juliana-magalhaes4055 Juliana Magalhaes

Sakura Haruno veio para Konoha em busca da realização de um sonho; torna-se uma musicista. Fugindo de uma madrasta tirana encontrou refúgio num sobrado no centro de Konoha, onde conheceu 7 rapazes que são pura sedução Se envolver não estava no pacote. Descobrir que sua vida era similar a um conto de fadas, também não. Para alguém como Sakura acreditar no tal felizes para sempre era algo impossível, até os belos olhos negros de Sasuke Uchiha cruzarem seu caminho. Nem toda princesa precisa de um príncipe, as vezes um sorriso lacônico, um habitual mau humor e o jeitão de bad boy formam um pacote mais do que viciante.


Fanfiction For over 18 only. © Os personagens de Naruto não me pertencem , mas a criatividade da Historia sim

#Naruto #Sasusaku #Policial #Heterossexualidade #Releitura #Branca de Neve e os 7 anões #Sexo #Drama #Comédia
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Contos Reais

O barulho do despertador soava repetidamente indicando que era hora de levantar. Sakura espreguiçou-se sentado na beirada da cama calçando suas pantufas. Bocejou preguiçosa arregalando os olhos verdes ao se deparar com o calendário preso na parede.

31 de outubro.

Seu coração palpitou fazendo com que se lançasse imediatamente ao banheiro da sua suíte.

Como poderia ter sido tão descuidada? Tinha passado semanas ansiosa por conta da entrega deste trabalho, compondo e organizando as partituras.

Fez sua higiene matinal, rapidamente vestiu suas roupas íntimas, seus costumeiros jeans surrados, seu inseparável All Star preto e o moleton da Universidade de Konoha, onde cursava Música.

Amarrou os cabelos róseos num rabo de cavalo alto, aplicou um delineador e base para tirar a impressão de uma noite mal dormida.

Passou pela porta do seu quarto como um furacão alcançando o som das risadas vindo da cozinha e aquela misturas de cheiros másculos, por vezes ela esquecia que dividia aquele sobrado no centro de Konoha com mais sete lindas beldades de molhar qualquer calcinha.

Para alguns alunos e habitantes de Konoha, Sakura era uma filha da puta sortuda. Para outros era adepta de uma espécie de relacionamento poligâmico, mas para a própria Sakura era seu inferno particular, mesmo que hoje em dia ela não soubesse mais viver sem toda aquela gritaria e acúmulo de testosterona.

Dividir o espaço bem como as tarefas domésticas se torna uma batalha árdua, pois o que os sete marmanjos tem de graça e beleza, tem de desorganização e imundice, sobrando para si a maior parte dos afazeres. Não que ela reclame, até gosta de cozinhar, mas a irritação se dá pela quantidade de cuecas, roupas e louças sujas que ficam constantemente espalhadas pelo sobrado. Fora a super proteção exacerbada e suas personalidades peculiarmente irritantes.

Não é de todo mal morar com aqueles sete pedaços de “mau caminho”. Sakura era mimada por eles de inúmeras formas. Além de caronas de ida e volta para o trabalho e a faculdade, ajuda com trabalhos extras, e as melhores festa organizadas por eles, tinha o adendo de acordar todos os dias com aquela visão privilegiada: Peitorais nus, oblíquos demarcados e peles e mais peles saradas a mostra. Aqueles caras tinham sério problema com roupas.

Sakura parou no beiral da cozinha avistando Itachi Uchiha e suas madeixas longas e negras presas em um coque frouxo concentrado em fazer o café da manhã, a calça de cos baixo exibia parcialmente sua cueca branca, uma visão tentadora. Sorriu ao lembrar de quão desastroso ele é na cozinha, tanto que da última vez salgou todo o café. Definitivamente Itachi e cozinha não combinavam. Era o típico cara espiritualizado, estudante de filosofia, agia como mentor e responsável por todos da república. Era conhecido como o “mestre” dessa trupe de delícias.

— Bom dia, “rosa chiclete” — Sakura ouviu o seu apelido desde que chegara ali. Sentiu um afago nos cabelos que apenas serviu para bagunça-los, fechou os olhos descontente soprando uma mecha que caiu sobre o olho esquerdo, bem a tempo de observar o brincalhão sentar-se a mesa, expondo suas costas largas e bronzeadas, o cabelo loiro desalinhado, típico de quem acabara de acordar.

— Are, Naruto, idiota! — reclamou ouvindo uma gargalhada do loiro hiperativo. — Estou atrasada! — esbravejou ajeitando a mecha.

— Calma, Sakura!Está bonita assim!— ele virou-se dando aquela piscadela marota evidenciando seus belos olhos azuis. A Haruno não entendia como Naruto conseguia manter sempre aquele sorriso no rosto, nunca ficava de mau humor, nem mesmo as segundas-feiras. Não era normal alguém se manter feliz em tempo integral, pelo menos ela achava isso até conhecer o Uzumaki.

— Quando você não está atrasada, rosa chiclete? Já te alertei para adiantar o despertador, mas parece que não ouve! — advertiu Itachi mirando-a com seus orbes negros. Sakura rolou os olhos impaciente admirando o oblíquo acentuado de Itachi.

— Tsc! Dá pra falar mais baixo? — pediu o Nara. —Tem gente tentando dormir! – Sakura acompanhou o movimento dos braços flexionados de Shikamaru em câmera lenta. Dois braços definidos servido de apoio para o rosto liso parcialmente a mostra, dotando toda atenção ao coque samurai que apetecia a visão deixando-o desleixado e sexy. O Nara era o mais preguiçoso dos sete, porém o que tinha de preguiça compensava pela beleza.

— Não vai para faculdade, Shikamaru? — indagou Itachi despejando um líquido que lembrava a piche na caneca e estendo a Sakura. O líquido fumegante tinha cheiro de meia suja.

— Tsc! Terceiro tempo! Já disse que Ciências Contábeis é um porre, principalmente quando se fica responsável pelas finanças da festa de Halloween hoje à noite? — ele resmungou levantando-se expondo seu abdômen definido. Sakura ruborizou desviando o rosto. — Vou para o meu quarto descansar mais um pouco. Tchau, chiclete! Nos vemos mais tarde. — passou ao lado de Sakura apertando sua bochecha.

— Caramba, vocês tiraram o dia só pode! Não confirmei se ia nessa droga de festa! — Sakura bufou despejando o líquido todo da caneca na pia.— Eu não vou beber essa porcaria que cheira a meia suja!

— Assim você me ofende, chiclete! Você como primeira-dama deve ir sim e nos acompanhar como boa anfitriã da Kapa Taka Hebi. — Itachi agora recitaria o manual completo da kapa Taka Hebi, ou popularmente conhecida como república do sobrado.

— Desculpe Itachi, tenho compromisso hoje e já estou de saída. — ela soltou uma lufada passando a mochila jeans sobre o ombro e empunhando o case.

—Poxa, Sakura! Tínhamos combinado até mesmo as fantasias e você tinha concordado! — piscou Naruto engolindo seu sanduíche.— Aliás, hoje é meu dia da carona, aonde a senhorita pensa que vai? Tenho aula de psicologia do esporte hoje. Daqui a... — o loiro olhou o relógio da cozinha. — Putz, estou atrasado! — Naruto bradou levantando-se abruptamente da cadeira exibindo seu mesmo sorriso de sempre. — Desculpe, chiclete! Vá com Sasuke que já deve estar saindo.

— Não tem problema! Hoje vou com Sai e Konohamaru. — ela disse se aprumando e olhando para o corredor onde avistou Naruto quase esbarrar nos dois acompanhantes citados por ela.

— Co-co-comigo? — ingadou Sai ajeitando a camisa de botões.

— Sim. Você não leva o Konohamaru todos os dias nesse horário? Eu combinei com ele ontem! — Sai corou encarando Konohamaru que assentia as palavras da mulher de cabelos rosados.

Sai era o mais tímido de todos, porém o mais gentil e educado. Dono de cabelos negros e traços nipônicos, um corpo esguio escondido em suas roupas largas e cafonas, mas Sakura sabia que ele escondia muito bem seus dotes, tanto que já havia visto o rapaz apenas de samba canção e quase teve uma síncope. Sua musculatura rígida e um abdômen que adornava um belíssimo “caminho para a felicidade” era deveras suculento.

Sai encarou os dois e sorriu timidamente dando de ombros. Sakura comemorou afagando os cabelos castanhos de Konohamaru.

— Obrigado! — ela agradeceu colocando a mão direita bem de fronte a testa e a esquerda na direção do peito movimentando-se para frente. — Acho que fiz certo. — Ela observou Konohamaru sorrir e bater palmas em aprovação. — Ainda tenho que praticar mais. — Sakura procurou falar lentamente para facilitar o entendimento do jovem, que fazia leitura labial perfeitamente.

Konohamaru era o mais novo de todos com apenas dezoito anos e uma bagagem de limitações. Nascera surdo e mudo, se adaptou as dificuldades que vinham com sua deficiência, mesmo tendo o primo Naruto para ajudá-lo. Ingressou na Faculdade de Konoha, no curso de Educação Física como o primo, mas sonha em lecionar para as crianças carentes. Sua beleza inocente esconde um verdadeiro zombeteiro, sempre pregar peças nos companheiros de república e tem verdadeira adoração por Sakura.

Um estrondo seguido de xingamentos e espirros foi ouvido pelos quatro integrantes da cozinha, as vozes foram se tornando crescentes a medida que se aproximavam. Neji Hyugga passou pelo portal seguido de Sasuke Uchiha e seu habitual mau humor.

— É impossível ter uma manhã de paz, nessa merda! —Sasuke passou as mãos sobre os cabelos negros tentando ajeitar aquela bagunça sexy.

— O que houve irmãozinho tolo? — Itachi indagou segurando o riso, sabiam o que tinha acontecido, era assim todas as manhãs. — Neji ataca novamente! — Itachi soltou e todos riram.

As feições de Sasuke endureceram e um enorme bico pendeu em sua face. Os orbes ônix do Uchiha mais novo vasculharam todo o cômodo até pararem em Sakura para uma analise minuciosa, mas desviando em seguida para a máquina de café. Ele estava impecavelmente gostoso naquela calça de moleton xadrez que destacava seus glúteos empinados.

Sasuke era o irmão caçula de Itachi, só que nem de longe possuía a paciência e tranquilidade do Uchiha mais velho. Além de ter o corpo mais musculoso e bem trabalhado, Sasuke também era mais alto que Itachi. Dono de um mau humor incurável cujo raramente esboçava sorrisos, sendo assim o oposto de Naruto. Sakura achava Sasuke Uchiha e sua seriedade algo selvagem e excitante. Na sua opinião, era o boy sedução mais tentador daquela república.

— Eu, – atchim. — Não — atchim. — Tenho. — atchim. — Culpa de ter, — atchim.— Rinite! — O Hyugga assoou o nariz repetidas vezes no lenço.

Era complicado para Neji e suas crises de rinite crônicas, seus espirros eram incessantemente altos e no geral acordavam o sobrado inteiro. Apesar desse jeito espalhafatoso, Neji era dócil na maior parte do tempo, mas um viciado em antialérgicos.

Sakura sorriu, mas nem percebera que o moreno mau humorado prestava a atenção em cada gesto seu. Desde mínimo sorriso até os seus mais variados tiques. Sasuke era um observador, principalmente quando se tratava de Sakura Haruno.

—Ei, Sakura! Se quiser posso levar você! — Sasuke soltou sua voz grave e rouca que atraía a Haruno como um imã.

- Er... — ela pigarreiou. — Não se incomode Sasuke, vou com Sai e Konohamaru! Mesmo assim Obrigado! — O Uchiha mais novo arqueou sua sobrancelha, estranhando mais uma vez o comportamento da mulher que tirava seu sono com frequência. — Até por que tenho que me encontrar com Gaara e,...

— Ok, faça como quiser! — Bastou que Sakura falasse o nome de Gaara para que Sasuke fechasse a cara e triplicasse aquele mau humor matinal. O Uchiha mais novo cerrou os punhos virando-se de costas para ela, fora uma resposta mais do que seca, que desconcertou Sakura.

— Então... — Itachi que observava aqueles dois há algum tempo se pronunciou a fim de conter aquele clima estranho. — Acho melhor vocês se adiantarem, Sakura não estava atrasada? — ele se voltou para a Haruno.

A voz de Itachi pareceu despertá-la, que até aquele momento só fazia encarar as costas de Sasuke sentindo um nó se formar em sua garganta.

O repuxar leve do seu case chamou sua atenção. Observou Konohamaru pegar com delicadeza o objeto e menear a cabeça para saírem. Ela apenas assentiu deixando ser conduzida.

Era sempre assim, Sasuke Uchiha conseguia desconcertá-la de tal forma, que era impossível não transparecer, ela só desejava que toda essa atração e necessidade passasse de uma vez por todas, pois evitar Sasuke estava mais difícil do que ela imaginava.

Quando veio de Toquio há exatamente seis meses, fugida de uma madrasta tirana, tinha em mente apenas seguir seu sonho de se tornar uma musicista, nunca imaginaria que iria parar naquela república rodeada de sete rapazes que são pura sedução e mais ainda, que um moreno de peculiar mau humor e um jeito sexy demais pudesse mexer tanto assim com sua mente.

Sakura nem de longe desejava se envolver com alguém além de sexo casual, e foi exatamente o que aconteceu há dois meses atrás, quando teve a primeira amostra do quão gostoso era estar nos braços de Sasuke Uchiha.

Quando voltavam de uma festa organizada pelos sete pecados, no anfiteatro da Universidade de Konoha, foi dentro do Ímpala 89 de Sasuke que tudo começou e as coisas só intensificaram, entre rapidinhas gostosas dentro do lavabo social do sobrado até sexo no píer do monumento dos Kages. Tudo estava se tornando intenso demais e para ela se apaixonar não estava nos seus planos. Aliás, se apaixonar para Sakura era algo fora de cogitação.

Vira seu pai definhar nas mãos de sua madrasta, que usava e abusava dos sentimentos dele. Jurou a si mesma que nunca se apaixonaria e viveria uma vida regada de sexo sem compromisso. Mas não contava que Sasuke Uchiha pudesse modificar seu conceito a ponto dela cogitar uma vida a dois.

Sakura se viu atrelada a um sentimento novo e desconhecido, e mesmo que eles mantivessem tudo em segredo, viu que era hora de acabar o que nem ao menos começou propriamente.

Foi ai que Gaara No Sabaku lhe pareceu tão providencial. As investidas do rapaz eram constantes, desde que ela pisou na UK. Sabe aquele típico príncipe encantado, educado, refinado, um lorde inglês? Pois é, Garra No Sabaku era esse tipo de homem, um príncipe digno de contos de fada.

Flores, bombons, abrir a porta do carro, ele endeusava Sakura de uma forma que as vezes era irritante. Mesmo sendo um homem lindo dotado de olhos verdes e cabelos avermelhados, um corpo atlético devido a horas de academia, Gaara não era Sasuke, mas no momento era o que a manteria longe do moreno.

Passou pelos portões da universidade perdida em pensamentos, realmente seu dia havia começado uma porcaria e lembrar-se daquela festa só lhe causava mais irritação. Avistou Gaara conversando com um grupo de meninas, mas nem se importou, tanto que nem percebera a aproximação do ruivo que a puxou de toda forma para um beijo arrebatador e romântico. Sakura alheia correspondeu no automático e deu Graças a Deus quando ele a soltou.

—Bom dia, flor do dia! —Gaara e seus trocadilhos piegas.

— Não faça mais isso. — ela bufou. — Não somos namorados para essas demonstrações públicas de afeto. — Sakura foi ríspida, odiava quando Gaara tentava forçar a relação dos dois.

— Ei! — Gaaara puxou o rosto da rosada. — O que houve? Não me diz que foi aquele Uchiha novamente?

— Sasuke não tem nada a ver comigo e se continuar me enchendo você também não terá! — ela ameaçou passando por ele, mas foi contida com delicadeza.

— Sakura! Calma, ok? — Gaara afagou seu rosto e Sakura percebeu que ele não merecia ser tratado daquela forma, sempre fora legal e atencioso com ela, mesmo o sexo não sendo mil maravilhas. — Sei que estamos nos conhecendo e apenas ficando, mas sou seu amigo antes de tudo. — ele parecia magoado.

— Desculpe Gaara, mas esse trabalho me tirou do prumo esses dias e o pior, ainda tem a droga da festa hoje à noite. — ela revirou os olhos suspirando, não queria admitir, mas estava surtando de saudades de Sasuke.

— Tudo bem, flor! Eu estarei com você! — Gaara beijou seus lábios calidamente numa tentativa falha de acalmá-la.

[...]

Assim que abriu a porta do salão o som invadiu seus ouvidos, a música eletrônica era um convite e tanto para o balançar de corpos fantasiados dentro daquele anfiteatro.

Ajeitou a saia amarela do seu vestido curto e de mangas azuis e fofas, as sapatilhas vermelhas eram confortáveis, isso ela não poderia negar. Vestiu-se conforme Itachi havia pedido: Uma Branca de Neve, bem sexy, diga-se de passagem.

Passou pela multidão a procura de Gaara, afinal tinha combinado com o ruivo. Vagou os olhos decidindo ir até o bar, uma tarefa quase impossível principalmente quando as batidas de The espectre, Alan Walker retumbaram freneticamente das caixas de som dispostas no palco central.

Alcançou o bar com certa dificuldade, se postando no balcão sorrindo sedutora para o barman, que tinha uma aparência um tanto familiar, estava sem camisa com apenas uma calça colant verde acentuando seu corpo esbelto e definido, analisou o homem de cima a baixo, gostando do que via, ainda mais por seu rosto estar coberto por uma mascara compondo aquele visual misterioso.

— O que vai querer a peculiar branca de neve de cabelos rosados? — o tal barman se aproximou inclinando o corpo para frente de modo que seus rostos quase se tocassem.

— Bom... Peter Pan! – ela gargalhou ganhando um estreitar de olhos do platinado. — Eu quero uma água, por favor! — Sakura apreciava beber água antes de degustar qualquer bebida alcoolica.

— Peter Pan? Só por causa da calça verde? — ele balançou a cabeça em reprovação. — Gata, hoje estou na vibe de caçar. — ele girou mostrando o arco e sua aljava repleta de flechas de plástico. Sakura não conteve o riso diante da ironia.

— Que coincidência, nobre caçador? Vai me ajudar a fugir da madrasta má? — Sakura encarou o homem que estendeu o copo despejando o líquido transparente.

— Se preciso for, afinal estou aqui para isso. — ele a encarou com seriedade transparecendo ambiguidade em suas palavras, aquilo a incomodou justamente porque a sensação de conhecê-lo junto ao calafrio na espinha fora arrebatadora.

Sakura permaneceu em silêncio notando o barman se voltar a atender outras pessoas, mas sem deixar de fita-la, aquilo estava bem longe de ser um flerte. Engoliu seco afastando-se até a pista de dança tão atordoada com aquela situação acabou esbarrando em algo, imaginando ser uma parede de tão duro que foi o choque contra seu corpo. Olhou para cima encarando os orbes azuis e o sorriso farto, não pode deixar de sorrir, finalmente um rosto conhecido.

— Naruto. — ela abraçou o loiro que retribuiu de imediato. Afastou o corpo encarando as vestimentas do Uzumaki e não conseguiu conter o riso, esquecendo um pouco essa sensação incômoda. — Puta que pariu, Naruto, você está vestido de duende? — e a risada colossal foi ouvida mesmo que o barulho da música estivesse tomando conta do ambiente estavam perto o suficiente para que ouvissem um ao outro.

— Sakura-chan. — o loiro negou sorrindo, parecia que nem os deboches de Sakura o fariam perder o humor. — Acho que você não é muito fã de contos de fadas, estou de Feliz, um dos sete anões. — Sakura piscou aturdida encarando o loiro hiperativo. — Você é nossa Branca de Neve e nós os seus sete anõezinhos! — ele mencionou dando de ombros. — Agora vem que Itachi está te procurando. — Naruto agarrou o punho de Sakura puxando-a entre a multidão.

Sakura observava o ambiente ficar menos barulhento e a quantidade de pessoas menor, deduziu que Naruto a conduzia para o camarote especial destinado aos organizadores da festa e seus respectivos convidados.

— Com o perdão da palavra, Sakura-chan, mas você está uma delicinha nesse vestidinho. — Naruto deu uma piscadela notando a garota ruborizar. — Desculpe, Rosa Chiclete, mas sou bem sincero, se não fosse apaixonado pela minha Hinata sem dúvida poderia me apaixonar por você! — Sakura balançou a cabeça sorrindo tímida mesmo acostumada com o jeito expansivo de Naruto, ficava sem jeito diante dos elogios destinados a ela.

— Não fale asneiras, baka! — ela estapeou a touca marrom que estava na cabeça do loiro.

— Você é bem forte para uma garota, Sakura-chan! — Murmurou empurrando as portas duplas que davam ao segundo pavimento do anfiteatro. Assim que subiram a rampa avistaram um enorme espaço totalmente decorado com visão privilegiada de toda festa, um bar com três barmans a disposição e puffs coloridos tornavam aquele espaço launge mais acolhedor.

Estava repleto de amigos e conhecidos dela, bem diferente do primeiro pavimento. A música ambiente era relaxante a ponto de seu corpo se remexer sozinho .

— Foi dali que Sasuke te viu! — Naruto apontou para o enorme vidro sussurrando no ouvido de Sakura que ao escutar o nome do Uchiha mais novo sentiu seu coração acelerar inexplicavelmente. Só conseguia pensar que ele a procurava de certa forma.

— Hn! — foi o que conseguiu expressar vagando os olhos na direção mais isolada do ambiente. Lá estava ele, Sasuke Uchiha a encarando como se a despisse, de pé encostado na pilastra, levava a boca um copo que ela julgou ser whisky, sua bebida predileta.

Mirou seus orbes verdes naquele peitoral malhado e fodidamente sexy, trajava uma calça collant marrom assim como Naruto e provavelmente os outros já que estavam fantasiados dos anões da historia Branca de neve, seu gorro pendia para lado, mesmo dando um ar cômico, Sakura achava que tudo se encaixava perfeitamente nele. Respirou fundo quando notou um sorrisinho lacônico vindo de Sasuke. Sentiu as pernas tremeram e uma excitação crescente no meio delas.

Imaginou aquela boca resmungona por toda extensão do seu corpo e aquela língua afiada lambendo e sugando suas zonas erógenas. Sasuke lambeu a borda do copo como se adivinhasse seus pensamentos, aquele gesto só aumentou a vontade que Sakura tinha em ser tomada por ele. Sua pele formigava por um contato, estavam há duas semanas sem se tocar, desde que ela dera um basta naquilo que tinham.

— Então ela chegou! — a voz cortante de Itachi a fez se recompor, se ninguém interrompesse aqueles pensamentos ela com toda certeza cometeria uma loucura. — Sakura? — chamou Itachi preocupado. — Você está bem? Tem febre? — ele tocou sua testa. — Está vermelha! — Sakura não conseguia pronunciar uma palavra apenas negou.

— Deixe ela Itachi! — Sai apareceu com Konohamaru, ambos com a mesma roupa que Naruto, Sasuke e Itachi, a diferença era que Sai vestia uma blusa de mangas com duas cordinhas na gola, estava fofo naquele jeito mais recatado. Konohamaru exibia seu porte atlético, mesmo que fosse mais jovem e um pouco inferior aos outros no quesito músculos.

— Tudo bem meninos, eu só preciso beber algo. A propósito estão uma gracinha de colant. — Sakura sorriu e se encaminhou para o bar, pediu seu habitual suco de maçã com vodka. Bebeu tudo em uma só golada, nervosa demais. Definitivamente ela não deveria sair ter saído de casa.

Virou seu corpo para frente apreciando o ritmo da música e observando todos os tipos de fantasias se deleitarem nas batidas eletrizantes de Maroon five. Notou Gaara se aproximar e quase correu em direção ao corredor que levavam aos banheiros, não estava com cabeça para aturar as investidas enfadonhas do ruivo que agia como se ela fosse sua propriedade.

Mesmo Gaara sendo o sonho de consumo de muitas meninas da UK, com toda aquela pose de príncipe encantado, Sakura preferia as investidas sarcásticas e o mau humor repentino de um único homem que estava apenas a poucos metros de distancia encarando-a com afinco.

— Oi flor! — Gaara tentou selar seus lábios em Sakuraque virou o rosto frustando-o — E então gostou da minha fantasia? Um príncipe não é nada sem sua princesa!

— Você está muito bonito com essa capa! — Sakura soltou sincera. — Mas na verdade minha fantasia faz par com a dos meninos que vieram de sete anões. — Gaara a olhou um pouco irritado.

— Sim, mas formamos um par de acordo com o próprio conto: Branca de neve e o príncipe viveram felizes para sempre. — ele soltou incomodando mais do que Sakura gostaria.

— Só que estamos na vida real Gaara e não em um conto de fadas onde existe esse tal” felizes para sempre”, porque se esse conto se tornasse uma história real, nem de longe eu seria uma princesa e muito menos você um príncipe, além do mais abandonar os amigos e viver em prol a um homem não é minha. — ela soltou áspera. — Agora se me der licença, vou ao banheiro. — passou deixando o ruivo com uma cara perplexa para trás.

Sakura seguiu irritada tomando rumo o corredor dos banheiros, avistou Shikamaru num papo frenético com a irmã de Gaara que havia chegado a pouco, também de Tóquio. Sorriu constatando que hoje seu amigo se daria bem.

Mais a frente Itachi e Neji conversarem com duas garotas da faculdade, uma delas Izumi cursava música com ela, a outra era prima de Izumi, Tenten. Acenou para os rapazes tomando o corredor.

A pouca iluminação era favorável a ela, poderia se camuflar ali e só sair quando esse inferno de festa terminasse. Abriu a porta de madeira do banheiro feminino passando o trinco. Apoiou as mãos sobre a pia girando as válvulas da bica deixando a água escorrer. Encheu a mão em concha salpicando pelo rosto, a água estava fria. Encostou a testa no espelho fechando os olhos. Deu três lufadas de ar para se recompor.

Nem ouviu a porta ser destrancada e a figura passar pela porta trancando-a em seguida, abriu os olhos quando um pigarro alto rompeu o silêncio do cômodo, desacreditava no que via. Sasuke Uchiha a encarava rodando a chave entre os dedos num misto de indagação e deboche.

— O que está fazendo aqui Sasuke? Como entrou? — ela soltou de uma vez girando o corpo e apoiando as nádegas redondas contra a pia.

— Não é óbvio? — sua voz grossa alcançou seus tímpanos lhe fazendo ter calafrios. Sakura o encarou, duvidosa. — Atrás de respostas! —ele pausou se aproximando cautelosamente. – Eu tenho a chave reserva. — arqueou as sobrancelhas. - E ela pode ser sua. — Sasuke estendeu na direção de Sakura que ameaçou pegar, mas o objeto foi retirado assim que ela o fez. — Mas primeiro quero minhas respostas.

Irritada a jovem de cabelos rosados estapeou a mão do Uchiha que prontamente segurou seu pulso puxando o corpo de Sakura contra o dele.

— Que merda eu te fiz? — ele a indagou com os seus orbes negros em chamas. — Você me chutou com a desculpinha que tinha que focar mais nos seus estudos e eu estava atrapalhando, enfim eu te respeitei e me afastei, mas caralho eu fiquei muito puto quando te vi se esfregar naquele almofadinha. —Sasuke encarava os lábios vermelhos de Sakura que não conseguia desviar dos lábios finos e deliciosos do Uchiha.

— Acho que não devo satisfações com quem eu fodo ou deixo de foder! Eu sou livre! O que tínhamos era apenas sexo sem compromisso. Não foi esse o trato? — ela tentava manter a sanidade diante de toda aquela tensão sexual.

Sasuke a encarava nervoso, estava a ponto de explodir. Desde que Sakura o chutara e passou a ficar com aquele almofadinha, que Sasuke não tinha sossego. Não conseguia mais ter relações sexuais com outras garotas sem a sombra chamada Sakura Haruno entrar em seus pensamentos.

— Sakura você sabe que entre nós havia mais que um trato, sabe tanto quanto eu que o que tínhamos ia muito além de uma foda casual.— ele trincou os dentes retirando o arco vermelho que prendia os cabelos rosados deixando-os bagunçados com aquela aparência felina. — Bem melhor. — ele sorriu malicioso.

— Não estou entendendo o que você quer dizer com isso? — ela tentou desviar os olhos dos lábios do Uchiha numa tentativa falha demais, seu corpo estava em brasa só com aquele roçar leve de suas intimidades cobertas pelo pano de suas vestimentas.

— Eu vou te explicar melhor! — Sasuke entrelaçou os dedos na nuca de Sakura, emaranhando os fios rosados. Colou seus lábios sobre os dela saboreando-os como fruta fresca e madura.

Pediu passagem com a língua afoita por explorar aquele espaço suculento demais. Sakura se viu rendida mais uma vez a pegada deliciosa do Uchiha. Sugou com força seus lábios conduzindo o beijo molhado e avassalador.

As mãos de Sasuke descaram até as coxas leitosas de Sakura apalpando aquela maciez que tanto sentiu falta. Gemeu contra os lábios da rosada enquanto subia a saia do vestido. Dedilhando a coxa notou uma liga presa por toda extensão e rosnou.

— Espero que não tenha se vestido assim para aquele almofadinha de merda! – ele se afastou encarando os orbes verdes nublados de desejo e aquela boca avermelhada resultado do beijo entre os dois.

— Garanto que não me vestiria assim para o Gaara. — ela sorriu maliciosa e gemeu com o estímulo de Sasuke sobre a liga puxando-a e soltando em seguida. — Não tenho pretensão alguma em transar com ele.

Sasuke riu de canto descendo a mão pela parte interna da coxa alcançando a calcinha úmida de Sakura. A rosada arfou ao toque que mesmo por cima do pano rendado causou-lhe um revirar em seu ventre. Sasuke sabia exatamente onde tocá-la.

— Você gosta assim, não é mesmo? — ele esfregou a região arrancando um gemido sôfrego da mulher. — Você fica tão gostosa gemendo assim. — ele pressionou o seu ponto pulsante e sentiu a umidade passar pela calcinha melando seus dedos.— Puta que pariu, você está tão pronta que não sei se vou aguentar continuar nesse joguinho.

Sakura segurou na nuca de Sasuke para se equilibrar arranhando suavemente seus ombros descendo pelas costas musculosas. Sussurrou palavras desconexas ao sentir os dedos do Uchiha aprofundarem em sua carne rosada.

Sasuke pôs-se a movimentar os dedos naquela cavidade molhada que os mastigava com afinco. Pressionou o polegar no clitóris de Sakura massageando com lentidão. Com a mão livre liberou os seios rosados , sugando e lambendo os mamilos intumescidos. Sakura estava entregue e não conseguia recuar nem mais um passo, quando mais Sasuke lhe dava, mas ela o desejava. Estava apaixonada por aquele homem, era inegável.

Perdida em pensamentos e num desejo crescente em seu ventre liberou-se trêmula melando os dedos do Uchiha num orgasmo abrasador.

Sasuke sorriu com o feito sugando seus dedos melados, não desviava dos olhos de Sakura, nem de sua respiração desregulada ou sua boca avermelhada devido aos beijos além os seios empinados a mostra o convidando a explorá-los mais uma vez.

— Você é uma visão deliciosa! Lembre-me de agradecer a Itachi pela escolha da fantasia, você está gostosa pra caralho nessa roupa. — Sakura sorriu fazendo seu pau latejar. — Não me olhe assim! — ele rosnou.

— Assim como?— Sakura abriu e fechou as pernas num convite a Sasuke.

— Desse jeito safado! De quem quer que eu me enterre em você até que perca os sentidos. — ele apalpou o seu membro rígido captando o olhar luxurioso dela.

— Então o que tá esperando Zangado? Vem foder sua Branca de Neve! — Sakura ordenou excitada, tudo o que ela mais queria era sentir o membro de Sasuke entrando duro e forte dentro de si.

Sasuke puxou a calça colant revelando o membro gotejante e rosado. Sakura lambeu lábios apreciando a visão daquele pau ereto notando os movimentos de vai e vem que o Uchiha exercia sobre ele.

A Haruno puxou a calcinha entre as pernas jogando o pano com o pé na direção de Sasuke que o levou as narinas inalando o cheiro delicioso de suor e Sakura.

O Uchiha puxou as pernas alvas e roliças da Haruno que rodearam prontamente sua cintura, apoiando - a na pia, local onde jogou as chaves e a calcinha de renda branca. Pincelou com seu mastro a entrada molhada. Sem aviso prévio capturou o mamilo de Sakura sugando-o, ganhando um ronronar em resposta. Sakura prendeu o ar quando sentiu o falo de Sasuke adentrar inteiramente em seu sexo.

As estocadas começaram lentas, seguidas de urros e suspiros por partes de ambos que estavam sedentos. Sasuke elevou o vestido de Sakura até a cintura transformando em um emaranhado de panos. Movimentou-se colocando as mãos nos quadris da rosada estocando mais bruto dentro dela que recebia as investidas movimentando-se no mesmo ritmo do Uchiha.

Sakura fincou suas unhas na cintura de Sasuke arrancando-lhe um rosnar de prazer, arranhou seu oblíquo delicadamente notando-o fechar os olhos em apreciação. Sasuke arfou vagando os pensamentos sobre como era bom estar dentro dela, do quão fodido estava por ter se apaixonado pela mulher que não queria absolutamente nada a não ser sexo sem compromisso. Arremeteu com mais força tentando transmitir tudo que muitas vezes não conseguia demonstrar com clareza principalmente das vezes em que estiveram juntos, conectados.

Sakura gemia a cada toque, beijo e afago que recebia de Sasuke, encarava seus olhos negros que transmitiam tanta devoção e um carinho mais explicito que já esteve um dia. Sentiu seu coração acelerar e sorriu constatando que Sasuke correspondia seus sentimentos mesmo que não dissesse com palavras, seus olhos ônix eram o espelho da sua alma.

Imediatamente seu ventre se contorceu eriçando seus pelos, sua intimidade apertou o membro de Sasuke com demasiada força . Sakura se perdeu em sensações enquanto desfalecia em mil pedaços espalhando seu néctar por toda extensão do falo de Sasuke.

Vendo sua rosada tremer em seus braços, Sasuke aumentou o ritmo das estocadas liberando seu gozo quente e espesso dentro da cavidade úmida dela. Se encararam com as respirações desreguladas e sorrisos largos no rosto. Sakura pela primeira vez via um sorriso verdadeiro no rosto do Uchiha, um sorriso que ela desejou contemplar mais vezes.

Soltou delicadamente as pernas de Sakura deslizando seu sexo para fora da intimidade da rosada. Puxou a calça acomodando o membro na cueca sem desviar dos olhos verdes que o admiravam. Se aproximou plantando um beijo na testa suada de Sakura ajeitando o vestido dela para baixo. Sakura sorriu cobrindo os seios.

— Vamos sair daqui. — Sasuke sugeriu vendo Sakura encará-lo como se perguntasse para onde. — Vamos para casa, quero continuar o que começamos aqui. — ela piscou aturdida pelo convite, mas não negaria queria tanto quanto ele, apenas assentiu com um sorriso.

— Vá na frente, tenho que ajeitar essa aparência bagunçada. — ele observou achando ela sexy demais com aquele brilho de quem havia acabado de fazer sexo.

Sasuke destrancou a porta observando ela terminava de colocar a calcinha. Queria poder lhe dizer as coisas que estavam presas a garganta.

— Sakura, eu... – ele abriu a boca repetidas vezes tentando pronunciar as palavras que Sakura tanto desejava ouvir, mas ela sabia que para Sasuke se expressar ainda era um tabu.

— Eu sei Sasuke... Eu também... — ela sussurrou ruborizando, mas ao encarar o espelho notou o Uchiha sorrir, girou o corpo se aproximando lentamente dele selando seus lábios castamente e assentindo numa explicação muda. Sasuke aprofundou o beijo e sorriu se afastando.

— Vou pegar as chaves do Ímpala nos vemos no estacionamento. — ele sussurrou passando rapidamente pela porta em direção ao barulho da festa. Sakura suspirou se ajeitando e ansiosa por chegar logo em casa.

Avistou o Ímpala negro devidamente estacionado na vaga de sempre, mas nem sinal do Uchiha, rolou os olhos pelo estacionamento vazio, a sua procura, mas nada foi encontrado. Deduziu que Sasuke tivesse parado para falar com alguém e fez todo caminho até o segundo pavimento do anfiteatro.

Depois de rodar um pouco avistou Sai, Konohamaru e Naruto abraçado a Hinata, todos encostados no canto próximo ao bar, caminhou rapidamente até eles.

— Sai você viu o Sasuke? — ela o indagou ao amigo branquelo.

— Rosa chiclete. — interveio Naruto. — Ele pegou as chaves do Ímpala comigo e desceu com a Ino, na certa, você imagina o que ele foi fazer. — Naruto ria indicado resquícios elevados de álcool. Sakura sentiu seu corpo tremer de raiva, ele não poderia ter feito isso com ela, não depois de toda aquela confissão há minutos atrás.

Sai cutucou Naruto repreendendo o ocorrido, mas ambos não conseguiram conter Sakura que já se afastava rapidamente em direção as rampas de acesso jurando a si mesma que não cairia mais na conversa fiada de Sasuke Uchiha, praguejando aos quatro cantos.

Desceu a rampa esbarrando em alguém, com a visão turva por conta das lágrimas que começaram a cair, não assimilou quem era apenas quando a voz conhecida a chamou. Gaara estava parado a sua frente com um copo em mãos.

— Me tira daqui Gaara, por favor! — ela implorou chorosa. Gaara apenas assentiu conduzindo-a para fora do local.

Andavam apressados até o carro de Gaara sem trocar uma só palavra, só quando estavam a 1 metro do veículo que Gaara num impulso tocou o ombro da rosada chamando sua atenção.

— Relaxa Sakura! — ele a encarou vendo seus ombros relaxarem aos poucos.

— Desculpe Gaara, eu... — ele sorriu mais abertamente e a interrompeu.

— Não precisa se explicar, eu lhe procurando, peguei sua bebida favorita, Vodka, suco de maçã e gelo. Beba um pouco vai aliviar sua tensão, foi muita coisa para você nos últimos dias tudo o que precisa é relaxar. — ele sorria tão confiante que Sakura assentiu agradecida pela preocupação de Gaara, tanto que virou de uma só vez o conteúdo do copo.

Achou o gosto um pouco forte sentindo uma leve dormência na língua. Passou as mãos pelos cabelos apoiando no capot de um dos carros.

— Gaara... eu não tô me sentindo bem. — Sakura começou a suar frio e uma intensa sonolência lhe abateu. Sentiu o corpo ser amparado por ele e o fitou. O ruivo a analisava com um riso de puro deboche e antes que tudo escurecesse ouviu claramente a risada de Gaara seguido das seguintes palavras:

— Eu queria fazer a coisa do jeito mais fácil Sakura, mas você não colaborou.

[...]

Abriu os olhos sentindo a cabeça latejar e um gosto amargo sob a língua. Sakura estava atordoada o bastante, mas se tocou que aquele não era seu quarto. Em desespero retesou o corpo analisando os lençóis negros e a cama king size muito conhecida. Mesmo que não assimilasse o local, aquele cheiro que lhe entorpecia os sentidos era sem dúvida de Sasuke Uchiha.

Olhou atentamente conhecendo cada móvel daquele cômodo e deu graças a Deus de estar em casa. Lembrou-se de Gaara e suas palavras sentindo um calafrio na espinha.

A porta abriu devagar e por ela passou Sasuke com uma bandeja enorme com sucos e frutas, tudo o que ela mais gostava, observou que vestia apenas uma blusa preta AC/DC mirou seus orbes confusa.

— Vou lhe contar o que aconteceu mais primeiro coma e se vista temos que ir até a delegacia prestar esclarecimentos ao detetive Hatake. — Sakura o encarou mais uma vez. — Não me olhe assim, tem muito mais coisa que você precisa saber do que eu mesmo posso lhe explicar, a única coisa que posso te garantir é que não tive nada com Ino Yamanaka, agora vamos.— Sem mais contestar e aliviada, Sakura fez tudo rapidamente.

A caminho da delegacia, Sasuke lhe contou sua versão dos fatos; desde a interceptação de Ino para que a ajudasse a socorrer Gaara, alegando que o mesmo passava mal, até a percepção de que aquilo não passava de encenação da Yamanaka e a surra que dera em Gaara ao constatar que ele tinha dopado Sakura e pretendia levá-la dali para sabe-se lá onde. Contou também sobre a chegada dos policiais junto ao tal detetive Hatake, que deram voz de prisão a Gaara e Ino por tentativa de seqüestro. Disse que os rapazes estavam dormindo e que ninguém exceto Sasuke e a polícia souberam do ocorrido, precisavam manter em sigilo para conseguirem prender Mei que ainda estava foragida.Sakura estava assustada e não entendia porque Gaara faria isso com ela.

E ainda tinha Mei nessa história inteira.

Assim que chegaram a delegacia avistou a entrada iluminada pelo sol da tarde. Passou pela porta acompanhada de Sasuke sendo recebidos para sua surpresa pelo barman vestido de caçador da noite anterior, e soube que o mesmo se tratava do tal Detetive Kakashi Hatake. Confusa acompanhou Sasuke e o detetive até a sua sala no interior da delegacia. Sentaram-se dispostos em meios as papeladas espalhadas e um escrivão que os aguardava.

— Bom Sakura, é um prazer revê-la. — começou o tal detetive. — Isso deve ser bastante coisa para que você assimile, não?

— Confesso que Sasuke me contou alguns detalhes sobre o ocorrido, mas existem lacunas que estão ferrando com minha cabeça. — ela entrelaçou os dedos.

— Então Sakura, eu venho de Tóquio, sou um velho conhecido de seu pai! — ele afirmou.

— De papai? — ela indagou curiosa.

—Exatamente! Seu pai me procurou antes de falecer porque desconfiava que Mei, sua madrasta, estava desviando seu dinheiro para algum paraíso fiscal. — ele pausou. — Estou investigando Mei há tempos e só agora consegui provas incontestáveis sobre o acidente que levou seu pai a óbito. — Sakura arregalou os olhos diante de toda informação. — Interceptamos ligações e conseguimos chegar a um de seus comparsas e possível amante, Hidan. — Kakashi despejou. — Enfim, há cerca de seis meses após a morte de seu pai, Mei tomou posse de tudo com um testamento que descobrimos recentemente ser falso, o verdadeiro está em posse dos advogados de seu pai para averiguação, nele Kizashi deixa tudo para você! — Sakura engoliu seco encarando Sasuke, era mais do que poderia assimilar.

— Mas Mei? E o que Ino e Gaara tem a ver com toda essa loucura? — ela levantou-se andando de um lado para o outro.

— Mei o contratou por uma quantia grande e custeou sua faculdade, tudo isso para que Gaara se aproximasse e desse cabo de sua vida! Ino foi apenas cúmplice. — Sakura encarou o homem sentindo uma vontade imensa de chorar, Sasuke se aproximou envolvendo Sakura num abraço forte e acolhedor. Despejou toda a tensão dos últimos dias em forma de lágrimas apertando a blusa do Uchiha como se ele pudesse escapar por entre seus dedos.

— Eu estou aqui, Sakura! — Sasuke sussurrou beijando os fios rosados. Mirou Kakashi que os olhava consternado. — Será que podemos parar por aqui detetive? — indagou o Uchiha preocupado.

— Claro, colhemos o depoimento de Sakura apenas por formalidade, afinal Gaara confessou tudo. — Sasuke assentiu apertando Sakura contra seu corpo, caminhando para fora da sala e da delegacia.

— Nós vamos, nós vamos, para casa agora vamos! — ele cantarolou baixinho uma nova versão da música tema dos sete anões. Sakura fungou sorrindo em seguida, uma risada leve e gostosa — Ora, está rindo de mim, rosa chiclete?— Sasuke fez bico encarando a jovem.

— Sasuke, por favor... — Sakura sorriu enxugando as lágrimas. — Eu aprecio sua tentativa de ser engraçado, mas não faça mais isso, prefiro o bad boy mau humorado de sempre, assim você não fica fofo, fica assustador. — Sasuke levantou as mãos em rendição. Sakura apenas meneou a cabeça abrindo a porta do Ímpala negro sentando-se no carona. Sasuke sentou-se e antes que pudesse ligar o carro as mãos de Sakura tocaram as suas.

— Obrigado, Sasuke! Obrigado por estar ali por mim!

— Sakura... — ele tocou seu rosto com um leve afago. — Eu estarei sempre se assim desejar... — ele sorriu de canto.— Sakura o encarou.

— Eu quero! Para sempre e sempe. — ela selou seus lábios calidamente se afastando em seguida. — Sabe de uma coisa, eu trocaria toda e qualquer realeza para viver naquele sobrado com vocês, nada me deixa mais feliz do que a família torta que construímos. — ela sorriu recebendo um gesto afirmativo de Sasuke.

— Ok, Chiclete! Vamos para casa, porque tenho certeza que o Feliz, Dunga, Atchim, Mestre, Soneca e Dengoso devem estar aflitos querendo notícias do Zangado aqui e sua Branca de neve, ou melhor dizendo, Rosa Chiclete. — ele deu partida no Ímpala.

— Tá aí, adorei as referências, mas como sou alguém que acredita em contos da vida real, vou redefinir isso. — ela encarou Sasuke com um semblante sapeca. — O que você acha de Rosa Chiclete e os 7 Boys Sedução? 

Feb. 26, 2018, 1:20 a.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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