lolly nico 𑂱

A gente tinha terminado. Eu aceitava isso, ele aceitava isso, todos aceitavam isso. Só havia uma pessoa que não parecia disposta a perder o genro de ouro tão cedo, e foi essa mesma pessoa que me fez cometer a maior loucura da minha vida: chamar meu ex-namorado para voltar a morar comigo por cinco semanas. Pode entrar, mamãe.


Fanfiction Bands/Singers Not for children under 13.

#jikook #kookmin #bts #jimin #jungkook #yaoi #bl #kpop
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Eu e o meu problema

Eu adorava aquelas luzes coloridas que piscavam no ritmo da música que tocava e agrediam os olhos vez ou outra. Sob elas, corpos seminus dançavam colados uns aos outros, envolvidos em uma dança sensual coletiva que indicava uma futura parada em grupo, se é que vocês me entendem. Era algo bonito de se ver, ainda mais quando a cena parecia acontecer em câmera lenta, envolta pela fumaça que a máquina perto do palco produzia.

Ao meu lado, no sofá da boate em que estávamos, meu melhor amigo assistia a tudo aquilo com água na boca. Sem julgamentos, é claro, já que eu não estava diferente.

O lugar era grande. Pelo que diziam as propagandas, sua capacidade máxima era de duas mil e poucas pessoas. É claro que havia dias em que a quantidade excedia o limite, mas só tornava a cena mais deliciosa de se apreciar.

– Em quem você está de olho? – perguntei para ele. Era óbvio que tinha a sua atenção voltada para uma única figura, a julgar pelo olhar atento.

Ele umedeceu os lábios, erguendo a mão, cujo braço estava apoiado no encosto do sofá, e apontando para um dos cantos.

– Aquele loiro lá. – Pude sentir que estava sorrindo, mesmo não tendo olhado para o seu rosto.

Segui a sua indicação e pude avistar um cara alto, sem camisa, aparentemente mais velho e gostoso.

– Nem tente. – Ri baixinho. – Acompanhado.

Do lado dele, uma mulher apenas de roupa íntima dançava e empinava a bunda na direção do seu quadril.

O meu amigo pareceu murchar, desfazendo o sorriso malicioso e bebendo mais um gole do seu drink.

– Eu tenho o dedo podre para macho, só pode – murmurou com a boca na taça.

– Sempre teve, Hoseok – respondi. Observamos a movimentação quando a música trocou para outra mais animada, e abominei mentalmente o DJ por aquilo, que ocasionou em mais espaço entre cada indivíduo para que pudessem se movimentar mais. – Por que não chega em uma das garotas essa noite, uh?

Ele suspirou.

– Eu não estou no clima para mulheres, Jimin.

– Entendi.

Ultimamente vivíamos em casas de shows e boates. Hoseok sempre estava em algum lugar legal, vivendo a famosa vida de farra, e sempre me chamando para ir consigo. Eu não aceitava, embora quisesse. Na época, me preocupava demais com o que o meu estômago fraco para bebidas podia ocasionar. Foi depois de terminar o meu relacionamento que eu joguei tudo para o alto, taquei o foda-se e passei a pular de festa em festa, uma por noite, para me divertir e curtir a minha vida de solteirão. Acho que, por um segundo, quis me trancar no meu apartamento, criar gatos e ser o cara que a filha da vizinha chama de tio, mas, convenhamos, se fosse para ser um fracassado solitário, que fosse um fracassado solitário que não estava na seca. Tem diferença, vejam bem.

– Cara, ainda está cedo. Levanta daí, vai lá e faz alguma coisa – falei. – Qualquer coisa, só não fica aqui mofando.

Hoseok fez uma careta, pensando sobre o que eu havia dito. Ele não era muito de ficar no banco de reserva, então que partisse logo para o ataque.

– Quer saber? Eu vou... – se levantou, ajeitou a jaqueta jeans que usava e deu um sorriso enigmático – ...pegar outra bebida no bar. Os mais gostosos sempre se sentam lá para observar e planejar sua jogada.

E se foi, rebolando o quadril no ritmo da música, com os braços erguidos e exalando animação. Às vezes eu queria ser como o Hoseok, leve como uma pena, e eu não me refiro a massa corporal. Ele tinha uma áurea boa e luminosa, boa personalidade e não tentava ser algo que não era. Hoseok vivia de bem com a vida, e eu admirava isso nele.

Na pista de dança, avistei um cara me fitando. Seu olhar era curioso, e ao mesmo tempo, sedento. Gostei daquilo.

Quando viu que eu retribuí a encarada, ele abriu um sorriso e me chamou com o dedo indicador, não parando de dançar. E eu fui, encantado pela sua jogada de quadril e lábios grossos.

Parei diante do cara. Ele usava roupas básicas: calça jeans, camisa branca folgada e tênis de cano longo. O visual me era familiar, mas empurrei as lembranças para o fundo da minha mente e aproveitei o momento.

Coloquei a mão na sua cintura, imitando os seus movimentos e aproximando os nossos corpos lentamente. Aquele tipo de dança só funcionava com o mínimo possível de espaço entre os indivíduos envolvidos, e, acreditem, era tão bom de se participar quanto de se presenciar.

Nenhum de nós disse nada por um bom tempo. O cara provavelmente só queria se divertir um pouco, sem conversas, e eu respeitei isso.

Quando a música acabou, paramos e nos olhamos por alguns instantes. Ele tinha os olhos castanhos, mas não era isso que o deixava intrigante. O cabelo tingido de vermelho vivo, sim.

– Você dança bem – ele quebrou o silêncio. Agradeci e respondi que ele também. – Mas ainda não está bom. – Fez uma pausa. – Talvez, se dançarmos mais umas dez músicas, cheguemos lá.

Dei um sorriso maroto. Nunca tinha ouvido aquela.

Aproveitando o ritmo da próxima música, mostrei um pouco do que eu sabia fazer, querendo o impressionar como ele tinha me impressionado.

Não sei por quanto tempo ficamos lá, frente a frente, naquele contato visual prolongado, tampouco sei se dez músicas se passaram, só sei que, quando o meu pescoço já estava úmido de tanto me movimentar, o garoto se aproximou e me beijou. Foi breve, mais como o início de um contato mais profundo, o suficiente para dar aquele gostinho de quero mais.

– Quer terminar isso lá em cima? – ele ofereceu. Segurou minha mão ao ver a minha confirmação e o deixei me guiar por entre as várias figuras que cheiravam a suor. Nos aproximamos da escada que levava até o segundo andar e começamos a subir.

Quase no final da subida, parei, sentindo algo vibrar no bolso da minha calça. Me desvencilhei do cara e puxei o celular, vendo que estavam me ligando. Não, não, mas não era qualquer ligação. Era a minha mãe.

– Merda – xinguei. Olhei para o meu acompanhante que me observava com confusão no olhar. – Desculpa, eu preciso atender.

Corri na direção da saída o mais rápido que consegui. Me afastei do local, procurando um ponto em que a música não fosse audível, e acabei sacando a chave do meu carro e o abrindo. Me sentei no banco do motorista, respirei fundo e olhei para a tela já apagada. Eu podia ter rejeitado a ligação e tido um momento incrível com o Sr. Ruivo, mas, infelizmente, não seria possível. Vou explicar o porquê.

Mais cedo, ainda naquele dia, a minha mãe me ligou e avisou que precisava me contar algo. Não podia dizer no momento, por algum motivo, mas ficou de retornar e dar o anúncio. Pelo seu tom de voz, era algo importante. Como é que eu desligaria o celular, ligaria depois e diria que estava na boate? Ela não podia saber que eu estava farreando.

Eu, Park Jimin, tinha vinte e quatro anos e era um adulto responsável. Ao meu ver, pelo menos, eu era, porque, ao da minha mãezinha, eu era o bebê da sua vida. Até seria compreensível se eu não estivesse falando no sentido literal. Talvez por eu ser o caçula e a dona Park não ter netos, sei lá.

Desbloqueei o aparelho e liguei de volta. Após dois toques, ela atendeu.

– Posso saber o porquê de não ter me atendido? – perguntou de primeira.

Respirei fundo.

– Eu estava no banho, mãe – menti.

Impressionante como a voz dela ficou mais doce depois da minha fala.

– Ah, então assim, sim – respondeu, um pouco menos afiada. – Como estão as coisas por aí?

– Estão bem.

– Hum, certo. Usou aquela receita de vinagre que eu te ensinei para limpar o chão? Jimin, meu filho, a cerâmica do seu apartamento está toda encardida…

– Usei, mãe. – O quê? Um homem também sente a necessidade de limpeza, oras!

– Eu vou saber se estiver mentindo, garoto – alertou. Franzi o cenho.

– Vai nada – retruquei. – Não sei se a senhora se lembra, mas eu moro em Seul agora. E você meio que continua em Busan…

Ela riu.

– Primeiro, eu não tiro tanto do meu bolso pra você não manter sua própria casa em condições adequadas. Não que eu não confie em você, filho, é só que eu me lembro muito bem de como o seu quarto era quando você ainda morava aqui.

Ah, bons tempos. Eu era muito revoltado na época, do tipo que tem pôsteres de rock na parede e roupas espalhadas pra tudo que é canto.

– Segundo, você lembra do que eu disse de tarde?

– Sim, eu lembro. Você disse que ia me contar algo.

Houve um instante de silêncio.

– Eu recebi a minha aposentadoria.

Me ajeitei no banco, apoiando as costas e a cabeça no encosto. Todas as pessoas de idade do país estavam com a aposentadoria atrasada havia mais de um mês por causa de uma onda de protestos e greves que aconteceu no em dezembro. Não entendi muito bem o motivo de toda essa movimentação, provavelmente era alguma investigação de corrupção, o que acontecia seguido.

– Isso é ótimo, mãe! – falei com sinceridade. Ainda bem que ela guarda o seu dinheiro ao invés de sair gastando, assim não ficou passando necessidade no tempo que ficou sem pagamento.

– Mas não é tudo. – Aguardei. – Eu comprei a passagem essa semana e estou indo praí vistar você e o Jungkook.

Sorri por um instante. A última vez que ela havia ido me visitar foi no ano anterior, e não nos víamos desde então. Eu estava com saudades da minha velha.

O sorriso sumiu assim que eu processei o resto daquela frase. Eu não tinha contado pra ela.

Jeon Jungkook era o meu ex-namorado. Nosso relacionamento começou quando eu tinha vinte anos e durou até o começo de 2017, quando terminamos e ele se mudou. A gente morava junto na minha casa, éramos praticamente maridos, mesmo sem um pedido oficial. A minha mãe adorava o Jungkook. Para ela, ele foi o seu melhor genro, tanto que ela o tratava como um filho.

– Mãe, eu não sei como te dizer isso, mas… nós meio que não estamos mais juntos – revelei baixinho, torcendo do fundo do meu coração para que ela não tivesse ouvido.

Só que ouviu.

– O quê?! – Afastei o telefone da orelha a tempo de não ter o meu tímpano direito danificado. Era por isso que eu havia escondido o término por tanto tempo, porque sabia que ela não saberia lidar com isso. – Eu estou decepcionada, Park Jimin.

Abri a boca para responder que tive meus motivos, mas nem cheguei a proferir algo, até porque sabia que não era só aquilo. Não, ela daria o discurso dela.

– Logo quando eu achei que você tinha tomado jeito na vida… Você é muito burro, meu filho. Desde a sua adolescência eu venho tendo que lidar com os seus relacionamentos falhos, com as suas decepções amorosas e as marcas que elas deixam em você, e só eu sei o quanto eu tentei, te apoiei e esperei uma mudança. Não sei se você, no entanto, chegou a tentar. Eu tinha certeza de que você tinha se estabelecido, o Jungkook era o cara mais certo e direito que você já tinha encontrado, e isso parecia bastar. Não bastou, Jimin?

Eu não tinha o que dizer. Eu tinha uma resposta para a sua pergunta?

– Lembra o que eu disse quando você saiu de Busan rumo à capital? – continuou. – Me responda, Park Jimin.

– Lembro. – Suspirei.

– Eu estou voltando atrás com a minha decisão. – Meus olhos dobraram de tamanho, tanto que achei que eles iam saltar das minhas órbitas. – Deixei claro que te deixaria morar no meu apartamento desde que pagasse as suas próprias dívidas sem precisar de um centavo meu. Em troca, eu só queria que se ajeitasse. Não duvido que esteja agora mesmo em uma balada qualquer. – Ish, mãe. – Você precisa aprender sobre responsabilidade, deixar o orgulho de lado e aproveitar as chances que a vida te dá. Quero que tenha outro lugar para ficar até a semana que vem, e então venderei o apartamento e usarei o dinheiro para reformar a nossa casa. Bom, minha casa.

Não, não, não! Eu não estava em condições de pagar um aluguel, o meu emprego não me pagava tão bem assim, ainda mais na área em que eu atuava.

Eu sou formado em enfermagem e trabalhava no hospital de Seul desde que me mudei de Busan. Eu amo demais a minha profissão, sempre quis fazer o bem ao próximo e foi por esse motivo que decidi cursar o que cursei, mas a prefeitura não dava tanto reconhecimento assim para a equipe de lá. Às vezes, quando paro pra pensar, me sinto estúpido por trabalhar para ganhar uma meleca, já que várias clínicas particulares me pagariam até o dobro, mas, sei lá, gosto de estar à disposição e acessível para quem precisar de assistência médica.

Eu não podia deixar aquilo acontecer. Mal conseguia me sustentar, já que, mesmo não tendo que pagar condomínio, eu tinha outras obrigações. Imagina só o que a mudança me ocasionaria!

Desesperado, com um pé já lá no meu provável futuro (vivendo em um lugar fedido e feio, tendo que cortar a minha Netflix e o meu Spotify, e, resumindo, todo fodido), eu falei a primeira coisa que me veio à mente, sem pensar por um segundo nas consequências.

– Hááá! Pegadinha do malandro! Peguei você!

Minha mãe se calou e sua respiração foi tudo o que eu ouvi por um bom tempo. Será que ela tinha acreditado?

– Você achou mesmo que eu ia fazer uma burrada dessas, Somi? – Dei a risadinha mais falsa da minha vida, forçando e tirando lá de baixo um tom divertido para soar convincente.

– Jimin… – Ela ia dizer mais algo, porém se interrompeu. Juro pra vocês que o meu furico fechou, trancou, embalou o meu intestino a vácuo. – Seu desgraçado! Porra, moleque, que susto que você me deu! Como eu queria te encher de tapas agora mesmo…

Soltei a respiração que nem percebi estar prendendo. Ô glória, minha nossa. Quase me desmanchei no assento do carro.

– Eu já sou velha, Jimin. O que você faria se eu morresse do coração, caísse dura aqui mesmo? – Ela se permitiu rir. – Cruzes. Eu já estava pegando na agenda o telefone do síndico aí do condomínio, pra você ver o meu stress. Desculpa, filho, mas eu falei sério quando te disse aquilo no aeroporto, poucos meses depois de você chegar em mim dizendo que tinha conhecido o amor da sua vida. Posso ter sido dura, soado rude e o diabo a quatro, mas você teria de ter essa lição e aprender que as suas decisões precipitadas têm impacto na vida de quem está ao teu redor.

– Sim, mãe, eu entendo e te apoio. – Que. Falso. – Sei disso, sei que preciso me acomodar e parar de dar trabalho. – Falei aquilo só para a agradar. Oras, eu nem dava trabalho para ninguém! Eu era independente, fazia as minhas merdas e as consertava depois, sempre procurando não envolver os meus entes queridos, principalmente a minha mãe.

– Fico feliz em ouvir isso, garoto. Eu te criei bem, não criei? Dei o melhor de mim para que se tornasse um homem responsável um dia e me desse orgulho, e saiba que está dando. Ah, por falar em dando, onde está o Jungkook?

Eu teria ficado constrangido e chateado diante daquele “dando” carregado de duplos sentidos, ainda mais vindo de quem veio, mas a pergunta real prendeu a minha atenção, fazendo o meu coração apertar no peito e todo o ar sumir dos meus pulmões.

– Ele… Uh, ele está… – Pensa, seu maldito! – na farmácia. É, ele foi à farmácia comprar… alguns medicamentos.

– Medicamentos? – Sua voz soou preocupada. – Ele está bem?

– Sim, ele está, é que acabou o remédio para enxaqueca aqui de casa e ele precisou pegar mais algumas cartelas lá embaixo.

– Hum, entendo. Faz tempo que ele saiu?

Afastei o celular da orelha e chequei as horas.

– Muito pouco, ele foi logo que eu entrei no banheiro. Escuta, mãe, eu adoraria conversar mais contigo, só que tenho algumas coisas pra fazer agora. A gente se fala outra hora, pode ser?

– Pode, sim, amor – respondeu doce. – Já avisa o Jungkook que a sogrinha está de volta quarta-feira! Beijos, filho!

– O quê?! Quarta-feira?! Mãe? Alô? – E ela já tinha desligado.

Que maldição. Eu tinha cinco dias para dar um jeito de não perder o apartamento e convencer a minha mãe de que meu namoro com Jeon Jungkook estava maravilhoso. Como eu faria isso?

Joguei o celular no banco de trás, frustrado. Por que ela se importava tanto com os meus relacionamentos? Por que achava que o que eu fazia da minha vida refletia na dela ou de qualquer outro? Eu queria questioná-la, e como queria, mas sabia que o fazer acabaria irritando ela e, de quebra, resultando em uma mentira revelada e um apartamento perdido. Era melhor ficar quieto.

Olhei para o painel do carro, tentando encontrar alguma maneira de arrumar o que havia feito. Várias idéias se passavam pela minha cabeça, mas nenhuma chegava nem perto de poder acabar funcionando.

Bom, a não ser, talvez…

– Eu só posso estar ficando louco.

É, eu estava. Mas se aquela era a minha única chance, eu teria que passar por cima do meu orgulho e fazer aquilo.

Antes que pudesse me arrepender, girei a chave e, agradecendo aos céus por não ter bebido muito, coloquei o carro na avenida.

Dirigi por uns quinze minutos, não sei ao certo pois não havia marcado. Quando estacionei, fitei a residência pequena de aparência acolhedora que eu tanto conhecia. Respirei fundo, segurei a mão de Deus e fui.

A grama dos dois lados da calçada estava bem aparada, como sempre. A varanda, limpinha, embora aquela parte da cidade tivesse bastante poeira por ficar próxima a alguns sítios, fazendas e propriedades agrícolas. Até o Papai Noel de braços cruzados que ficava ali todo natal estava presente, me olhando de cara feia como se me repreendesse.

Respirei fundo, sentindo as mãos tremerem, e dei duas batidas fracas na porta. Ouvi um “Já vai!” lá de dentro e cheguei a ver a luz quando reconheci a voz. Em seguida, a porta foi aberta e o garoto apareceu diante de mim, não escondendo a surpresa por me ver na sua casa.

– Jungkook, eu preciso da sua ajuda. 

June 27, 2018, 7:46 p.m. 1 Report Embed Follow story
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Maira  Pareja Maira Pareja
Pensé que esto era Kookmin pero es Jikook .
August 28, 2019, 20:47
~

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