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Capítulo Único.

KyungSoo levou a garrafa de Askov aos lábios trêmulos, fechando os olhos pesados. A caneta tombou de seus dedos, com a mente nublada e coração nu, o celular em cima da mesa no viva-voz demonstrava o quão deprimido o Do podia estar; era poeta, afinal. Tristeza era requerimento básico.

– Eu sinto sua falta, 'cê sabe... – tragou o beck uma outra vez, observando a fumaça rasa se esvair.– É sempre sobre ti, primeiro amor a gente nunca esquece.

Rascunhou as palavras ditas no papel amassado.

Você 'tá chapado, Soo. Por favor, vai descansar.

– Eu não consigo dormir, BaekHy.

Silêncio.

Nem escrever?

– Nem escrever.

O Byun sempre fora melancolia e inspiração, mas cada vez mais KyungSoo se esquecia de BaekHyun, e cada vez menos o sentia. E ninguém o destruía como a partida de BaekHyun fazia.

Você é escritor, meu bem. O que te faz não escrever?

– Não sinto, BaekHy. Nada.

'Cê é poeta, fingidor. O que te leva a me ligar outra vez?

Outro trago, era poeta, fingidor, finge dor, finge amor; fingia a falta que o Byun fazia?

– Eu já disse, eu sinto tua falta. Vale lembrar isso uma última vez, não?

Você não vai morrer, Soo, por favor. – pediu.

– A gente morre, BaekHy. A gente morre no meio de uma frase, no meio de um amor, morre no meio de uma vida.

E Do KyungSoo matou a poesia quando fez de Byun BaekHyun suas entrelinhas.

Silêncio, tiro e queda.

Poetas de 19 morriam de bebedeira, de 14 ou de 37. De suicídio ou de inspiração.

Eram 4h20 quando o beck já queimava teus lábios e o escritor morreu.

Mas você ainda não morreu para mim.


April 2, 2018, 2:06 a.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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dragwn aid — [₊˚.༄] stupid trying to pin significance onto everything. #⃞'ROCK 'N' ROLL !不条理! instável & absurdista. › soukoku & oikage & asheiji.

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