costtolinana NANA 🦋🌻

Após da morte de Sirius, Harry se vê sem rumo e sem esperança sendo apenas consumido pela melancolia iminente. Ao passear pelo bairro, acha uma estranha loja onde recebe uma interessante proposta: viver sua vida como ela é ou mudar para um destino indeterminado de onde ele não tem o menor controle. Quais serão as consequências dessa escolha?


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Prólogo: A Loja do Sótão

Nada estava bem. Desde sempre as coisas nunca foram boas para ele. Primeiro perdeu seus pais para um louco com sede de poder, depois, acabou morando com seus parentes trouxas onde trabalhou como um condenado fazendo atividades domésticas e aturando seu primo Duda e todo o bullying que veio de brinde. Desde sempre, nada estava bem. Se sentiu especial quando descobriu que era um bruxo. Achou aquilo totalmente surreal e, ao mesmo tempo, fantástico. Tudo parecia se encaixar, explicando do porque sempre acabava fazendo coisas estranhas sem uma explicação. Quando chegou ao mundo bruxo, foi bom e ruim ao mesmo tempo. Descobriu ser famoso por uma coisa que nem sabia como aconteceu, por perder seus pais e acabou sendo idolatrado por todos a sua volta. Ele realmente nunca quis a sua fama. Foi quando as coisas ficaram complicadas. Ano após ano sempre acontecia alguma coisa, sempre com ele. Um professor possuído por um Lorde das Trevas; um diário possuindo pessoas e um basilisco; um fugitivo da justiça que por acaso é o seu padrinho atrás daquele que entregou seus pais à Voldemort; um torneio mortal e o retorno de um Lorde das Trevas e, por fim, todos o chamando de mentiroso e a perda do seu padrinho. Esse último é a parte que mais doía.

Desde o final do ano letivo, ele se sentia vazio, como se tivesse recebido mais uma visita de dementadores, só que dessa vez era como se ele estivesse sempre ali, sugando sua felicidade com um canudinho. Ainda se arrependia do que tinha acontecido, por conta da sua imprudência, Sirius estava morto e agora, ele estava sozinho. Mesmo com seus amigos por perto, dos Weasley que sempre o acolheram com carinho, mesmo que todos tentassem confortá-lo não era o suficiente, nunca seria. Sirius era uma grande conexão com seus pais, seu padrinho e sua família. Mesmo longe, ele ainda sabia que tinha alguém por ele, alguém que ainda zelava pelo seu bem-estar e que queria ficar ao seu lado, olhando por ele. Isso tudo era demais para sua cabeça.

Se sentia sufocado. Não poderia ir muito longe por conta da volta de Voldemort, enquanto olhava as notícias com preocupação, com medo do que poderia aparecer. Agora que todos sabem que Voldemort está de volta, os comensais não têm motivos para ficarem quietos, o deixando agitado. Harry sabia que estava seguro graças a proteção de sangue através da sua mãe, magia antiga, mas, isso não significava que ele não se importava com as outras pessoas. Seus amigos, o resto do mundo mágico estava totalmente desprotegido da ameaça que era o Lorde das Trevas.

Naquele ponto, ele não se importava mais. Todos esperavam muito dele. Ser o menino-que-sobreviveu e ainda uma espécie de um escolhido por conta de uma profecia era demais para sua mente. Porque tudo tinha que ser com ele? Já não bastava o que sofria todos os anos onde sempre acontecia um atentado contra sua vida e ainda mais essa?

Precisava espairecer, já não aguentava mais ficar dentro daquela casa, sem saber o que esperar, vendo notícias de ataques e se mordendo por dentro, por não poder fazer nada além de torcer pelo melhor.

Saiu de casa sem avisar, não era como se seus tios se importassem para onde ele iria, então nem se deu ao trabalho. Andou sem rumo pelas ruas, observando as pessoas passarem por ele indo viver suas vidas, sem muitas preocupações. Nesse momento, Harry sentiu inveja dessas pessoas, por não precisarem se preocupar com uma guerra e um maluco correndo atrás da sua cabeça. Se sentia melancólico com tudo isso, imaginando como seria sua vida se fosse igual a dessas pessoas que avistava na rua, se não fosse quem era no mundo bruxo.

Andava sem rumo, não tinha um lugar específico que queria somente andar até se sentir cansado, tentando esvaziar sua mente de tantas coisas que a rondavam, tentando extravasar a ansiedade que tomava conta de si.

Foi quando ele viu um gato preto. Um belíssimo e estranho gato preto. Ficava apenas ali, parado no meio da calçada, de alguma rua que nem sabia como tinha chegado, o gato olhava para ele parecendo que estava olhando sua alma, buscando algo dentro dele que Harry não entendia. Aqueles olhos amarelos eram hipnotizantes, não conseguia desviar o olhar por mais que quisesse. Não sabia quanto tempo ele estava ali, observando e sendo observado. Ficou se perguntando se aquele gato seria um animago mandado atrás dele. Se fosse, teria sido mandado pela ordem ou por Voldemort? Não sabia dizer. Mesmo assim, animago ou não, ainda olhava para ele.

Como se tivesse cansado da brincadeira de encarar, o gato desviou seu olhar para trás, como se alguma coisa tivesse tomando a sua atenção ou tivesse o chamado. Voltou olhar para Harry e depois para trás, e começou a andar naquela direção, parando a uma distância pequena do seu lugar e olhando para Harry, como se indicasse que o seguisse. Harry sentiu uma espécie de puxão, como se sua vida estivesse conectada àquele gato. O pensamento de que poderia ser uma armadilha passou pela sua cabeça, mas ignorando todo o bom senso, começou a segui-lo. Andou por ruelas estreitas e estranhas, no rastro do gato, sentindo aquele puxão mais forte a cada esquina que virava. Estava começando a ficar ansioso com o que encontraria quando a jornada terminasse, seria alguém ou um lugar? Seria amigo ou inimigo? Agora era muito tarde para pensar nessas coisas, a única coisa que restava era segui-lo.

Parecia uma eternidade quando chegou ao seu destino. No final do beco, tinha uma pequena loja de aparência modesta e bem antiga, porém, requintada, como se tivesse saído de algum filme antigo. Na fachada da loja estava escrito Antique Attic Shop com letras refinadas e desenhadas. Aquele puxão que sentia quando seguia o gato começou a ficar mais forte, como se sua magia pedisse para que ele entrasse como um canto de sereia, o seduzindo. Sem perceber, sua mão já estava na maçaneta da porta luxuosa da loja, esperando para ser aberta. O gato que até então estava em silêncio ao seu lado soltou um pequeno miado, esperando que ele completasse a ação de abrir aquela porta para entrar. Ignorando mais uma vez seu bom senso, resolveu abrir.

Assim que abriu, a primeira coisa que viu foi um lance de escadas e ao lado, uma placa escrito “ ↑Em cima ↑” indicando para onde deveria ir. Suspirou e olhou para as escadas, onde o gato já tinha pulado alguns degraus e o observava, esperando que ele subisse junto dele. Subiu as escadas devagar, esperando que qualquer coisa acontecesse. Bom, nada aconteceu. Ao subir as escadas se deparou com um alçapão aberto de onde vinha uma luz fraca e um cheiro doce e suave, como se estivesse convidando para entrar.

Cabelo preto, vestido roxo, um sorriso sedutor. Assim que entrou foi essa imagem que o recebeu, uma mulher de longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo apertado vestindo um vestigo roxo justo. Ela sorria de um jeito que poderia ser classificado como sedutor enquanto segurava aquele pequeno e estranho gato preto que o levou até aquele lugar.

— Olá querido estranho, seja bem-vindo à Antique Attic Shop, nossa bela loja do sótão. Você é o nosso décimo terceiro cliente, espero que você goste de sua estadia em nossa pequena loja — Disse a estranha mulher de modo sedutor. Sua voz era macia como um veludo acariciando seus ouvidos. — Meu nome é Michele Malebranche, é um prazer recebê-lo no meu humilde lugar.

Harry ficou parado sem saber o que dizer. Aquele lugar, aquela mulher chamada Michele, aquele bendito gato. Parando para observar melhor a mulher, percebeu uma coisa estranha: agora ela não era uma mulher, mas sim, uma garotinha. Tirou seus óculos, os esfregou fortemente e olhou novamente para ela, já não era mais uma menina e sim uma senhora. Agora sim ele sabia que estava ficando maluco, sua mente já estava pregando peças. Começou a achar que a morte de Sirius o afetou mais do que ele imaginava. Não tinha como, não tinha mesmo, só podia ser mentira.

— Ah! Vejo que minha aparência o deixou confuso. Não se preocupe querido, as coisas são o que são e não podem ser mudadas. — Respondeu com um sorriso simpático em seus lábios.

— O que é esse lugar? — Falou pela primeira vez desde que chegou. Na verdade, pela primeira vez desde a hora que se levantou da cama. Ainda se sentia estranho ao olhar para Michele, mas, ainda sentia aquele puxão, como se seus olhos não pudessem desviar dela.

— Essa loja é muitas coisas. Um lugar para descansar, um lugar para conversar, mas, seu principal motivo de existir é guardar histórias. Aqui — Apontou para as paredes e girou em volta de si mesma, para representar o todo. — É onde os vários mundos se encontram, onde várias linhas do tempo se cruzam e terminam. Por isso, recebo todo o tipo de pessoas mas, essa loja aparece somente para aqueles que realmente necessitam dela. — Ainda estava sorrindo para ele, agora de um modo até maternal, como se estivesse explicando para um neto algo muito importante.

Bom, de fato ela parecia uma senhora de uns setenta anos.

Voltando à aparência de uma mulher adulta de pôr volta trinta anos, andou em minha direção e tocou no meu ombro.

— Vá, explore este lugar como sentir que deve explorar. Veja os tipos de histórias que tenho guardadas aqui. Qualquer dúvida venha me procurar.

Harry ficou parado no mesmo lugar enquanto Michele foi se sentar numa poltrona rústica, apanhou um livro e começou a ler como se ele não estivesse naquela sala. Ficou parado no mesmo lugar por uns cinco minutos até que sua curiosidade acabou vencendo. Já estava naquele lugar estranho então não teria problema explorar um pouco, pensou.

O que primeiro chamou atenção foi uma armadura reluzente. Resolveu seguir seus instintos e olhar mais de perto a peça. Era de prata e parecia branca, com detalhes em arabescos por todo o peitoral. O capacete tinha uma grande rachadura bem no meio e estava coberto com algo que parecia sangue seco. Ao lado havia uma marionete com lindos cabelos rosados bem lisos e uma roupa de camponesa. Em seu rosto tinha uma expressão triste, como se estivesse prestes a chorar, como se seu mundo tivesse acabado bem ali. Do lado oposto da parede estava exposta uma lâmpada mágica, como no filme do Aladdin. Era brilhante, não tanto como a armadura de prata, mas tinha um charme próprio. Perto de Michele, Harry viu uma joia enorme e vermelha. Suspeitava que fosse um rubi ou um diamante gigante. Ela brilhava em vermelho vivo e quando a tocou, podia ouvir gritos de agonia. Ficou assustado, não esperava de modo nenhum que aquilo acontecesse. Virou-se para trás e viu uma rosa dentro de uma redoma assim como A Bela e a Fera. Ao contrário da história de conto de fadas a rosa vermelha estava totalmente inteira e murchava e voltava a ser uma flor jovem a todo momento, assim como a dona do lugar que agora parecia uma criança. Perto da parede lá, no fundo da loja tinha uma foice, uma enorme e assustadora foice. Era totalmente negra, do cabo à lâmina e refletia o rosto de Harry de modo sinistro.

O próximo item foi um colar com um pingente de um corvo totalmente branco feito da mais pura prata. Sentiu aquele mesmo puxão mais forte para o colar, ouvindo uma voz sussurrando em seu ouvido.

“Pegue-o, pegue-o”

Ele obedeceu à voz. Pegou o colar e olhou todos os detalhes da peça. O colar era fino e delicado, totalmente leve, mas o que chamou mais a sua atenção foi o pingente. O corvo totalmente entalhado, como se fosse feito à mão. Os detalhes das asas eram finos e precisos. O corvo estava com as asas abertas, como se estivesse para levantar voo.

— Ah! Vejo que você o encontrou. — Disse Michele com um tom divertido em sua voz. — É uma das minhas peças favoritas. Vejo que ela gostou de você — Ficou atrás de Harry observando o colar em sua mão.

— Como assim o colar gostou de mim, é apenas um colar, não? — Ficou na dúvida. Nessa altura já não sabia se aquela mulher era uma bruxa ou apenas uma mulher estranha.

— Como eu disse, essa loja coleciona histórias e esse colar — Apontou para a mão de Harry — É uma dessas histórias.

— Então, qual seria a história dele? — Perguntou sem nem mesmo saber do porquê. Só sabia que queria ficar mais e mais perto daquele colar.

— Bom, é uma história interessante. Uma vez, um garoto assim como você veio aqui, ele me pediu para mudar sua própria história. — Andou para perto da sua poltrona novamente, passando a mão no encosto da cadeira. — Ele queria ter a chance de mudar tudo, de ajudar as pessoas que amava, de ter um final feliz. Eu disse para ele que isso poderia ser arranjado com o preço certo. Você vê, nada nessa vida vem sem um preço que seja do mesmo valor do pedido. Então, consegui alguém que fizesse este colar para mim. — Suspirou e olhou para Harry novamente. Em seu rosto era apenas um sorriso calmo. — Este corvo do qual você segura como algo valioso é o símbolo da mudança, de saber lidar com suas escolhas, de conviver com elas sejam quais forem. É o desejo de algo melhor, de enfrentar ou aceitar seu destino.

— E, qual foi o preço que esse cara pagou?

— Ah, o preço? — Perguntou com humor. — O preço era sua vida. — Harry se assustou com isso, como aquele pequeno colar poderia fazer isso com alguém?

— Calma, não é tão drástico assim. — Riu suavemente da expressão espantada de Harry. — Quando eu disse sua vida quis dizer sua vida atual. Todas as possibilidades que ele teria, boas ou ruins sendo mudadas para outras possibilidades que podem ser boas, ou ruins também. Ele não poderia escolher, a deus do destino,Moira, iria se encarregar disso. — Terminou ainda com um sorriso no rosto.

— E ele aceitou o preço? — Sua curiosidade estava no seu auge. Um colar que poderia mudar um destino inteiro?

— No final ele não aceitou. Mesmo que sua vida fosse ruim, ele percebeu que brincar com esse tipo de coisa pode enlouquecer um homem. Ele não teve coragem o suficiente para isso. Por isso, até hoje, o colar espera por alguém que faça essa escolha. — Ela já não era mais uma criança e sim uma senhora. Seu tom de voz de avó era reconfortante como ele não ouvia há algum tempo.

Uma ideia se passou pela mente de Harry. Um pingente que mudava sua história para o bem ou para o mal, uma chance de poder viver tudo de novo, de poder mudar tudo. Mudar sua vida nos Dursley, mudar como as coisas acabaram nos primeiros anos de escola, salvar Sirius… Talvez, ele conseguisse evitar a volta de Voldemort. Tinha um porém, segundo a senhora ele não poderia escolher, a vida dele poderia ficar pior caso assim a vida quisesse, além de desistir de toda sua vida aqui. Seus amigos, aqueles que ele considerava sua família, o mundo bruxo.

Respirou fundo, são muitas possibilidades.

— Sei o que está pensando. — Ainda estava sentada na poltrona perto de Harry. — As possibilidades são infinitas. Como eu disse antes, é necessária muita coragem para ir embora assim.

— Quais são as consequências se eu aceitar, além de não estar no controle da minha nova vida?

— Bom, como eu disse, você ficaria sem sua vida aqui. Todos que você conhece, todos que você ama irão se esquecer de você. E na sua nova vida, não há garantias que terá essas pessoas em sua vida novamente.

— Elas vão sumir?

— Pode ser que sim ou pode ser que não, tudo isso é relativo. Elas podem ser pessoas diferentes das quais você conhece, podem amar ou odiar você, podem morar em outro lugar, tudo isso está fora de seu controle. Aceitar a mudança de vida é abrir mão de tudo isso e viver de acordo com o novo destino que Moira escolher para você.

Respirou fundo novamente. Aquilo era muito para processar. Podia mudar sua vida, toda ela enquanto todos esqueciam dele. Não sabia se ele conseguiria, realmente não sabia. Michele lendo sua expressão começou a falar:

— Você pode pensar se é isso mesmo que você quer. — Se levantou e ficou de frente para ele. — Não precisa ser agora, pode pensar o quanto quiser. Quando você estiver pronto, se estiver pronto, fará sua escolha. — Ela tomou o colar de sua mão e foi para atrás dele, colocando em seu pescoço o delicado colar com o corvo reluzindo orgulhoso. — Fique com ele querido, um prêmio como nosso décimo terceiro cliente. Quando você estiver pronto, segure o pingente em suas mãos, feche os olhos e diga “Estou pronto”. Deseje no fundo do seu coração que ocorra a mudança que Moira fará o resto.

— E se eu não escolher?

— Aí o colar será apenas um colar. Tudo só ocorrerá com o seu desejo, apenas. — A senhora saiu atrás dele e segurou seu rosto com delicadeza. — Agora vá e cumpra o seu desejo.

— E se eu escolher mudar, vou me lembrar de tudo o que passei? — Quis saber por fim, uma dúvida que o corroía por dentro.

— Talvez sim, talvez não. Tudo depende do que Moira escolher. Agora vá meu querido, vá para casa. Feche os olhos e deseje estar lá.

Harry assim o fez. Fechou seus olhos pensando na casa dos seus parentes. Ele não considerava aquele lugar sua casa, essa seria Hogwarts, mas, no momento, era a única opção.

Assim que abriu os olhos, percebeu que estava no meio da Rua dos Alfeneiros, em frente da casa dos Dursley. Respirou fundo e começou a pensar: será tudo um sonho maluco? Até que ele sentiu em seu pescoço um leve peso e contra o seu peito o frio da prata.

Fora real, fora totalmente real. Ele ainda pensava quem seria Michele ou o que seria aquela loja estranha, ou se o fato desse colar mudar seu destino. Resolveu deixar para pensar nisso depois.

Algumas semanas passaram e Harry não deixou de pensar no colar. Ele se lembrava que poderia tomar a decisão quando quisesse mais o calor da prata contra seu peito fazia ele se lembrar a todo momento que ele tinha uma escolha a ser feita. Ir e aceitar um novo destino sem saber se seria bom ou não, ou ficar e aceitar aquilo que ele já tem. A falta de garantia de que as coisas seriam melhores era o que o assustava e o fazia vacilar em relação a sua decisão. Tudo em volta dessa maldita decisão.

Achava estranho que, em nenhum momento, ele duvidou daquela mulher estranha. Acreditou em suas palavras independentemente qual fosse. Não sabia o porque mais sentia a sinceridade em suas palavras e, resolveu acreditar naquilo. Alguns dias, tocava o pingente em formato de corvo como se para garantir que ele ainda estava ali, outros dias ele segurava entre suas mãos como um grande tesouro, uma tábua de salvação.

Foi numa noite estrelada que ele teve uma epifania e tomou sua decisão, ele iria fazer a mudança. Ele não sabia de onde vinha essa nova determinação, ele só sabia que não tinha muito a perder. Pensava que ele conseguiria seus amigos de volta e que talvez sua vida fosse melhor que agora. Bom, era isso que o fazia não desistir da ideia para começo de conversa. Passou seus últimos dias de férias com os Weasley, se preparou para o novo ano letivo e participou do grande banquete de abertura do novo ano letivo. Quando ele se deitou em sua cama de dossel ele fechou seus olhos, respirou fundo e disse: “Estou pronto.” Desejou do fundo do seu coração que aquilo acontecesse mais do que qualquer coisa. Passou alguns minutos e nada ainda tinha acontecido e começou a pensar que tinha sido enganado. Quem acredita em pessoas estranhas em lojas no sótão? Foi quando tudo começou a escurecer. Como se o sono tivesse vindo devagar e tudo foi sumindo à sua volta.

E agora Moira estaria no controle.

Aug. 12, 2021, 8:12 p.m. 0 Report Embed Follow story
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