lovage Lovage

Morar ao lado de alguém que não suportava quase uma vida inteira era um desafio para Yuri. Ainda mais quando se tratava do charmosíssimo Otabek. Mas Yuri não contava com o desempenho do vizinho para resolver os mal entendidos do passado nem os acasos que teimam em reaproxima-los. Fanfic com várias referências a filmes adolescentes colegiais. Não se assustem. Créditos da Imagem, Meikoe (Puua) ou citrus É OTAYURI, CONFIA EM MIM!


Fanfiction For over 21 (adults) only.

#Otayuri #Yurionice #Yaoi
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Bom dia para você também, Yuri,


Notas do Autor


Olar, acho que essa é a primeira história que eu escrevo e tenho coragem de postar. Esse capítulo é um pouco introdutório, apresentando um pouco as personagens, a história começa a se desenvolver mais no próximo. Espero que vocês gostem, eu me diverti bastante escrevendo.

Um agradecimento especial a @Guardiangel e a Elisa por terem me motivado a escrever essa história e por lerem. Amo vocês

APESAR DA IMPRESSÃO ORIGINAL É OTAYURI. 
O meu yuri que é trouxa e se engana mesmo UAHSUAHUSAH


*


   O despertador ressoava pela terceira vez naquela manhã. O frio não ajudava e muito menos o fato de eu ter ficado no computador até as 3 da madrugada. Eu tentava me convencer mentalmente a levantar quando a buzina do velho mustang da Mila tocou do lado de fora. Levantei as pressas, escovei os dentes, vesti o primeiro moletom na minha frente. Passei pela porta correndo e obviamente tropecei e caí nos cadarços desamarrados dos meus all star cano médio.


   Ouvi uma risada larga vinda do outro lado da cerca e eu tive certeza que era mais uma vez Otabek fazendo questão de acabar com o restante minha paciência.


   Levantei erguendo o dedo do meio na direção daquele babaca em um sinal de positividade e alivio de tensão para aquele dia que mal tinha começado e com certeza não era um dos meus favoritos. Entrei no carro da Mila o mais rápido que pude.


   Otabek era meu vizinho uma vida inteira e até determinado ponto nós éramos amigos. E agora eu o odiava. Odiava seu ar de superioridade, a futilidade que cercava as suas ações, o fato dele ser DJ em todas as festas e aquela moto ridícula que eu o via polir pela janela do meu quarto nos sábados de manhã. Se tinha uma palavra que definia aquele cara era arrogância e mesmo assim ele era o queridinho da galera, dos professores, das mães (incluso da minha). Eu pessoalmente não conseguia entender.


   - Bom dia pra você também, Yuri – Ouvi da Mila quando me percebi bufando de raiva. – Eu sei que você não gosta muito do Altin, mas tem que assumir que foi bem engraçado...


   Disparei o maior olhar assassino que podia enquanto Mila sorriu graciosamente, apertou uma das minhas bochechas de leve e depositou um beijo ali. Algumas vezes eu me incomodava com esse jeitão carinhoso da Mila, mas ela era minha melhor amiga e bom, eu também não gostaria de brigar com ela e perder a minha carona diária.


   - Melhor acontecer na frente do Otabek do que na do Jean... – só a menção do nome me fez corar, tentei encerrar o assunto porque a Mila tinha todas as armas possíveis pra me deixar com mais raiva e ainda mais sem graça.


   - Tanto faz, Mila, só vamos. Já estamos mais do que atrasados.


   - Se você continuar com esse mau humor eu vou ser obrigada a dar a sua entrada do show do Metric de mais tarde pra outra pessoa e vou jogar todas as fotos BEM NA SUA CARA – Ela gargalhou gostoso e ligou o som no mais alto possível na intenção de evitar a resposta vinda da minha língua afiada.


   O nosso ciclo de amigos não era grande, mas me deixava confortável. Além de Mila, ainda tinha o Pitch, que era legal, mas um tanto excêntrico. Os relacionamentos sociais da escola sempre foram um tanto complicados para mim. Um monte de gente falsa, se comunicando por joguinhos e favores, um sempre tentando ser melhor do que o outro e claro, tinha o Jean.


   Não sei ao certo quando me apaixonei pelo JJ. Talvez tenha sido naquele Pub que eu e meus amigos íamos sempre e ele fazia uns bicos de barman. O álcool correndo em minhas veias me fez tomar coragem de conversar com ele, enquanto o mesmo preparava minhas bebidas e me oferecia aquele sorriso canalha irresistível. Ele fazia parte de alguns projetos sociais, era declaradamente vegano, tocava baixo em uma banda cover. O cara era incrível. O único e maior problema do JJ é que seu melhor amigo era ninguém menos que o Otabek. E bom, ele também vivia em um relacionamento iô-iô com a Isabella, mas nos intervalos do relacionamento ele ficava com alguns meninos e meninas, o que me deixava bem esperançoso que um dia fosse a minha vez.


   E era óbvio que todas as minhas tentativas de aproximação e diálogo com ele depois daquele dia foram fracassadas. Mas mesmo assim, hoje, por exemplo, enquanto pegava meus livros no armário, ele passou por mim, bagunçou meus cabelos e andou de costas me cumprimentando, fazendo o típico JJ com as mãos, dando AQUELE sorriso que me tirou tanto do controle que eu percebi que desde que Jean tinha entrado no corredor, eu não tinha dado a mínima para o que o Phichit estava tagarelando do meu lado.


   - ...E todos eles vão aparecer! Não dá pra arriscar ficar sem internet no meio da noite e o sinal lá a gente sabe que é meio ruim... – Encarei o Phichit com estranheza enquanto fingia que tinha ouvido tudo. Ele levantou o tapa-olho de paetê prateado e disse:


   - Você ao menos prestou atenção em alguma coisa? Enfim, vai ser por isso que eu não vou conseguir ir com vocês mais tarde. Eu prometo que dou notícias e atualizo vocês de tudo o que está acontecendo, afinal alguém tem que se sacrificar pelo grupo – Acenei com a cabeça, já sabendo que teria que pedir pra Mila me explicar que loucura ele tinha arrumado dessa vez, para não deixar o Phichit chateado. Ele me deu um abraço e saiu pulando nos seus sapatos pula-pula do Gugu, que eu não fazia a menor ideia de como ele tinha arrumado um daqueles para um pé de adulto e muito menos de onde ele tirava tanta energia pra usar aquilo o dia todo.


   Na hora de ir embora, Mila já me aguardava dentro do seu velho mustang azul.


   - Ouvi dizer que o seu DJ favorito vai tocar antes da banda entrar – Mila riu alto e preferiu não aguardar novamente a minha resposta enquanto eu já revirava os olhos. – Mas tudo tem um lado bom, soube que JJ vai estar no bar e que ele e a Isabela terminaram mais uma vez.


   - Mila, sério, eu passo praticamente o dia todo com você. Como você sabe dessas coisas e eu não? – Dei um abraço forte de alegria – Coloca Sick Muse pra tocar em comemoração. – Mila riu e fomos cantando alto até a minha casa. 


   - Passo aqui às 20, de uber. Quanto tiver saindo de casa te ligo. E vê se me manda foto da sua roupa que esse pijama que você ta vestindo hoje quase me matou do coração. – Já estava pra mandar a Mila se foder, quando ela me deu um beijo na testa, me desarmando totalmente.


   Saí do carro e já estava quase entrando em casa quando a Mila gritou - E eu sei que você odeia a comida da sua mãe, mas vê se come pra não ficar mal mais tarde. Inté. – E acelerou tão rápido que eu a perdi de vista.


   Minha mãe ainda achava que eu e Otabek éramos amicíssimos e ao me ver entrando em casa, disse que a mãe dele contou que o mesmo ia ser DJ no show de mais tarde, perguntou se nós íamos juntos e por mais que eu negasse e dissesse que não gostava dele, ela agia como se não estivesse me ouvindo. Ele vinha aqui as vezes, galanteador, pegar o açúcar, o tomate, o que quer que fosse que a mãe dele tinha pedido. Minha mãe sabia da minha sexualidade e pra ela, Otabek era o genro dos sonhos, o que me deixava extremamente irritado. Eu respirei fundo, enquanto soltava vários palavrões mentais e interrompi os devaneios dela:


     - Mãe, eu não vou com o Otabek. A Mila vai passar aqui de Uber, nós vamos juntos. O show deve acabar por volta das 3 e qualquer coisa eu te ligo. É um show pequeno, eu já te disse e a gente deve voltar junto. 


Dei as costas o mais rápido que eu pude e subi as escadas correndo. Agora eu tinha que pensar como ia ser mais tarde. Eu não tinha a menor ideia do que vestir, do que fazer. Todas as minhas esperanças estavam depositadas na música e no álcool e eu tinha certeza que eles iam me guiar. Amém.



*


Notas Finais


Quem me aguentou até aqui vamos a algumas informações:
- Eu comecei a escrever essa fic antes de ontem e eu pretendo que ela seja curtinha, leve e divertida. 


- Algumas coisas são referências a filmes adolescentes que marcaram a minha vida, assim como "10 coisas que eu odeio em você", "o diário da princesa", "A nova Cinderela" e principalmente filmes que vizinhos moram lado a lado, assim como "Coisas de meninos e meninas" e "Fica comigo". Tem uma outra tonelada de referências, óbvio. E tem um terceiro filme de vizinhos lado a lado que eu queria reassistir e não achei, se alguém souber... A narrativa eu tentei manter um pouco nesse ritmo também.


- Sobre o sapato pula pula do gugu, eu tentei achar no google e não encontrei. Eu tenho quase certeza que meu primo tinha um. É uma espécie de sandália com uma bola embaixo e você pulava. Posso ter trocado tudo também

- Aceito ideias de coisas loucas que o Phichit poderia usar. Eu ia colocar o Victor, mas o personagem é tão a cara do Phichit que apesar dele geralmente não aparecer nesse tipo de história, eu tive que colocar ele.

No mais, até a próxima.
Feb. 25, 2018, 4:29 p.m. 0 Report Embed Follow story
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