Notas Iniciais;
Historia escrita para o desafio ''Tipo de Pais''!
Tipo de pai: Pai/Mãe; Aquele que é pai e mãe ao mesmo tempo
Eu tenho uma família estranha.
Uma família de dois.
Eu e meu pai.
Ainda assim, uma família.
Alguns anos antes eu achava isso estranho.
Que tipo de pessoa não tem mãe? Todos os meus amiguinhos tinha, por que eu não?
Claro, isso eram perguntas que eu me fazia as oito anos de idade, birrenta e sem saber o quão sortuda era por tê-lo.
É certo de que hoje eu agradeço que o tenho comigo, mas…Eu nunca soube de verdade o porque de só sermos nós dois.
O pouco que eu sei, pouco este que eu colhi ao longo de anos ouvindo atrás da porta enquanto ele falava com amigos pelo telefone ou me fazendo de surda quando ele gritava as pro mundo o quanto odiava a minha mãe em dias em que seu humor não era dos melhores, é que a mulher que me colocou no mundo, me deixou com ele antes dos meus seis meses e então havia dando um…Um perdido, se assim posso dizer.
Mas eu tenho uma família.
Meu pai sempre foi meio mãe.
Por mais vergonhoso que seja, foi ele quem me ensinou a usar um absorvente e foi a ele a quem eu perguntei como era beijar um garoto, e acredite ou não ele me respondeu como se ele já tivesse beijado um exercido deles— Coisa a qual eu não duvido—, foi ele quem me deu a minha primeira camisinha, foi ele a quem eu contei anos depois da minha pergunta sobre meninos e beijos que eu possivelmente estava gostando de uma garota.
Meu pai me ensinou a fazer cokkies sem lactose porque Becca, a garota que eu gostava, era intolerante.
Foi meu pai quem abriu a porta as três da manhã com um avental rosa, me encarando reprovador por chegar tarde de uma festa.
Foi nesse dia que eu cheguei a uma conclusão; Não precisávamos de mais ninguém.
Claro, eu espero que um dia meu pai encontre a moça— Ou moço, nunca se sabe— que o fara feliz e pretendo um dia passar de apenas namoro com Becca, e então seriamos uma grande família.
Mas mesmo que tais coisas nunca acontecessem, não faria mal— Okay, talvez se Becca me rejeitar ou coisa do tipo eu vou chorar por dias, mas não importa, eu tenho meu pai.
As vezes alguns colegas me perguntavam o nome da minha mãe e eu dava o nome do meu pai, claro pra eles ou eu era louca ou só burra mesmo, mas sim eu respondia com o nome de um homem, do meu pai.
No dia das mães, eu ganhava olhares piedosos por mesmo sem ter uma, fazer um cartão, este destinado ao meu pai.
Meu pai é meu herói, meu pai é meu ídolo, meu pai é minha mãe e acima de tudo ele é meu pai
Mãe? Pra que?
Me viro bem sem uma.
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