tiatatu Tatu Albuquerque

Quando uma mentira muda completamente a vida social de Karin, ela corre pra tentar desmentir os boatos sobre sua suposta relação com Suigetsu, o guitarrista idiota da Taka cujo uma simples foto ao lado causou todo esse rebuliço. Como tudo também tem seu lado bom, ela não sabe se continua tão disposta a mostrar a verdade assim quando as vantagens disso começam a aparecer.


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#suika #suikarin #fns #naruhina #sasusaku #konohana #gaalee
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Prólogo

O par de óculos de armação vermelha já não cumpria com o propósito de lha ajudar com seus problemas de vista, visto que as lágrimas tinham efeito pior que seu astigmatismo e miopia. 


 


Karin correu tão rápido de volta para casa que provavelmente ninguém havia lhe visto. Menos mal, assim menos pessoas iriam estar ali para lhe apontar o dedo ou lhe culpar. 


 


As máscaras haviam caído e a mentira descoberta voltava a situação contra ela. Se, no início, ela era a vítima de uma calúnia, um mero hype de fãs histéricas, agora ela era a mentirosa que havia enganado a todos junto com Suigetsu, ou, como era falado, aquela que havia enganado até mesmo ele. Mais uma calúnia que, agora, ela não conseguiria desmentir, principalmente naquela maré de descrédito. 


 


O único lado bom daquele mundinho falso estar desabando era poder se ver livre de muita coisa, começando por aquele pesado par de brincos de réplica de rubi que felizmente não havia perdido no meio da confusão, já que eram emprestados e nem limite no cartão pra pagá-los tinha. 


 


Puxou com tanta raiva o prendendo de cabelos que estourou o elástico, fazendo as pérolas falsas da bijuteria se espalharem pelo chão. Revoltada, arrancou dos dedos aquele maldito anel que falhou na missão de servir como símbolo da relação falsa que um dia pensou que poderia ter se tornado verdadeira. 


 


Chorou raivosa pela situação e por sua inocência. Era óbvio que no fim ela sairia prejudicada e ele sairia como o coitado, era óbvio que no fim a bom estouraria nas suas mãos, era óbvio que… Era óbvio que aquilo havia sido uma idiotice desde o início. 


 


— Idiota… - xingou sua própria imagem no espelho, se vendo mais patética que em qualquer outro momento.


 


A maquiagem que tão bonita que Hanabi e Hinata haviam feito para lhe deixar mais glamurosa para a ocasião derretia por seu rosto e ela nem ligava mais. 


 


Só queria tirar aquela roupa que precisava devolver à loja no dia seguinte, tomar um banho e esquecer que havia sido a grande chacota de um prêmio de música à nível e em rede nacional. 


 


Se jogou na cama, abafando a raiva e o choro. Se um dia achou que aquela farsa toda lhe ajudaria em sua carreira de modelo, era claro que, agora, tudo estava acabado. 


 


Só queria poder voltar no tempo e evitar toda a desgraça que conhecer – e se envolver –, com o rapaz que agora lhe ligava de forma tão insistente quanto os jornalistas da primeira vez, tempos antes. 


 


Pensou em atendê-lo apenas para lhe mandar pra casa do caralho, mas nem esse esforço ele merecia. 


 


×


 


Enfiou a cabeça sob o travesseiro pela milésima vez desde que seu celular começou a tocar insistentemente e, mesmo que já o tivesse posto no modo “não pertube”, o simples “acende-apaga” da tela do aparelho já lhe causava tremiliques.


 


Não queria ter que apelar, mas não teve outra saída a não ser desligar o telefone antes que deixasse de pensar que não tinha sequer limite no cartão de crédito pra comprar outro e o estourasse contra a parede com todo o ódio que tinha na alma.


 


Sua conta no instagram pipocava com seguidores e até comentários haters, mesmo que ninguém nem sequer a conhecesse. Não conseguia sequer pensar em abrir seu facebook de tantas mensagens e solicitações, fora a raiva que passou com seu Whatsapp travado com mensagens de conhecidos e até de pessoas que nunca antes havia ouvido falar - o que lhe fazia questionar-se quem havia divulgado uma informação tão pessoal, algo que também acontecia com seu e-mail, que agora tinha várias cartas virtuais de repórteres de celebridades solicitando entrevista.


 


Grunhiu irritada com o toque do telefone de casa e também da área onde ficava o salão de sua cunhada, que gentilmente se dispôs a mandar pro inferno mais e mais jornalistas que provavelmente haviam estudado a arte de encher o saco na faculdade, e nem tinha coragem de olhar pela janela, temendo que eles tivessem sitiado o sobrado em que viviam.


 


De todas as ressacas que já havia passado, aquela era de longe a pior e só queria acordar e ver que era tudo um pesadelo. Sua enxaqueca atacava horrores com todo o fuzuê que havia se formado em sua vida - principalmente no que se dizia respeito à sua vida virtual -, e que ela nem sequer tinha entendido ao certo como havia começado. 


 


Estreitou os olhos, tirando o óculos do rosto pra poder esfregá-los e pensar melhor em como foi a um bar com amigos de seu irmão e saiu de lá com o rosto estampado em tudo quanto era tabloide e página de fofoca como sendo a nova namorada de um acéfalo com status de rockstar.


 


Só havia saído pra encher a cara num open bar sem precisar gastar grana, mas, pelo visto, se apoiar na fama de Sasuke e Sakura havia custado bem mais que o passe da baladinha, com direito a ter seu nome atrelado ao de Suigetsu, um dos maiores idiotas que teve o desprazer de conhecer - o que, aliás, havia acontecido só na noite anterior, o que tornava ainda mais ridículo todo aquele inferno.


 


Maldito fosse o fotógrafo que postou aquela imagem do momento em que agarrou o bateirista da Taka pela gola da camisa num acesso de fúria e não a do momento em que Sakura teve que impedir que acabasse desfigurando a cara daquele retardado. Que ele enfiasse a câmera no cu! 


 


Respirou fundo, tentando não ir até o hotel onde a Taka estava hospedada e cometer um assassinato, até porque tinha o risco de interpretarem a sua “visita” como mais um sinal de compromisso entre eles, ou seja, nem matando Suigetsu ia conseguir se livrar do bando de gente chata que mais uma vez ligava. 


 


— Olá. Você é o milésimo a ligar para nós no dia, seu prêmio é uma passagem só de ida pra puta que pariu. Favor, resgatar seu prêmio na casa do caralho! - dizia Hinata de uma forma suave que a fez rir nervosa antes de escutar a forte batida do fixo no gancho. 


 


Até o poço de calmaria que era sua cunhada estava puto, então, claramente, haviam ido longe demais naquela insistência e era injusto deixá-la sozinha com os insultos que, pelo novo toque estridente que rompeu os 30 segundos de paz que tiveram, não afastavam os eufóricos colunistas que lutavam por aquele furo de reportagem com unhas e dentes. 


 


Seria bem melhor e mais divertido se o fizessem em esquema de battle royale, assim teriam menos para perturbá-las e elas poderiam vender ingressos, usando a grana pra pagar a massagem relaxante que a cabeleireira parecia precisar, julgando pela voz Furiosa que ela tinha. 


 


Foi até o salão, encontrando-a com as bochechas avermelhadas de raiva e um sorriso nervoso no rosto que parecia ter veias saltadas pela testa e pela região dos olhos, tamanha a fúria que ela parecia estar passando. 


 


— Desculpa, Hina… - disse recebendo um fraco sorriso nervoso entre os poucos momentos de paz. 


 


Antes mesmo que Hinata falasse algo, outro telefonema. Foi quase explodindo de ódio que ela deixou de lado as clientes que poderiam ligar para marcar horário, desconectando o cabo da linha do aparelho, suspirando mais aliviada. 


 


— Enfim, sossego! - comemoraram juntas. 


 


O inferno só estava começando. 


 

Nov. 6, 2018, 12:05 a.m. 0 Report Embed Follow story
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Meet the author

Tatu Albuquerque Mãe de Konohamaru, madrinha de Hanabi, adepta da Fé do Sagrado KonoHana. Você tem 5 minutos pra ouvir a palavra da minha igreja? Kaiten no cu e gritaria, kore!

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