Velhos, jovens, crianças… Andarilhos, ambulantes, prostitutas, crentes, trabalhadores comuns… Às vezes até um engravatado. Bem, não importa quem você é lá fora, no metrô, você é só um passageiro, um usuário de transporte público que torce pra não ser vítima dos usuários de drogas ou dos bandidinhos que rondam por aqui e os seguranças não dão conta.
Todo mundo passa por aqui com pressa, todo mundo passa por cima de todo mundo, seja pela própria pressa ou seja essa apenas uma metáfora. Poucos ali pensam naqueles que tem o metrô como único meio de sobrevivência, naqueles que estão cheios de problemas em casa e no trabalho, naqueles que têm uma família a proteger, naqueles que têm suas paixonites, naqueles que em seu desespero recorrem ao metrô pra se aliviar de seus problemas, naqueles que mantém tudo funcionando ou naqueles que alegram nosso dia, mostrando seus talentos esquecidos em troca de alguns trocados.
Quem sabe aquele segurança sério é um homem totalmente diferente por trás do uniforme? Quem sabe aquela mulher cansada que vai trabalhar enquanto a irmã vai pra escola se mantém sorrindo enquanto tudo desaba sobre sua cabeça? Quem sabe o arquiteto, entre seus projetos mais belos, mantêm em sua pasta os esboços de um desenho daquela bela moça que apenas vê ali? Quem sabe aqueles artistas de rua sonham em se apresentar nos palcos? Quem sabe aqueles meninos abandonados não serão grandes homens um dia?
Quem sabe…
A vendedora de bolos, ah, aquela cheia de sonhos e batalhas, que vende seu café e dá de graça sua cortesia, ela sabe. Talvez ela seja a única que, além de pessoas, nos vê como histórias.
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