ariane-munhoz Ariane Munhoz

Nenhum presente poderia ser melhor do que aquele envolto por um laço vermelho que Shino carregava embaixo do braço. Mesmo que ele fosse uma pestinha, Shino não se arrependia. Aquele era o melhor presente que já havia dado em toda sua vida. - Para TiaTatu


Fanfiction Anime/Manga All public.

#naruto #fns #naminhamesafns #Shiba #ShinoKiba #yaoi #Akamaru #universo-alternativo #ua #romance #comédia #Shino #kiba
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O melhor amigo do homem


- Naruto é um mangá que se tornou anime e não me pertence;
- Imagem da capa retirada da internet, créditos ao autor;
- Fanfic feita para o desafio relâmpago da FNS que leva as tags #FNS e #NaMinhaMesaFNS;
- Tema: "Quem diria que a fofura de uma criança/pet poderia nos unir assim?"
- Presente para Tia Tatu porque fica me enchendo desses plots.

Aqui estou eu, nunca desistindo de encher vocês de fics.

E, lembrem-se, pessoal, se adquirirem um pet, levem-no ao veterinário! E, antes de adquiri-lo, tenha certeza de que pode arcar com os gastos. É uma vida, não um brinquedo!

Boa leitura!

***

Akamaru preparou-se para o bote. Aproximando-se de maneira silenciosa e mortal. Apenas a alguns metros de sua presa. Ergueu a cauda, alerta a qualquer movimento. Sentindo o cheiro que era tão característico daquele humano que lhe pertencia.

Balançou os quadris, preparado para o salto...

E mergulhou com tudo na cama!

− Agora eu peguei você! – Shino saltou de lugar nenhum, escondido entre o vão da cama e do guarda-roupa, mergulhando com o lençol sobre Akamaru. O cachorro ganiu. – Kiba! Ele está comigo! Prepare a banheira!

Traído! Ele havia sido traído por seu humano favorito!

Choramingou. Parecia que daquela vez, não escaparia do banho.

− É para o seu bem, Akamaru, precisamos nos livrar das pulgas. – Coçou atrás da orelha do cachorro que ainda se sentia traído.

Quem diria que, em oito meses, Akamaru se tornaria o centro de tudo para Shino e Kiba fazendo com que o relacionamento deles tomasse outra direção?

X

Shino estava nervoso.

Ele e Kiba já vinham saindo há algum tempo, mas apenas em encontros casuais, que geralmente terminavam em seu apartamento ou no dele, já que moravam em lados extremos da cidade de Tokyo, para onde Kiba havia se mudado há apenas dois meses.

Por pura sorte, encontrara Shino no metrô, completamente perdido porque havia dormido dentro do transporte! Quem diz não acreditar em acasos, jamais conheceu esses dois. Porque naquele exato dia, o carro de Shino estava no conserto e ele precisou ir para o Hospital Veterinário por ali.

Mas Kiba era o desespero em pessoa e ninguém parecia muito disposto a ajudá-lo. Talvez pelas roupas de aspecto um pouco rasgados, uma tendência em moda para alguns jovens.

Shino ficou receoso a princípio, não por medo do rapaz, mas que ele se perdesse completamente. E, como seu trabalho era mais próximo do local onde Kiba desceria, resolveu levá-lo até a estação correta.

Ato contínuo, Kiba lhe contou toda sua vida dentro do período de trinta minutos. Que ele havia saído de uma pequena cidade no interior chamada Konoha, sendo o primeiro de sua família a perseguir os próprios sonhos daquela maneira.

Pois a mãe criava gado de leite e produzia seus subsídios com a ajuda da irmã, Hana, uma vez que o pai deles era um desgraçado que havia sumido no mundo.

Crescera em meio aos animais da fazenda e tinha um amor incondicional por eles. Mas cursar uma faculdade que os envolvesse estava fora de cogitação. Pois não suportava a parte do sofrimento!

Optou por algo mais em conta, um curso de DJ, já que durava menos tempo e poderia conseguir trabalho mais rápido.

Shino ficou impressionado que Kiba tivesse tamanho conhecimento sobre música eletrônica, assunto que durou o restante do caminho. E quando percebeu, já estavam na estação onde ele deveria saltar.

Kiba agradeceu de maneira profusa, dizendo a Shino que queria ao menos dar-lhe uma boa refeição como forma de gratidão. Embora Shino tivesse insistido que não, desconfiava que era o único – ou mais próximo de – amigo que Kiba possuía ali, tendo chegado há tão pouco tempo. Por isso, aceitou.

Para que não perdesse tempo, entregou-lhe um cartão que dizia que era veterinário. Embora impressionado, Kiba não teve tempo de expressar-se, pois as portas do vagão se fecharam.

Mas poucos segundos depois, Shino recebeu uma mensagem:

“Na minha casa hoje, as 20:30. Farei um jantar delicioso!”

E foi assim que tudo começou entre eles. Com um desastre culinário que culminou com Shino na cozinha servindo o jantar com o que encontrou na geladeira de Kiba, pois ele havia conseguido queimar a lasanha que colocara no forno. Pedindo mil desculpas. E recebendo um sorriso acalentador em troca.

Agora, meses depois, Kiba costumava arrumar a mesa enquanto Shino fazia o jantar. E cuidava dos pratos e da pia. Tudo muito bem dividido para que ninguém se exaurisse.

Eles não souberam muito bem quando o apartamento de Kiba se tornou mais cômodo e as coisas de Shino foram parar lá. Mas simplesmente aconteceu.

E hoje, faziam seis meses de namoro. E Shino tinha o presente perfeito embaixo do braço, com uma fita vermelha no pescoço.

X

Mas quando chegou ao apartamento, viu-se surpreendido por um belo jantar. A cozinha estava uma bagunça, e Shino nem queria chegar perto. Mas não havia cheiro nenhum de queimado. Ao invés disso, viu velas empilhadas sobre copos que estavam de boca para baixo. Vermelhas e natalinas, mas provavelmente na promoção.

Estavam acesas, e sobre a mesa havia uma travessa com salada fresca.

Foi impossível esconder a surpresa ao ver Kiba vindo da cozinha com uma travessa da lasanha que lhe prometera no primeiro dia em que se conheceram.

− Dessa vez eu não queimei, Shino! – Abriu um largo sorriso. Notando a caixa embrulhada na mão do namorado. – Aaaah! O meu presente está no quarto! Que tal jantarmos primeiro? Tô faminto!

Shino coçou a nuca, não sabendo se seu presente gostaria de esperar tanto. E, quando o cheiro da lasanha se tornou mais intenso, ele teve certeza. Pois o filhotinho ganiu dentro da caixa.

− Ne, Shino, seu presente está chorando. – Kiba arregalou os olhos.

− Sobre isso... – Shino colocou a caixa no chão e o filhote saltou lá de dentro, feliz e fazendo festa para Kiba.

Era impossível descrever a expressão de alegria nos olhos de seu namorado. Como se estivesse redescobrindo o mundo.

− Shino! Pra mim? Mesmo? – Arregalou os olhos, agachando-se após tirar as luvas e pegar o filhote, que tinha um enorme laço vermelho no pescoço. – Ele tem nome?

− Ainda não. Pensei em deixar que você escolhesse. Quando o vi sozinho, o filhote mais mirradinho de sua cria, sabia que deveria ser seu. É de uma cria onde todos nasceram com a pelagem chocolate, exceto ele. – Shino deixou ao lado a outra sacola. Contendo a caminha, ração, potes para água e comida. Coisas básicas para a sobrevivência de um filhote em sua primeira noite.

− Akamaru. – Ele disse, sorridente. O cachorro latiu, feliz. – Hey, Akamaru, você gostou? – Ele latiu novamente.

Shino sorriu. Sabendo que a noite romântica estava arruinada. Mas nunca vendo seu namorado tão feliz assim.

X

Porque ele sabia que Kiba passava mais tempo em casa, e ficar sozinho o deixava triste. Akamaru tornou-se uma luz em sua vida, trazendo alegria, e sendo um motivo para fazê-lo acordar cedo, levando-o para passear todos os dias pela manhã e antes de sair para o trabalho, à noite, pois conseguira um bico como garçom em um bar de baladas enquanto não se formava. Às vezes, até lhe permitiam tocar algumas faixas dependendo da noite.

Shino foi responsável por dar-lhe todas as vacinas e talvez isso não tivesse sido boa ideia, pois fez com que Akamaru criasse certa antipatia por ele. Sempre comendo seus sapatos enquanto deixava os de Kiba intactos. Tudo piorou depois que o castraram, pois não queria correr o risco de que ele levantasse a perninha.

Depois disso, o ódio a Shino foi decretado para sempre e sempre.

Mas o que importava, é que Kiba estava feliz.

X

E assim, os meses transcorreram com calma. Kiba trabalhando feito louco e Shino virando noites estudando e trabalhando no hospital, pois estava próximo de concluir sua pós-graduação na área de cirurgia, especialização que seguia com muito afinco e com mão de ferro.

Kiba tinha muito orgulho dele!

E mesmo que Akamaru seguisse destruindo seus calçados e suas meias, Shino aprendeu a lidar com o filhote brincalhão, descobrindo que tudo o que ele queria era um pouco de sua atenção. Fazendo com que dividisse os passeios com Kiba, mesmo que isso significasse fazer isso virado de uma noite intensa de plantão no hospital.

A partir daí, as pirraças de Akamaru diminuíram, embora ele continuasse insistindo em lhe despertar com saltos intensos pela manhã. Fator que não era problemático quando Akamaru pesava três, cinco... até sete quilos. Mas tendo crescido demasiadamente, agora tinha dezoito quilos com sete meses de idade! E aquilo havia se tornado um pouquinho doído.

Precisaram adestrá-lo, é claro, tarefa que não foi nada fácil e demandou muita atenção por parte do adestrador. Mas acabou rendendo bons frutos, com Akamaru parando de tentar roubar o jantar e se comportando até receber sua recompensa.

Quanto aos saltos fenomenais sobre Shino pela manhã, não havia acordo. O cão não abria mão daquilo de jeito nenhum. Ou de dormir com eles.

Eram voto vencido. Akamaru era o rei.

X

Mas naquele dia, após ter pego pulgas ao encontrar-se com outros cães no parque onde Kiba costumava levá-lo, Akamaru não teve escapatória. Sabia o que aquilo significava: banho com água e sabão. E isso ele odiava! Principalmente a parte do secador barulhento.

Por isso, Shino armou aquela cilada! E Akamaru havia sido completamente traído por Kiba! Ele deveria entender!

Mas no fim, ganindo em protesto, percebeu que não haveria outra escolha. E Shino acabou entrando de roupa e tudo com ele embaixo do chuveiro.

− Já é tarde demais para mim, Kiba! Se salve! – exclamou da maneira dramática que o próprio namorado costumava fazer. Mas ao invés disso, Kiba apenas gargalhou, entrando na brincadeira que deixou Akamaru mais tranquilo por ter os dois ali.

Era tão raro que brincassem juntos com ele!

− Não o deixarei partir sem mim, meu amor! – E saltou com roupa e tudo para dentro da banheira que ficou pequena demais para um cachorro gigante em crescimento e dois homens adultos.

Mas o importante é que conseguiram dar banho em Akamaru. E livrá-lo de todas as pulgas!

X

Após o banho e a troca de lençóis, a parte de secar foi a mais difícil. E, dando um comprimido para combater as praguinhas restantes, os dois decidiram passear com Akamaru para que ele secasse ao ar livre. Já que o secador o apavorava.

− Acho que dá próxima vez podemos tentar o petshop. – disse Shino. – Talvez ele se comporte mais.

Havia um sorriso tranquilo em seu rosto. Fator que se tornou mais frequente com a presença de Kiba constantemente em sua vida.

− Duvido que ele vá se comportar. – Deitou a cabeça em seu ombro, jogando o disco de frisbee para que Akamaru o pegasse no ar.

Shino soltou uma risada nasalada.

− Eu também.

Kiba pareceu pensativo por um momento, entrelaçando os dedos aos seus.

− Obrigado por esse presente maravilhoso. Você e Akamaru foram a melhor coisa que já me aconteceu. – Sorriu de maneira singela.

Shino também sorriu para ele, beijando-lhe os lábios de leve. Ao que Akamaru saltou sobre eles com a pata em seu peito. Lambendo os dois.

− É, garotão, vocês dois também foram os melhores presentes da minha vida.

Mesmo com todas as lambidas, pulgas e pelos nos lençóis e na casa, Shino tinha certeza que Akamaru os havia aproximado mais do que qualquer outra coisa e Shino era grato por isso.

E, claro, seus humanos jamais saberiam, mas aquele plano de uni-los até o fim da vida havia sido algo que Akamaru tinha arquitetado desde o início! Sua operação cãopido havia sido um sucesso!

Notas:

Mais um dia, mais um desafio, mais uma fic. Eu nunca me canso disso, hahaha.

ShinoKiba é muito amor e deve ser espalhado de todas as formas possíveis. Espero que gostem!


April 22, 2018, 8:10 p.m. 3 Report Embed Follow story
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The End

Meet the author

Ariane Munhoz Dona de mim, escritora, louca dos pássaros, veterinária e mãe dos Inuzuka. Já ouviram a palavra Shiba hoje?

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Políbio Manieri Políbio Manieri
OLHA QUE LINDEZA. OLHA QUE MARAVILHA. OLHA A PERFEIÇÃO DO OTP. Mulher eu nunca tinha visualizado as probabilidades de shiba até a igreja brotar na minha vida e agora eu to me pegando apresentando os dois pras pessoas como otp número 3! É AMOR DEMAIS EU NÃO SEI SE AGUENTO! É a coisa mais preciosa do mundo que eles sejam tão apegados aos animais e que isso pode acarretar nas situações mais inusitadas e graciosas possiveis! Eu to muito feliz depois dessa one pq AI MEU DEUS QUE NENEEEENS. Você, ordinária, dona e proprietaria do ship ainda me mata de tanto amor!
May 09, 2018, 12:21
Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
EU QUERIA TE XINGAR, MAS OLHA QUE COISA MAIS NENÉM E LINDINHA? MEU CORAÇÃO TÁ TAO QUENTINHO... OLHA COMO ELES SE CONHECERAM, OLHA O KIBA FAZENDO JANTAR, OLHA O AKAMARU AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA EU QUERO MORDER OS PERSONAGENS DESSA FIC
April 23, 2018, 02:07

  • Ariane Munhoz Ariane Munhoz
    A Kaline me disse que achou que o Kiba não podia ficar mais fofo, mas que essa fic prova o contrário. E ela foi tão gostosa de trabalhar! Fluiu toda ontem, haha. Fico feliz que você tenha gostado, sua arrombadinha do meu coração <3 April 23, 2018, 09:49
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