dae_gen Dae Gen

Depois de uma louca madrugada de festa, tudo que Yoongi queria era se lembrar o que havia acontecido e quem era a pessoa com que ele teve uma estranha e prazerosa noite, mas a vida não pode parar e ele tenta retomar sua rotina com seus colegas de apartamento como se nada tivesse acontecido. Porém, não foi só Yoongi que aprontou naquela festa e muitas coisas parecem estarem bem diferentes, principalmente entre quando eles descobrem que uma colega sofreu um acidente na festa. Seus colegas de apartamento parece que se lembram de partes da festa, mas não de tudo, o que impede Yoongi de ignorar aquela curiosidade. Essa festa parece guardar mais segredos do que eles podem lembrar, alguns segredos que jamais poderiam ser revelados e outros que podem mudar tudo, resta saber quem se lembrará primeiro.


Fanfiction Bands/Singers For over 18 only.

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O que aconteceu noite passada?

YOONGI


“Eu te amo”



Meus olhos relutavam para se abrir, mas aquela claridade já incomodava, minha cabeça latejava, era como se alguém martelasse, sem parar, dentro do meu crânio, o mundo girava como em um liquidificador e em uma frequência alta. Me apoiei nos cotovelos, eu estava em uma cama que não era minha, em um quarto que não era meu e não fazia ideia de que horas eram.

Suspirei profundamente, me sentando direito, sentindo um desconforto enorme em meu corpo, não sabia dizer o que doía mais, minha visão estava um pouco embaçada, havia acabado de acordar e meus olhos ainda se acostumavam com todos os estímulos.

Passei a mão no rosto em uma falha tentativa de despertar mais rápido, minha cabeça estava explodindo com a ressaca que borbulhava, meu ouvido zumbia da música alta da noite passada, foi então que me dei conta que, a única coisa que me cobria, era uma coberta fina, minhas roupas estavam espalhadas por algum lugar e foi quando senti a primeira onda de desespero: o que aconteceu noite passada?

Tentei lembrar de alguma coisa da noite passada. Meu amigo Namjoon deu mais uma de suas festas, ele morava em uma das maiores fraternidades aqui do campus. Nam, como o chamávamos, era alto, tinha vinte e três anos, bastante popular na faculdade, estava estudando para ser veterinário, mas seu grande charme eram as covinhas.

Mas engana-se quem pense que o moço estava disponível, namorava, há mais de quatro anos, um tal de Jaebeom e mesmo que não morassem juntos, não era a distância que os separavam, qualquer um podia morrer de diabetes quando as ligações começavam.

Voltando a festa. Namjoon e os caras de onde ele morava tinham convidado uma galera para a festa, o que era bem normal. Me lembrava de ter chego com minha amiga e pego um pouco de bebida, mas depois disso, nada.

Devo ter sonhado que alguém disse que me amava, ou pode ter sido alguém, muito louco de bebida, que dormiu comigo. Senti um frio subir em minha espinha, movi meu corpo rapidamente e olhei para os lados, perto de uma das pernas da cama, ao lado da minha calça, estava alguns preservativos usados. Suspirei aliviado, pelo menos eu tinha usado camisinha, ou outra pessoa usou, eu não sabia dizer.

Coloquei as mãos na cabeça. Eu não era assim. Nunca fui do tipo que saía para festas, bebia até esquecer tudo e dormia com uma pessoa desconhecida, eu acabei de completar vinte anos, havia começado recentemente a fazer odontologia, o curso que ralei muito para entrar, e particularmente, preferia ficar em casa, vendo alguma série e comendo pizza, mas sempre fui muito ruim em dizer “não” para os meus amigos. E agora estou aqui, sem roupa, com ressaca, meio zonzo e tentando lembrar onde deixei minha dignidade.

Levantei com muita dificuldade, meu corpo pedia para que eu voltasse a dormir e minha cabeça me condenava por ter acordado. Peguei minhas roupas no chão e fui até o banheiro jogar uma água no rosto, eu estava com uma cara terrível, devia ter bebido muito, pela minha falta de memória, eu extrapolei todos os meus limites.

Desci as escadas indo para o andar de baixo, onde tinha acontecido, efetivamente, a festa, havia muita gente largada no chão dormindo, bêbados, alguns abraçados com garrafas, outros com um pênis desenhado no rosto, chegava a ser comigo, se não fosse uma situação tão trágica.

A claridade me incomodava e minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, passei os olhos pela enorme sala procurando um rosto conhecido, eu sabia que não ia conseguir chegar sozinho no meu apartamento.

Nunca fiquei de ressaca desse jeito, então não fazia ideia de como proceder, eu só sabia que precisava de água e café. Meu corpo todo se arrepiou quando senti um toque quente em meu ombro, virei quase que de imediato, com meu coração acelerado do susto.

- Porra! Taehyung! Quer me matar?

- Não tinha essa intensão.

Ele sorriu, estava com olhos inchados e miúdos, provavelmente com uma ressaca brava também, a voz rouca de quem acabou de acordar, cabelos bagunçados e cheirava a vodka.

Kim Taehyung, ou como eu gosto de o chamar, um dos meus colegas de apartamento. Ele era o cara mais desnecessário que alguém poderia conhecer, era bonito, inteligente, sabia cozinhar e tinha o péssimo hábito de falar sorrindo. Ele tinha vinte e três anos, estudava artes plásticas, mas era mais focado em pinturas, vivia com a cara suja de tinta e às vezes, com mexas coloridas nas pontas do cabelo.

- É serio, não queria te assustar. Eu to sem a chave de casa e preciso de um banho, urgente.

- Eu também. Eu… - Bati as mãos nos bolsos. Celular. Carteira. Chaves. - Tá aqui.

- Nossa… - Ele suspirou - Você é meu herói!

E, mais uma vez, ele sorriu. Como eu disse: desnecessário. As pessoas estavam acordando, todo mundo parecia acabado, pelo jeito a festa foi um sucesso, iria gostar mais se eu lembrasse, principalmente, com quem eu dormi.

- Achei vocês! - Uma terceira voz familiar se juntos na conversa. - Eu acho que perdi a minha chave!

- Relaxa, o Guinho tá com a dele.

Guinho, o apelido “carinhoso” que Taehyung tinha me dado, só porque sou o mais baixo e o mais novo. E o perdido? Jung Hoseok, meu outro colega de apartamento, eu ainda estava espantado dele ter ido à festa. Hobi, como o chamávamos, ia ser um futuro engenheiro de alimentos, tinha vinte e dois anos e era extremamente nerd, daqueles que passa muito tempo estudando e na biblioteca.

Hoseok era também o mais divertido, ele tinha covinhas embaixo do nariz e quando se empolgava, dava para ouvir a risada dele de longe, mas não era assim com todo mundo, em geral, ficava na dele e se soltava quando ganhava intimidade.

Ele não parecia tão “mal” quanto nós dois, estava com a cara inchada, mais de sono do que de bebedeira, não parecia estar de ressaca ou se recuperando de uma louca noite de farra.

- Ah, vocês ficaram sabendo? - Hoseok soltou o ar e fez uma cara tensa.

- Eu não sei nem meu nome, Hobi, desembucha! - Taehyung ainda sorria e cruzou os braços.

- Vocês souberam da Soomin?

- O que tem ela? - Ele conseguiu minha atenção, ainda que fosse limitada no momento.

- Ela tá no hospital. Encontraram ela caída na escada.

- Como assim? - Taehyung parou de sorrir e ficou sério.

- Disseram que tinha sangue. Muito sangue.

Oct. 4, 2021, 3 p.m. 0 Report Embed Follow story
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