tiatatu Tatu Albuquerque

A voz repulsiva dizia "livre-se dele". Sua voz interior perguntava o quê aquela Cobaia descartada tinha nos olhos que o impediam de cumprir aquelas ordens. A voz de Izuku perguntava se o amor assustava. De todas as vozes, talvez fosse a última que preferisse ouvir enquanto fazia aquelas coisas que odiava terem lhe feito esquecer.


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#bokunoheroacademia #tododeku #fantasticoink #sci-fi #biopunk
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Único

Love, let's talk about love

Is it anything and everything you hoped for?

Or do the feeling haunt you?

— Livre-se dele! 

A nojenta voz de Endeavor, como conhecia o comandante de seu batalhão, ecoava em sua mente, repetindo de forma infinita a ordem que acatou com um aceno, como o bom soldado que era. 

— Ele é uma falha. Uma pedra em nosso sapato que deve ser retirada e descartada como o obstáculo inútil que ele é! 

Ouviu cada palavra do supervisor Tomura e apesar de algo em seu íntimo não concordar com aquela afirmação, acenou positivamente. 

— É crueldade que ele tenha que fazer isso! 

Ouviu o rejeitar das sensatas reclamações de Kurogiri e sentiu-se concordando com elas, mas, ainda assim, não foi capaz de dizer, apenas de sentir, o que não era comum. 

— Ele está atrapalhando o andamento de nosso número 1 e isso é um mal que deve ser extirpado pela raiz! 

A fala firme do primeiro indicava que aquela era a última palavra e lembrou-se de que a sua resposta não havia passado de um obediente, apesar de revoltado, “sim, senhor!”. 

Era estranho que não lembrasse de nada antes disso e mais estranho ainda lembrar dessas cenas ali, após de seguir cauteloso por aquele esconderijo entre as árvores e folhas da floresta da ilha onde seu alvo estava, certo do que faria até olhar nos olhos dele. Não entendia bem o que fazia com que não conseguisse acertá-lo com algum dos poderes que o laboratório da Liga havia lhe dado. 

Sentia, sobre seus ombros, um peso tão grande desde que invadiu aquele casebre em que ele havia se metido tentando fugir de seus superiores que era como se aquelas tábuas de madeira tivessem caído sobre si, peso esse que só piorou desde que o capturou e agora o tornava um inútil e era frustrante até.

Estava ali, com Izuku rendido sem muita resistência, basicamente ajoelhado diante de si, sendo segurado pela gola de sua camisa, o encarando como se tivesse aceitado o seu destino. Por que não acabava logo com isso? Por que suas pernas tremiam enquanto sua mão permanecia parada, formando uma afiada lança de gelo que facilmente cortaria a garganta dele? 

Sem resistência e sem ter como resistir. Izuku não era como ele, nenhuma das modificações feitas nele havia dado certo, nem mesmo a mais recente tentativa de transplante de força havia dado certo e, de tanto quebrar a si próprio na tentativa de obter controle, acabou incapaz de usar o poder ganho. 

Ele era uma falha completa que não merecia mais viver. Por que não conseguia dar um fim em sua fracassada existência? Por que aqueles olhos verdes lhe sugaram toda a disposição e vontade de cumprir com as ordens de seus superiores? 

Nem mesmo Shouto sabia a resposta para seus porquês e muito menos Midoriya. Se já odiava seus conceptores, os odiou ainda mais ao ver que haviam mandado justamente ele para lhe matar, mas pensou que seria bom ser o rosto dele o último a ver em vida e por isso se entregou ao propósito que o programaram para cumprir. Estava tão pronto para morrer sorrindo pelas mãos de seu amante de outras eras que era angustiante permanecer ali, rendido enquanto mais uma vez os olhos dele pareciam perdidos. 

— Acaba logo com isso! - insistiu uma última vez e Todoroki esboçou prosseguir, novamente foi impedido. 

Não entendeu e tentou se forçar, em vão e leu nos olhos de Deku que ele estava tão confuso quanto sua própria mente. 

— Você... - não era de gaguejar, pelo o que se lembrava, mas a ocasião que lhe tratava não lhe dava outra escolha. - Tem algo nos seus olhos... Eu devo encerrar tudo, mas algo nos seus olhos me assusta e me impede… - não era a primeira vez que encarava a morte e talvez por isso sorriu com a fala dele, se dando ao luxo de acariciar o rosto dele no lado quente, sem temer as chamas que poderiam lhe queimar a qualquer momento.

— Talvez seja o amor que te impede… - explicou complicando sua situação mental. - O amor te assusta! - amor… Não havia nada sobre isso nos registros. 

O largou, fazendo-o cair de joelhos no chão, com as mãos no pescoço antes sufocado, enquanto buscava em si respostas, não para Deku, já que as palavras dele eram uma afirmação, mas para as questões que se fizeram presentes em sua cabeça após ouvi-las. 

Foi preocupante ao outro vê-lo levar as mãos à cabeça que doía com o esforço de entender o que ele queria dizer com amor. Seria um tipo de poder? Devia, para que sua falha fosse atribuída à ele, mas nunca havia ouvido falar sobre ele em canto algum, pelo que se lembrava e, a julgar pelo treinamento na Liga, se fosse o caso, teriam lhe ensinado sobre ele e sobre como combatê-lo, mesmo que, aos seus olhos, isso fosse impossível.

— O que é isso? - perguntou misturando confusão e curiosidade em sua voz, chocando o ouvinte que não pôde deixar de se irritar ao se dar conta do que isso queria dizer.

— Shouto… - sussurrou penoso por ele e indignado, o vendo franzir o cenho, lhe encarando ainda mais confuso.

— Como você sabe o meu nome? - questionou e a única reação de Deku foi se aproximar, perplexo ao notar que a Liga havia ido longe demais com a manipulação.

— Eles apagaram até isso? Shouto, você… Eles fizeram você se esquecer de mim? - perguntou assustado e a negativa fez com que compreendesse o porquê ele agia estranho.

Shouto não era de temer e recuar, como estava fazendo agora, dando sutis passos para trás. Isso também explicava o porquê ele parecia tão robótico, diferente das outras vezes em que, naquela mesma ilha, se encontravam longe dos olhos dos conceptores. 

A manipulação de memórias e a rebobinação de pessoas eram as táticas favoritas deles, mas fazer com que Todoroki esquecesse até mesmo o conceito de amor ou seu nome era assustadoramente nojento e, só de pensar nas vezes em que passou pelo procedimento, se sentiu horrível pelo quão doloroso algo tão intenso não deveria ter sido. 

Devia ter feito mais por ele, deveria ter voltado ao ver que, na fuga da semana anterior, ele havia sido capturado, mesmo que não tivesse chance alguma de sair de lá vivo e, mesmo que nada fosse diretamente sua culpa, se sentiu responsável, mas não era isso que doía. Para Midoriya, o que mais doía era que as íris bicolores dele tremiam assustadas com sua lenta aproximação, que ele não o reconhecesse mais ou sequer lembrasse seu nome, já que em momento algum havia lhe chamado por ele.

Detestável, nojento e doloroso. Três palavras que resumiam o que aquele experimento biológico era, mas, tão biológico quantos as substâncias que possibilitavam aquela “brincadeira de Deus” que a Liga fazia com suas cobaias eram as reações cerebrais causadas por sentimentos como o que nutriam um pelo outro e, a julgar pela incapacidade dele em lhe machucar, ao menos isso eles não haviam sido capazes de apagar. 

Era essa sua esperança e, com ela no peito, se aproximou, visando abraçá-lo já que essa seria a forma mais fácil de responder à pergunta dele sobre amor. 

Temeroso, tentou recuar mais, dando com as costas na parede de madeira. Com certeza a sua resposta à pergunta anterior dele era que sim, esse tal amor assustava, e pensou em dizer que ele deveria se afastar e até cogitou paralisá-lo com o gelo que atirava pelo lado esquerdo de seu corpo. 

Foi incapaz de disparar os flocos que gerou em sua mão ao olhar novamente nos olhos de Izuku e, ao ser envolvido pelos puros e carinhosos abraços dele, se perguntou se realmente era necessário ter medo. 

Sua pergunta foi respondida com um beijo que dizia “não”. 

xXx

Sentiu aquele mesmo toque tão carinhoso em seu rosto um dia, tocando com os dedos a cicatriz que odiava ter em seu rosto e que sua mente não conseguia lembrar de onde havia vindo e, naquele momento, não importava, não refugiado naquele abraço, tendo aquele afago e ganhando aqueles beijos em seu queixo e pescoço. 

Não quando tirava a roupa e voltava a abraçar, ainda mais, aquele que não sabia se tirava sua razão ou fazia com que voltasse à sanidade. Também não importava. 

Não quando o beijava da boca à virilha, massageando sua rola, disparando-lhe um olhar de desejo que era retribuído na mesma intensidade enquanto tinha os cabelos puxados. Se era o lado ruivo ou o platinado(?) que ele puxava também não importava. 

Não quando foi a vez dele em lhe retribuir, o levando à morder a própria mão, guiando-o com a outra no vai e vem da sucção que o levava aos céus mais abertos que jamais imaginou admirar de longe e parecia tão perto. Se aquela sensação era passageira, também não importava. 

Respirou fundo, sendo atirado à parede, retomando fôlego para que pudesse beijá-lo mais, sentindo saudades de seus lábios e seu calor mesmo que não tivesse passado muito mais que dois minutos antes do último toque, segurando as costas dele enquanto as suas escorregavam, o fazendo sentar ao chão, tendo ele em seu colo. 

O beijo impediu o alto gemido que daria no momento em que ele lhe encaixou em si, descendo devagar, contando com sua paciência e ganhando um chupão entre o pescoço e o ombro, para que assim fosse possível escondê-lo, mas não ia pensar nisso naquele momento. 

Mordeu seu lábio inferior, o puxando enquanto mantinham um sedutor contato visual. Tocou a ele, aumentando seu prazer enquanto tentava ajudá-lo, erguendo seu quadril para que pudesse ir ainda mais fundo, usando sua boca para impedir que a dele os denunciasse com um grito ou gemido mais libertino, por mais que eles o excitassem mais, uma vez que aquele prazer lhe era vetado. 

Faziam tudo em tom de segredo, pareciam temer pelo flagra ou pela simples interrupção. Não lembrava bem, mas havia algum tipo de regra que proibia as cobaias de terem aquele tipo de envolvimento amoroso, o que era mais rígido no quesito sexual, o que não importava muito.

Desceu seus lábios pelo pescoço de Deku, lhe dando mordidas ao chegar em seus ombros, tentando manter seus olhos atentos aos atraentes movimentos dele que lhe causavam sensações, àquele momento, que não sabia como chamar, mas que catalogava como ótimas só de relembrar tê-las sentido um dia.

Olhou o mais fundo que conseguiu nos olhos dele, como se agradecesse pelo bem estar que só aumentou quando os lábios dele tocaram os seus, mordendo o inferior. Agarrou a bunda dele, fazendo o gingar o quadril em seu colo, demonstrando o quão acostumados estavam a fazer isso, mesmo que não conseguisse se lembrar com clareza de nada antes da cena quase assustadora dele próprio atracado à sua atual vítima, que agarrava seu cabelo na altura da nuca enquanto arrastava a língua de seu pescoço até a orelha, deitando consigo no fuuton de seu alojamento.

Talvez isso explicasse o porquê não havia conseguido feri-lo e também respondesse a sua própria pergunta sobre amor. Continuava sendo inexplicável, mas algo lhe dizia que era o que faziam ali, de uma forma que podiam chamar de indecente, mas faziam.

Sugou a orelha dele ao receber arranhões das roídas unhas que ele tinha em suas costas, se sentindo provocado, agarrando as dele um pouco desesperado, sentido o que parecia ser o ápice de seu prazer com ele sorrindo, com os cabelos bagunçados.

— Eu te amo! - sussurrou ele em seu ouvido a voz era bem mais agradável naquela ocasião. 

Era confuso se ver sorrindo com alguém, mas também era acolhedor e o riso dele era tão atraente que não sabia se o beijou por isso ou para respondê-lo, rindo novamente e cedendo à vontade de agarrá-lo de volta. 

Puxou os cabelos dele com força e nunca antes sua face lhe pareceu tão atraente, mas não era sua aparência que lhe importava agora. A mordida que ganhou em seu pescoço foi quase que um golpe baixo e cedeu à ele, permitindo que ele o dominasse.

Ele o virou bruto e ansioso, focando em seu pescoço, beijando mordendo, sugando, chupando, agarrando os cabelos dele enquanto se abraçavam e beijavam, rolando pelo chão aos risos e demais expressões.

Deitou de bruços no tatame, sentindo-o passear com a mão por suas costas, estapeando sua bunda antes de chocar forte seus quadris nos dele. 

Ver estrelas era uma boa analogia para o momento. As via de perto e não pelo lado ruim, isso evidenciado pelo sorriso no rosto que tinha apesar da pouca dor, presente mesmo com o cuidado e o tesão. Se perguntou desde quando era atrevido para se oferecer assim, empinando-se enquanto era acariciado pela língua dele em sua nuca, que vez ou outra era sugada pelos lábios já inchados após tantos beijos e chupões dados naquela noite que jurava ser inesquecível e foi angustiante pensar que por pouco não o fora, mas era melhor se concentrar nas memórias boas que no ódio, voltando a pensar no momento em que virou o rosto e o beijou, como se sua boca não conseguisse ficar muito mais longe da dele.

Permitiu que os lábios dele explorassem mais de suas costas e se entregou cada vez mais, enquanto mexia os quadris para excitá-lo mais, como agradecimento ao que ele havia lhe proporcionado antes. 

Naquela dança(?) erótica que acabavam fazendo em meio à foda quente, se sentia cada vez mais envolvido, mordendo seus lençóis, tal como seu amante fazia com sua pele, para abafar sua voz. 

Vozes… A voz de Deku ao pé de seu ouvido dizendo e fazendo com que sentisse que era amado - ao mesmo tempo em que era fodido -, por ele.

Virou-se para ver e acariciar o rosto de seu amante e ser mais livre para beijá-lo, gemendo sôfrego ao receber uma nova investida, acariciando sua bochecha antes de beijá-lo mais uma vez, deslizando suas mãos pelo pescoço, deixando-as seguir seu instinto de apertar a bunda de seu homem, que, em resposta, agarrou mais das suas pernas, encaixando melhor os quadris que tinham movimentos sincronizados, como se tivessem ensaiado aquela foda por dias – e era péssimo não poder dizer se era assim –, seguindo a dança embalada pelos sons de seus corpos exaustos tombados após mais um orgasmo entre eles. 

Morderam as bocas um do outro enquanto davam as mãos, logo partindo para um beijo para fechar aquele encontro com chave de ouro, repousando sobre os lençóis encharcados. O suor escorria pelas peles exaustas e tonificadas pelo bom e prazeroso esforço do sexo, os unindo ainda mais no abraço dado. 

Torceram o mindinho, o que indicava que, antes de toda aquela cena quente, haviam feito alguma promessa mútua que deveriam cumprir em breve. 

— É amanhã? - a incerteza na voz de Izuku só se findou quando ele acenou positivamente. 

— “As estrelas vão nos guiar, não é?” - parecia ser algum código que não se recordava e que foi confirmado com o assentir do rapaz. 

Cúmplices, apertaram novamente as mãos, beijando agora as bochechas em um suspiro esperançoso. Uma última declaração de amor, essa feita apenas com olhares e tudo se apagou. 

xXx

A memória seguinte era bem diferente e dramática, talvez fosse um início de motim feito por eles. 

Tomura havia sido pego desprevenido e desacordado por Deku e estava caído ao chão, enquanto uma verdadeira batalha de gelo e fogo era travada na sala. 

Foi atingido de raspão no braço por uma rajada de seu oponente, estreitando os olhos para encará-lo, disposto a não deixá-lo impedir que seguisse com seus planos. 

Via no olhar de Endeavor o desprezo, não por si, mas por sua vontade de rejeitar os propósitos e projetos dele para sua vida e ele não ligava nenhum pouco que fosse, levando as mãos aos ouvidos na tentativa de deixar de ouvir aquela voz tão repulsiva. 

— Shouto! - chamou Deku do lado de fora em um sinal que indicava que precisavam ir embora o mais rápido que fosse, por isso tentou golpear o outro com uma lança de gelo. 

— Como eu imaginava, foi uma péssima ideia deixar aquele fracasso corromper você! - declarou ao desviar, com certa dificuldade, devia admitir. 

Disparou fogo para tentar contê-lo, desejando apenas imobilizá-lo, já ele, por mais que odiasse, usava sua habilidade com fogo para tentar estar em pé de igualdade com o “pai”, em vão. 

— Não adianta tentar fugir do destino, Shouto, você é… A minha perfeição! - disse do alto de sua arrogância e, mais irritado que nunca por mais uma vez ser visto como uma simples continuação dele, usou o máximo de suas forças para prendê-lo até os joelhos com gelo. 

— Foda-se você e todas as suas expectativas, eu não quero nem os seus elogios! - rebateu no ápice de sua rebeldia e foi tudo o que conseguiu lembrar daquele momento com o superior antes da correria e da massa de contenção.

Se viu de mãos dadas com Izuku, nos corredores da fortaleza, correndo dos guardas e temendo, não por si, mas por ele. Sabia que Izuku era inteligente e corajoso, corajoso demais para alguém que não poderia se defender de um exército de mutantes. 

Pensou em falar para ele que deveriam desistir. Não tinham para onde correr, já que sentia a presença de uma verdadeira parede de pessoas se formando ao redor deles, os encurralando, mas ele tinha tanta esperança nos olhos…  

Iriam fugir por uma passagem que os levaria para a floresta que envolvia e escondia a fortaleza da Liga e, por sorte, o cordão de combate não havia chegado lá ainda, o que não era certeza de sucesso. 

Ouviu passos. Rápidos, inclusive, mais rápidos do que o esperado. Por sorte haviam “sequestrado” alguns dos itens de suporte que os conceptores faziam com que Hatsume produzissem em um ritmo similar à escravidão, acionando os protótipos de tênis à jato de estabilidade duvidosa para ganhar mais tempo. 

A adrenalina sentida diminuía o temor do fracasso, mesmo que as probabilidades dele aumentassem a cada vez que ouviam os passos mais próximos e os ruídos de falha dos artefatos que pifaram bem em cima da hora. Pelo menos já estavam no lugar certo. 

— Segundo o mapa do Kirishima, é aqui! - disse Deku chutando junto dele a grade do que achavam ser um ralo comum. 

Com a força certa, o espaço cedeu, revelando a passagem de fuga de emergência em desuso. Uma falha no sistema de segurança dali que fez com que os dois sorrissem apesar do cerco que se fechava. 

Olhou em seus olhos, vendo neles a felicidade de alguém que finalmente poderia ser livre, e não pode evitar ser contagiado pela aura boa que ele emanava, como, aliás, nunca antes havia sido capaz de fazer, porém tinha certeza que apenas um sairia dali e não queria e nem tinha tempo de contar a Izuku, mas preferia que fosse ele, já se preparando para deixá-lo fugir. 

— Eu te amo! - declarou ele, sincero, ao segurar sua mão. 

Nunca foi muito bom com palavras, por isso, em resposta, o beijou, como sentia estar sendo beijado naquele momento. 

xXx

De volta ao agora, a última memória daquele dia que conseguiu de volta foi a de ter sido agarrado por um dos guardas e ter chutado Izuku no corredor. Ele não voltaria, talvez por ter sido finalmente abatido pelo medo, e também não era isso o que queria.

Seria mais fácil de encontrá-lo depois se ele fosse, fora que ele seria morto caso retornasse, por isso disparou um jato de gelo, tampando a passagem e dando a ele mais tempo de frigir antes de ser abatido pela injeção de algum tipo de tranquilizante. Quando acordou no fuuton do alojamento, já havia sido reprogramado e esquecido de tudo, até do nome dado à sensação que agora, como em um milagre, sabia que se chamava saudade. 

Acessar aquelas recordações foi tão doloroso e perturbador quanto lembrava que havia sido o processo para anulá-las e, por sorte, ao ceder à confusão mental, caiu nos braços de Midoriya, podendo buscar as respostas para as questões que surgiam em sua mente. 

Como só conseguiu se recordar daquelas cenas com o abraço ganho? O que haviam feito consigo? Não fazia muito tempo, mas era como se sua mente tivesse formado uma lacuna entre aqueles momentos, essa grande o suficiente para que não lembrasse deles. 

Era assustador pensar que eles conseguiram fazer com que sua mente voltasse do zero e apagasse até mesmo os rastros de que um dia havia sido amado, mas, lembrando do ranço que nutria por aquele que diziam ser como seu pai, não foi capaz de duvidar da capacidade dele em fazer aquilo consigo. 

Demorou um tempo para absorver tudo o que sua mente captava de seu passado, mas já era o suficiente para que deixasse de se sentir ameaçado e pudesse retribuir o carinho recebido, ouvindo um suspiro aliviado, seguido do início de um choro de angústia. 

— Eu sinto muito, foi tudo minha culpa, e devia ter voltado! - declarou ainda se sentindo culpado e Todoroki negou com a cabeça. 

Ele não tinha culpa de nada, pelo contrário, mas era péssimo com explicações e por isso, mais uma vez, decidiu deixar isso com suas ações. 

Beijou sua testa e olhou em seus olhos, se esforçando para sorrir, como se dissesse que estava tudo bem, recebendo de volta um abraço mais apertado e contente, assim como um beijo em seus lábios que correspondeu como pode apesar de se sentir engessado, seguindo o ritmo de seu instinto biológico. Poderia ser cômico para a situação, porém o que mais lhe deixava irritado em todo aquele processo era que não se recordasse antes do quão bons eram aqueles carinhos. 

Se sentiu bem, como se o beijo o recuperasse pouco a pouco do abalo sentido e, pelo mesmo motivo, sentiu que um não seria o suficiente. Dois, três, quatro, cinco… Ainda não era o suficiente e por isso continuou até perder as contas. 

Era reconfortante, devia dizer, a não ser pela oscilação de postura de Deku, que hora parava, hora voltava a chorar. Não podia culpá-lo, mas preferia continuar conversando na “linguagem do amor” que naquele chororô quase infernal. O beijou novamente, agora para que ele calasse a boca. 

Para duas pessoas tão inteligentes, era estranho que perdessem tempo com aquele tipo de coisa em uma situação tão crítica e tendo tantas coisas para pensar, como, por exemplo, sair dali, mesmo que parecesse mais interessante voltar aos momentos da primeira lembrança. 

Midoriya riu, negando com a cabeça, não tinham tempo para isso. Seria inocente demais pensar que a Liga não teria enviado mais mutantes atrás dos dois e algo dizia à Todoroki que aquela havia sido sua última chance de reaproveitamento. 

Uma nova missão teria como objetivo o descarte total dos dois, catalogados como falhas corrompidas – apesar dos dois não conseguirem enxergar o envolvimento como algo ruim –, e precisavam ganhar tempo o suficiente para não serem pegos por ela, mas parecia tão melhor aproveitar aqueles momentos de reencontro. 

Afagou os cabelos verdes, afundando o rosto no pescoço de Deku por uns instantes para tentar ter mais força. Não estava, também, em condições mentais para formular nenhum tipo de plano, com as lembranças voltando pouco a pouco em intervalos curtos, fazendo-o sentir abatido, como se cada uma delas fosse uma pancada diferente em sua cabeça, fechando os olhos com força. 

Soltou-o de seus braços e cambaleou com as mãos na testa, sentindo os dolorosos efeitos da reversão da lavagem cerebral, apoiando sua cabeça no ombro de Izuku, tendo as costas abraçadas com cuidado e ganhando um beijo na lateral de seu pescoço. 

Ele precisava descansar 5 minutos que fossem para conseguir se restabelecer do impacto, mesmo que não tivessem muito tempo pra isso. O deitou melhor no colchão improvisado que tinha na cabana para que ele repousasse enquanto pensava numa forma de ganhar mais tempo.

Havia passado uma semana pensando em uma forma de resgatá-lo e então fugir com ele pela única rota marítima que a Liga não seria capaz de monitorar. O ato de mandarem ele para seu descarte já havia sido uma grande ajuda e agora não queria demorar mais. 

A cabana que usava de refúgio ficava distante da Fortaleza o suficiente para que não o encontrassem fácil com os radares locais, mas, levando em conta que Shouto não havia demorado muito até encontrá-lo,outros poderiam fazer o mesmo, ainda mais tendo o rastreador pessoal da individualidade dele. 

Ao que se lembrava, o medidor ficava na braçadeira do uniforme, por isso, com a faca que havia arrumado no caminho até chegar ali, tratou de rasgá-la em busca do objeto. Precisavam se desfazer dele se queriam aumentar as probabilidades de conseguirem fugir. 

Respirou fundo, tentando fazer com que os gritos de incômodo dele não prejudicasse sua capacidade de raciocínio. Aquela com certeza era a última chance que tinham de fugir e não desperdiçaria por nada.

xXx

Better live your life, we were runnin' out of time

Da janela feita de vidro fumê, na fortaleza no centro daquela ilha em forma de estrela, via o bater das ondas do mar para tentar acalmar sua própria mente diante da preocupação que fazia com que a “fumaça” em que seu corpo havia sido transformado se espalhasse sem muito controle. 

Kurogiri era conhecido como o mais racional dos líderes da liga, que mantinha aquela ilha afastada em meio ao mar para fazer suas experiências que consistiam em transformar humanos em armas biológicas e, justamente por isso, achava uma loucura o que os outros haviam decidido. 

Sobre a cobaia Shouto, quem tinha o comando era Endeavor, uma vez que ele, legalmente, era seu filho, e sua própria opinião não teria muito peso, mas, se lhe perguntassem, palpitaria que aquela missão de abate não daria certo. 

Se o medo era que Izuku corrompesse a perfeição de seu amante, já não adiantava muito. Bastava ter dois neurônios funcionando para entender que, se por pouco Todoroki não havia fugido junto com “a falha”, era porque já estava envolvido por aquele que já não sabia se era realmente um fracassado, já que a inteligência de Deku em usar os rastreadores de poder, que logicamente não funcionariam com ele, para poder driblá-los e fugir estava longe de ser uma falha, ao seus olhos. 

Agarrou melhor o copo de bebida que tinha nas mãos, suspirando pesado e temendo que limpar da Cobaia os rastros de sentimentalismo, tal como qualquer memória sobre Midoriya, não tivesse sido o suficiente. Algo lhe dizia que mesmo com essas medidas tomadas todoroki não seria capaz de dar fim ao amante, isso na melhor das hipóteses, já que a pior delas seria que os dois usassem da ocasião para conseguir fugir da Ilha. 

Arriscado demais e eles não eram de correr riscos desse nível e se perguntou se havia alguma outra razão escondida para que tivesse Endeavor mandado justamente Shouto, como algum tipo de experimento prático. 

De qualquer forma, era melhor se preparar para que não perdessem os dois de vez numa fuga que arriscaria também a confidencialidade daquele local – o que não queria dizer que não estavam dispostos a perdê-los de outras formas. 

xXx

Dizer que se sentia preocupado seria exagero, mas a demora da conclusão da missão valia a atenção de Endeavor, que ainda mirava o painel de localização mesmo que há muito ele não mostrasse nenhum tipo de avanço. 

Já havia escurecido, mas isso não era problema para alguém com as habilidades de Shouto. Era estranho que ele permanecesse tanto tempo no mesmo ponto e o estresse de não ter nenhuma notícia já o fazia estar à ponto de liberar jato do fogo concentrado em seu corpo para não explodir. 

Era impaciente demais para aquelas ocasiões, mas ainda não era tempo de mandar reforços – ou seria melhor chamar de forças de execução? –, atrás dele. 

Não queria ter que chegar até aquele ponto. Havia mandado Shouto naquela missão pela esperança de que ele pudesse demonstrar que suas suspeitas que o envolvimento romântico com Midoriya não havia afetado seus controles, esperando que ele cumprisse a missão com êxito, mas a cada segundo sem demonstração de avanço na tela o fazia repensar sua ação. 

Respirou fundo, lamentando profundamente que ele não tivesse recuperação. Era uma pena que todo o investimento de seu tempo em criá-lo como uma cobaia perfeita havia sido em vão, já que ainda tinha pressentimento que Midoriya ainda vivia. 

Se ele já estivesse morto, Shouto teria retornado mais rápido. Pelo menos tinham como saber onde estavam escondidos mas, quando estava prestes a acionar Kurogiri para que iniciassem a missão em busca deles, notou uma movimentação rápida no sinal. 

Respirou mais aliviado, imaginando que enfim ele havia cumprido suas ordens e estava retornando. Talvez Izuku tivesse oferecido uma grande resistência que fosse… Por um momento pensou que poderia comemorar, mas, olhando melhor para o ponto piscante na tela, era rápido demais para ser Shouto… Eles só podiam estar brincando consigo! 

— Eles se desfizeram do rastreador! - afirmou tendo certeza de que aquilo era algum tipo de animal, talvez um pássaro. 

Era de uma inocência infantil que acreditassem que aquilo o enganaria tão fácil e isso só o irritou em seu máximo. 

Sem pensar duas vezes, acionou o botão que chamava Kurogiri, sem saber que ele já estava, pelos portais que podia abrir, enviando homens até onde estava o rastreador. 

Um pássaro foi abatido e em seu bico estava o rastreador, como imagino por Endeavor que se controlava para não lançar fora suas chamas. Subestimou muito a inteligência de Midoriya e superestimou demais a eficácia do rebobinador humano, mas não adiantava chorar. 

— Livrem-se deles! - sua ordem ecoou por toda a fortaleza e os arredores, sendo ouvida e acatada por todos os que estavam sob seu comando, assim como pelos dois que fugiam rumo ao lugar apontado por Kirishima outrora. 

Olharam para o céu por entre as árvores e, tal como o amigo havia dito, lá estava a estrela que indicava o caminho a ser seguido, um caminho livre de guardas pelo difícil acesso. Ali era a 4ª ponta da estrela que a ilha formava e aquela rota desativada de fuga seria perfeita, não era toa que havia sido palco de outras fugas.

Ainda assim, toda a retaguarda de certo estaria tomada por perseguidores em poucos instantes, os levando a se apressar.

— Estamos ficando sem tempo… - desabafou Todoroki, tentando se recompor para usar seus poderes para se defenderem. 

O caminho não era extenso, mas as várias condições e o escuro atrapalhava, assim como o próprio nervosismo. Agora que se lembrava do desejo que tinham de fugir juntos e deixarem de ser apenas armas nas mãos de pessoas que odiavam, desejava conseguir com todo o íntimo de seu ser. 

Foi preciso usar as estrelas de brasas que podia fazer para iluminar mais o caminho e evitar tropeços ou machucados que seriam fatais ali, na forma literal. Talvez o incêndio que elas causasse também ajudasse para atrasar quem vinha atrás. 

Segurou firme na mão de Deku, que já corria pela trilha de árvores imaginando que não demorariam a descobrir o truque usado. Precisavam descer um morro para acessar a saída da floresta, por isso Todoroki fez surgir um tobogã de gelo. 

Não tinham tempo para temer a altura ou a velocidade, apenas se jogaram no caminho ao ouvir o estalar de chamas pela mata, indicando que não haviam ganho tanto tempo assim, como se toda aquela gente surgisse perto demais para fazer valer os esforços para distraí-los.

Deku logo pensou nas habilidades de Kurogiri. Precisavam ser mais rápidos se quisessem escapar da tropa de execução e só não seguiu-lhes no tobogã por conta da rajada de fogo disparada por Shouto, que fez secar o caminho, além de complicar a caminhada na parte molhada, lhes permitindo avançar com um pouco de distância.

As armadilhas feitas por Deku ao longo da semana capturaram alguns dos perseguidores, os atrapalhando por poucos instantes, mas ainda assim precisaram desviar, fosse das esferas de imobilização de um, do ácido de outra ou de qualquer uma das habilidades dos controlados pela Liga, ao mesmo tempo que cuidavam para que nada os atrapalhasse pelo caminho. 

Indicou à Todoroki que deviam pular e se agarrarem aos cipós para conseguirem passar por uma nova armadilha que, assim que acionada, fez surgir um buraco no chão, engolindo mais alguns.

Pularam de volta ao chão, agora só faltava a caminhada até a praia. Era de se esperar que o acesso àquela rota tivesse sido dificultado naquela semana, porém a falta de poderes de Izuku e a questão psicológica de Todoroki complicavam ainda mais o percurso de chegada à praia. Já era incômodo usar suas habilidades e queria se poupar imaginando que poderia ter algum confronto maior ao fim da trilha para as rochas que escondiam uma nova passagem, essa para um túnel que levava a um lugar seguro. 

Deviam acessá-la sem serem vistos, para evitar a perseguição ou uma armadilha ali dentro, esperando que não tivessem lhe acertado nenhum sensor ou rastreador, engolindo seco ao notar o portal que começava a surgir no momento em que subiam as rochas.

Assustado, Deku se desequilibrou, caindo por entre as pedras e sendo sugado por um alçapão. Sem pensar duas vezes, para socorrê-lo e fugir de Endeavor, que era quem Kurogiri transportava até ali, pulou no mesmo lugar, perdendo a consciência pela alta queda.

Vá atrás deles! 

Foi a última vez que ouviu a voz de Endeavor enquanto caía naquele túnel, aparentemente de mal jeito. 

xXx

Acordou fraco, sentindo a perna doer, indicando um ferimento grave. Não fazia a mínima ideia de onde havia ido parar, mas tinha a impressão de que ali não seriam mais perseguidos.

A visão turva se incomodou com a luz de uma lanterna, o levando a fechar os olhos. Sentiu um calor conhecido agarrando sua mão e relaxou por saber de quem se tratava. 

Parecia ter sido tão fácil… Haviam conseguido? Algo lhe dizia que sim, já que não sentia ameaça nos pés que ouvia correndo até eles. 

— Vocês demoraram!

Reclamou alguém que só importava porque parecia ser quem os levaria dali. 

A voz era familiar, mas ainda não havia recuperado tanto da memória para reconhecê-la. Também não importava e sim que já não ouvia mais quem perseguissem a eles. 

Abriu os olhos devagar, notando estar em um corredor e ao lado de Deku, se permitindo apagar de vez nos ombros dele, vendo apenas estrelas após isso, deixando de sentir cheiro de maresia e sentindo cheiro de liberdade.

— Shouto! 

Ouviu Endeavor em um lapso entre o pesadelo e a realidade, esperando estar disposto para acordar em sua nova vida.

Notas: Calma, gente, não precisa me matar. A voz do Endeavor foi só pesadelo mesmo, eles conseguiram fugir pelo túnel que sai dos domínios dos conceptores. 

Obs. Quem ajudou eles foi o Kirishima. 

Sept. 3, 2018, 3:01 a.m. 15 Report Embed Follow story
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The End

Meet the author

Tatu Albuquerque Mãe de Konohamaru, madrinha de Hanabi, adepta da Fé do Sagrado KonoHana. Você tem 5 minutos pra ouvir a palavra da minha igreja? Kaiten no cu e gritaria, kore!

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Inkspired Brasil Inkspired Brasil
Olá! Primeiramente, amém TodoDeku! Seguidamente, que Endeavor nojentinho temos aqui, ein? Usar o próprio filho como cobaia nos experimentos biológicos e ainda ter a capacidade de fazer lavagem cerebral nele só para usá-lo como uma arma que ele define como "criação perfeita dele" - SHINEEE-, sem falar na forma como ele vê o Deku, que é um neném e só dá amor pro Todoroki. O lemon foi uma parte muito deliciosa - chega a manteiga a derreter - mas ele ficou um pouco confuso, creio que seja pelo fato de você se referir a ambos apenas com pronomes ao invés de colocar o nome deles antes de cada ação. A ortografia da história está ótima e não há erros perceptíveis de concordância, mas sugiro que você mude a formatação do texto, pois a letra está mais pequena que o normal e mal dá para perceber o que está em itálico, o que deixa a história um pouco confusa na parte das lembranças. A ambientação não deixou a desejar. Os personagens não ficaram ooc e você soube encaixá-los muito bem no subgênero. Parabéns por cumprir o desafio e obrigada por compartilhar a sua história com a gente. Até a próxima <3
October 04, 2018, 19:26
Machadorisos . Machadorisos .
Pensei em fazer um texto, mas estou tão devastada.. Arrasada com um sorriso no rosto e feliz pelo meu TodoDeku. Tatu do céu, eu só não beijo tua boca agora pq tu ta longe, pq olha, que maravilha de escrita e plot... Tu arrasa sempre, e eu não sei pq ainda me surpreendo! <3
September 23, 2018, 06:44
Nathy Maki Nathy Maki
AAAAAAAAAAAAAAA MEU CASAL PORRA! Olha o que cê fez comigo Tatu, até falar palavrão eu tô falando! Meu coração quase para no final pensando que a voz do Endeabuste tinha sido de verdade e eles tinham sido pegos. Já tava afiando as facas! Mas felizmente Tododeku merece ser muito feliz e amado ♡ O que seria amor meu caro menino Shouto? Basta olhar pro Midoriya que você descobre! Pau no cu do povo que fez toda esaa desgraça de apagar as memórias do meu bolinho! Tomara que o kurogiri encontre um aspirador e seja sugado como merece! MAS OLHA QUE RELAÇÃO MAIS LINDA E PURA DESSES DOIS ANJOS! Eu me desesperei pra caramba e tava morrendo de angústia com ele enquanto ele voltava a lembrar (claro que tava babando com a pegação, pq né? Foooodee mais!) Mas felizmente os sentimentos são mais fortes que uma máquina qualquer aí ♡ Sua escrita é fantástica e eu fiquei completamente envolvida no clima da história (ah! Mas tem uns pontos de interrogação pelo texto em algumas palavras, pq?) ME DÁ MAIS TODODEKU TATU!!! NUNCA TE PEDI NADA!!!! MEU CASAL NAS SUAS MÃOS MARAVILHOSAS EU CHEGA TREMO! Beijinhos ♡
September 09, 2018, 00:53

  • Nathy Maki Nathy Maki
    P.s. Kiri fofíssimo, sempre apoiando os casais certos ♡ September 09, 2018, 00:55
  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA SEGURA A MINHA MÃO VAMO GIRTAR O TODODEKU NOSSO DE CADA DIA. UAHSUHAUSAHSUHAUSHA Eu quis deixar meio aberto, mas pensei melhor e não dava pra fazer isso com os nenéns Eles merecem MUITO. OLHA ESSE MIDORIYA EXPLICANDO AMOR DE FORMA PRATICA PRO SHOUTO ONWT NENENS. Eu ri demais com o aspirador uahsuahsuahsuashu (FODE, SHOUTO). Sentimentos são mais fortes que armas biológicas sim, essa é a prova. Ai, a senpai me notou! Esses pontos no meio da historia são pra sinalizar uma afirmação que pode não ser certa. meio como aspas. EU DOU MAIS TODODEKU AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA EU TO SURTADA. September 10, 2018, 23:20
Luray Armstrong Luray Armstrong
Aqui nesse desafio cada fic é um tiro né? Eu n tenho estrutura pra um evento desse nível não KKKKK AAAAAAAAQ Q FODA Q HINO DE FIC sinceramente, eu de Todoroki: amor? É de comer? AMEI
September 09, 2018, 00:19

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    PEGA O COLETE, LURAY. QUE BOM QUE TU GOSTOU! Todoroki é uma boa representação sim uasuhaushuahsu September 10, 2018, 22:59
Emily C Souza Emily C Souza
Essas historias do norte e sul tão acabando comigo! O endeavor é uma praga gente, não é possivel. Olha o que ele fez com o menino shoto, to horrorizada. Foi cruel de mais tirar toda a memoria dele, mas ainda bem que ele foi capaz de recupera-as com a ajuda do Deku. Fiquei com adrenalina na pele duas vezes: na primeira fuga que foi frustrada pro Shoto e pela segunda fuga. Fiquei com medo real do Endeavor pegar eles, ainda bem que conseguiram fugir. Que cena de sexo foi aquela????? Adorei, chega escorreu uma coisa aqui, nem vou dizer o que é. A sua ideia de pegar o biopunk e transformar os meninos em "nomus" e o Endeavor em "all for one" foi genial, gostei de mais. Esse desafio ta cheio de SNS e TodoDeku, adorei kkkkkkkk Amei a histoeria, de mais.
September 07, 2018, 22:33

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    Esse desafio foi tiro, porrada e bomba sim! Falando nisso, logo chego na sua fic do Deku vilão. Endeavor nem é gente! ELE ZEROU O MININO, EMILY, ZEROU. VAMO MATAR ESSE FODIDO. Finalmente os bolinhos estão livres. Que bom que ce curtiu o lemon pq eu achei bem mediano huasuhsuhasu OBRIGADA AAAAAAAA Obrigada por escolher Biologic. <3 September 10, 2018, 23:06
Nobashi  Nobashi
Me atraí muito pela proposta da história desde o início e não me arrependo em dizer que adorei. Sua escrita é magnífica em diversos aspectos, tanto que fui preenchida pela angústia de Shouto para o pai dele, e pude apreciar do amor tão fofo deles aaa. Meus parabéns :D
September 05, 2018, 14:30

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    Me sinto honrada com a escolha! Que bom que gostou e eu fico feliz do ambiente ter te envolvido. AAAAAAAAA ESSE AMOR <3 September 10, 2018, 22:57
Alice Aguiar Alice Aguiar
meu deus eu tenho tanta raiva do endeavor, pqp esse homem só falta me matar de ódio. pensa num omi nojento. gente tadinho do meu bb todoroki, coitado o bichinho é tão sofrido, mas que bom que deu tudo certo no final. cara adorei a fic, muito bem escrita, fiquei com o coração na mão durante toda a leitura.
September 03, 2018, 23:36

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    Vamo bater no Endeavor juntas! Ele merece todo o seu ódio sim! ISSO PORQUE O SHOUTO É FILHO DELE, Mas enfim, vamos proteger o nenê Shouto que ele merece isso e a liberdade. Ai, que bom que gostou, fico real feliz com isso e desculpa qualquer coisa. <3 September 10, 2018, 22:53
Mori Katsu Mori Katsu
Olá moça! Sua história é bem interessante. Eu assisti em algum lugar que no futuro, a tecnologia pode ajudar a apagar a memória de uma pessoa. Para apagar lembranças dolorosas, mas imagine apagar todas as memórias de uma pessoa transformando-a em um shouto? Quero botar esse bebê em um potinho!
September 03, 2018, 15:36

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    Opa, meu chapa! Sim, essa parada de manipulação de memórias está num futuro quase presente e é bem perigoso em mãos de pessoas erradas. Coitado do Shouto, precisa de amor! September 10, 2018, 22:48
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