tiatatu Tatu Albuquerque

Elas queimavam como Brasa, os lençóis ardentes a ponto de se transformarem em cinzas, os corpos incendiando aquele quarto de hotel. Talvez fosse hora de procurar um amor de chama, mas era o amor de Brasa que fazia Sakura arder. "Silêncio no ambiente A Brasa fresca queima quente." Songfic de Brasa - Jade Baraldo


Fanfiction Anime/Manga For over 18 only.

#FNS #FanficsOtaconda #DesafioOtaconda #SakuHina #Hinata/Sakura #MulheresFNS #GirlPowerFNS #Yuri #PWP #Naruto
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Depravadas

N/A: Essa fanfic foi feita para o desafio do dia da mulher da FNS e o desafio Yuri do Otaconda. É uma songfic de Brasa, da Jade Baraldo, vou deixar o link no fim do capítulo. Boa leitura! 

... 


23:59


A chave-cartão estava em suas mãos, mas ela não sabia se a certeza – ou seria melhor dizer razão? –, lhe acompanhava a cada passo que dava em direção aquele quarto-chalé. 


Nunca fora de tremer ou temer as coisas, mas só aquele cheiro de lírios misturado com baunilha já fazia com que suas pernas embaraçassem o passo. 


E com que seu coração perdesse o passo. 


O cheiro do enxofre e da fumaça também faziam vez em suas narinas e ela riu nervosa, olhando para o telhado e vendo a névoa sair pela chaminé.


Pelo visto algo naquele chalé pegava fogo, mas não ardia mais que seu interior. 


O vestido rosado de sedas e rendas denunciava que acabava de vir de uma festa, mas não é da festa passada que vamos falar. 


Vamos falar da festa que ela queria fazer no interior daquele chalé. 


Sua razão dizia não, seu corpo, sua mente e coração que eram arredios e aceitavam toda aquela situação. Parou frente à porta, respirou fundo, pensou em voltar. 


Mas ela não nunca fora mulher de voltar atrás em sua palavra, aquela não seria a primeira vez. 


— Você não vai deixar ela esperando, vai, Sakura? - perguntou a si mesma em voz alta, sentindo o coração acelerado como antes acelerava o carro naquela pista vazia. Fechou os olhos e, antes de tocar a maçaneta, talvez como uma forma de manter sua certeza, tentou lembrar do porquê estar ali. 


23:00


Naquele salão, observava a dança dos convidados daquele casamento infernal. 


Não, não era a mocinha apaixonada pelo noivo, não, talvez sua vida fosse mais fácil se fosse por Konohamaru que seu coração ardesse em chamas. Não era ele, que dançava despreocupado com sua esposa, a causa de seu incômodo e sim ela. 


Sim, aquela que aplaudia a irmã e o cunhado, com aquela postura perfeita, aquele sorriso meigo, aquele jeito doce. 


Parecia pecado que seus olhos percorressem aquele corpo pequeno com tanto desejo incubado, que sua alma implorasse para que libertasse a verdadeira Hinata que havia por baixo de toda aquela roupa de gala e daquela aura de anjo. 


Para que ardessem nas brasas do inferno da cama juntas novamente. 


É, novamente... 


Novamente seus olhos se perdiam em meio às figuras de rostos alegres, vez ou outra se fixando no rosto pacífico e calmo da mulher que parabenizava os noivos com uma doçura invejável. 


Ah, se Sakura não a conhecesse! 


— Faça minha irmã feliz, Kono. Hana, seja muito feliz como você sempre sonhou... - sonhos... Quem era ela pra falar de viver sonhos quando ela própria o deixava de fazer? 


Se bebesse mais, talvez fosse capaz de dizer isso a ela, mas certamente perderia tal coragem, mesmo bêbada, quando ela lhe olhou daquela forma. 


Brasas fizeram seu coração aquecer quando ela lhe devorou com um olhar predatório. 


Era estranho, mas a expressão loba em pele de cordeiro era a que melhor definia a mulher que agora sentava, cruzando as pernas da forma mais atraente que poderia afetar Sakura. 


Era arriscado? Sim, mas também era atraente, gostoso na mesma proporção que perigoso.


Insano na mesma proporção dos dois.


Quente na mesma proporção das brasa da grelha do buffet.


Peço perdão pelo uso da expressão, mas não era bem na comida que Hinata queria cair de boca.


Sakura piscou e, como mágica, Hinata voltou a ser a mesma de antes, pacata, até mesmo sonsa, submissa ao que o pai falava, e ela não sabia bem se a outra visão era real ou se tratava de um devaneio causado pela bebida.


Talvez estivesse na hora de parar de beber.


Talvez estivesse na hora de parar de esperar.


Talvez estivesse na hora de ir.


Pegou sua bolsa, já estava no meio da festa, os próprios noivos pareciam mais interessados em partir para a lua de mel do que em escutar suas felicitações e despedidas. 


E Hinata parecia muito interessada em lhe ver partir. 


E não sabia porque, mas esperava que esse interesse se tratasse de algo mais.


23:15


Suspirou pesada, em minutos se dirigia a escada de emergência que lhe levaria mais rápido ao estacionamento, mas então foi surpreendida por uma delicada porém forte mão que puxou seu braço, um pequeno porém desejoso e ardente corpo lhe jogou contra parede. 


Uma pequena porém deliciosa boca lhe beijou. 


Um pequeno porém sedutor sorriso se formou em seus lábios. 


Uma pequena porém forte mordida no inferior deles foi dada. 


Mas ela sabia que eram outros lábios os que Hinata desejava beijar. 


Ela mordeu sua orelha, lhe disse algumas palavras sujas enquanto apertava seus seios por sobre o vestido, resmungando pelo fato do bojo impedir o acariciar de seus mamilos, mas logo a reclamação deu lugar ao convite, à proposta, à aposta. 


— Eu, você, os carros, a pista! - e seu coração acelerou quando ela mais uma vez lhe beijou e então saiu em direção aos carros. 


Em seu decote agora havia um cartão, a chave de um quarto-chalé de motel. Bem o estilo de Hinata. Aconchegante e sedutor. 


Riu, não tinha tempo a perder. 


23:45


Os carros alinhados lado a lado. Sorrisos provocativos, olhares provocantes. 


A pista vazia, os corações cheios, repletos de adrenalina. 


Quem ganhasse seria a dominadora da noite. Um prêmio à altura daquela corrida insana. 


— Daqui até o hotel! - eram 30 km a serem percorridos. O hotel era distante, talvez por precaução. 


Elas não podiam ser vistas. 


Elas não podiam ser descobertas. 


As brasas não poderiam deixar o costumeiro rastro de fumaça, mas os pneus deixavam seu rastro de gracha no chão. 


E elas achavam graça. 


Era libertador imaginar que deixavam todo aquele fingimento pra trás junto das marcas negras no asfalto. 


Descartavam ali a sanidade e seguiam completamente loucas pela estrada. 


Mesmo sabendo do risco que era dirigir em tão alta velocidade, ainda tendo ingerido bebida anteriormente. 


Elas não se importavam, a adrenalina, o perigo, eram excitantes, não mais do que o que viria, mas excitante assim mesmo. 


As multas que receberiam não eram importantes. 


O gasto de gasolina não era importante. 


Os semáforos vermelhos não eram importantes. 


Ainda bem que não havia nenhum pedestre ou outro carro no caminho da corrida ao prazer que as duas travavam. 


Lado a lado em quase todo o tempo. 


Elas olhavam uma para a outra se provocando, Sakura já não tinha como mais acelerar o carro, Hinata lhe mandou um beijo e pisou até o fim sobre o pedal do acelerador. 


Não havia testemunhas, mas, se houvessem, elas jurariam que viam o asfalto da pista ser inteiro Brasa. 


Brasas de perigo que ardiam no chão. 


Fumaça e poeira que Sakura comia sendo deixada pra trás. 


Riu. Ficar em segundo não era o mesmo que perder, não naquele contexto. 


Talvez não estivesse tão bêbada, afinal, bastou que estacionasse o carro para voltar a si e notar o quão loucas não eram de ter feito aquilo. Tocou os pneus do carro de Hinata, estacionado próximo ao seu, e até mesmo se queimou levemente, tão alta era a temperatura. 


Não tão alta quanto a do quarto que ficava ao fundo do terreno do hotel. 


Já era tarde pra se arrepender, mas não para aproveitar. 


Respirou fundo, balançou os cabelos e esperou estar atraente ainda. Seguiu o caminho. 


Tinha que valer a pena. 


00:00


Quando abriu a porta, não teve mais como fugir.


Nem dali, nem de si, nem de seus sentimentos. 


Muito menos dela.


Ah, e quem conseguiria fugir de Hinata? Quem poderia resistir àquela Hinata tão sedutora, que tinha nas mãos o cigarro em brasa, que aos poucos se tornava em cinzas.

Cinzas tambem eram tudo o que restava de sua sanidade, de sua resistência. 


Hinata tragou novamente o fumo de menta, vagarosa, como se degustasse aquele sabor, tal como queria provar ainda mais dos braços, beijos e corpo de Sakura.


Expeliu a fumaça, riu de canto, olhou para ela que podia jurar que os olhos antes claros como a lua cheia agora estavam vermelhos, em um eclipse de sangue, mas não era sangue.

Era desejo.


Se tinha algo que não era brasa e sim chama, esse algo era o desejo.

E era ele que fazia com que Sakura sentisse que sua roupa queimava em seu corpo ate se tornar meras cinzas. Se sentia despida por aquele olhar.


— Bem na hora, cherry! - cumprimentou largando o cigarro, sorrindo por saber que ela achava seu sotaque em francês deveras sensual. Ela parecia outra, bem diferente daquela da festa, mas exatamente igual à do racha, ou a dos encontros anteriores. 


E era ela quem Sakura queria.


— Você ganhou, baby! - respondeu com malícia na voz, fazendo-a rir no mesmo tom. 


Fechou a porta atrás de si, quando se virou notou que ela já estava nua. 


Sensual, se despiu também, trocando as roupas comuns pelas roupas bordadas por fios de luxúria. 


Se no conto "o rei está nu", a rainha que ela era aos olhos de Hinata também estava nua. 


E era a melhor roupa que ela poderia vestir.


Não se aguentou, foi até ela. 


Tocou sua pele em Brasa, excitada pela simples visão dela. 


Beijou sua boca e agora tocou seus seios com ainda mais força e firmeza. 


Sakura não fez nada além de gemer e se entregar. Era uma aposta perdida e ela não arregava para apostas. 


Mas se arreganhava para Hinata. 


As unhas nas alvas costas nuas deixavam rastros vermelhos. 


Os lábios inchados no pescoço bronzeado deixavam rastros arroxeados. 


Os seios pequenos cabiam perfeitamente nas mãos pequenas. 


A boca safada xingava ao pé do ouvido daquela que parecia casta. 


Mas a castidade de Hinata era uma mera fantasia, uma fantasia descartada junto à sua roupa no canto do quarto. 


Ela parecia um anjo, mas por trás da face angelical se escondia um demônio. 


E tudo o que Sakura queria era se queimar em suas brasas infernais. 


Lá fora estava frio, ali dentro estava quente, não graças à lareira, mas ao sexo. 


O ambiente quase que silencioso não fosse pelo ruído da queima da lenha e do atracar dos corpos agora desnudos e suados, ignorando o frio da noite. 


Ignorando o frio do fingimento. 


Ignorando o frio. 


Ignorando os rótulos e o que eram fora daquele quarto. 


Ignorando tudo, elas ardiam em brasa.


Em brasa a lenha da lareira, em brasa o cigarro, em brasa seus olhos. 


Em chamas seu corpo. 


Em incêndio seu toque. 


Em fogaréu sua cama. 


Se aquilo as levaria ao inferno, desejavam arder, queimar. 


— Vadia. 


— Louca. 


— Depravada! - não eram bem xingamentos, muito menos julgamentos. 


Elas não poderiam julgar uma a outra, muito menos enquanto estavam se amando.


Lambe o seio, assopra e então esfria, arrepiando então a pele. Bate nas ancas e aperta-as até senti-la mais perto, mordendo o lábio inferior, trocando olhares ardentes. 


Esquenta o clima, faz pedir por mais. 


— Eu quero... - pediu rouca tocando a pele de sua baunilha, arranhando seus braços, a lateral de sua cintura, de seus quadris, agarrando-a sedenta por mais ainda. 


Hinata segurou seus cabelos, puxando-os na região da nuca, lambendo seu pescoço. Riu quando ela gemeu totalmente entregue. A fez deitar, segurou suas pernas e as mordiscou, subindo entre as mordidas e lambidas, logo misturando sua saliva à excitação. 


Ela gritou quando lambeu toda aquela região como se provasse de um cálice divino. 


Seria Sakura a tal Afrodite? Não, ela era Atena, guerreira lutando ferrenha por controle, não da relação, mas de sua própria mente. 


— Hinata! - gemeu se agarrando aos cabelos dela que deslizava a língua tão lenta e tão forte que chegava a lhe dar agonia. Amoleceu, tomou velocidade. Zigue-zague, círculos. Respirou, trocou a boca por dedos.


Um, dois... Depois do terceiro, Sakura desaprendeu a contar. 


Desaprendeu a se conter. 


Desaprendeu a si fingir. 


Desaprendeu a ser mulher, só seria brasa. 


— Agora aguenta! - respondeu ao gemido manhoso de quem queria arrego ou facilidades. 


Ela provava da Loucura, um verdadeiro manjar dos deuses. 


A sanidade era como um cordeiro sacrificado, queimando na brasa da depravação. 


Elas eram a própria Brasa que incendiava aquele quarto. 


Brasa não, eram um verdadeiro vulcão, fervendo e prestes a erupir. 


Bate na bunda, lambe o queixo, morde a nuca, arranha as costas. 


Roçam-se as pernas e as partes se chocam, risos se formas, risadas quebram o silêncio. 


Chupa o seio. Circula, suga, morde, brinca. 


Os seios de Hinata eram grandes, Sakura se afogava entre eles, mas não era apenas neles, ela desejava mergulhar no rio de desejo que praticamente fluía por entre suas pernas. 


E ela mergulhou. 


Suga o ponto, lambe, ouve os gemidos. Acaricia, abre, penetra, rodeia, explora. Ouve os gritos. 


Fios róseos e negros eram vistos pela cama tamanha fora a intensidade dos puxões. 


Assopros faziam os olhos revirarem. 


Ralavam e rolavam entre os lençóis que ardiam com seu calor. 


O suor fresco molhava os tecidos que já estavam molhados por outros fluidos. 


Bebiam de águas humanas, se deleitavam, se derramavam, permitiam escorrer. 


Era viciante, se morressem de overdose daquela droga suculenta, morreriam risonhas. Em seus epitáfios estariam escritos a mesma forma:


"Morreu ardendo como Brasa no melhor dos infernos em vida". 


Tombaram na cama com corpos entrelaçados. 


Sorriam, beijavam, mordiam e selavam mais uma vez o segredo daquela relação ardente. 


As brasas não podiam deixar rastros nem de fumaça. 


Se calaram e dormiram, sonhando que a noite não teria fim, mas o fingimento sim. 


09:00


A cabeça doía, Sakura estava tonta. 


Das brasas apenas cinzas, da noite apenas vagas lembranças desconexas que aos poucos voltavam a se interligar. 


Na cama a outra já não estava, tal como as roupas dela já não estavam no chão. 


Suspirou pesado, talvez fosse melhor viver no mundo dos sonhos. 


Talvez fosse melhor deixar o amor de Brasa e procurar um amor de incêndio. 


Levantou para se banhar e então se ir. 


Sorriu ao olhar para o espelho sujo de batom. 


"Queimaremos de novo outra noite!"


Desistiu de procurar um novo amor. Apenas o dela lhe fazia arder. 


N/A: O que acharam? Sakura está certa em permanecer nas brasas? 

Link Música: https://youtu.be/8DJ8R4LEHtg

Link FNS: https://www.facebook.com/groups/122359598449326/


March 8, 2018, 8:10 p.m. 5 Report Embed Follow story
7
The End

Meet the author

Tatu Albuquerque Mãe de Konohamaru, madrinha de Hanabi, adepta da Fé do Sagrado KonoHana. Você tem 5 minutos pra ouvir a palavra da minha igreja? Kaiten no cu e gritaria, kore!

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Fox Bella Fox Bella
AHHHHHHHH!!!! MEU DEUS! MAIS UM HINO DIVINO DESSES BICHO! TATU ME DÁ MAIS TIROS DESSE, DESSE EU GOSTO!
March 08, 2018, 20:46

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    Meu Deus, olha essa animação hauahahah fico feliz que tenha gostado, eu achei uma delícia fazer esse Yuri. March 08, 2018, 20:57
  • Fox Bella Fox Bella
    Olha essas duas e me diga que não são uma delícia?!?!?! March 09, 2018, 01:41
brener Silva brener Silva
que Yuri quente dona tatu está lindo e natural simplesmente perfeito
March 08, 2018, 20:40

~