zephirat Andre Tornado

É madrugada na lua verde de Endor. Os festejos que comemoraram o fim do Império Galáctico já esmoreceram, o silêncio anuncia um novo dia, uma nova era de esperança, de prosperidade e de paz. A princesa e o contrabandista estão juntos e partilham uma proximidade cúmplice, um sentimento forte e muito desejo…


Fanfiction Movies For over 21 (adults) only. © Star Wars não me pertence. História escrita de fã para fã.

#Star-Wars #Guerra-das-Estrelas #Han-Solo #Leia-Organa #hentai #sexo #princesa #Contrabandista #Endor #Fim-da-guerra #amor
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Capítulo Único


A madrugada despontava no horizonte húmido. Eles ainda não tinham adormecido. Quem poderia numa noite como aquela – em que se celebrava a libertação da galáxia? Os festejos tinham-se prolongado até altas horas e todos tinham festejado até caírem, literalmente, de cansaço. Era como se ninguém quisesse dormir para não entrar num sono que lhes revelaria que tudo não passava de um sonho. Era como se temessem estar a acreditar numa mentira imaginada pelas suas mentes cansadas de tanta guerra, sofrimento e perdas.


Não era um sonho, todavia.


A realidade era aquela, muito concreta, verdadeira, real. O Império Galáctico tinha sido derrotado e a galáxia iria ter, por fim, uma nova organização política que se ocuparia da manutenção da ordem, do desenvolvimento dos povos, da pacificação dos conflitos, melhor distribuição da riqueza, mais oportunidades para todos, leis mais justas.


O fogo-de-artifício tinha iluminado o céu noturno e as explosões luminosas e coloridas, que enfeitavam o firmamento de imensas flores redondas, compostas por milhentos pontos de luz, parecia inesgotável. Rebentara ininterruptamente durante largas horas, sons fortes como pancadas celestiais imensas para afastar as más memórias. Quando terminava uma apresentação, surgia logo outra. Soubera-se depois que havia fogo-de-artifício em vários sistemas da galáxia, festa igualmente sonora e imparável, desregrada e eufórica como naquela lua verde de Endor, localizada na Orla Exterior.


A sensação de vitória era premente. Palpável. As vibrações mornas da felicidade de se ter conquistado a paz contagiavam toda a gente. Havia música e dança. Abraços aliviados de amigos e camaradas de armas. Sorrisos impossíveis de apagar dos rostos exauridos.


A festa fora imensa e haveria de continuar nos corações de todos, como recordação e como motivação para se avançar com a incrível e esmagadora tarefa de reerguer a democracia onde antes lavrara a ditadura. Assim era no coração da princesa de Alderaan, Leia Organa, antiga senadora, rebelde convicta.


Os ruídos no exterior já se tinham acalmado, indicando que aqueles que se divertiam tinham finalmente sucumbido à fadiga, embora fosse uma exaustão reconfortante, edificante e prazerosa. Wicket também já tinha adormecido. Não o escutavam a remexer-se na porta da cabana, a soltar os seus guinchos característicos, sinais da excitação e da felicidade do pequeno ewok. A sua tribo tinha combatido naquela tarde, muitos ewoks tinham perdido a vida, a sua contribuição na batalha tinha sido decisiva – fora ele que imaginara os planos para derrotar, com armas rudimentares, as máquinas de guerra imperiais, nomeadamente os walkers AT-ST – e por isso, os ewoks sentiam-se à vontade por celebrarem com a mesma intensidade dos rebeldes que os haviam recrutado. Depois de chorados os mortos, foram honrados como guerreiros heróis. E tinham cantado, bebido, dançado, comido, rido. Wicket tinha sido dos mais entusiasmados.


Então Wicket já dormia, mas Leia Organa não conseguia pregar olho. Tinha o espírito a vibrar de emoção, de euforia, de mil ideias sobre o futuro. Explicava cada pormenor com uma devoção contagiante. Dissertava sobre aspetos de estratégia política. Recordava parceiros que seriam eventuais aliados. Imaginava a reconstrução gloriosa de um mundo pelo qual ela lutara acirradamente. Nunca se vangloriava pela conquista, não pretendia louros pelos sacrifícios feitos. O passado não era o seu argumento. O seu exercício de oratória destinava-se a inventar os dias que estavam por vir com a paixão dos criadores, dos construtores, dos altruístas.


Olhou para o contrabandista de Corellia que a acompanhava no monólogo. Simplesmente contemplava-a, tentando intervir o menos possível. Quando o olhar aceso da princesa se pousava nele, Han Solo traçava uma resposta muitas vezes monossilábica, algumas vezes uma frase maior, afirmativa, a replicação da ideia defendida por ela. Nunca a perturbava, nem cortava o seu raciocínio, temendo não dizer a coisa certa, aquilo que ela esperava que ele dissesse.


Leia encostou-se ao pilar que sustentava a cabana. Estiravam-se no chão do apartamento coberto com folhagem fofa que num canto onde o volume era maior lhes serviria de cama, para dormir se tivessem disposição para tal. Ela sentava-se, ele deitava-se sobre o seu lado direito, apoiando a cabeça na mão, o braço dobrado, cotovelo no colchão natural. As suas posições estavam de maneira a que mantivessem um permanente contacto visual. Melhor dizendo, ela falava e ele observava-a.


Ela perguntou, séria:


- Estou a falar demais?


- Não! Gosto de te ouvir a falar…


O wookie que acompanhava Han, o inseparável e fiel Chewbacca, copiloto da Millenium Falcon, estava com Wicket e os dois dormiam no lado de fora da cabana feita de ramos entrançados. A aldeia dos ewoks construía-se sobre plataformas elevadas suportadas pelas grandes sequoias da floresta daquela lua santuário. A sua arquitetura invulgar fazia que fosse indetetável a partir do solo. Era um lugar estranho, primitivo, mas que se revelou acolhedor e muito seguro quando foram aceites pela tribo dos guerreiros peludos. Foi também perfeito para a festa que celebrou o fim da guerra.


Han tinha a mão esquerda pousada na coxa de Leia. Estava imóvel, criando uma poça de calor que trespassava o tecido da saia que ela vestia e que contaminava a pele. Mas de vez em quando movia-se devagar numa única carícia, os dedos passeando-se lânguidos num movimento circular, espalhando a sensação quente por uma área maior. A princesa arrepiava-se e a sua voz tornava-se mais veemente e aguda.


Ela desenhou um sorriso ténue.


- Hum… Por que será que não acredito totalmente nisso?


- Estou a dizer a verdade. Gosto de te ouvir. Simples.


Uniu as mãos e prendeu-as entre as pernas, puxando o tecido para que se moldasse numas calças. Sentia-se mais à vontade vestindo calças do que vestidos, mas os ewoks tinham sido simpáticos e tinham-lhe oferecido aquela peça de vestuário, logo quando ela tinha sido salva por Wicket e na aldeia procurara refúgio dos soldados imperiais que patrulhavam a floresta. O vestido não era bonito, o seu corte era deselegante e o tecido, áspero. Recuperara o vestido com alegria depois do fim da batalha. O seu uniforme cheirava a fumo, o odor metálico das fibras lembrava-lhe os disparos de fogo que queimavam e matavam, lembrava-lhe o sangue derramado para ganhar aquela guerra, tinha suor entranhado e medo quando a vitória parecia impossível.


Ele fez outra daquelas carícias. Ela concentrou-se no calor produzido, no arrepio que lhe afetou as terminações nervosas daquela porção específica de pele, a contradição do quente e do frio. Tentou sorrir para demonstrar que continuava impassível e no comando daquele momento. A eloquência demonstrava que era uma mulher independente e pouco impressionável. A distância polida de um servidor público.


- Tu és um homem de ação – afirmou ela com um certo pedantismo. – Deve ser aborrecido para ti a definição de um plano, a ponderação das várias hipóteses, a tomada de decisão baseada nos prováveis caminhos, o peso da responsabilidade da escolha. Os bastidores do poder pouco iluminados e bastante enfadonhos.


- Um pouco – admitiu ele com um encolher de ombros. – Gosto mais da impulsividade do momento. De decidir com base na minha arma laser. Matar para não morrer.


Uma careta apagou-lhe o sorriso. Replicou quase indignada:


- Han, estamos em paz agora! Julgo que as situações de matar para não morrer vão ser cada vez mais raras.


Quase, porque estava novamente arrepiada.


- Continuam a existir sistemas onde vinga a lei do mais forte, especialmente aqui na Orla Exterior. E acredito que mesmo com o fim do Imperador e de Darth Vader tu e os teus amigos senadores vão ter ainda muita guerra para fazer… guerra de palavras – emendou ele com um ligeiro crispar da fronte – para terminarem de vez com a ditadura do Império.


- Já não sou senadora há tanto tempo… – suspirou ela.


- Mas seguramente que tens amigos poderosos. A Mon Mothma tem-te em alta consideração. E tudo aquilo que me estivestes a contar não são apenas devaneios de uma princesa de cabeça oca. Ou fantasias de uma rebelde lutadora. São, nas tuas próprias palavras… planos!


Era bom estar sozinha com Han. Sentia-se em segurança, completa, feliz e todas essas impressões não derivavam inteiramente da ocasião festiva e singular de saber que a Aliança para a Restauração da República tinha cumprido o seu principal objetivo, derrubar o Império Galáctico e efetivamente devolver a República à galáxia. Ela gostava de estar com ele.


- Planos… sim.


Não se conheceram em circunstâncias normais, ou sequer ortodoxas. Ela estava para ser executada, ele fora resgatá-la, numa ação arriscada de salvamento, com Chewbacca e Luke Skywalker. Embirraram um com o outro, evitavam o contacto pois era faísca certa, mas com o convívio forçado dentro da Rebelião ela acabou por apreciar a companhia dele. Fazia-a rir e as suas atitudes, que ela nunca conseguia prever, eram a seu modo cativantes. Quando fugiam do Império Galáctico, depois de abandonarem o mundo gelado de Hoth, confessaram o que sentiam um pelo outro. Diante da eventualidade de perdê-lo, quando ele iria ser congelado em carbonita, ela declarou que o amava e ficaram unidos para sempre, nessa jura pronunciada num instante extraordinário. A seguir foi o frenesim no Palácio do Jabba, em Tatooine e mais tarde, sem poderem respirar fundo, a missão a Endor.


E ali estavam eles, a olhar um para o outro.


Ela humedeceu os lábios e passou uma madeixa para trás da orelha, cabelo que se desprendera do penteado que ela tinha feito à pressa. Havia pontas soltas por todo o lado, nascidas de um carrapito mal atado. Na festa o cabelo descia-lhe pelas costas, mas para não se enredar quando se deitasse, apanhara-o. Começava sinceramente a acreditar que não iria dormir naquela noite especial.


- Estou a cansar-te com os meus discursos afetados – admitiu ela, pestanejando. Não conseguia deixar de olhar para ele, nem mesmo se piscasse os olhos. Havia um feixe trator a atraí-los, escudos defletores a serem desligados, um por um. – Com os meus planos.


- Nunca me cansas, princesa.


- Estás a ser simpático…


Naquela observação a voz enrouqueceu-lhe.


Ele, num impulso repentino, soergueu-se e colou os seus lábios aos dela.


Um beijo rápido, mas intenso. O calor que ele lhe transmitia com a carícia na perna tinha sido transferido para a boca. Ela sentiu o choque térmico ou teve essa impressão esquisita, que misturava, mais uma vez quente e frio. Arregalou os olhos e quando deu por si estava a olhar para a cara do general a escassos milímetros da sua.


- Han…


O sorriso dele foi torto, convencido, típico.


Não explicou nada, nem, pelos vistos, tencionava fazê-lo. Com uma agilidade surpreendente ele sentou-se sobre as pernas e, sem tocá-la mas nunca perdendo a proximidade, mantendo as suas mãos em baixo, deu-lhe um segundo beijo. Uma exploração mais ousada e mais lenta dos lábios. Somente lábios.


Ela não devia debater-se ou dizer qualquer coisa que fosse inapropriada e cortasse o ambiente cúmplice que se tinha gerado entre eles. Apetecia-lhe falar, claro que lhe apetecia, para quebrar a timidez que a fizera subitamente corar, mas por outro lado o instinto feminino gritava-lhe para que se deixasse de controlos e de pruridos, que se deixasse ir, que aproveitasse o instante, a loucura.


Sempre tão ponderada, sempre tão analítica, Leia Organa!


Ela fechou os olhos, corada, frenética, o sangue a ser bombeado pelo coração como se tivesse acionado, no seu sistema circulatório, e se o houvesse, o hiperpropulsor que a levaria a viajar à velocidade da luz. Concentrou-se na sua boca que Han beijava com tanta… qual era a palavra que queria empregar? Com tanta experiência.


Foi devagar e sem ser demasiado forçado, bruto ou inconveniente, o general sabia bastante bem com quem estava a lidar, um passo em falso e seria escorraçado dali com gritos e perderia o acesso àquela estação blindada. Ela entreabriu os lábios deixando que a língua dele entrasse, porque ela também queria prová-lo mais profundamente e deixara-se seduzir por aquele beijo lânguido e tão, tão perfeito.


Depois ela gemeu e estremeceu. Ele percebeu que ela precisava de mais. Abraçou-a e puxou-a contra si, entalou-a num amplexo apaixonado e exigente, fê-la sentir o seu coração que palpitava igual ao dela. As sensações estavam aumentadas, a eletricidade ligava-os entre centelhas que estralejavam na imaginação.


Leia sentiu-se derreter em luz nos braços de Han. Fogo e cintilações rodeavam-nos. Ela ora estava a ver o espetáculo, ora era personagem desse espetáculo. Viajava extasiada entre a contemplação da paixão que unia dois seres pelos respetivos lábios e a impressão de ser um desses seres. A temperatura era escaldante e ela ansiou que a união continuasse, que se estabelecesse noutras áreas do seu corpo que clamavam por preenchimento e pelo toque. Os seus mamilos estavam rijos debaixo do pano do vestido, a sua vagina inflamava-se com uma carência pungente, a sua pele inteira exigia ser acariciada.


Ele também queria mais. Notava-se a emergência contida, o arfar abafado, o suor que rescendia do seu corpo. Estava mais cauteloso do que habitualmente era. Devagar, medindo cada gesto para não desfazer a perfeição do cenário, deitou-a sobre a folhagem. Leia ofegou quando ele transferiu os beijos para o pescoço e entre os ósculos provocadores ele passou a chupar e a lamber. As costas dela arquearam-se e mais luz entrou para o seu campo sensorial. Chamas ígneas de uma luxúria possante que a dominavam e que exigiam a sua rendição.


E ela rendia-se. E ela queria absolutamente entregar-se àquele homem.


Num minúsculo instante de lucidez, ela percebeu o que era aquilo que ela visualizava e experimentava em ondas quebradas, que iam e vinham, nem sempre nítidas, nem sempre compreensíveis, ocasionalmente expandidas na totalidade. Toda aquela luz era a Força. Ou provinha da Força, não conseguia explicar devidamente o conceito. Era inexperiente naquele poder, tinha-o descoberto havia relativo pouco tempo. E se ela sentia…


Colocou as mãos nos ombros de Han, empurrou-o delicadamente.


- Han… Não…


- O que foi?


Leia fechou os olhos, a garganta estava estrangulada de vergonha.


- Luke…


O general piscou-lhe o olho, sussurrou:


- Eu tento não fazer muito barulho.


- Não é isso… Ele… Ele pode sentir.


- Se ele pode sentir então deve estar a sentir-nos há algum tempo. Já se deve ter desligado ou qualquer coisa assim. Está demasiado quente… aqui.


Ela impacientou-se e falou alto:


- A Força não funciona assim!


Ele afastou-se, sentou-se ao lado dela, passou uma mão pelos cabelos. Pelos vistos a sua atuação cuidadosa tivera falhas e ele estava frustrado. Perguntou impaciente, sem olhar para ela:


- Queres que vá falar com ele? Para ele ir-se embora? Qual é a distância mínima para ele deixar de nos sentir? – Resmungou: – Oh, a Força não funciona assim…


- Não, fica aqui!


A mão dela agarrou-o pelo colete, estrangulou o tecido. Leia conseguiu engolir a pouca saliva que tinha na boca. Fora inconveniente, fora estúpida. Não estava a aproveitar o momento. O seu corpo corroía-se em ansiedade por ele. Desejava-o, faminta. Queria-o. Sim, queria-o como uma mulher deseja um homem.


Han retomou as carícias na coxa. Ela susteve a respiração quando ele meteu a mão pela saia e tocou na coxa firme e musculada.


- Não fiques com vergonha, princesa… Eu também quero.


Leia mordeu os lábios. A sua cabeça oscilou como que numa afirmação, à qual faltou a convicção e ficou simplesmente a meio dessa declaração positiva, movendo a cabeça de um lado para o outro. Han já se tinha aproximado e estava a beijar-lhe a orelha, passando a língua pelo lóbulo.


- Quero muito – completou num sopro.


Como se ele tivesse lido os seus pensamentos. Ela tentou responder.


- Eu…


A maldita hesitação tolhia-a.


- Não te preocupes, querida… O Luke de certeza que se afastou, mas acredito que estará a dormir. É muito tarde… Ou demasiado cedo.


Envolveu os lábios dela com os seus e demorou-se naquele beijo molhado. As suas mãos tentavam ultrapassar o cinto que cingia o vestido na cintura, queriam subir mais e alcançar-lhe os seios. Ela não usava roupa interior, mas detetou umas calças curtas que lhe cobriam as partes íntimas e suspirou, contrariado. Esperava um acesso mais livre…


Leia afastou o rosto.


- Ele não está a dormir… Eu… Eu também consigo sentir.


- Desliga-te, amor… Não vais querer partilhar isto com o teu irmão.


- Talvez se fosse falar com ele…


- Eu não posso… e tu podes?


Han zangou-se e levantou os braços, como se se estivesse a render.


Leia não iria perdê-lo. Não, naquele dia de supremo triunfo.


Atirou-se a ele num abraço sôfrego.


- Por favor… Perdoa-me. Eu… Estou nervosa. Sou melhor a falar… E o Luke… Tens razão, ele vai afastar-se. Não saias daqui, por favor. Não quero ficar sozinha. Quero amor. A guerra terminou.


Na mesma sofreguidão, arrancou o vestido, despiu os calções, a blusa justa que lhe moldava o peito e desnudou-se.


Han pestanejou, de boca entreaberta.


Estavam os dois de joelhos, de frente um para o outro.


Os olhos dele fixavam-se nos seios dela. Redondos e maravilhosos.


Leia tapou-os com os braços, baixando o olhar. Colocou uma mão sobre a púbis.


Ela tremia, ele apreciava aquela insegurança.


Só se tinham deitado juntos e feito amor uma única vez. Acontecera antes da reunião da Aliança que comunicava o ataque a Endor. Quando tinham ido descansar, a bordo da enorme nave espacial que servia de quartel-general, ele convidara-a para o seu quarto. Como podia ser a última vez que estariam juntos, ela tinha aceitado. Nessa altura não tinham conversado. Ela, simplesmente, tinha-se oferecido à exploração dele. Despiram-se, deitaram-se, copularam. Sem grandes preliminares ou fantasias.


Ele não se espantara que ela não fosse virgem, mas por outro lado espantara-se com a sua falta de à vontade no ato sexual. Fora um momento mecanizado, rápido, até constrangedor. Sem paixão ou mesmo volúpia. No fim, ela vestira-se e seguira para os seus aposentos sem se despedir. Ele não exigira saber mais, porque as horas findaram, aconteceu a reunião tática e partiram para Endor a bordo do vai-e-vem imperial furtado Tydirium.


Agora tinham tempo para corrigir o que tinham experimentado antes. Agora podiam colocar calor no ato de estarem juntos, como um homem e uma mulher.


Afastou-lhe os braços do peito, beijou-a e depois sorriu-lhe. Conduziu-a devagar para a cama improvisada e deitou-a com toda a delicadeza que conseguiu inventar, porque ele tinha uma certa dificuldade em ser terno, não condizia com a sua natureza. Mas a princesa merecia que fosse amada com todos os preceitos e ele preparou-se mentalmente para a perfeição. Embora estivesse ligeiramente apavorado…


Despiu-se o mais rapidamente que conseguiu, descartando colete, camisa, desafivelando o cinto, livrando-se das calças, das meias, das cuecas.


Deitou-se ao lado dela e fez-lhe uma longa festa que começou na coxa que estivera a acariciar durante toda a noite e que foi subindo pela anca, pela curva da cintura, pelo torso. A sua mão grande e quente estacionou sobre um seio e massajou-o lentamente. Os olhos de Leia, húmidos e expectantes, brilhavam como estrelas e ele inclinou-se. Ela julgou que seria para outro beijo nos lábios que abriu sugestivamente, vermelhos e tão húmidos como os olhos, mas ele tinha escolhido outro alvo.


Chupou o mamilo que segurava entre os dedos e ela ofegou. Estimulada pelas lambidelas naquela zona erógena, começou a gemer e a mexer-se em suaves espasmos, ondulando o corpo que exigia mais contacto. Contudo não estava mais solta do que há pouco, reagia controladamente, tentando suster os suspiros e procurando calar-se. A sua respiração ficava cada vez mais irregular.


Han abocanhou o seio e levou os dedos ao meio das pernas da princesa, fazendo a viagem inversa numa carícia leve para deixá-la mais ardente – torso, curva da cintura, anca, coxa.


Ela estava molhada e recetiva. Ele acariciou-a demoradamente. Enrolava os pelos púbicos, calcava o ponto sensível, brincava na abertura e ocasionalmente introduzia os dedos.


Leia arqueava as costas ao sentir a penetração. E depois relaxava relutante quando ele retirava os dedos. A brincadeira repetiu-se. Os dedos entravam e saíam, indo cada vez mais fundo a cada repetição. Ela cerrava os olhos com força, ainda agarrada à sua timidez. As mãos fechavam-se em punhos sobre a folhagem, arrancando tufos ao entrançado fofo que lhes amortecia os corpos. Da parte dele, estava pronto. Tinha o sexo duro e latejante.


Agarrou-lhe nos braços, colocou-os paralelos à cabeça dela e deu-lhe um longo beijo, enrolando as línguas. Trepou para cima de Leia e Leia abriu-lhe as pernas, afastando-as para o lado num movimento rápido, como uma pinça que se abria na sua máxima elasticidade.


Ele ajoelhou-se entre as pernas dela, esfregou o pénis.


- Querida… Vou amar-te como me pediste.


- Sim… Sim, Han! Entra dentro de mim – implorou ela ofegante.


Ele penetrou-a num único movimento bruto. Deslizou literalmente para aquele interior escaldante, apertado, fragrante, palpitante. Os seus quadris encaixaram-se perfeitamente. Ele pediu-lhe que enrolasse as pernas nele, queria-a perto, queria-a bem junto de si, queria ir o mais fundo possível. Ela fez o que ele lhe pedia.


Movimentou-se rapidamente, respirando com ela na mesma aflição que os deixava asmáticos e gemebundos. Dentro e fora, dentro e fora nesse bailado oscilante, nessa união em que estavam mais cúmplices do que nunca. Ela gemia, ele calava-lhe esses gemidos com beijos aflitos. Ela suspirava, ele sugava-lhe o pescoço com uma ânsia violenta. Segurava-lhe os pulsos acima da cabeça, ela revirava as mãos. Ela exigia velocidade clamando o nome dele, ele obedecia entusiasmado.


Os dois eram luxúria, eram paixão.


Eram amor prometido, jurado sob as estrelas da lua santuário de Endor.


Haveria estrelas, naquela madrugada bela?


Sim, havia-as. Milhões de estrelas livres.


A princesa de Alderaan era finalmente livre. O contrabandista de Corellia era finalmente livre.


As investidas eram tumultuosas, insistentes, imparáveis. Ele não abrandava o ritmo, ele queria tudo de uma vez. Sempre fora assim com todas as suas amantes. Devorava as mulheres porque não tinha tempo a perder, estava sempre a fugir de alguém, em constante perigo, em permanente evasão.


Já não queria ser cuidadoso, tinha-a onde a aprisionara com a sua sedução. Estava a possuí-la sem qualquer decência e não se incomodava, porque sentia-a totalmente sua, sentia-a carente, desvelada, rendida. Os dois inflamavam-se nas emoções partilhadas. Ele não abrandava a cadência, ela rebolava-se debaixo dele. Ele empurrava-se de forma bruta para o interior de Leia.


E Leia não protestava. Estava a gostar da posse irracional, da entrega completa, de ter a luz que os amparava, ele e ela, em cintilações maravilhosas, luz mais intensa do que a estrela mais brilhante da galáxia, luz que se matizava em explosões que fingiam manchas de incríveis cores. A Força embriagava-lhe os sentidos e mergulhava-a num transe de inexplicável prazer.


E Leia sussurrava o nome dele em soluços:


- Han… Han!


O orgasmo aconteceu de repente. Leia contraiu-se e movimentou-se como um fathier acorrentado aos coices. Ele era forte e susteve aquele ímpeto. Enterrou-se mais naquela vagina pulsante e ejaculou num urro que abafou na curva do ombro dela.


Deixaram-se ficar unidos enquanto recuperavam o fôlego.


O riso de Leia. Han olhou-a no rosto.


- Já podes largar-me os braços…


- Oh… Claro. – Ele abriu as mãos. Não se tinha apercebido que a mantivera cativa e numa pose de submissão, pulsos bem amarrados com os seus dedos, braços ao alto. Tinham-se tocado somente com a boca e com o sexo.


Ela abraçou-o por fim, ele depositou a cabeça suada no peito dela. Continuavam unidos. Os fluidos escorriam pelas suas partes íntimas e o odor que se espalhava pela cabana era pungente e denunciador. A intensidade diluía-se e os primeiros raios do sol que nascia naquele mundo sossegado introduziam-se pelas frestas, lançando fitas de luz no ambiente tépido da cabana, dardos hirtos de luz.


Leia levantou os olhos para o teto quando escutou o ressonar de Han que tinha adormecido nos seus braços. Sorria ainda. Respirou fundo e nutriu aquele sentimento, acalentando-o na sua alma que vibrava com as notas musicais dos momentos que tinha vivido nas últimas horas. A vitória da Aliança. A sua esperança no futuro. Fazer amor com Han.


Era felicidade.


Sim, estava feliz.


Luke tinha, efetivamente, se afastado, mas ela conseguiu tocá-lo através da Força. Um toque ténue, furtivo, para não alertá-lo para a sua situação escandalosa – nua com um Han Solo igualmente nu, sobre ela. Luke meditava na floresta e também se sentia feliz. Sobretudo, sereno e consolado.


E Leia também adormeceu.

March 27, 2018, 2:22 p.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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Andre Tornado Gosto de escrever, gosto de ler e com uma boa história viajo por mil mundos.

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