tiatatu Tatu Albuquerque

A saudade dói e me deixa te esperando às 3 horas da manhã, como era antigamente... Mas eu não sei se você vai voltar mais hoje. Songfic de Despedidas - Menestrel feat. Juyè



Fanfiction Anime/Manga For over 18 only.

#haikyuu #asanoya #Asahi-Nishinoya #Twoshot #THBR
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02:30. 

Na mesa ao meu lado estão os vinis que você tanto gostava, os tênis que me deu de presente no Natal, as fotos que tiramos juntos naquele porta-retrato que você comprou. 


Aos meus pés ainda está a sensação das roupas tiradas em mais um daqueles momentos intensos de amor que logo se tornavam tórridas cenas na cama. 


Por falar em cama, nela ainda está o seu cheiro e até mesmo alguns fios do seu cabelo perdidos em meio aos lençóis brancos… 


Mais uma escolha sua, assim como a decoração, como as cores das paredes, como a localização dessa casa…


Tudo aqui tem seu jeito, seu cheiro, suas fotos, suas coisas, sua lembrança, sua falta… Só não tem você, Asahi!


Não tem você, não tem seu riso, não tem seu calor, não tem seu abraço. 


E talvez eu não tenha nem mais você. 


Ri nervoso olhando pros quadros genéricos ridículos que você comprou em qualquer lojinha na cidade dizendo que ia trazer um clima maior de paz e serenidade à essa casa, porque essas são as últimas sensações que eu tenho quando olho pra eles e não lembre de você. 


E lembrar da sua ausência é a última coisa que pode me trazer paz e serenidade. 


Ao longo dessas horas eternas em que você me deixou aqui sozinho, tudo o que eu não consegui sentir foi paz e serenidade. 


Eu não consigo parar de pensar no que você está fazendo, eu não consigo parar de te odiar por não atender às minhas ligações e nem de me odiar por continuar ligando.


Eu não consigo parar de pensar em quantos problemas você deve ter arrumado por essa sua imagem de grandalhão e no quanto você, seu crianção, deve ter chorado de mágoa.

 

E me dói não estar se referindo apenas a estes problemas. 


Eu lembro das últimas brigas que tivemos e das últimas palavras que dissemos. 


Eu lembro do quanto eu odiei a sua covardia em se deixar parar por um medo bobo do que poderia nos acontecer. 


Eu lembro do que te disse… Acredite, eu não queria falar daquele jeito. 


Eu só queria que você entendesse que não há um culpado para o nosso problema, que você não é o nosso problema e que não é apenas sua a responsabilidade. 


Eu só queria que você entendesse que não há porque deixar de ir em frente por um não. 


Eu só queria que você entendesse que não era hora pra covardias e sim para mostrar o quão corajoso e audacioso você poderia ser… 


Eu juro que não quis te magoar quando disse que você era um covarde. 


Eu juro que pararia de te odiar por ser um covarde se você ainda estivesse aqui para ser o meu covarde. 


Eu ainda não acredito que deixamos tudo de lado por algo tão bobo como uma discussão. 


Eu ainda não acredito que você fugiu de mim assim, correndo mais uma vez dos problemas… Correndo de mim… 


Eu ainda não acredito que você foi embora assim… Muito menos acredito que eu deixei você ir assim… 


Ainda mais hoje que é dia de chuva… 


02:45.

Um trovão estourou aqui perto. Lembrei que você tem medo… 


Cerrei meu punho direito e por pouco não chorei ao notar que eu não estou ao seu lado para te dizer que já vai passar, que não é nada e que não vai te machucar. 


Olhei pro canto e aquele seu guarda-chuva de sapinhos – que mesmo sendo super infantil tem a sua cara –, ficou aqui e eu só consegui pensar que você está passando frio enquanto eu estou aqui, quentinho, enrolado naquela minha coberta azul com laranja que você adorava roubar durante as noites e tomando aquela receita de chocolate quente que você tanto queria fazer. 


Só consigo pensar que o certo era que estivéssemos nos aquecendo nos braços um do outro.


Só consigo pensar que as gotas de chuva correm pela janela assim como as gotas de lágrimas correm pelo meu rosto. 


Só consigo pensar em você na rua no frio 100 agasalhos do suficiente para conseguir se sentir protegido pelo mínimo de tempo que fosse. 


Eu só consigo pensar no quanto você deve estar desejando que eu estivesse te abraçando e no quanto eu queria te abraçar agora…


E dói pensar em tudo isso, dói sentir a sua falta, dói muito que essa sua insistência em sumir e não me deixar te achar não me deixe te pedir desculpas. 


Porra, Asahi, porque você tem que ser tão frouxo às vezes? 


Por que você simplesmente não volta como em todas aquelas vezes em que você sumia e voltava com aquele seu sorriso e até um lanche?


Por que você saiu daqui dizendo que não ia mais voltar? 


Ri nervoso enquanto puxo meus cabelos com a mão esquerda e choro quando lembro que disse que não ia fazer diferença… Quem eu quis enganar dizendo isso? 


Enganar eu não sei, mas me magoar eu sei com certeza que, mesmo que dessa vez tenha sido sem querer, foi você. 


02:50.

Eu me odeio por ter te feito me odiar.

 

Eu me odeio por ter sido o culpado por você ter ido sem dizer tchau, sem olhar pra trás ou sem dizer que voltava depois, pra não me deixar mais tranquilo quanto ao seu retorno… 


Vai haver um retorno, não vai? 


Suspirei pesado e roguei aos céus, a Deus, a qualquer um que pudesse me ajudar para que a resposta fosse um sim, porque a saudade tá doendo e a angústia de não saber nada de você dói mais ainda. 


Você sabe que eu odeio despedidas, mas talvez ter tido uma fizesse a sua partida doer menos. 


Por baixo das cobertas eu tremo e não é por conta do frio e sim do medo de que você não volte ou do medo de ter te magoado tão profundamente quanto eu acho que magoei.


Se dói tanto em mim, imagina o quanto não dói em você? 


Se eu me odeio tanto, imagina o quanto você não me odeia? 


Não, Asahi, por favor, não me odeie. 


Eu só espero que os vários “eu te amo!” que eu disse, fosse com palavras ou ações, em tantos momentos melhores pesem mais que um único “você é covarde!” dito numa hora de raiva… 


Eu só queria que você estivesse aqui para eu me jogar nos seus braços. Eu só queria estar aqui cuidando de você como sempre. 


Não é isso o que fazemos um com o outro desde que estamos juntos? Cuidar um do outro? 


Eu sei que fiz isso de uma forma péssima hoje, mas… Eu só queria que você me desse mais uma chance de fazer isso do jeito certo mais uma vez. 


Eu juro que deixo você zombar da minha pouca altura sem reclamar ou que não me importarei com as vezes em que você me chamar de estressado, mesmo que eu não veja esse estresse todo que você diz que eu sou muito pequeno pra ter. 


Ah, Asahi, até das suas chatices eu sinto falta… 


Acho que é porque eu sinto saudade de você inteiro… 


Porra, Asahi! Por que você não vem? 


Já são quase 03:00… 

Faltam apenas 5 minutos pra isso. 


Desde que você saiu, se passaram exatas, 11 horas, 55 minutos e 30 segundos. Cada milésimo desse tempo foi uma nova facada atravessando meu peito e eu só quero gritar. 


Eu quero ir atrás de você em meio essa cidade tão grande mesmo sem saber pra onde você foi, mas as minhas pernas não me obedecem. 


Eu só queria poder correr até você e trocar a coberta pelo seu corpo, me encolhendo inteiro e ficando ainda menor do que já sou pra caber no seu colo e ganhar mais do seu chamego. 


As luzes que eu havia deixado acesas para que você soubesse que eu estou acordado a sua espera caíram e ficou tudo tão escuro quanto meus sentimentos me faziam ver antes.


Corri para pegar algo que pudesse iluminar ao menos a janela da sala e te odiei por sempre deixar as lanternas em lugares altos demais pra que eu pegue sozinho. 


Precisei me contentar com velas e tentar não chorar pensando no quanto elas são românticas. 


Me senti um fracasso conosco pela milésima vez nesse dia e decidi que não ia mais ser refém desse meu próprio medo de te encontrar, afinal, pior seria te deixar na rua com frio, se bem que eu adoro o jeito que você fica manhoso quando doente. 


Adoro tanto quanto odeio que você ainda não retorne as minhas chamadas ou responda as minhas mensagens. 


Respirei fundo e contive a vontade de chorar mais uma vez. 


São exatas 03:00 e nada de você… Acho que você não vem… 


Mais um motivo pra ir atrás de você, mas… As minhas pernas ficaram tão lentas e pesadas da cozinha até a porta… 


Não é hora de orgulhos, Nishinoya, agora é hora de assumir seus erros e limpar sua cagadinha. De ir pra rua e trazer de volta aquele grande bebê chorão que você chama de seu. 


Aos poucos consegui me aproximar da porta, mas, assim que eu a abri e tentei passar por ela, senti o cheiro do seu perfume misturado ao cheiro da chuva e de alguma porcaria comprada em fast-food. 


Quase cai e você, como sempre me segurou e, mais aliviado, eu te abracei. 


— Asahi… 

June 13, 2018, 10:19 p.m. 1 Report Embed Follow story
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To be continued... New chapter Every Wednesday.

Meet the author

Tatu Albuquerque Mãe de Konohamaru, madrinha de Hanabi, adepta da Fé do Sagrado KonoHana. Você tem 5 minutos pra ouvir a palavra da minha igreja? Kaiten no cu e gritaria, kore!

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Mandy Mandy
JULIANE VOCÊ PASSOU MUITO PERTO DE TOMAR UMA FACADA VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DO QUÃO PERTO VOCÊ PASSOU MEU DEUS FOI MUITO PERTO MESMO NOSSA EU JÁ TAVA SEGURANDO A FACA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA OLHA A FÉ ASANOYA SALVANDO A ALMA DAS PERDIDAS NAS TREVAS VULGO TATU, AMÉM IGREJA! C A N N O N Sim, rolaria uma briga porque o Asahi é frouxo e sim, o Noya seria o primeiro a rasgar o verbo porque o garoto não tem altura mas tem paciência e SIM! O ASAHI IA MUNDO CORRER SE ESCONDER E CHORAR PORQUE ELE SÓ TEM ALTURA MAS NA VERDADE É UM NENÊ PRECIOSO E CHORÃO MEU DEUS COMO EU AMO MEUS FILHOS MAS SIIIIIM CARALHO ELE IA VOLTAR PRO NOYA E O NOYA IA ESTAR MUITO ARREPENDIDO E AI ELES IAM SE ABRAÇAR, BEIJAR E FAZER CARINHO MDS ASAHI COM MEDO DE TROVÃO AÍ MEU FILHO, O GUARDA-CHUVA DELE MEU DEUS JULIANEEEEE ME MATOU COM DONDADE
June 13, 2018, 22:47
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