tiatatu Tatu Albuquerque

Diz o ditado que o que fazemos aqui, em vida, pagamos aqui também e o ditado de certa forma está certo, a não ser pelo fato que a vida em que pagamos pode não ser a mesma em que cometemos nosso pecado. As almas doentes clamam pela cura e a jornada recomeça nessa nova oportunidade de cumprir suas missões. Você já ouviu falar em karmas passados?


Fanfiction Anime/Manga For over 18 only.

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Prólogo

03:00. Temari mais uma vez não conseguia ter uma boa noite de sono.

Era acometida por péssimos sonhos desde que havia se entendido por gente e sempre eram o mesmo sonho.

Tudo era tão real que, se não soubesse de seu pavor de fazer viagens longas de carro, ela diria que aquilo era uma lembrança recente.

A cena era completamente nítida. Jurava que podia sentir o toque quente das ferragens do carro que travavam suas pernas, o cheiro da gasolina misturada ao ardor da fumaça. Tossiu sentindo o sufocamento.

Ouvia uma voz que não conhecia chamando por um nome que não era o dela, mas ainda assim respondeu e clamou por ajuda.

Via tantos carros amassados à sua frente e tanto sangue que sentia estar em um filme documentário que retratava acidentes de carro e sentia tanto medo que parecia que iria morrer.

O calor insuportável fazia seu corpo suar enquanto ela, na cama, se remexia em seus terríveis pesadelos, como se tentasse se soltar dos ferros que nem eram tão pesados, mas dos quais, talvez por fraqueza, não conseguia se livrar.

A voz desconhecida se aproximava e então ela via aquele rosto tão familiar mas que ao mesmo tempo ela não conhecia. Sentia ao mesmo tempo raiva, alívio e até mesmo uma ponta de carinho quando aquela pessoa a ajudou a se libertar e, mesmo visivelmente afetada pela fumaça, a ajudou a se erguer, a apoiando nos ombros.

Como sempre, perguntou porque ele havia voltado. Como resposta, o viu o mesmo “eu não ia te deixar pra trás” enquanto ele se esforçava para lhe tirar de lá, indo consigo rumo ao caminho que certamente lhes levaria a um lugar seguro.

Ouviu em seguida os mesmos estalo e o calor aumentou junto com as labaredas que se aproximavam do caminhão tanque que estava próximo a eles.

Olhou para ele chorosa e teve o impulso de beijar seus lábios. Não sabia o que havia dito e nem o que havia ouvido, apenas que em seguida ouviu um estalo maior e tudo virou fogo.

Acordou de sobressalto e levou as mãos ao colo e se sentiu aliviada ao ver que o sufocamento passou e que suas pernas estavam livres. Assim que se recuperou do susto, correu para beber água e abrir as janelas.

— Foi só aquele sonho de novo! - sussurrou para si mesma tentando parar de tremer de medo.

Diminuiu a temperatura do climatizador de ar, e dormiu sem lençóis para tentar afastar aquela sensação de si e evitar um novo flash daquele sonho infernal.

O calor passou, o temor não.

Com Hinata a sensação não era de temor e sim de culpa causada por aquele choro de bebê que lhe causava uma dor descomunal no peito.

— Perdóname, perdóname! - rogava a todo tempo, o que era muito estranho, afinal, ela não sabia falar espanhol.

Ela pedia perdão a alguém que não a podia perdoar por parecer sequer ter idade para falar.

O chorinho seguido, vez ou outra, de esboços de sorrisos desdentados lhe faziam chorar e ela não sabia o porquê, assim como não sabia o porquê de conseguir sentir a maciez daquela pele nova quando passava os dedos pelo peito daquela criança que parecia ainda mais inocente e aquilo tudo lhe doía tanto.

Era uma sensação tão ruim e pesada quanto a de segurar um objeto frio assim que fechava os olhos e o choro ficava mais alto, assim como seus pedidos de perdão.

O choro cessou e em seguida veio o silêncio, o vazio, a angústia e o acordar.

Levou as mãos ao peito e apertou o pijama na altura dele. Impressionantemente, já não doía tanto, mas tinha resíduos da sensação de angústia.

Não se assustou quando, em seguida disso, ouviu lamúrios e viu a figura trêmula parada à sua frente.

Abriu os braços e então Hanabi, sua irmã mais nova, pulou em seu colo visivelmente assustada, buscando refúgio ali, chorando baixo e ganhando carinhos em seus cabelos como se, em vez de 17, ainda tivesse 4 anos.

— Foi a mulher da faca de novo, nãna! - reclamava da mesma figura com quem sonhava desde a idade citada.

Hinata a abraçou melhor, lhe ajudando a deitar na cama.

— Já vai passar! - sussurrou tentando acalmá-la como se também não estivesse aflita, tudo pela fé de que tudo iria melhorar pois sempre melhorava quando se protegiam juntas.

Pelo menos o abraço afugentava aqueles pesadelos e lhes dava uma maior paz de espírito, se é que conheciam o que era ter isso.

Paz de espírito também falta em Gaara, irmão de Temari, que via o sol nascer após mais uma insone e conturbada noite.

Seus olhos tinham tantas olheiras ao redor que parecia que ele estava maquiado e estavam tão exaustos que mal conseguiam mantê-los abertos sobre os papéis que estava tentando revisar.

Às vezes achava que aquilo era loucura. As mesmas vozes o cercavam e ele releu o diagnóstico médico que atestava que não tinha nenhum tipo de distúrbio mental ou neurológico várias vezes apenas para ter certeza que de fato o havia lido de forma correta.

Cansado demais para continuar a adiantar seu trabalho, deixou o escritório antes que a cadeira que um dia havia sido de seu pai parasse de balançar.

Ainda sentia o peso em suas costas e ouvia de relance aquela voz cavernosa. Procurou o melhor lugar para se recuperar e foi até seu irmão.

Ouviu risadas infantilizadas e abriu a porta do quarto, vendo Kankurou brincar com suas bonecas, apesar de ser tão cedo, sentado na cama.

Não se tratava de nenhum menino, mas, apesar de ter quase 30 anos, o rapaz, vítima de um acidente ao bater forte a cabeça na escada da piscina onde caiu desmaiado que depois disso foi coberta, aos 9 anos, praticamente havia parado no tempo, acometido por uma certa paralisia e retardo mental.

Ele conseguia ser muito mais independente que no começo, mas ainda precisava de cuidados, por isso era sempre bom ver se ele estava bem e ele estava apesar das circunstâncias.

Já não se movia tão bem quanto à época, tanto que parecia que seus movimentos eram como o de marionetes, mas era sempre um encanto quando ele se divertia com os brinquedos.

Dava uma paz a Gaara, que finalmente conseguiu se sentir mais leve ao vê-lo sorrir e estender uma de suas bonecas favoritas em sua direção e negou com a cabeça, entendendo que ele ia lhe chamar para brincar.

Kankurou continuou sorrindo quando o viu ir embora aproveitando que a leveza trazia consigo o sono para tentar dormir, negando com a cabeça em seguida e continuando a chamar algo/alguém.

— Deixa! Você já demorou muito pra brincar comigo hoje! - dizia oferecendo o brinquedo como se tivesse mais alguém ali consigo e ninguém seria capaz de dizer que não havia.

June 25, 2018, 1:29 a.m. 7 Report Embed Follow story
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Meet the author

Tatu Albuquerque Mãe de Konohamaru, madrinha de Hanabi, adepta da Fé do Sagrado KonoHana. Você tem 5 minutos pra ouvir a palavra da minha igreja? Kaiten no cu e gritaria, kore!

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Mayara Prieto Mayara Prieto
Tiaaaaaaa Pelo amor de Hashirama!!!!! Continuaaaaaaaa Adoreiiiiii.... Está mais que perfeito!!!! Necessito da continuação ^-^
June 25, 2018, 11:20

Hasashi Rafaela Hasashi Rafaela
June 25, 2018, 01:46

  • Hasashi Rafaela Hasashi Rafaela
    Olha, cê vai tomar no seu cu. Fiquei tão em êxtase que nem sei o que fiz no Comentário, mas pau no seu cu. Como assim você posta hino e m avisa? Como assim cê me solta essa bomba e me deixa louquissima pra saber o que tá com teseno com esse povo?! ME DA MAIS! TE AMO June 25, 2018, 01:48
brener Silva brener Silva
agora eu estou instigado, quero muito ler a continuação, tá perfeita
June 25, 2018, 01:20

~