katanakuro Katana Kuro

Aomine comparava aquele homem a um mestre dos magos aparecia e sumia quando bem entendia, só que ao invés de ajudar só trazia desgraça e saía deixando pra trás o caos.


Fanfiction Anime/Manga Not for children under 13.

#tiposdepai #aominedaiki #filha #paimestredosmagos #kurokonobasket #aokuro
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Mestre dos magos

Olá olha eu aqui novamente. Essa é minha segunda fic pro desafio dos pais e o meu tema dessa vez é: Pai mestre dos magos. Bem espero que gostem. Fanfic sobre Aomine Daiki, Kuroko no Basket.

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Madrugada.

Aomine Daiki caminhava apressado pelas ruas de Tóquio sentindo o vento frio da noite bater em seu rosto, juntamente com a garoa que começava a cair, contudo não se importava com isso, só precisava chegar em casa logo. Estava cansado, a ronda tinha sido demasiadamente tensa e ele necessitava urgentemente estar com seu marido e sua filha, precisava de seu lar.

Tão perdido em sua pressa não notou a pessoa que vinha na direção contrária da sua, resultando em um esbarro duro no corpo alheio, e um impacto que fez o desconhecido ir ao chão. Olhou para baixo prestes a se desculpar e ajudar o outro a se levantar, todavia as palavras morreram em sua garganta e as mãos viraram chumbo assim que reconheceu a figura sob si. O porte altivo, os olhos e cabelos azuis escuros tão parecidos com os seus, eram tão parecidos em aparência que as vezes o medo de também serem iguais em atitude lhe assombrava profundamente.

Aquele homem a sua frente era a pessoa que quando criança em toda sua inocência chamava erroneamente de pai, mas agora ele sabia que de pai aquele imbecil nada tinha, pois pais não somem no mundo e só aparecem quando querem apenas pra tornar sumir deixando pra trás uma criança chorosa por atenção e uma mulher batalhando por dois para manter a casa e pagar as dívidas deixadas.

– Aomine, meu filho. – escutar seu nome e a palavra filho saindo tão naturalmente daquela boca indigna fazia-lhe revirar as entranhas. – Você cresceu muito desde a última vez.

– Claro. É isso que acontece quando você passa de 15 pra 30 anos. – As palavras corroiam mais que ácido em sua garganta e tinha que ser postas para fora.

– Não me lembrava que fazia tanto assim desde que te vi.

– Você nunca lembra de nada.

"Nem que tem um filho e uma mulher". O pensamento rancoroso cruzou sua mente, porém não foi externado.

– Não fale assim. Você sabe muito bem da minha situação.

Não. Ele não sabia, Hiroshi nunca fizera questão de explicar-se e Aomine nunca teve coragem de pedir uma explicação. Nunca admitiria nem pra si mesmo, todavia tinha no fundo da sua mente medo da resposta que receberia.

– Sua situação!? A única situação que eu conheço foi a que minha mãe, a mulher que você abandou passou. Trabalhando em dois empregos pra poder sustentar o filho que você abandonou e as contas não pagas que você deixou!! – soltou o que a muito tempo estava preso em sua garganta, os olhos já se enchendo de lágrimas.

– Ora, não fale assim de seu pai, moleque!

– Pai? Que pai? Você não é pai de ninguém, você é só um irresponsável que não aguentou a barra de cuidar da própria familia.

Aomine comparava aquele homem com o rei dos magos, do desenho que assitia quando criança, aperecia e sumia a hora que bem entendesse, só que diferente do rei dos magos aquele homem trazia desgraça no lugar de soluções. E naquele momento ele não estava a fim de mais um show de ilusões. Apertando os punhos voltou para seu caminho, disposto a esquecer que aquele momento sequer acontecera.

– Se me dá licença, tenho mais o que fazer. Espero não te ver nunca mais.

– Aomine!

Mesmo a contra gosto virou-se vendo o homem que tanto desprezava com a mão estendida em sua direção e a face fria como sempre.

– O que você quer agora?

– Eu só... Queria dizer que...Eu sinto muito filho.

– Deveria ter dito isso uns vinte anos atrás quando eu ainda acreditava em você. – retomou a caminhada dando as costas para seu progenitor. – E nunca mais me chame de filho. Eu não sou nada seu.

Agora corria o máximo que podia precisava mais que tudo ficar longe daquela pessoa, queria apenas chegar em casa e esquecer que mais uma vez quase acreditou nas palavras falsas daquele homem.

Quando finalmente chegou em sua residência sentiu o tão almejado alívio, saber que naquele lugar haviam duas pessoas que lhe amavam e que nunca lhe abandonariam tirava todo o sentimento putrido que ficara em sua mente após o tão indesejável encontro. Tomando uma respiração profunda pegou as chaves e abriu a porta, adentrou no local indo em direção a sala de estar, como sempre estava bem organizada, diferente de si e da filha Ayla, Kuroko era muito organizado e sempre deixavam aquele lugar impecável, coitado dele ou da pequena se fizessem bagunça, Testu com raiva na opinião de Daiki era um ser assustador. Tirou o casaco pesado e o lançou em um canto qualquer, em seguida jogou-se no sofá, remexendo no bolso da calça retirou de lá um maço de cigarro. Não sabia exatamente quando havia adquirido o ato de fumar, talvez na adolescência, não era viciado. Pois apesar de andar com o maço no bolso raramente fumava, na verade só o fazia quando algo o deixava fora de seu normal, e o encontro com seu "pai" definitivamente o deixava fora de seu habitual. Em sua normalidade não sentiria vontade de quebrar as coisas ao mesmo tempo que queria chorar em posição fetal.

Acendeu o cigarro levando aos lábios. A cada trago uma memória voltava, e quanto mais a nicotina penetrava seu ser menos vontade de chorar tinha. Sabia que a droga não era uma solução, porém isso não queria dizer que fosse parar, ao menos enquanto estivesse entorpecido daquelas memórias que tanto queria esquecer.

Não viu que o dia já estava amanhecendo, só percebeu quando a de um quarto se abriu e sua filha saiu de lá. Ayla tinha cinco anos e mesmo adotada era a cópia perfeita dele e de Tetsuya, tinha a pele clara e os olhos anises assim como o outro pai, já os cabelos e o temperamento eram todo seus. Ela tinha sido uma bênção na vida dos dois, aquela garota conseguia tê-los na palma da sua pequena mão. Aproximando-se do pai pegou o cigarro da mão dele e jogou no cinzeiro, as cinzas aos poucos se desfazendo assim como seu estado ruim de espirito, sua filha iluminava-o até em seus piores dias. Com o cigarro já apagado a menininha subiu no colo do maior para poder abraça-lo, um abraço muito apertado que só ela tinha.

– Papai 'tá triste? Não fica triste, papai eu tô aqui.

Ao ouvir aquelas palavras Aomine não aguentou, soltou todas as lágrimas que estavam lhe inudando por dentro, não obstante aquelas lágrimas não eram mais de tristeza mas sim de felicidade. Felicidade por ter sua família e saber dar o devido valor a ela, feliciade por poder desfrutar diariamente da companhia de sua filha a quem tanto amava. Ainda em meio as lágrimas deitou-se levando junto a garotinha.

– Ei papai, não chora! Não quero que você chore. – As pequenas mãos limpavam as lágrimas que molhavam a tez morena.

– Papai não vai mais chorar, prometo.

– Promete? Não gosto de te ver chorando. – confessou. – Sabe porquê?

– Não. Porque?

– Porque eu amo o Papai, e o papai Tetsu também.

A frase teve o efeito contrário, fez com que ele chorasse mais ainda agarrando a filha. Como se fosse um segredo entre eles, sussurrou com a testa colada na da menina:

– Eu também te amo pequenina, e o papai Tetsu também.

E continuou ali, no abraço pequeno e confortável dela.


Aug. 16, 2018, 7:53 p.m. 2 Report Embed Follow story
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The End

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Inkspired Brasil Inkspired Brasil
Nossa, sabe aquela história que te faz rir, chorar e ficar ownn, tudo em questão de segundos? Então, sou eu! Mano, que homem escrotão ainda quer dar lições para um filho que ele mesmo abandonou, como assim produção? Ainda bem que o Aomine já tinha em quem se apoiar, uma família amorosa e linda. E suas lágrimas de felicidade pela menininha estar junto a ele já paga qualquer encontro ocasionado com um babaca como esse. Só cuidado com a quantidade de advérbios terminado em “mente”, porque, por terminarem sempre com as mesmas letras, o excesso deles pode deixar o texto mais lento. Sobre sua narrativa: ela é leve e ao mesmo tempo vem com uma enxurrada de sentimentos, e isso é incrível! Permanecendo por esse caminho, você tem tudo para se tornar uma ótima escritora! Espero que tenha se divertido ao escrever. Parabéns! 😘
September 04, 2018, 05:32

  • Katana Kuro Katana Kuro
    Olá! Primeiro desculpa a demora para responder todavia só fui ver o comentário essa semana. Bem, fico feliz que tenha apreciado a estória, e acredite eu mesma quis esganar o monstro denominado erroneamente de pai que o Aomine tem, e também senti um misto de emoções escrevendo, pois por mais que seja uma fanfiction muitas pessoas já passaram por situações semelhantes e isso me corta o coração. Quanto ao uso do "mente" vou tentar tomar mais cuidado de agora em diante, muito obrigado pela dica. Grata pelo comentário. Kissus 😘 November 18, 2018, 20:26
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