pealruniverse Leticia Silva

"Atire a primeira pedra aquele que nunca pecou." Sakura Haruno, uma colegial nunca teve uma infância feliz, cercada de brigas constantes e agressões, ela sonha por um dia em que teria uma vida normal. Que seria livre. Tendo como único amigo Sasuke, ela tenta encontrar seu lar, seu verdadeiro lar. Quando, em uma noite tudo muda, ela tem a chance de finalmente ser livre. Naruto Uzumaki, um homem bem sucedido nos negócios, sempre teve tudo em sua vida. Menos o amor de uma mãe e um pai. Cercado de pessoas que fariam de tudo por ele, ele procura por um amor que nunca soube o que era.


Fanfiction Anime/Manga For over 18 only.

#romance #superação #violência-doméstica #drogas
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Coração de Porcelona

As ruas de Londres estavam frias, pessoas andavam agasalhadas, outras tinham que se virar com que tinham. Uma jovem de dezessete anos estava parada no ponto de ônibus, o frio cortante penetrava por entre o casaco e filtrava na pele.

Esperou impaciente pelo ônibus que demorava a vir, e ela quase se xingou mentalmente. Sakura Haruno, aluna exemplar do ensino médio, estava congelando enquanto rezava para algum táxi, ou mesmo o ônibus maldito que não chegava.

Quando o ônibus finalmente veio, adentrou rapidamente nele, se espremeu no aglomerado de gente, e ficou em pé não sei quantas horas. Quando finalmente parou no seu ponto, respirou aliviada mal contendo a felicidade.

Mas a felicidade deu lugar ao vazio da emoção, ao ouvir os gritos de seus pais, audíveis para qualquer um ouvir. O som de móveis se quebrando e pancadas despedaçou o coração da menina, que com lágrimas saindo nos olhos, virou-se para ir embora.

Tudo era melhor do que aquele lugar.

Rastros de lágrimas eram visíveis no rosto da rosada, que desolada, buscava um refúgio para sua sanidade. Sakura queria dizer que tudo aquilo iria passar, que era só uma fase. Mas não. Desde pequena ela convivia com os gritos, com a dor, com as coisas se quebrando.

Era demais para seu psicólogo. Seus pés a levaram para um parque abandonado. Sentou-se no banquinho e cruzou as mãos. Fitando a neve acumulada no chão, ela se perguntou por que não fugia de tudo aquilo.

Mas uma vez o pensamento de abandonar tudo aquilo cruzou sua mente. Mas tinha algo, não, alguém que a impedia, sua mãe. Ela não queria a deixar sozinha com aquele monstro.

Se você a perguntasse quem era o monstro para uma criança de cinco anos, Sakura Haruno diria ser seu pai. A Haruno caiu nos prantos, querendo que toda a dor saísse com aquelas lágrimas.

Ela não notou que mais alguém estava a acompanhando naquela noite.

Estava deitada nos lençóis brancos, fitando o teto enquanto o relógio marcava 08h; 30min. A noite havia sido longa para a Haruno, que voltou para a casa assim que soube que tudo havia acabado. Mas isso nunca acaba. Sakura não entendia o porquê de sua mãe continuar junto a ele.

O homem que destruiu essa família.

Ela não entendia o porquê de ama-lo, o porquê de deixa-lo fazer essas coisas contigo. Ela nunca entenderia. E mais uma vez o pensamento de abandonar tudo aquilo cruzou sua mente. Ela queria ir embora, mas tinha sua mãe.

Levantou da cama e saiu pela janela, não querendo cruzar com ele, muito menos sua mãe.

O vento refrescava sua mente, sair por pelo menos alguns minutos de casa, era muito libertador para a jovem Sakura. Caminhou pelo lugar que sabia que seria bem recebida.

A casa de Sasuke Uchiha. Seu melhor amigo.

A casa de Sasuke tinha um ar pesado, mas para a Haruno era o melhor lugar que poderia estar. Ela era sempre recebida pelo Uchiha. Apesar de morar sozinho, ele se dava bem pagando as contas da casa e a comida. Sasuke sempre fora responsável.

Sasuke tinha um ar perigoso, que encantava qualquer mulher, menos Sakura, claro, ela o via como seu irmãozinho, apesar dele ser mais velho. O Uchiha logo tratou de receber Sakura com um abraço. O moreno sabia que Sakura só vinha quando não aguentava mais o ambiente familiar.

O que era quase todos os dias.

Ele sabia o quanto era difícil para a Haruno, os dois sabiam da dor um do outro, os pais de Sasuke morreram num acidente de carro, seu irmão mais velho, Itachi, foi preso num envolvimento que Sakura não sabia direito. Mas era alguma coisa envolvida no assassinato dos pais.

Sakura conhecia os pais de Sasuke muito pouco, menos ainda Itachi, na infância, Itachi era uma criança silenciosa e misteriosa.

O relacionamento de Sasuke e Sakura era estranho.

A família da Haruno novamente estava brigando, a primeira briga deles. O primeiro estrago na mente da Haruno. A Haruno podia se lembrar do dia como se fosse ontem.

O sol batia na janela do quarto de uma criança, não qualquer criança, não, Sakura Haruno, uma menina inocente que via o mundo como cor de rosa. Uma doce menina que aprenderá que a vida não é um mar de rosas. Da pior forma.

O dia estava ensolarado, os pássaros assoviava seu cântico agudo, porém lindo. As flores de outono desabrochavam nos jardim da casa dos Haruno. A pequena Sakura acordou animada, pronta para mais um dia no parque junto com sua mãe. Arrumou-se rapidamente, com os cabelos rosa sedoso arrumado e o dente escovado desceu para a sala de jantar, onde sabia que encontraria sua mãe.

Mebuki Haruno.

Cabelo louro e olhos verdes.

Com um sorriso no rosto cumprimentou sua mãe, e sentou-se a mesa esperando pelo café da manhã. Seu pai, Kisashi Haruno, cabelos rosa escuro, estava descendo as escadas com o rosto sério.

Cumprimentou-o alegremente sem receber resposta em troca. Para a estranheza da Haruno.

Sua mãe estava com o rosto abatido, percebeu Sakura. Era incrível a dedução da jovem Haruno, de apenas cinco anos.

Assim que o café foi posto na mesa, a Haruno abriu a boca;

- Mãe, você me levaria ao parque? – Perguntou assim que a fatia de panqueca desceu por sua garganta.

Grande erro.

A jovem Haruno nunca deveria ter dito isso. Por mais que fosse a coisa mais inocente.

- Claro fi – Foi interrompida com um soco na mesa que assustou as duas.

- Nenhuma de vocês vai pra lugar nenhum. – Ordenou com a voz grave.

- Mas papa – Sakura foi interrompida com um toque gentil de sua mãe em seu braço. Abaixou o olhar para a mesa.

- Kisashi, eu havia prometido a Sakura que – O som de um tapa interrompeu a fala da mulher, Sakura olhou horrorizada para a mãe, que firmemente conseguiu conter as lágrimas nos olhos.

A pequena Sakura ficou calada, com lágrimas nos olhos tampando os ouvidos, os gritos, os objetos se quebrando, penetrava fundo na alma da pobre criança, que como sua última escapatória, atravessou a porta que daria para fora de sua casa.

Para longe das vozes, dos gritos, da agressão.

Sem saber, seus pés a levaram para o parque, o causador de todo o conflito. Não, era a culpa do parque, nem da própria Sakura, que ainda não sabia o motivo da briga. Nenhuma criança merecia passar por aquilo.

As lágrimas caiam como cascata afundou seus pequenos pés na areia e abraçou seu pequeno corpo. Sakura não percebeu, mas uma bola parou em seus pés, um menino, de mais ou menos sua idade, de cabelos negros rebeldes e olhos ônix, encarava a pobre garotinha, que desolada, apenas chorava desabrochava de tristeza.

- Oi, meu nome é Sasuke, por que você está chorando?- Perguntou infantilmente. A pequena Sakura o encarou de volta, fungou alto antes de responder.

- Meu nome é Sakura, e estou chorando porque meus pais estão brigando. – Respondeu, com o nariz vermelho e os olhos pouco inchados.

Sasuke sentou-se ao seu lado não deixando os olhos da menina por um segundo.

- Bem, meus pais nunca brigaram. E ei, porque não esquece um pouco eles? – Começou – Eu estou sozinho hoje, que tal jogarmos bola?

E esse foi o começo de uma linda amizade que durou até os dias de hoje.

Mesmo sabendo de todos os problemas da Haruno, ele nunca a afastou como as outras crianças. Ás vezes crianças podem ser más. Sorrindo com essas lembranças jogou-se na cama do jovem Uchiha, fitando o teto com interesse.

Sasuke, como bom amigo, sabia o desejo de fugir da Haruno, ele próprio apoiava, mas ele sabia que ela nunca iria abandonar sua mãe. Sasuke conheceu Kisashi Haruno umas poucas vezes, e mesmo assim, não gostara do homem.

Assim como a Haruno, odiava aquele ser desprezível. Permaneceu em silêncio, encarando a amiga, sabia que ele era tão quebrado como ela, por tanto, não sabia como ajudar. Como ajudar uma pessoa quebrada, se ela própria tem uma alma condenada?

Suspirou, jogou-se ao lado da Haruno e a abraçou de lado, é nesses pequenos momentos, que ele se sentia completo.

Permanecer na casa de Sasuke foi um alívio para a Haruno, que passou a noite por lá. Ouviram algumas playliste do Uchiha, que eram bem depressivas, para a opinião da rosada. Mas ao mesmo tempo a fazia esquecer-se dos problemas do mundo. Especialmente sua família.

Sasuke a havia mostrado seu estoque de bebidas, e algumas drogas que o faziam esquecerem todos os seus problemas. Porém, a Haruno recusou, ela sabia como as pessoas ficavam depois disso. Sasuke entendeu isso sem querer pressionar a amiga.

Era tão estranha a relação entre os dois. Sakura pensou. Eles se conheciam como se fossem conectadas por um fio, duvidou que conhecesse mais Sasuke do ela mesma. Na realidade, era sempre Sasuke que a impedia de cometer loucuras, como se suicidar.

E vice e versa. Sasuke já era rotina em sua vida, um pedaço de si mesma. Sem ele, ela morreria. Ou se matava primeiro.

A Haruno se sentou no parapeito da janela, o ar gelado de Londres, bagunçava seus cabelos rosa e trazia arrepios na pele da Haruno. Fechou os olhos aproveitando aquela sensação refrescante.

Sasuke, a via estático, mudou de música e se aproximou da Haruno a passos letárgicos.

- Sabe Sakura... – Começou, ainda encarando a rosada, que rapidamente abriu os pares de olhos verdes.

- Somos muito parecidos, nos entendemos perfeitamente, e sempre cuidamos um do outro.

Sasuke estava a milímetros de distância, agora. Os olhos ônix encaravam profundamente os olhos verdes da Haruno.

- Sabe você sempre despertou meu interesse, desde o dia em que nos conhecemos.

A Haruno engoliu em seco, a aproximação de Sasuke nunca foi o problema, mas o tom do Uchiha e seus olhos, que brilhava em... Bem, ela não sabia.

Seu coração começou a martelar em seus ouvidos.

A respiração do Uchiha batia em seu rosto e Sakura, se via encarando os lábios pálidos do moreno.

- Eu sempre gostei de você, Haruno. – Os dois se beijaram. Seu primeiro beijo. Sakura não sentia as tais famosas borboletas no estômago, suas mãos não suavam, e não se sentia flutuar em suas fantasias.

Não, Sakura apenas sentia o gosto amargo da boca do moreno. Amargo da própria culpa.

Depois do ocorrido, Sakura não falava mais com Sasuke, apesar de tudo, ela não sentia falta. Seus pensamentos estavam ordenados, e não vidrados no beijo dos dois. Sakura não amava Sasuke. E ela esperava que ele também não.

Seus pais não comentaram nada da Haruno chegando tarde da noite. O que era normal. O que a Haruno estranhou, foi o silêncio esmagador entre os dois. Nenhuma acusação, nenhuma briga.

Foi a primeira vez que ela teve uma vida normal. Sem briga, sem discussão. Este foi o melhor dia de sua vida.

No colégio fora tudo normal, Sasuke se sentou ao seu lado, nenhum comentário sobre o episódio em sua casa. O dia acabou maravilhosamente bem.

Sasuke a convidou para ver maratona de The Walken Dead, que Sakura prontamente aceitou. A caminhada foi curta, deu tempo de Sakura relaxar, a casa de Sasuke era longe da sua, mas em algumas ocasiões Sakura pulava a janela do seu quarto que dava direto para o quarto do moreno.

Alguns diziam que tinham algo, mas outros, a grande maioria, cuidava de seu próprio nariz.

Quando chegaram, Sasuke jogou sua mochila em qualquer lugar, pegou o controle e colocou em sua série favorita. Sakura, ao contrário do Uchiha, colocou sua mochila meio gasta no sofá, gostava de organização. Sentou-se no chão, sob o tapete importado que custasse o olho da cara.

Sasuke, ou melhor, sua família, era cheio de grana.

Porém, o Uchiha não esbanjava o dinheiro com a fortuna de seus pais, procurou um emprego numa cafeteria e ganha dinheiro honrosamente. Sakura tinha orgulho do amigo. Sakura, assim como Sasuke, tinha um emprego numa pizzaria todos os fins de semana.

O seriado começou, e as mudanças também.

Sakura voltava da casa de Sasuke, o transito estava uma tumultuada, carros parados, pessoas andando apressadas, motoristas xingando a buzinando com a demora do transito. Fora uma luta escapar de todo aquele barulho, o cachorro da vizinha não parava de latir, Sakura deu-lhe uma careta antes de entrar.

Gritos, Objetos se Quebrando, toda a confusão havia voltado. Tudo que é bom dura pouco. Porém, diferente de muitas brigas, Mebuki, sua mãe, gritava por socorro e o som de agressão ficava mais alto.

Assustada, a Haruno invadiu o quarto de seus pais, sua mãe estava prensada na parede, o rosto roxo, Kisashi, apertava com brutalidade o pescoço da mulher impedindo a passassem de ar.

Sakura tentou intervir, puxando pelos ombros seu pai, mas tudo que ganhou foi um tapa bem forte no rosto a derrubando no chão.

Com lágrimas nos olhos, pegou um abajur próximo, e chocou o objeto na cabeça de Kisashi.

O homem caiu, com um ferimento grave na cabeça. Mebuki caiu no chão, tentando respirar, ofegante.

Os cabelos louros de Mebuki estavam bagunçados, o rosto vermelho com um filete de sangue nos lábios e várias marcas de agressão em seu corpo. Sakura ajudou a mãe a se levantar, depois de longos minutos, a mãe conseguiu falar;

- Sakura, o que você fez?

Ela pode escutar seu coração se despedaçar.

Outra ferida manchou seu coração e sua alma.

- Eu matei o monstro, mamãe... – Sussurrou.

- Sakura, você precisa ir embora... – Disse com a garganta ferida. A ferida em seu coração se abriu.

Todo o seu ser ficou entorpecido, seu coração sangrava, dentro de si existia apenas uma criança com a infância destruída.

- Mas mãe, eu matei o monstro... – Sussurrou com medo de sua própria voz.

- Eu sei filha, mas as pessoas lá fora não vão te entender, vão te julgar e trata-la como lixo.

- Mas e você? – Perguntou num fiapo de voz. Sua mãe sorriu gentilmente, dizer que estava orgulhosa da filha era um eufemismo.

- Eu vou ficar bem... – Sakura assentiu, sua mãe foi até um vaso de porcelana onde tirou de lá um rolo de dinheiro.

- Toma, estas são todas as minhas economias. Quero que construa uma nova vida. Eu estarei bem, Sakura, obrigada...

Sakura abraçou fortemente sua mãe, chorando como nunca chorou antes.

Agradeceu profundamente com lágrimas nos olhos, se despediu de sua mãe com um abraço, juntou todas as suas coisas de valor dentro de uma mala e olhou pela última vez para sua casa.

Era hora de recomeçar, e Sakura sabia bem onde.

Pegou um ônibus, pagou pela passagem, e se sentou na última poltrona. Repousou sua cabeça na janela, e fechou os olhos, pensando em tudo que deixara para trás.

O ônibus parou no lugar indicado pela Haruno, a mesma olhou os vários aviões do aeroporto, esse sentiu feliz por finalmente sair. Sasuke estaria bem sem ela. Ele tinha que ficar. Respirou fundo.

Quando ia entrar no aeroporto, teve que sair rapidamente do caminho por um carro luxuoso que deve custar mais do que um dia poderá pagar.

A janela do carro abaixou, revelando um lindo louro de olhos azuis.

- Desculpe bela dama, meu nome é Naruto Uzumaki, e o seu? – Perguntou o louro com um sorriso radiante, mais brilhante que o sol.

Sakura não soube por quanto tempo ficou fitando o tal Uzumaki, antes de virar as costas, mas não antes de dizer – lhe seu nome;

- Sakura, Sakura Haruno. – Disse já afastada do carro.

Entrou no aeroporto, finalmente se sentindo livre, pagou sua passagem e esperou seu avião por alguns minutos. Havia muita gente ali, máquinas de refrigerante e comida, doces e salgado. Havia algumas crianças também, crianças com seus pais ou se aventuraram até uma das máquinas.

Finalmente seu avião chegou, onde levaria até seu destino final. Até Nova York.

Todo seu passado ficaria para trás, Sakura iria construir uma nova história, uma nova Sakura. Onde poderia trilhar seus sonhos rumo à grandeza. Ela teria um coração de fogo. Que iria queimar todos os seus obstáculos até o rumo da grandeza. Ela teria um coração valente, que suportaria tudo e todos.

O jovem herdeiro Uzumaki já estava cansado daquele trabalho cansativo de organizar papeladas que pareciam intermináveis. O escritório estava escuro, as lamparinas estavam desligadas. O Uzumaki preferira assim. Olhou para o relógio na parede, que marcava 23h; 00.

Suspirou, levantou-se da cadeira e pegou seu longo casaco para o temporal de Nova York. Foi até uma das máquinas de café para reorganizar seus pensamentos. Ele logo ouviu o bip da máquina avisando que o café estava pronto. Tomou um longo gole, o café quente desceu por sua garganta queimando sua língua.

Seus pensamentos estavam todos ligados na bela dama de cabelos rosa, que embora não tenha visto seus olhos, ele jurava que eram verdes. Os mais lindos verdes que já vira. Isto, no dia em que foi para Londres.

Ele podia sentir toda a tristeza da garota, mesmo que não a conhecesse. Mesmo a distância. Naquela noite, ele chorou junto com ela, ele sentiu a mágoa da garota, a sua raiva, a sua angústia. Ele se sentia conectado com a garota. De uma forma inexplicável.

Suspirou, andou por vários corredores escuros, até se deparar com o elevador. O Uzumaki era sempre o último a sair. Sozinho, ele era o único herdeiro das empresas Uzumaki’s e Namikaze.

Seus pais haviam falecido quando criança. Deixando assim, todo o peso das empresas em seu ombro. Desde bem cedo, o Uzumaki foi criado sem um tipo de amor maternal ou paternal, cercado de empregados e deveres, ele não teve uma infância relativamente feliz.

Foi posto para aprender como se comportar, aprender todas as línguas, e deveres de um empresário mundialmente famoso. Até os dezessete, teve a vida controlada por terceiros que queriam preservar a fortuna dos Uzumaki.

Toda a sua vida, ele foi preparado para administrar sozinho o patrimonial de seus pais.

O elevador parou até o Térreo, onde seu carro estava. Adentrou no mesmo sem conseguir tirar a rosada de sua cabeça.

Ele não imaginava que iria vê-la de novo, e como jurara, seus olhos eram verdes, como jade. Não, eram bem mais bonitos. Seus cabelos rosa adequavam perfeitamente aos seus olhos. Ofereceu seu sorriso mais encantador esperando que ela derretesse por isso. Naruto Uzumaki Namikaze era o homem mais bonito de Nova York.

Em todo lugar que passava, sua beleza resplendia como ouro. Ele estava acostumado até qualquer tipo de mulher em sua cama. Porém, nenhuma mulher conseguiu preencher o vazio em seu peito.

Porém, aconteceu o contrário, ela virou as costas e só agora percebeu que ela carregava uma mala simples. Arqueou a sobrancelha quando pensou que ela não diria seu nome. Ora, que grosseira!

- Sakura, Sakura Haruno... – Seu nome ficou para sempre cravado em sua alma. A mulher que conseguiu mexer com ele. Tão bela quanto uma flor de cerejeira. Assim como imaginava, seu nome combinou perfeitamente com ela.

Ele ficou meia – hora parado olhando para o lugar que ela estava, até então. Ele podia escutar seu coração disparando no peito. E ele soube que eles estariam conectados até o fim de sua vida.

Ela seria dele, e ele seria dela, e aconteceu, que os dois se casaram, tiverem filhos. E Uzumaki Naruto e Sakura Haruno nunca mais ficarão sós, pois eles tinham um ao outro.

Aug. 1, 2018, 11:23 p.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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