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Morana é o maior e mais próspero reino das terras do Sul. Nascido de uma guerra com Aldaria, seu pequeno reino vizinho, a linhagem real moraniana, a família Park, não mede esforços para manter consigo a coroa que lutou para conseguir. Park Jimin, sendo o segundo príncipe na linha hereditária, nunca achou que um dia teria que se preocupar com os conflitos políticos envolvendo o seu reino. No entanto, as coisas mudam quando seu irmão mais velho é assassinado e, agora, ele precisa assumir o trono real. Para isso, é necessário que atenda a uma pequena peculiaridade tradicionalista: como não tem a idade adequada para ser rei, o jovem precisa estar casado com outro nobre para ser coroado. Um festival de dois dias é organizado para que um pretendente seja escolhido. Entre eles, está Min Yoongi, o herdeiro de Aldaria, com quem Jimin divide um forte laço emocional. Talvez forte o bastante para acabar com uma guerra de anos, ou estendê-la por outro século.


Fanfiction Bands/Singers Not for children under 13.

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Escrito por: @arctcmono/@dntfarway


Nota Iniciais: heey, é a annie de novo com uma fanfic que me tirou o sono, mas espero que divirta bastante vocês. um obrigada muito grande mesmo ao designer da fic, @peartae, que decodificou meu pedido pobre e deu vida a ele com uma capa maravilhosa ❤❤ e também a betagem (da @SraLovegood) por ter tido toda a paciência do mundo em revisar todos os 5 capítulos (eu não tenho controle nenhum). todo mundo nesse pro


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— O príncipe herdeiro está morto.

Diferentes dos anciões do reino, conselheiros que liam a vida em papiros velhos e lotados de textos presunçosos, Park Jimin não acreditava que palavras eram capazes de mudar destinos. Pelo menos, não até aquela noite.

A notícia que Park Bonhwa, o primogênito da linhagem dos Park e herdeiro do trono do maior e mais poderoso reino das terras do Sul, tinha sido assassinado chegou acompanhada da lua cheia, do céu limpo, do ar seco de começo do verão e do som dos grilos e coaxar dos sapos no jardim do palácio. Havia sido uma emboscada: dias atrás, Bonhwa saiu em viagem para encontrar uma caravana de estrangeiros das terras do Leste, que estavam tentando atravessar uma das fronteiras de Morana e foram interceptados por soldados do exército real, e acabou sendo encurralado no meio do caminho por mercenários. Diziam ter sido uma batalha sangrenta, por isso o corpo do príncipe voltou quase irreconhecível, mas Jimin não saberia informar. Jimin não foi ver o irmão e muito menos se aproximou do caixão durante o funeral dois dias depois.

Embora não acreditasse em palavras, Jimin acreditava em memórias, nas essências e significados que guardavam. Não queria desonrar a memória do irmão, seu perfeito e imbatível irmão, com um rosto e corpo mutilados. Por isso, passou os próximos cinco dias de luto oficial no reino quieto, escondido nas sombras, enquanto os pais recebiam as condolências dos nobres que vinham de todos os reinos sulistas. O gosto amargo do luto não perdurou por muito tempo em seu paladar, para falar a verdade, nem envenenou seu coração jovem. Jimin sabia o que a morte de Bonhwa realmente significava: não era a perda de um irmão — uma vez que, na verdade, os príncipes nunca viveram esse relacionamento fraternal —, era a perda de um líder, de uma certeza.

Observando todas aquelas pessoas, vestidas de cetim e ouro, chegando e curvando-se diante seus pais para lamentar a morte de um filho, o Park não conseguiu acreditar em uma palavra, um gesto de gentileza que fosse. Porque, assim como ele, todos os regentes dos reinos vizinhos estavam cientes do que o acontecimento poderia desencadear.

Morana era o reino mais próspero e imbatível das terras do Sul há mais de duzentos anos e agora estava sem um rei. Era questão de tempo até que uma rebelião estourasse ou, pior, um golpe de estado — não seria o primeiro da sua história, afinal.

Naquela tarde, dois dias depois do luto oficial ter acabado e as atividades no reino voltarem à ativa, Jimin foi convocado nos aposentos do seu pai. O príncipe não demorou muito para deduzir o assunto da reunião de última hora e foi, enquanto caminhava em direção ao quarto do atual rei, que chegou a fatídica conclusão que sim, palavras eram capazes de mudar destinos. Ele não deveria ser rei. Seu irmão seria coroado, teria um filho e esse seria o próximo comandante de Morana. Não era para ser ele. Jimin sempre esteve fadado às sombras. E quer saber? Tudo bem, não o incomodava. Nunca se interessou realmente pela coroa, visto que essa nunca foi uma possibilidade. No entanto, aparentemente, os deuses tinham planos diferentes para sua vida.

— Você vai ser coroado — Park Banryu anunciou, após o filho entrar no quarto e cumprimentá-lo, parando de pé ao lado da cama, onde ele descansava.

Era a opção lógica, no fim das contas. Uma doença terminal atingia o rei há alguns meses e, por isso, a coroação do filho mais velho tinha sido antecipada. Bonhwa estava perfeitamente encaixado nas tradições para que não houvesse objeções quanto a sua promoção de cargo: era maior de idade, estava casado e tinha lutado em batalhas pelo exército de Morana, havia provado o seu valor. Diferente de Jimin, o qual preferia mais gastar seu tempo aprendendo sobre as constelações e estudando as histórias do passado com seus tutores do que estar enfiado nos campos de treinamento com os generais. Além disso, não tinha a idade ideal para ser coroado — essa sendo vinte e dois anos — e, muito menos, planos para um casamento. A melhor opção seria esperar até que o caçula preenchesse os requisitos necessários e, assim, evitassem divergências de opinião entre os reinos e conselhos. As terras do Sul eram um verdadeiro campo minado e o alvo principal, obviamente, era o reino mais forte. Banryu com certeza estava ciente que indicar Jimin atualmente para o trono era desafiar aqueles que sempre estavam esperando uma oportunidade de derrubar a dinastia Park do poder, mas ele também sabia que não tinha muito tempo de vida sobrando.

Se também morresse, antes que o próximo herdeiro fosse coroado, Morana estaria perdida.

— Os conselheiros estão de acordo? — Jimin perguntou ao pai, sabendo que em nada adiantaria lembrá-lo todos os empecilhos que o impediam de ser rei. No final, não caberia a ele decidir.

Banryu sentou-se com dificuldade na cama, tossindo.

— O que você acha? — O tom sombrio e sarcástico do mais velho fez o príncipe perceber o seu desespero. Mesmo nas situações mais precárias, Banryu nunca perdia sua pose imponente e autoritária. Usar um timbre tão coloquial com o jovem significava que não era uma conversa entre rei e príncipe, e sim entre pai e filho.

Sendo assim, Jimin teve a ousadia de se aproximar mais e sentar na beirada do colchão, como não fazia desde a sua infância.

— Ainda falta dois anos para você ter a idade ideal para ser coroado e é tempo o suficiente para nossos inimigos se rebelarem. Eu já não sou mais o rei viril que costumava ser, e eles sabem disso. — Banryu suspirou pesadamente, cansado. — A morte do Bonhwa veio como a oportunidade perfeita.

— O senhor acha que o responsável é algum dos nossos rivais? — o mais novo perguntou, dando voz a uma dúvida que o atormentava desde o momento que soube da morte do irmão.

— Provavelmente — seu pai concordou, em um sussurro. Acusar outro nobre da morte do herdeiro apenas traria mais problemas, por isso era uma questão em que não podiam se aprofundar. — Mas não importa por enquanto. Eu já conversei com os conselheiros sobre sua coroação. — Resolveu desviar o assunto.

— O que eles disseram?

— Você pode ser coroado agora com uma condição — Banryu informou, e Jimin engoliu em seco, sabendo que não gostaria nada do que estava por vir. — Como não tem a idade requerida, precisa preencher outra das exigências e essa é o casamento.

Jimin remexeu-se desconfortável no lugar. Não abominava a ideia de se casar, afinal era óbvio que isso aconteceria uma hora ou outra e sempre esteve ciente que não teria muita voz nessa decisão. No entanto, a vantagem de ser o mais novo em uma linhagem real era que ninguém se importava tanto com um casório da sua parte. Agora, além de não ter uma oportunidade de opinar, sabia que sua lista de opções seria mais do que reduzida. Ele ganhou essa certeza quando o pai continuou, sem esperar um protesto da sua parte:

— Você precisa se casar com um dos herdeiros maiores de idade dos reinos sulistas. Obviamente, isso não se limita apenas aos primogênitos das nossas linhagens reais. Como, por exemplo, a princesa Ah-ro de Sulia.

O mais novo observou o pai por alguns instantes, tentando entender a insinuação. A princesa citada era a mais nova de três irmãos, por isso não podia ser coroada rainha. Em outras palavras, seu reino não teria nenhuma influência em Morana caso a união entre os dois jovens acontecesse, ou quando acontecesse. Pela forma como o pai o observava, olhos afiados e expressão séria, Jimin tinha a leve impressão que o acordo já estava feito e ele estava sendo meramente informado naquele momento.

— Eu vou ter que me casar com ela? — Resolveu ser direto.

— Os outros reinos querem que você tenha a oportunidade de escolher, por isso vamos organizar um festival para ceder às suas exigências tolas. Serão duas noites e você terá que ter um pretendente no final da última — Banryu informou, o tom gelado deixando uma mensagem clara nas entrelinhas: Eu já escolhi por você, então só me obedeça.

O festival era uma mera cortesia, mais um dos truques do seu pai para driblar os conselhos reais e evitar uma crise governamental. O príncipe tinha certeza que não era o único a ter chegado a essa conclusão, uma vez que conhecia muito bem os rostos mal-humorados que compunham os conselhos reais, por isso perguntou:

— Todos os reinos concordaram?

A resposta que ganhou era a esperada.

— Aldaria foi contra. — Banryu usou um tom amargurado, como sempre usava para se referir ao pequeno reino vizinho.

A história entre Morana e Aldaria começava em conjunto com a dinastia dos Park, há duzentos anos, em uma guerra que tirou do poder o rei e corou um estrangeiro, um Park. Após a derrota, os descendentes do último rei partiram para novas terras, onde fundaram o reino de Aldaria. Desde então, o clima entre as duas monarquias nunca conseguiu ser amigável.

Memórias carregavam mais do que palavras, e Jimin sabia, tinha sentido na pele quando mais novo em uma visita ao território vizinho, no dia em que o conheceu.

— Mas, como eles foram a única opinião contrária, não tiveram escolha senão aceitar, e vão mandar o seu herdeiro também — Seu pai continuou, a voz soava mais baixa e arrastada pelo esforço. Jimin percebeu que a conversa estava chegando ao fim, então levantou-se e esperou pelas últimas instruções do homem mais velho. Quando elas vieram, eram sérias e decididas: — Fique longe dele, Jimin. Aldaria nunca perderia uma oportunidade como essa de se rebelar contra nós, então mantenha-se atento.

Jimin assentiu e fez uma reverência como despedida. De volta ao corredor, o Park pensou que, talvez, esse festival não fosse uma ideia tão ruim. Afinal, podia trazer mais oportunidades do que as esperadas.


(x)


O segundo príncipe de Morana não estava acostumado com atenção. Desde novo, Park Jimin habituou-se em existir no segundo plano: não falava quando não se dirigiam a ele, não se sobressaía nas lições que tinha com o irmão, como arco e flecha, História, cavalaria — mesmo que soubesse domar um cavalo melhor do que Bonhwa — e nunca era a primeira opção nas valsas dos bailes reais. No entanto, ter nascido três anos depois que o irmão nunca foi um incômodo, ou motivo de rebeldia. Gostava de ficar no canto dos salões, de não ter que aguentar a falsidade e desespero dos nobres bajuladores, de não precisar lidar com a pressão da perfeição. Jimin não era obrigado a se juntar ao exército e nem precisava atingir expectativas porque, para todos, ele sequer existia.

Então, para alguém tão acostumado a invisibilidade e silêncio, estar sentado em um trono, no centro de um salão de teto abobado, chão coberto por tapetes pesados e pomposos, colunas pintadas de dourado e enfeitadas com buquês das flores mais bonitas do reino, cumprimentando os herdeiros e herdeiras das linhagens reais sulistas e aceitando seus presentes pretensiosos, que em nada iriam adicionar na vida do jovem príncipe, não era uma novidade muito bem-vinda.

Era o primeiro dia do festival. A notícia que o príncipe mais novo se casaria para poder ser coroado espalhou-se como fogo em palha, logo abafando os boatos sobre a morte do mais velho. Jimin não duvidava nada que aqueles bailes, além de cumprirem o propósito de apresentar-lhe um pretendente, serviriam como manobra de distração. Uma verdadeira exposição.

Os raios fortes do sol, iluminando a sala do trono do palácio de Morana pelas enormes janelas, indicavam que passava do meio-dia. Jimin estava desde metade da manhã recebendo seus convidados, sorrindo para nobres que nem se lembrava de ter visto algum dia na vida e ignorando a dor pontuda que começava no final da sua coluna, por causa do tempo em que estava sentado. Tentou escapar em certo momento, quando a mãe apareceu para cumprimentar uma princesa filha de alguma das suas amigas, mas foi interrompido por Kim Taehyung — tenente-general mais jovem da guarda real de Morana, guarda-costas do príncipe mais novo e, não menos importante, melhor e único amigo que Jimin teve durante seus vinte anos de vida.

— Para onde a Vossa Majestade pensa que vai? — O tom de Taehyung era divertido, ao seu aproximar do trono. Uma mão segurava sua espada, presa na cintura, e a outra pousou no quadril, enquanto arqueava as sobrancelhas grossas naquela pose e gesto debochados que sempre faziam Jimin revirar os olhos.

— Por favor, me diga que todos chegaram e eu já posso me esconder nos meus aposentos — Jimin soltou tudo em um sussurro apressado, murchando no lugar. — Preciso me preparar psicologicamente para o baile mais tarde.

— Vim anunciar a chegada de mais um dos seus convidados, depois só resta outro, que já está no aguardo da sua recepção também, meu príncipe. — Taehyung completou o anúncio formal com uma reverência porque estavam sendo observados por alguns serviçais próximos ao local. Eles estavam acostumados a fingir formalidade na frente dos outros, por isso, quando o guarda ergueu a cabeça, deu uma piscadinha discreta para o Park, que sorriu um pouco mais aliviado.

— Tudo bem. Pode permitir a entrada — Jimin pediu, ajeitando o corpo cansado no trono.

Taehyung virou-se para as grandes portas centrais do salão e seu tom grave tomou todo o espaço, como vinha acontecendo durante toda a manhã, em um anúncio que fez o coração do jovem príncipe frear em uma batida:

— Do reino de Aldaria, o primogênito da linhagem dos Min, o príncipe Yoongi.

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Notas Finais: espero que vocês tenham gostado dessa pequena introdução de como funciona os reinos e me aguardem porque tem muita coisa pra rolar nos próximos capítulos ❤

Aug. 6, 2021, 9:37 p.m. 0 Report Embed Follow story
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