo que jogue a primeira pedra, mas não posso namorar o meu melhor amigo, imagina quando terminar, nenhum dos dois vão querer ser amigos. Abro o aplicativo de mensagens, lendo todas as suas mensagens, eu acabei não respondendo ele ontem de noite, porque estava arrumando mais uma briga com a Lua.

Mensagem
»»----- ★ -----««
Jn: Bom dia, meu amor?
Jn: Diga-me, como você dormiu na noite passada?
Jn: Sabe que já tem escola né?
Jn: Não esqueça que eu te amo muito.
Jn: Eu vou te encontrar no recreio está bom?
Jn: Boa sorte com a sua nova turma.
»»----- ★ -----««

Eu não vou mentir que estava sorrindo que nem boba com essas mensagens, ele sabia como me deixar toda feliz que nem uma idiota, se alguém olhasse para a minha testa com uma lupa, iria estar escrito "Maior idiota do mundo", mas é isso né. Meu celular continuava recebendo mensagem, mas infelizmente não era de quem eu queria, era do grupo da sala, sim, nós já tínhamos um grupo, mas só tinha as meninas.

1.0.0.9
»»----- ★ -----««
Pam: Eu estou indo para a escola.
Pam: Não se atrasem, por favor.
Victorian: Ah, eu não sei de nada, para mim tanto faz chegar no 1° ou 2° tempo
Pam: Onde está Lauren?
Lauren: Estou saindo de casa agora, não precisa esperar por mim.
»»----- ★ -----««

Desci as escadas correndo para o andar de baixo, sendo parada por uma mão enorme, que bateu diretamente no meio dos meus seios, causando um leve susto que me fez pular para trás, senti alguns flashbacks de quando eu era pequena, me segurando no corrimão da escada.

Você não pode se culpar

Ele é o único culpado, querida.

Perdoe-me por deixar você sofrer assim.

─ Você não pode descer as escadas assim, senhorita, um dia ainda acabará caindo de escada abaixo e vai se esborrachar no chão. ─ Ele me reprimiu como se fosse meu pai.

Comecei a voltar ao normal, quando eu ouvi a sua voz grave entrando em minha mente, balancei a cabeça me recuperando do susto, tirando sua mão da minha frente.

─ Eu estou bem, Sébastien, para de fingir que se importa, por favor, porque eu sei que me odeia e apenas quer algo a mais comigo. ─ O empurrei contra parede.

─ Está muito abusada para o meu gosto, não acha? Esqueceu que quem cuida de você sou eu. ─ Ele me puxou pelo braço.

Por um instante pensei que ele fosse fazer algo comigo, ele era muito impulsivo, nunca gostou de ser questionado e nem que o respondesse ele sem sua permissão, esse foi um dos motivos pelos quais a mulher o largou, Tia Margaret era uma ótima pessoa, mas também estar morta, todo mundo que entra no caminho dele aparece morta de algum jeito, não vou mentir, eu desconfio muito dele, mas se eu abrir à porra da boca a próxima será eu.

─ Ou me larga, ou eu irei gritar tanto que os vizinhos vão acabar chamando a polícia para você. ─ Ele largou meu braço imediatamente.

─ Saía logo daqui antes que eu acabe com esse seu rostinho lindo. ─ Ele passou o seu polegar pela minha bochecha. Nojento.

Revirei os olhos para ele, indo em direção à cozinha, vendo as malditas das minhas primas, respirei profundamente tentando manter a calma para não agredir nenhuma delas duas.

─ Olha quem está aqui, a piranha do 454. ─ Elas me olharam e começaram a rir.

─ Olha quem estar aqui, as vadias que não arrumam macho nenhum para sentar né. ─ Peguei uma maçã, olhando com deboche para elas. ─ Ops

─ Meninas, parem agora.

Disse Josephina, nossa empregada, ela está comigo a mais de 15 anos, ela não gostava do modo que as meninas falavam comigo e sabia muito bem como evitar uma briga quando estavam nós três juntas. Ela olhou rigidamente para ambas que estavam na cozinha, às meninas saíram da cozinha juntas, elas nunca se separavam, eram um nojo total.

─ Bom, estou indo, volto mais tarde, beijos Josephina. ─ Depositei um beijo em sua bochecha esquerda.

Sai pela porta dos fundos, colando meus fones de ouvidos no último volume, estava tocando Everybody do Backstreet Boys, meu gosto musical era muito aleatório, quem pegava meu celular sempre tentava entender qual seria o meu gênero favorito.
Demorei exatamente 10 minutos para chegar na escola, alguns adolescentes estavam acompanhados da mãe, isso me deixava um pouco triste, já que eu nunca tive uma presença materna que me levasse até a escola, daqui algumas semanas irá completar 13 anos de sua morte, desde que ela se foi, tudo foi e é tão difícil para mim. Olhei para o sol em Los Angeles estava bastante forte, até porque estávamos no verão, ah, o verão Los Angeles, como eu odiava. Entrei na escola, aqueles olhares sobre mim que me deixavam totalmente vermelha, porém, um menino me chamou mais atenção do que qualquer outro, eu não fazia ideia de quem era apenas tinha a cara do Jacob, meu ex-namorado, que inferno, lá vai eu pensar nele de novo, parabéns Lauren! Eu não conhecia muito as pessoas daquela escola, apenas a Lorena que já tinha estudado comigo durante sete anos e o Rafael, meu irmão de consideração, agora o resto para mim eram tudo desconhecido.

─ Eu deveria dizer que está perdida, né? ─ Uma voz masculina entrou pelos meus ouvidos, era Rafael sem dúvidas.

─ Olá, anjo. ─ O abracei pela cintura, ele era maior que eu, tinha entre 1.78 a 1.80 de altura, enquanto eu, 1.58.

─ Já achou alguém da sua turma ou achou o seu armário? ─ Conversamos enquanto andávamos pelo corredor.

─ O armário eu já achei, agora alguém da minha turma ainda não. ─ Levantei uma de minhas sobrancelhas.

─ Eu tenho que ir, daqui a pouco o sinal toca e esse corredor estará lotado. ─ Depositou um beijo em minha testa, indo para o sentido oposto do meu.

Fui para o segundo andar, na parte de cima se encontravam as salas do 1° ano, na parte de baixo se encontravam as salas do 2° e 3° ano, fui procurando a sala que deveria estar escrito 1009, que era a minha turma, era uma das últimas seguindo pelo lado esquerdo, entrei na sala e já tinham algumas pessoas sentadas, fui para uma das últimas carteiras que tinha no fundão, enquanto olhava metade da turma entrar, olhei para o lado de fora na esperança de ver o menino da entrada, provavelmente ele era do 2°ano, seria meu sonho se ele fosse amigo do Rafael.

─ Estávamos procurando você lá embaixo. ─ Balancei a cabeça virando para o lado.

─ Desculpa. Oi, Pam. Oi Victorian. ─Disse enquanto tirava os fones.

─ Oi. ─As duas falaram ao mesmo tempo, parecendo um coral.

Elas tinham uma idade estimada de 17/18 anos, conversamos por alguns minutos, elas me fizeram trilhões de perguntas sobre o meu dinheiro, com quem morava e tudo mais, claro que não falei tanto, porque isso apenas se interessa ao meu respeito.

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15:30

Já era 15h30min, o sinal do recreio tinha batido, não fiz muitas amizades nesse primeiro dia, desci as escadas indo para a quadra onde iria encontrar o Rafael e seus amigos que estavam na rodinha, meu coração acelerou quando eu vi o garoto da entrada, eu estava suando frio demais, meu estômago criou borboletas, ai meu Deus, odeio essa sensação.

─ Oi, cão. ─ Disse ele

─ Isso é amor por mim? ─O abracei de lado, falando com os demais.

Fiquei olhando fixamente para o mesmo que estava na rodinha, puxei Rafael pelo braço tentando tirar ele dá rodinha.

─ Rafael do céu, aquele menino. ─Apontei. ─ Nome dele, por favor? Ele parece muito com o Jacob.

─ Primeiro quem é Jacob? Segundo ele se chama Edward. ─ Ele me lançou um olhar malicioso.

─ Não me olha assim, só o achei parecido com uma pessoa aí.

─ Olha, você quer que eu olhe como? Você está interessada por ele, que eu sei. ─Ele apertou minhas bochechas.

─ Quer saber? Vai tomar no cu. ─ Saí da quadra deixando-o sozinho lá.

Escutei o sinal tocar, comecei a entrar em desespero porque seria três tempos de matemática seguidos sem pausa, a não ser que fosse para ir ao banheiro, eu queria pular o muro ou mandar meu motorista me buscar, mas eles iam começar a olhar estranho para mim todo dia, pior que eu percebi que nem todos gostavam de mim, mas não posso fazer nada por eles, a não ser dizer "desculpa por nascer tão maravilhosa.".

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18:15

Passei o caminho de volta para a casa conversando com as meninas, uma delas namorava, era a Pam, sorte a de ela saber expressar sentimentos, porque eu sou um lixo humano para essas coisas de amor e blá.

─ É você, Lauren, gosta de alguém? ─Uma delas me encarou parecendo que estava lendo todos os meus pecados.

─ Hm, acho que chegaram em casa. ─ Mudei de assunto. ─ Não será dessa vez que vão descobrir algo de mim facilmente, neném. ─ Disse sem olhar para trás. ─

Fui pelo caminho mais curto, queria chegar em casa logo, para jantar e ir para a boate, meu tio estaria na empresa e minhas primas em algum lugar que eu não fazia ideia e não estou nem um pouco a fim de saber onde elas estavam. Quando estava chegando a casa, olhei Janderson que estava vindo em minha direção com um sorriso de orelha a orelha, eu estava toda derretida que nem manteiga.

─ Acho que meu coração foi para o lado direito. ─ Coloquei a mão no peito, enquanto falava comigo mesma.

─ Acho lindo o jeito que coloca a mão no peito quando me ver. ─ Ele me olhou, tentando prender a risada.

Eu não acredito que ele estava querendo rir do que eu tinha feito, as maças do meu rosto estavam totalmente vermelhas, ai meu Deus, eu estava ficando tímida, a questão é, eu não podia, não perto dele.

─ Você não fale mais comigo. ─ Comecei a andar mais rápido.

─ Para de palhaçada coisa feia. ─ Ele me puxou pelo braço.

Seu toque em minha pele fazia com que eu me arrepiasse da cabeça aos pés, sentia o mundo a minha volta parar, minhas pernas estavam totalmente molengas, até que sua voz entrar pelos meus ouvidos chamando meu nome.

─ Lauren. Lauren. ─ Ele me balançava.

─ Que foi? ─ Olhei assustada.

─ Você está toda para lá e para cá, o que tem? Esta toda molenga, já comeu hoje? ─ Confirmei com a cabeça. ─ Não parece.

─ Me desculpe, eu preciso ir. ─ O abracei como se fosse à última vez. ─ Eu te amo. ─ Sorri

─ Eu também te amo. ─ Ele sorriu para mim, indo para o lado oposto ao meu.

Quando cheguei em casa, Josephina estava me esperando encostada na porta da cozinha, ela lançou um olhar que me dava medo, imaginei que fosse brigar porque cheguei bastante tarde.

─ Sei que cheguei tarde, mas perdi a hora porque estava... com o Janderson.

─ Você quando está com ele perde a noção né. ─ Ela se dirigiu para a cozinha.

─ Falando nisso, eu vou sair de novo. ─ Subi as escadas correndo, antes de ouvir sua resposta.

─ Já imaginava. ─ Ela gritou do cômodo debaixo.

Joguei minha mochila em qualquer lugar do quarto, abri uma gaveta que precisava de senha que apenas eu mesma tinha, quando estava abrindo a gaveta peguei a Taurus nove mm, conferindo as cápsulas, eu sei que era errado ter uma arma para mim, ainda mais com a idade que tenho, mas eu tinha licença, que na verdade era do meu pai, mas eu podia usar, ou achava que podia. Coloquei a Taurus na cabeceira da cama, trocando rapidamente de roupa, não tinha tempo para tomar banho e nem para jantar, coloquei a arma na cintura, desci as escadas correndo, indo para a cozinha.

─ Eu vou para a boate, não me espere. ─ Já estava fora do cômodo. ─ Ah, se o Sébastien perguntar por mim diga que eu o mandei ir à merda!

─ Olha a boca, menina. Não volte tarde.

Sai de casa batendo a porta devagar, Carol estava indo me buscar porque ela mesma trabalhava na boate, ela era mais velha, já tinha responsabilidade e tinha carro, a melhor parte disso. Ela piscou os faróis do carro para avisar onde estava, fui correndo até lá, entrei no carro tirando a arma da cintura colocando no banco de trás.

─ Por que está usando a arma? ─ Ela olhou desconfiada para mim.

─ Porque eu preciso, sabe disso. ─ Coloquei o braço para fora do carro.

─ Entendi. ─ Ela ligou o carro. ─ Coloca o braço para dentro do carro, quer perder a mão?

─ Vai logo para a boate, que inferno.

Olhei para fora do carro, às luzes da cidade não estavam totalmente acesas, não gostava de o fato das luzes estarem apagadas, peguei a arma que estava no banco de trás, verifiquei se ela estava travada para não machucar ninguém. Uns 10 minutos depois chegamos à boate, sai do carro escondendo minha arma na cintura, entrei pela porta da frente sem enfrentar fila, já que era a dona mesmo, Carol foi para o bar e eu fui para a sala que tinha atrás da boate, onde ficava o dono e tudo mais, ao entrar tranquei a porta ligando a luz vermelha para conseguir ver as fotos que estavam em cima da mesa, já tinha deixado um aviso para Carol de ninguém poderia me interrompe.

─ Por onde começar? ─ Disse para mim mesma.

Foram horas e mais horas olhando a merda de uns arquivos criminal, eu to investigando isso há uns dois anos já e nada de solução, na verdade, eu não aguentava mais ler e relê e não ter uma resposta pra solucionar esse caso, eu apenas tenho isso tudo por conta do tio Adolfo, ele é delegado da Polícia de New York e assumiu esse caso na época, mas não existia suspeitos e nem provas pra comprovar que fosse um assassinato.
Já não aguentava mais em pé, então me deitei no sofá que tinha naquele cômodo, em alguns minutos já tinha apagado.

Feb. 25, 2019, 12:26 a.m. 0 Report Embed Follow story
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