tiatatu Tatu Albuquerque

Japão, ex-cidade de Miyagi. Ataques terroristas fizeram com que grande parte dos países fosse destruída e o Japão não ficou fora dessa. Apenas os mais ricos sobreviveram intactos, tornando a população mais pobre quase que uma nação escrava em meio aos destroços. O esporte é o maior entretenimento e a maior fonte de renda e é por isso que só os melhores são recrutados e levados para participar dos torneios das facções. Recrutado pela facção Karasuno, Hinata achou que o apadrinhamento iria mudar sua vida para melhor, mas suas esperanças foram destruídas assim que entrou na quadra de vôlei.


Fanfiction Anime/Manga For over 18 only.

#haikyuu #asanoya #kagehina #tsukkiyama #UkaiTake #KurooKenma #iwaoi #ShimiYachi
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Prólogo

De tanta sede, acabei tentando lamber as gotas de suor e lágrimas que corriam por meu rosto para conseguir sobreviver mais um pouco. 


Ouvi o estalo de uma nova chicotada e só depois senti a dor. Já não tenho forças para gritar, então no máximo consigo chorar quieto e logo nem isso vou conseguir fazer. 


Ouvi os gritos de Daichi e de Tanaka, que tal como Nishinoya ainda aguentam firme as chicotadas que levamos como castigo por mais um jogo perdido. 


Talvez eles estejam mais acostumados. 


Já não ouço os gritos do Asahi e isso indica que ele, mais uma vez, não suportou acordado até o fim e só nos resta esperar que ele ao menos sobreviva a mais essa. 


Vejo o brilho das lentes dos óculos de Tsukishima e por trás dela ele parece ainda mais quieto. 


— É só… Mais um castigo… - o ouço murmurar como se isso tornasse as coisas menos piores. 


Por incrível que pareça, sinto mais pena dos reservas que são obrigados a assistir nossa tragédia sem poder fazer nada e passar por toda a pressão psicológica infligida a eles. 


Também sinto bastante pena do treinador que além de passar por toda aquela sessão de tortura física ainda tinha que aguentar a culpa de nos colocar nessa situação de forma indireta. 


Perdemos o último jogo oficial contra a Aoba Johsai e esse é o nosso castigo, como se já não bastasse o abalo de nós dedicar tanto e ver nossas esperanças de avançar no torneio e quem sabe conseguir melhorias para nossas famílias e até mesmo nossa liberdade. 


Ah, Shoyo, deixe de pensar tão alto! Não ouviu as histórias do ex-técnico Ukai? 


Ninguém mais é livre desde que tudo mudou! 


Uma nova chicotada, ainda mais forte que a anterior, me foi dada e eu mordi meu lábio inferior tão forte que acabei me ferindo. 


Pensei na Natsu. Lembrar das bochechas da minha irmãzinha sempre me deixa mais tranquilo e pensar que, em partes, é graças a esse meu esforço que ela tem o que comer, me dá mais forças de continuar.


Já foram 50 chicotadas. Respirei fundo, com mais forças e coragem para aguentar as próximas 50.


Não devo estar aqui com eles a mais de meia hora, mas é quase uma eternidade todo esse ritual macabro. 


— Isso é para aprenderem a ganhar! Eu perdi muito dinheiro com isso! - gritou o chefe da nossa facção. 


A voz dele e o pano à minha frente que estampa o nome da Karasuno só me faz sentir mais ódio. 


“Voe”... Merda de lema! Como vamos “voar” se já não conseguimos nos manter em pé por mais de 2 segundos? 


E pensar que há tempos atrás eu achava que isso aqui era o melhor que podia me acontecer. 


Pra aguentar mais uma chicotada, pensei no sorriso da minha mãe quando pude entregar a ela a primeira cesta de alimentação ganha da Karasuno e finalmente ela sentiu que teríamos o que comer. 


Será que realmente valeu a pena? Pensar nisso fez com que o tempo passasse mais rápido pra mim. 


Assim escutei menos das risadas dos carrascos, mas ainda assim nem isso foi capaz de me impedir de contar cada uma das 80 chicotadas que levamos. 


Meus olhos começaram a pesar de cansaço e aos poucos tudo fica escuro… 


Faltam só 10, Shoyo, aguenta firme…


Apertei os olhos com força e contei regressivamente: 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2…


1! Finalmente acabou o castigo, mas eu ouvi um novo estalo próximo. 


Chorei ainda mais quando abri os olhos e vi todo aquele sangue no chão e olhos negros quase sem brilho. 


— Ka-ka-kageyama! - chamei antes que tudo ficasse tão preto quantos as penas de um corvo. 

June 17, 2018, 6:08 p.m. 0 Report Embed Follow story
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