satanjoker Satan Joker

Um jovem meio lobo de pelagem avermelhada e um meio coelho esverdeado, um sentimento de presa e predador pode se revelar bem diferente do esperado.


Fanfiction For over 21 (adults) only.

#yaoi #lemon #Boku-No-Hero-Academia-My-Hero-Academia #kirideku #dekukiri #Furry #lgbtq #slash
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Por que suas orelhas são tão grandes?

Tão simples e majestosas como as folhas caindo em um outono, eram as expectativas de Kirishima com o ano que teria na nova universidade, com a nova cidade e com a vida leve que teria de agora em diante. Como fazia parte de sua natureza simplista, Eijirou não gostaria de pensar nas dificuldades que teria por ser um lobo, de fato, ele seria o único lobo liberado até então para conviver socialmente com os outros animais. Se enganaria, porém quem achasse que eles eram animais de fato, estes existiam normalmente, mas as pessoas como o ruivo vinham de uma longa geração, uma evolução humana acarretada por inúmeros experimentos genéticos, para fins não tão importantes.

A sociedade composta por indivíduos com características animalescas, convivia atualmente pacificamente com todos estes, mas aquilo se fazia a muito pouco tempo, já que aqueles datados como predadores eram completamente excluídos por conta de sua conduta, predatória, por assim dizer. Não era como se pudessem negar seus instintos, estava em seu sangue, em seu mais profundo e legitimo gene, todavia continuava a existir aqueles que os achassem como monstros terríveis.

Kirishima, o lobo de cabelos vermelhos e olhos tão profundos como o carmesim, fazia questão de andar passo por passo, um pé na frente do outro, enquanto caminhava sobre o meio fio daquela calçada. Sempre com a aparência mais despreocupada que poderia transparecer. Colocar um pé diante do outro em concentração máxima, contribuía para que esquecesse do isolamento que recebeu assim que se sentou na sala de aula naquela manhã fria, talvez os olhares tivessem sido bem mais congelantes do que o tempo de fato. Tinha tantas expectativas que não poderia se deixar abater por algo como aquilo. As pessoas continuariam o olhando estranho, mas era inevitável e dessa forma precisava se manter íntegro o suficiente para que as portas se abrissem para outros aventureiros como ele, outros de ambos os lados, fossem as presas em território de predadores ou predadores em território das presas.

Satisfeito com os rumos de seus pensamentos e de suas motivações, Eijirou desceu do meio fio, amarrotando seu moletom de cor verde escura e em seguida sua calça jeans preta rasgada nos joelhos, para que finalmente pudesse voltar ao quarto que havia alugado na pensão da cidade. Ajeitou as mangas, sabendo que aquele outono estava muito mais frio do que no ano anterior e que se continuasse daquela forma, era provável que aparecesse um rigoroso inverno, admitia que gostava de uma temperatura mais gelada, era agradável para suas origens de lobo siberiano presentes em sua genética.

A única coisa que não esperava quando iniciou os passos, após pegar sua mochila, foi que se depararia com o mais límpido aroma de cravo e canela. Seu olfato não o deixava se enganar, aquele houvera sido o melhor cheiro que tinha sentido em décadas — um total de duas vividas.

Com passos mais rápidos, seguiu a origem daquela essência, não sabia como ou porque estava o fazendo, mas estava. Seus pés se mexiam sozinhos e comandavam as passadas até aquele individuo, era tão agradável que conseguia muito bem classificá-lo como uma “presa”, e nesse caso era perigoso deixar seus instintos aflorarem dessa forma, mas havia algo mais nele, já que aquele lobo nunca machucara alguém em sua vida e ficava por si só horrorizado ao imaginar concluindo qualquer ato.

Chegou a um beco, se surpreendendo com um rapaz de cabelos esverdeados como a mais bela floresta tropical, não soube se seus olhos permaneciam apreciando a beleza deste ou a preocupação com o tornozelo torcido após uma queda com a bicicleta — que estava jogada mais à frente.

— Você precisa de ajuda? — se ofereceu, esquecendo-se por alguns instantes que esta poderia ser uma péssima abordagem. O dono do cheiro que agora estava mais forte, tinha longas orelhas verdes no topo da cabeça, indicando que ele pertencia a classe dos láparos¹, o mais indefeso dentre todos as criaturas e suas características animal.

— Não, obrigado — o rapaz negou a oferta, mostrando que estava receoso pelo fato das orelhas macias e peludas vermelhas continuarem a se mexer na cabeça do ruivo indicando curiosidade, além da cauda que balançava freneticamente.

— Tem certeza? Sua perna parece estar bem feia, talvez até meio torta — se aproximou enquanto o garoto por teimosia tentava se levantar sozinho.

— Tenho, é melhor não correr riscos — estar machucado na presença de alguém com instintos predatórios não era lá muito seguro, sendo perfeitamente normal, mesmo que ele não fosse apenas um coelho indefeso como comumente parecia.

— Espere, este beco é muito perigoso? — o ruivo paralisou as orelhas e olhou para um lado e para o outro em alerta, receoso sobre o lugar em que estavam. Não gostaria de ser assaltado em seu primeiro dia de aula. Somente parou de vasculhar a área como um cão de guarda quando ouviu a risada sonora do outro em sua frente. Tão bonito com o sorriso lhe beijando as sardas das bochechas. Por que presas tinham de ser tão tentadoras?

— Desculpe — tentou se recuperar cobrindo a boca com uma das mãos, agora em pé pelo esforço próprio. — Você é o perigo, — respondeu vendo as orelhas baixarem, mas não retirando o sorriso do rosto para poder continuar a respondê-lo: — todos vocês uivantes são assim, digo, inocentes?

— Ah — um pouco ruborizado, Kirishima coçou a nuca, soltando um sorriso amarelado e exibindo os dentes que somente um predador poderia ter. — Acho que só não nos preocupamos muito com essa coisa de presa e predador.

— Pois sabe que deveria — alertou o rapaz, cambaleando logo quando tentou dar o primeiro passo, seu pé estava dolorido demais. — Eu posso ser um coelho muito perigoso.

— Estou vendo mesmo, senhor coelho perigoso que não consegue se manter em pé — soltou seus fios vermelhos e decidiu ignorar a recuso do outro, finalmente o ajudando e colocando o braço em torno dos ombros do esverdeado.

— Não me desdenhe, eu posso não ter a melhor natureza animalesca, mas posso te quebrar em dois em um instante — ainda mantinha o sorriso nada ofensivo na face, aceitando a ajuda com o apoio. Continha algo de único naquele lobo, pois agora não só confiava, como estava disposto a conversar mais com ele. — A propósito, eu me chamo Midoriya Izuku.

— Kirishima Eijirou — se apresentou lhe estendendo a mão, mesmo que estivesse praticamente abraçado, Midoriya segurou a sua com um aperto de mão forte, mostrando que ele não era mesmo um coelho qualquer, iniciando os passos lentos até a bicicleta. — Parece que você vai ter que comprar outra magrela, o que você fez, caiu ou meteu o pé nela? — comunicou ao ver a roda dianteira amassada.

(...)

— É totalmente sério, você precisava ver a forma como ele passou o braço por trás e derrubou aquele touro — Izuku contava bastante animado para o amigo lobo, sabendo que aquele tipo de assunto mais viril o agradava. Era impossível que após um semestre inteiro eles já não se conhecessem o suficiente, o suficiente para que sentimentos além de amizade florescessem em seus coraçõezinhos. Mas como poderiam eles tão diferentes e tão opostos ficarem juntos? Era verdade que agora a convivência entre todos as criaturas se encontrava pacífica, mas isso não significava que poderiam ficar juntos sem qualquer prejulgamento.

— Mas o touro revidou? — viu o outro balançar a cabeça de forma negativa. — O touro perdeu do iguana? Ele era tão másculo e forte.

— Eu sempre te digo que essas coisas não importam, a iguana era rápida e tinha uma pele bem mais firme pra aguentar impactos, então os socos do touro nem fizeram efeito — esticou as pernas por baixo da mesa que estavam sentados na cafeteria — Quando eu falo pra você que sou um coelho forte, você nunca escuta.

— Também, olha só essas sardas tão bonitinhas no seu nariz de coelho — Eijirou segurou as bochechas e logo deslizou os dedos até a ponto do nariz, estremecendo a pele do esverdeado e fazendo-o corar da cor dos cabelos do lobo.

— Olha só, o lobo e o coelho, não é bonita essa amizade? Me parece até aqueles filmes infantis — um rapaz de cabelos loiros e olhos provocativos se aproximou dos dois, ele sempre vinha importuná-los.

— Você sempre fala a mesma coisa, não é, Neito? — Izuku se jogou ainda mais na cadeira, odiava aquele tipo de gente de uma forma que chegava até lhe dar sono, de tão sem paciência que era.

— É claro que eu tenho que falar, quero que todos estejam avisados quando esse lobo perder o controle — lembrou da pequena façanha que sempre poderia ocorrer nas noites de lua cheia, tornando-os mais agressivos.

— Agradeço muito a sua consideração, mais alguma coisa? — ironizou, fechando os olhos de puro tédio, despertando risos no amigo ruivo por conta de sua postura, diferente do habitual.

— Ah, hoje é noite de lua cheia — respondeu dando as costas para os dois, caminhando para fora do recinto que se encontrava dentro da universidade.

— Você poderia se defender um pouco às vezes, não? — o esverdeado lembrou-o da sua falta de posição.

— Nah, eu não gosto de brigar por coisas que já estou acostumado a ouvir, é sempre o lobo cruel, o lobo mau, o lobo traiçoeiro, por aí — se espreguiçou em sua cadeira, recebendo uma resposta do esverdeado de que iriam levantar logo.

— Qual a sua próxima aula? — mudou de assunto, já se levantando enquanto tomava o último gole de chá gelado, o suficiente que pudesse se refrescar naquela tarde tão quente.

— Cálculo.

— E depois?

— Estou livre — abriu um pequeno sorrisinho, sabia que isso só poderia confirmar que o coelho tinha intenções.

— Ótimo, eu tenho a tarde livre agora, mas eu espero sua aula de cálculo acabar para irmos para a piscina da minha casa.

— Mas não vai ser muito tarde? Minha aula acaba às cinco — avisou de antemão o esverdeado, imaginando que poderia estragar os planos deste com essa informação, sem querer, claro.

— Não tem problema, hoje o dia está muito abafado, então mesmo que escureça nós ainda podemos aproveitar — balançou as mãos mostrando que estava tranquilo — Você sabe nadar?

— Nós lobos somos nadadores desde que nascemos — exibiu o largo sorriso de dentes grandes, galanteando mesmo que sem a intenção, como tudo que fazia, o amigo a sua frente.

(...)

— Você não disse que era um nadador de nascença? — brincou Midoriya, jogando um pouco de água no ruivo ao ver que ele estava relutando a entrar.

— Eu sei nadar, mas essa água está muito gelada, não sei se lembra, mas eu sou um lobo, não um urso polar — encolheu a barriga desnuda, segurando a respiração enquanto entrava vagarosamente, tão fria que às vezes sentia seus ossos reclamarem.

— Se você continuar fazendo dessa forma nunca vai conseguir entrar — se aproximou do ruivo, colocando as duas mãos no quadril dele — Precisa entrar de uma vez — puxou-o para água, fazendo com que ficassem colados um no outro. — Desculpe.

— Pelo quê? — fez-se de desentendido, seria pior se deixasse mostrar todo o seu lado envergonhado e nada seguro. O grande problema se deu porque mesmo Izuku tendo se lamentado, continuou não soltando o maior, apertando os dedos com firmeza no quadril.

Estar tão próximo daquele lobo parecia tão perigoso, isso causava calafrios, mas se enganaria quem achasse que era de pavor, pois isso lhe trazia arrepios bons, animadores e excitantes por conta do perigo e risco. O mesmo também valia para Kirishima que entre abriu os lábios, convidativo se tratando dos sentidos quando os dedos do esverdeado passaram a alisar a pele do quadril, sentindo a textura desta, o lobo conseguia sentir este perigo nato que aquele tipo de relação poderia causar.

Sem desencostar um segundo, Midoriya subiu uma das mãos, continuando a apertar o quadril do ruivo contra o seu com a outra, acariciando os lábios de Eijirou e passando o polegar pelos olhos rubros que tanto achava bonito. O esverdeado ainda estava molhado por conta do mergulho que dera mais cedo, com os cabelos úmidos e a pele repleta de gotas molhando-o enquanto acariciava seu rosto.

— Lobo, por que seus olhos são tão grandes? — murmurou enquanto recebia um afago no rosto da mesma forma, em retribuição.

— É para te enxergar melhor, coelho — especificou, entendendo onde o outro queria chegar com tal pergunta. Mudou o foco dos dedos para as orelhas, aproximando o rosto de Kirishima contra seu pescoço para que pudesse tocar aquelas extremidades felpudas e avermelhadas.

— Lobo, por que suas orelhas são tão grandes? — soltou um risinho, já que esta não era necessariamente verdade se comparada as suas próprias verdes.

— É para te escutar melhor, coelho — disse contra o pescoço, subindo para o mais perto do queixo e deixando o rastro quente de sua respiração contra a pele sardenta. Como consequência, o esverdeado acabou soltando um leve arfar ao sentir aquela respiração tão próxima de uma área tão desprotegida.

Com o rubor intrínseco e explícito na face, Midoriya aproveitou a sensação daquele hálito quente lhe adornar o queixo, seguido de uma aproximação perigosa contra o rosto e os lábios. Ainda tentando manter o padrão, por mais que sua sanidade estivesse se esvaindo, passou o polegar pelos lábios do ruivo, apertando-os de forma que sentisse suas presas expostas.

— Lobo, por que seus dentes são tão grandes? — estavam tão próximos que Eijirou não pôde deixar de mordiscar o lábio inferior do outro quando este soltou seu dedo e mudou o foco de suas mãos para trás de seu pescoço.

— Para lhe devorar melhor? — a resposta saíra como uma pergunta, apesar de não ser a intenção. Mas quem ligava para a entonação agora que tinha aqueles lábios tão desejados contra os seus? Apertados fortemente um contra o outro, até que o próprio Kirishima decidisse aprofundar, abrindo espaço com a carne úmida e descobrindo cada canto daqueles lábios tão desejados.

A água antes gelada, não atrapalhava o calor eminente que insistia em rodear os dois, enquanto trocavam carícias durante o beijo. Rolando as mãos dos quadris para a nuca, seguida de um outro explorar na pele da barriga firme, sempre com as mãos de Eijirou mantendo-se apertadas contra aquele corpo menor do que seu, à medida que o fôlego sumia.

Mais ousado e tentado, como tanto o coelho verde tentava parecer, desceu a mão direita até um lugar em específico, mais precisamente entre as virilhas do ruivo, que interrompeu o beijo com um arfar ao sentir aquela mão contra a sua intimidade. Estava tão quente, tão desejoso por aquele garoto sardento, sabendo que isso deveria ter muito mais culpa sobre a lua tão bem posicionada nos céus e que aflorava seus sentidos.

E essa mesma lua cheia fez a pontada de excitação crescer gradativamente, girando Izuku de forma que o fizesse dar de encontro com suas costas com a borda da piscina, agora não mais importante para nenhum dos dois. Aproveitando a altura baixa daquele lado — já que está piscina era das que ficava funda gradativamente — ergueu aquele coelho para que se sentasse na beirada, ficando no meio das pernas dele e apertando as nádegas junto ao calção molhado.

Indo direto ao ponto e sem descolar aqueles lábios viciosos dos seus, o lobo levou uma das mãos até o elástico do calção de banho que Midoriya usava, puxando-o de forma desesperada para saciar seus anseios, para baixo, despindo-o sem muito pudor. Afastou-se do beijo lhe mordiscando a boca, sugando em seguida a ponta da língua do outro em resposta ao que provavelmente faria com a parte agora desnuda.

Com um pequeno fio de saliva formado, migrou para o pescoço, fazendo questão de deixar marcas coloridas por onde passava, como um rastro de migalhas até o ponto precioso. Alcançou os mamilos, utilizando a língua para circulá-los e causar sensações que foram de muita alegria, pois ouvir sons tão eróticos quanto os que saíam da boca do coelho o satisfaziam plenamente. Voltou ao caminho, descendo até o final da barriga e mordiscando o vão da coxa, ato que fizera os dedos do esverdeado agarrarem em seus cabelos, molhando-os. Que belo deleite saber que com simples gestos conseguia deixá-lo tão ereto, fato que não precisou de muito para lhe lamber o falo e continuar a retirar suspiros do outro.

Mesmo que não estivesse habituado àquela situação, devido à falta de experiência, nenhum dos dois eram inocentes ao ponto de se perderem, não se tratando do quanto os instintos estavam falando cada vez mais alto naquelas investidas despudoradas. Certo de que os movimentos de vai e vem, seguidos de lambidas na glande do esverdeado o atiçavam ainda mais, passou a se concentrar naquele ponto, interessado em proporcionar o clímax tão aguardado.

Ser estimulado por tal cavidade tão quente e úmida, sempre sentindo as presas salientes lhe roçarem a pele, sem machucá-lo, acabaram sendo um estímulo a mais para a sua entrega total.

Com o ruivo percebendo que os sons se tornaram mais arfantes, passou a estimulá-lo apenas com uma das mãos, apertando a ponta de forma que este se desfizesse em seu punho, obviamente para facilitar a limpeza e não fazerem tanto sujeira. Izuku agradeceu esse ato pois tinha certeza que seria terrível capturar as bolhas brancas na água, experiência própria.

Incerto sobre a altura da beirada da piscina, Eijirou subiu-a, ficando finalmente longe da água, ainda mantendo pressionado o líquido quente na palma de sua mão, não compreendia o que poderia fazer com aquilo, mas uma ideia suja lhe veio à mente ao perceber que mesmo após tudo, o esverdeado continuava “animado”, algo que por si só demonstrava a natureza fértil que coelhos representavam.

— Eijirou-kun, o que está fazendo? — sentiu o puxão nas coxas o levando de encontro com o corpo do lobo, não entendendo como poderia continuar algo se não entrassem para utilizar ao menos, um lubrificante.

— O que você acha? — respondeu erguendo seus quadris de forma que Midoriya ficasse de costas para si e de joelhos no chão, o que consequentemente o fez ficar de joelhos. Despejou o conteúdo de sua mão no vão das nádegas, deslizando os dedos pelo rabo peludo em formato de pompom até a entrada e escutando um som surpreso do indivíduo a sua frente. Sem delongas penetrou aquela área, buscando um maior relaxamento do outro que se esforçou para tal conforto ao sentir o explorar daquela região, seguido de uma pressa genuína com o segundo dedo.

Izuku apoiou a cabeça no chão, suspirando forte pela sensação curiosa que estava sentindo. Ansiando para um contato maior, Kirishima empurrou a própria bermuda para baixo, expondo a sua ereção tão necessitada desde que começaram com aquele contato quente. Retirou os dedos, contornando o próprio membro para distribuir aquela lubrificação sobre ele, roçando logo em seguida na região para penetrá-lo, que não demorou muito a fazer pois o outro dava indícios de que reclamaria de tamanha demora.

Por conta da posição, mordiscou uma das orelhas longas e verdes de Izuku, extraindo uma reação curiosa de contração pélvica assim que o penetrou. Seria difícil aguentar por muito tempo se aquele cheiro de cravo e canela viciante continuasse a se espalhar cada vez mais pelas narinas, provavelmente algum tipo de cairormônio² pela sua natureza de “presa”, assim que esta se sentia indefesa. Ah, e como indefeso estava, a mercê das investidas fluídas que passaram a acontecer chocando um corpo contra o outro.

A mania adquirida naquele dia em especial de morder e deixar marcas pelo corpo sardento, continuou a acontecer mesmo que tivesse de fazê-lo nos ombros, mas infelizmente — felizmente — como poderia se controlar quando aquele coelho insistia em rebolar, levando sua consciência até a uma epifania cósmica. Decorrente disso, tentou se afastar da pele, ainda mantendo o ritmo e segurando-lhe os quadris, se deleitando com a máxima visão bela das costas muito bem desenhadas de Midoriya.

— Izuku — chamou-o um pouco sem fôlego, indicando que tinha algo para lhe dizer. — Vamos para a água — não tinha certeza se aquilo seria bom para o ritmo, todavia, precisava senti-lo com a água gelada refrescando o calor já quase insuportável por conta do ato e do clima. Estar anestesiado por conta do regozijo era propício, todavia estar amolecido por conta do calor não seria bom, não quando queriam aproveitar ainda mais daquele contato.

Aceitando, sabendo que isso só indicaria uma limpeza rigorosa da piscina naquele final de semana, desceram para a água, separando-se um pouco, ao menos para logo entrarem e Kirishima lhe pressionar contra a borda, com as pernas do esverdeado lhe contornando a cintura, desejando que o ato se prosseguisse novamente.

Agora com um pouco mais de dificuldade, Eijirou voltou a estar dentro daquele corpo, unindo-os em algo irreversível, fosse o que fosse ou como fosse, lobo ou coelho, presa e predador, eles estavam ligados um ao outro em algo bem maior do que o contato físico e o atrito da carne.

— Eijirou-kun — gemeu, afundando o rosto contra o pescoço, sabendo que novamente ele estava chegando ao seu máximo deleite, porém apenas esse som proferido foi o bastante para despertar o clímax do próprio lobo, que aumentou os movimentos antes de buscar o contato dos lábios, aprofundando-se em um ósculo sedento e desejoso.

As mãos de Midoriya agarradas aos fios vermelhos, subiram até as orelhas impensadamente, acariciando-as enquanto chegavam, ambos, ao prazer profundo de um orgasmo em conjunto. Para se separarem ofegantes, rindo um para o outro da situação em que se encontravam, na piscina e adornados de água, cloro, suor, gozo e conectados.

— Parece que esse lobo mau gosta de nadar — brincou Izuku antes de lhe dar um selinho e o vendo balançar a cauda em resposta. 

March 4, 2018, 9:57 p.m. 0 Report Embed Follow story
3
The End

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