Notas da Autora:
Primeira fic Haikyuu, dedicada a todo mundo que me aturou surtando no Facebook.
ASANOYA É AMOR, ASANOYA É O PODER
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Asahi nunca deixaria de achar as noites em Tóquio extremamente frias, não importando quantos casacos e cobertores usasse. Embora soubesse que o frio daquela noite não se limitasse exclusivamente a temperatura baixa, era mais fácil culpar o sereno do que admitir que, vergonhosamente, estava com ciúmes de Kageyama e Hinata, que dormiam confortáveis – mesmo que de maneira curiosa – embolados e abraçados sobre futons unidos.
O ace se remexeu desconfortável em seu próprio futon, não gostando de invejar os amigos e colegas de time e com as bochechas avermelhadas por flagrar-se com aquele tipo de sentimento. Próximo de si, Kageyama e Hinata se apertavam um contra o outro, esquentando seus corpos da maneira que podiam, embalados e portando expressões serenas de quem estava nos braços daquele que amava.
A noite estava tão fria…
—Asahi-san…?—A voz de Nishinoya chamou sua atenção, causando-lhe um ligeiro sobressalto seguido de rubor desajeitado.
—N-Nishinoya…!—Ele precisou de um segundo para se recompor, havia sido flagrado ao encarar o casal?—Desculpe...eu te acordei?
O menorzinho balançou o corpo ao virar-se para Asahi, seu futon estava entre ele e os de Hinata e Kageyama.
—Não tem problema, o que houve?—Era incrível como Nishinoya conseguia lê-lo em questão de segundos, somente por um mínimo sinal qualquer. Asahi não conseguia se lembrar exatamente quando aquela conexão foi criada, mas gostava dela. Nishinoya se tornou seu guardião antes de se tornar o do time, e ambos zelam um pelo outro a todo momento.
Azumane sabia que não mediria esforços para ver o baixinho sorrir, e aquilo era recíproco. Um sentimento estranho e acolhedor.
—É só que...—Ele não tinha medo de se abrir com o líbero.—Está tão frio hoje...—Ele olhou por cima de Noya.—Depois de um dia tão cansativo, treinando em amistosos e tudo mais... é legal ter alguém para se abraçar não é? Se esquentar...e se apoiar…
Noya refletiu sobre as palavras do maior ao se virar e, também, encarar o casal. Haviam ido até Tóquio para uma semana de amistosos contra escolas amigas, e passaram o dia inteiro jogando até a exaustão. Agora tinham que enfrentar uma noite fria sozinhos, mas Kageyama e Hinata podiam se apoiar um no outro e relaxar no calor de vossos braços. Era como ter para quem voltar depois de um dia intenso.
Então, como sempre, ele entendeu os sentimentos do ace.
—Parece ser ótimo ter alguém para abraçar...depois de dias como hoje...—Os olhos grandes de Nishinoya encararam o mais velho com intensidade. Tanta que Asahi chegou a corar.—Está com inveja deles, Asahi-san?
—O que? Eu... eu não...—Azumane não conseguiria mentir daquela forma.—Eu não os desejo mal, mas... seria legal se…
Quando os ombros do moreno se encolheram, os olhos de Nishinoya fizeram o mesmo movimento, cerrando as pálpebras ao pensar numa forma de por um fim naquele sentimento de solidão alheio.
—Bom, você não precisa ficar assim porque...você tem a mim!—Asahi arregalou os olhos, completamente surpreso. Noya se levantou, sentando-se decidido e apontando o polegar para o próprio peito.—Se estiver com frio, pode se esquentar em mim! Se quiser, pode ficar abraçado comigo!
Azumane pensou que morreria naquele momento, será que o líbero tinha ideia do que estava dizendo?
—Ni...Nishinoya...—Ele queria explicar ou falar alguma coisa, mas o martelar de seu coração o impedia e secava a garganta. Seus músculos resetaram para agir por conta própria, e agora ele sorria como um bobo diante da fileira brilhante de dentes do líbero. Não havia nada para lutar contra.—Obrigado.
Talvez estivesse louco, mas quando o brilho do luar atingiu aqueles olhos grandes, Azumane teve a impressão de que Noya sabia exatamente do que falava.
—Certo, então...—Pela primeira vez na vida o líbero sentiu um calor diferente atingir o rosto, marcando seu embaraço ao aproximar um pouco mais o futon do ace e estender os braços em sua direção. Azumane tremeu, tentou desviar o olhar mas este acabou parando nos lábios de Noya e aquela era uma péssima hora para aquilo, e finalmente se deitou e acolheu o líbero entre os braços.
Os cabelos dele fizeram cócegas em seu nariz, e, quando Azumane se ajeitou, Noya estranhou o cavanhaque encostando em sua testa. A falta de costume os fez compartilhar uma pequena risada antes de finalmente os corpos se encaixarem.
Asahi estava certo ao pensar no quão bom seria aquilo, era quente e aconchegante. O cheiro dos cabelos de Noya era gostoso, assim como a pele de Asahi era macia e levou o pequeno a chegar ainda mais perto.
Uma corrente elétrica correu quanto o encaixe foi completo, um arrepio peculiar e emocionante que os fez não querer mais deixar aquela posição. Na verdade, queriam ainda mais proximidade. Como seria se as peles se encostassem totalmente, sem nenhum empecilho?
Somente o pensamento os fazia corar.
Por fim, Asahi engoliu seus impulsos e fechou os olhos, agarrando a cintura de Noya e sentindo o corpo relaxar quando ele abraçou suas costas, uma das pernas grossas ficou entre as do líbero e assim ambos finalmente fecharam os olhos.
Tão maravilhoso...
A noite não parecia mais tão fria…
—Você pode fazer isso mais vezes...—O sono transpareceu na voz do menor, parecia mais fácil de se relaxar daquela forma. Naqueles braços.
—Eu vou fazer.. —Asahi tinha o mesmo pensamento.—Boa noite, Nishinoya…
—Boa noite, Asahi-san…
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