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Jimin amava flores, Yoongi amava Jimin e poesias, todos os dias em que Jimin se sentia triste encontrava um bilhete com uma flor em seu armário na faculdade, tomado pela curiosidade Jimin decide descobrir quem é o seu anjo anônimo.


Fanfiction Bands/Singers All public.

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Capítulo único

Escrito por: @DayDre/@FluffygustD


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"Amor é um marco eterno, dominante,

Que encara a tempestade com bravura;

É astro que norteia a vela errante,

Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora

Seu alfange não poupe a mocidade;

Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade."

— William Shakespeare


E era mais um daqueles dias em que Jimin se sentia sugado, mais um final de dia ruim, quando seu anjo deu o primeiro sinal. Tinha acabado de receber o resultado de que não havia sido aprovado em uma das suas provas, as contas da doceria de sua mãe estavam no vermelho juntamente como suas notas e Jimin trabalhava cada vez mais para ajudar sua mãe e acreditava que nada no mundo seria capaz de lhe fazer sorrir naquele dia.

Seu melhor amigo, Taehyung, tagarelava ao seu lado sobre seu encontro com um dos formandos daquele ano, enquanto a mente de Jimin estava longe. Foi quando ele viu uma solitária tulipa rosa na porta do seu armário da faculdade. Ao se aproximar, notou que no caule dela continha um pequeno bilhete amarrado com um barbante.

— Uau, parece que você tem um admirador secreto, Jiminnie! — falou Taehyung, enquanto ele pegava com delicadeza a flor em seu armário. — Isso é tão clichê.

Um clichê que fez seu coração bater um pouco mais forte em curiosidade.

Olhou para os lados e não havia ninguém suspeito próximo.

Jimin amava flores, então todos os dias, ao fim do seu expediente na doceria, passava em uma floricultura para comprar uma nova flor para levar para sua mãe. De certa forma ele acreditava que cada tipo de flor transmitia um tipo de mensagem ou energia, e sabia que tulipas rosas significavam felicidade e desejo de cuidado. A flor que tinha sido escolhida, em especial, indicava o sentimento que a pessoa queria lhe passar.

Delicadamente abriu o bilhete e sorriu ao ler o pequeno poema.


"Seu sorriso é mais belo do que o sol e as estrelas.

Seu perfume é mais cheiroso do que todas as flores.

E saiba que mesmo que haja noite no seu coração, vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão."


— Achei que nada pudesse te fazer sorrir hoje, Jiminnie. Esse admirador já tem minha gratidão — provocou Taehyung.

— Eu adorei! — disse sincero e, pela primeira vez naquele dia, sorriu com certa felicidade que chegou devagarzinho ao seu coração, despertando-o do que parecia ser um longo sono.

— Quem tem um admirador secreto? — disse o dono da voz que disparava o coração de Jimin todos os dias.

Rapidamente ele se virou em direção ao garoto de cabelos pretos que sorria de uma forma que deixava parte de suas gengivas aparecendo. Yoongi estava parado a certa distância, analisando-o, enquanto Jimin sentia suas bochechas queimarem.

— Eu recebi uma tulipa e um bilhete de uma pessoa secreta. — Mostrou a flor e o bilhete em suas mãos para Yoongi.

— A flor combina com a cor do seu cabelo, Jiminnie. — Yoongi aproximou-se e bagunçou seu cabelo, e Jimin revirou os olhos para a atitude. — E vejo que isto te trouxe certa alegria, você parecia meio triste hoje.

— Não vou negar que me fez sorrir, as coisas não vêm sendo fáceis, Yoon. — Jimin suspirou, lembrando-se do que vinha atormentando seus pensamentos durante o dia.

Fechou seu armário e, acompanhado dos seus amigos, se dirigiu para fora da universidade.

Yoongi levou um dedo ao seu queixo e o levantou, fazendo com que ele o olhasse nos olhos antes de dizer:

— Hey! Não fica assim, as coisas vão melhorar, eu tenho certeza, e se precisar você sabe que pode contar comigo, né?!

Sim, ele sabia que poderia contar com Yoongi, mas a verdade era que tentava se manter distante desde que descobriu seus sentimentos por ele. Tinha medo de estragar a amizade que tinham criado desde que haviam começado a estudar música juntos, não acreditava que Yoongi nutrisse os mesmos sentimentos por si, mas se tornava difícil controlar a vontade de beijá-lo ou de abraçá-lo quando estavam tão próximos como naquele momento.

Jimin não sabia o que dizer, nem mesmo sabia o que sentia em seu coração, apenas queria que não fosse tudo tão complicado.

— Eu sei Yoon, , hm... Bom, eu tenho que ir. — Desviou o olhar dos pequenos lábios de Yoongi, que eram tão convidativos, e se afastou. — Até amanhã, Yoongi.

— Até, Jimin, se cuida.

E assim se repetia o ciclo. Todas as vezes que Jimin tinha um diaruim, ele sempre encontrava o bilhete e a flor em seu armário, cada flor tinha um significado, e a sua curiosidade aumentava. Ele gostaria de saber quem era seu anjo secreto que trazia um pouco de luz para sua vida.

Ele se encontrava cada vez mais encantado por cada poema, às vezes ele se pegava imaginando como seria a pessoa que estava por trás daquelas mensagens. Seria uma garota ou um garoto? Como essa pessoa poderia saber tanto sobre ele? Era alguém próximo, isso não tinha dúvidas.

Até que um dia uma grande pista de quem poderia ser seu admirador surgiu e fez seu coração quase saltar do peito.

Era uma sexta-feira chuvosa, Jimin tinha acabado de receber uma ligação de sua mãe dizendo que precisava que ele voltasse para casa para ficar com seu irmão, pois tinha conseguido um trabalho de uma noite. Como as contas se acumulavam, encontraram uma forma de quitar as dívidas: faziam bicos em diversos lugares diferentes, revezavam entre si para ficarem com o seu irmão mais novo — o mesmo só estudava de manhã, então o resto do dia precisava que alguém ficasse com ele —, por isso Jimin acabava faltando muitas aulas e, consequentemente, suas notas estavam baixas.

Ele precisava voltar para casa o mais rápido possível; sabia que o ônibus levaria muito tempo e também não tinha dinheiro para um táxi, então pensou na única pessoa que poderia lhe ajudar naquele momento que possuía um carro, e essa pessoa era Yoongi.

Jimin saiu em busca do moreno nos corredores da faculdade. Foi até sua sala, mas não o encontrava em lugar nenhum. Enviou-o uma mensagem e ligou, mas não obteve resposta; estava quase desistindo quando encontrou Hoseok próximo à uma das lanchonetes dentro do campus com outros amigos, porém nenhum deles era Yoongi.

O mesmo era o melhor amigo de Yoongi, normalmente estava com ele durante os intervalos, menos naquele dia.

— Ei, Hoseok, você viu o Yoongi? — perguntou Jimin assim que se aproximou.

— Olá, Jimin. Na verdade, ele disse que tinha que resolver algo e saiu às pressas, ele vem fazendo muito isso ultimamente, acho que ele está namorando alguém e não quer me contar. — Hoseok riu maliciosamente enquanto tomava um gole de seu café.

— Tudo bem, obrigado, Hoseok. — E se afastou.

Sentiu-se mais desanimado do que antes, agora acabaria por decepcionar sua mãe, pois não conseguiria chegar a tempo em casa, e supostamente o garoto pelo qual estava apaixonado estava namorando. O universo deveria estar rindo da sua cara naquele momento.

Estava fazendo seu caminho de volta para seu armário pensando mentalmente em como sua vida estava indo cada vez mais ladeira abaixo, quando notou Yoongi correndo para atravessar o gramado do campus em meio a chuva. Jimin correu em sua direção, encontrando-o na entrada do seu prédio. Yoongi chacoalhou seu cabelo para tirar o excesso da chuva, e Jimin notou em uma de suas mãos um rosa vermelha.

— Yoongi! Finalmente te achei, eu te procurei pela universidade toda. — O outro se assustou ao ver Jimin. — Oh, para quem é esta rosa?

— Ah, o-oi, Jimin, não achei que ia te ver por aqui. — Yoongi parecia estar sem jeito por ter sido flagrado por ele, viu-o passando frases em seu cérebro. Olhou para seus dedos, os polegares estavam se esfregando lentamente um contra o outro e as mãos estavam tensas. — É para... para... minha mãe, hoje é aniversário dela e pensei em levar uma flor.

Jimin sabia que não era aniversário da senhora Min, pois tinha ido no aniversário da mesma cerca de dois meses atrás. Não entendeu de início o porquê de Yoongi ter mentindo, mas aos poucos uma esperança começou a nascer em seu coração, talvez Yoongi fosse seu anjo secreto. Não queria se iludir, então preferiu ignorar naquele momento aquela coincidência.

— Yoongi, você pode me levar até em casa? Minha mãe têm um compromisso urgente, e se eu pegar ônibus vai levar muito tempo — pediu sem jeito. Ele odiava pedir favor a outras pessoas, mas naquele momento estava sem opções. Yoongi costumava ser prestativo, apesar de não demonstrar sempre o que sentia, suas atitudes falavam por si.

— Claro, Jimin, só deixa eu entregar meu caderno de poesias para o Namjoon e vamos.

E naquele instante parecia que o ar tinha sumido dos seus pulmões, tudo parecia se encaixar.

— Você escreve poesias, Yoon? — sussurrou.

— Na verdade, eu tento, não são as melhores... Eu as uso muito nas minhas composições, você sabe... — Yoongi parecia ainda mais sem jeito do que antes.

Para Jimin, eram muitas coincidências para se ignorar, se Yoongi fosse seu admirador secreto pela primeira vez o universo estaria sorrindo para si e, naquele instante, ele decidiu que descobriria quem era o seu anjo.

No caminho até o carro começou a chover, obrigando-os a correr.

— Droga, tenho certeza que vou pegar um resfriado de tanto que corri nessa chuva — reclamou Yoongi assim que entraram dentro do carro, ligando o aquecedor.

— Pega meu casaco, Yoongi. — Jimin retirou o seu casaco e entregou para Yoongi.

— Mas e você?

— Estou mais seco que você, pega logo. — Yoongi pegou o casaco e o vestiu, o mais novo notou como o seu casaco ficava bem em Yoongi.

— Obrigado — respondeu Yoongi enquanto ligava o carro e seguia em direção à casa de Jimin.

Por alguns longos minutos o carro foi tomado por um silêncio; Yoongi parecia pensativo. Quando estacionou o carro em frente à pequena casa de Jimin, virou-se para ele e se aproximou. Próximo demais. O cheiro de Yoongi entrava pelas narinas de Jimin e o deixava tonto.

— Sinto muito, queria poder te ajudar mais. — Yoongi suspirou. — Mas como eu disse, as coisas vão se ajeitar, a gente podia pensar em algo para divulgar a doceria da sua mãe.

— Eu acho uma boa ideia, vamos pensar em algo.

— Eu estarei sempre aqui por você, Jimin, mas sinto que você tem me afastado ultimamente.

Yoongi sussurrou e ambos ficaram lá por alguns segundos, apenas respirando e trocando olhares, o ar entre eles se solidificando, conectando-os.

Jimin lutava contra os seus impulsos novamente, ele não podia falar sobre seus sentimentos ainda, antes de tudo ele precisava ter certeza que era Yoongi o seu admirador, e ele torcia muito que estivesse certo.

— Bem... — começou Jimin, quebrando o silêncio. — Acho que eu preciso ir, obrigado por me trazer.

— Não precisa agradecer, é para isso que servem os amigos, né? — Yoongi sorriu.

— É... Bem, até logo Yoon. — Jimin concordou, mas a verdade é que ele não queria permanecer sendo só amigo de Yoongi, pois ele não sabia até quando seu autocontrole aguentaria.


[...]


— Taehyung, eu preciso da sua ajuda — disse Jimin, sentando à mesa ao lado do seu amigo na aula do dia seguinte.

— Boa noite para você também, Jimin, vou bem e você? — falou Taehyung em tom debochado, analisando-o enquanto comia um salgadinho.

— Desculpa, Taehyung, é que eu passei o dia com uma ideia na cabeça e eu preciso colocar em prática. — Jimin na verdade não tinha nem mesmo dormido direito à noite, buscando sinais e pensando no que faria.

Ele permanecia analisando-o, ajeitou os óculos redondos que usava.

— Em que posso ser útil, Jimin? — Taehyung lhe direcionou o seu tão conhecido sorriso quadrado.

— É sobre o Yoongi... — Taehyung soltou uma risada alta, e alguns alunos olharam torto para eles.

— Ontem eu o vi com um rosa andando às pressas aqui nos corredores, e o mais engraçado é que mais cedo eu comentei sobre as coisas que vêm acontecendo e ele disse que escreve poesias. — Suspirou ao lembrar. — Eu sei que pode parecer loucura, mas algo em meu coração diz que é ele meu admirador.

— Entendo, mas onde eu entro nisso tudo? — disse e o ofereceu os salgadinhos que comia, e Jimin pegou de bom grado.

— Eu preciso que você mande uma mensagem para o Yoongi, diga para ele que hoje eu não estou me sentindo muito bem e pergunte se ele poderia conversar comigo.

Taehyung pareceu confuso por alguns minutos.

— Você tem certeza disso?

— Ter, eu não tenho, mas tem que ser alguém próximo a mim, pois eu recebo as flores e os bilhetes em dias que são difíceis para mim, por isso preciso fazer isso para tirar minha dúvida. Eu vou ficar esperando próximo ao meu armário e ver se ele aparece por lá.

Jimin sabia que era um bom plano, ele só torcia para que realmente fosse Yoongi, estava tão certo daquilo que não saberia como lidaria se fosse outra pessoa.

— Tudo bem, vou mandar, espero que seu plano dê certo, eu também estou curioso para saber quem é. — Taehyung pegou seu celular e digitou algumas coisas. — Pronto, espero que você esteja certo, já reparei que você está super afim dele.

— Como assim? — disse ele surpreso.

— Jimin, eu sou seu melhor amigo e te conheço, você fica todo bobo quando ele está perto, eu consigo ver em seus olhos o quanto ele parece ser importante para você, e acho que mesmo que não seja ele por trás desses bilhetes, você deve se abrir com ele.

Ele não podia acreditar que estava sendo tão óbvio. Taehyung era um ótimo amigo, o conhecia como ninguém; não importaria o quanto ele negasse, Tae saberia a verdade antes mesmo dele.

Um bipe no celular de Taehyung tocou e o mesmo pegou rapidamente e o desbloqueou, lendo a mensagem.

— Ele disse que conversa, sim, com você, e parece bem preocupado. — Taehyung franziu a testa. — Então agora é com você, Sherlock Park! — Empurrou o seu ombro contra o dele em um sinal de apoio.

— Obrigado, isso é realmente muito importante para mim.

Uma hora depois Jimin estava escondido atrás de um dos pilares próximo ao seu armário. O corredor estava completamente vazio, todos se encontravam em aula naquele momento, qualquer pessoa que se aproximasse ele poderia ouvir. O tempo passava e apenas alguns alunos passavam ali perto para ir ao banheiro, Jimin não queria acreditar que tinha se enganado, mas quanto mais esperava, mais suas esperanças diminuíam.

Estava quase voltando para sua sala quando viu Yoongi caminhando a passos rápidos até seu armário. Vestia seu conhecido casaco preto e sua calça jeans rasgada no joelho, e uma de suas mãos estava uma tulipa amarela dessa vez. Ele parou por alguns instantes, olhando para os lados em busca de alguém que pudesse vê-lo, e então colocou a flor em seu armário e se afastou tão rápido quanto chegou.

Jimin mal notou que estava com um sorriso em seus lábios. Seu anjo era o garoto por quem estava apaixonado desde o dia que o conheceu; seu anjo tinha um sorriso doce e se chamava Min Yoongi.

No fim da aula Jimin encontrou novamente Yoongi. Os olhos escuros pequenos — que em alguns momentos ele até o comparava com um gatinho — o analisavam, Jimin sentia seu coração bater ainda mais forte já que ele sabia que Yoongi era o seu anjo anônimo, se perguntava a quanto tempo Yoongi sentia algo por ele.

— Está tudo bem, Jimin? — Yoongi desfez o sorriso e o olhou preocupado, então ele lembrou da mensagem mais cedo de Taehyung.

— Na verdade, apenas os mesmos problemas em casa de sempre. — De certa forma não era mentira, as coisas não melhoravam e sua mãe parecia cada vez mais exausta.

— Eu acho que sei algo que pode melhorar seu humor.

— Sabe? — Em seus pensamentos Jimin, pensava em um beijo de Yoongi, isso sim iria ajudar a melhorar seu humor.

— Vamos naquela cafeteria que você tanto adora, como as aulas terminaram mais cedo agora à tarde, podemos ir lá.

— Eu adoraria. — Não era um beijo como Jimin queria, mas no momento um chocolate quente e a companhia de Yoongi serviam.

— Fiquei sabendo que eles adicionaram um tipo de café novo ao cardápio, acho que hoje irei experimentar ele — falou Yoongi animado.

Jimin pensou em revelar naquele mesmo dia que sabia que era Yoongi quem mandava os bilhetes e as flores para ele, mas decidiu retribuir o que Yoongi vinha fazendo por si, então, no dia seguinte, Jimin acordou com o despertador tocando no volume máximo, tomou seu café da manhã animadamente, deixou um beijo na testa de sua mãe e foi até uma floricultura perto da sua universidade, que ele imaginou ser onde Yoongi comprava as flores também.

Respirou fundo e adentrou a loja, sentindo os aromas misturados entrarem por suas narinas. Tinha os mais diversos tipos de flores; a loja por dentro não era muito grande, o que fazia com que todos os cantos possíveis estivessem lotados por elas. Comprou a rosa vermelha mais linda que encontrou, pegou um bilhete e escreveu.


"Estou aqui, Anjo, pertinho de você! Não me vê? Procure atentamente dentro da emoção, me encontrará olhando pra você!"


Amarrou o bilhete na flor e sorriu. Com o coração disparado, foi até o armário de Yoongi e prendeu a flor com o bilhete nela.

Enquanto voltava para sua sala, ouviu uma música vindo de uma das salas próximas; era tocada tão suavemente e profundamente... Foi em direção à ela e, ao espiar por uma das janelas, notou que era Yoongi tocando piano. Ele estava tão concentrado... Seus dedos deslizavam pelas teclas do instrumento e a melodia era linda.

Jimin poderia se perder naquele momento. Yoongi era lindo em todos os sentidos, tanto com suas palavras quanto com seus gestos. Jimin não tinha mais dúvidas do quão apaixonado ele estava.

Quando o intervalo chegou, ficou esperando Yoongi.

Assim que ele se aproximou de seu armário, o moreno pegou a flor em suas mãos, surpreso, e leu o bilhete. Ao terminar, procurou ao seu redor e encontrou Jimin sorrindo para si. Yoongi então abriu um sorriso ainda maior. Ao se aproximar, Jimin o puxou pela mão para um lugar mais afastado do lado de fora do prédio da universidade onde poderiam ficar sozinhos.

Ele o abraçou, enfim, e sentiu os braços de Yoongi o prenderem a si, era como se estivesse de volta aonde sempre pertenceu. Por alguns instantes naquele abraço — onde o perfume de Yoongi entrava por suas narinas e ele escutava as batidas do seu coração —, sentia uma paz que há muito tempo não sentia.

— Como você descobriu, Jimin? — disse Yoongi, afastando-se levemente.

— Eu juntei as peças do quebra-cabeça, você não é sempre tão discreto, mas o que eu quero que você saiba é que eu sou apaixonado por você desde o dia em que nos conhecemos — falou Jimin, reunindo toda a coragem que possuía. — E nesses dias escuros em minha vida, você vem sendo minha luz com seus poemas e flores... Você vem sendo meu anjo.

— Ah, Jiminnie, eu também me apaixonei por você desde o dia em que nos conhecemos. Ver esse seu sorriso que faz seus olhos quase se fecharem enche meu coração de alegria, e é por isso que fiz o possível para vê-lo sorrir mesmo nos piores dias. — Jimin acariciou lentamente, com o dedo, os traços do rosto de Yoongi, desde a pintinha em seu nariz redondinho até a pintinha em sua bochecha, tudo nele era lindo e único.

— Eu fiquei com tanto medo de falar sobre meus sentimentos e você não sentir o mesmo e então nossa amizade se perder... — falava Jimin enquanto traçava dessa vez, com o dedo, os pequenos lábios rosados de Yoongi.

— Senti a mesma coisa, mas meu coração e meu amor são seus, Jimin, e espero que os aceite, e "que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure".

Yoongi citou uma parte do soneto de fidelidade e então uniu os lábios de ambos em um beijo calmo e cheio de paixão. Jimin se entregou ao momento para explorar, saborear e absorver, sabores e texturas, calor e desejo, tudo a seu dispor.

Jimin tinha a certeza do amor de Yoongi, e mesmo que as coisas estivessem difíceis ele sabia que dali para frente não estaria mais sozinho; na verdade ele nunca esteve. A verdade era que, para se ver o arco-íris, Jimin precisou enfrentar a chuva, e, com as estrelas acima de ambos como testemunhas, ali trocaram suas juras de amor e o universo finalmente voltou a sorrir para si.

Alguns dias depois que Jimin estava oficialmente ficando com Yoongi, todos os seus amigos se acostumaram com a ideia e pararam com as provocações. Ao que parecia, apenas eles dois não notaram que estavam apaixonados um pelo outro.

Yoongi vinha ajudando Jimin a arrecadar o dinheiro para pagar as dívidas da doceria de sua mãe, assim como trabalhavam para divulgar o estabelecimento e vendiam bolos e doces pela universidade; as coisas estavam melhorando, juntamente com suas notas.

Yoongi tinha um talento único para música e se saía muito bem como seu professor particular. Claro que ele usava de vários incentivos com Jimin para que o mesmo compreendesse mais rapidamente, Yoongi dizia que a voz de Jimin era única e a favorita dele e que ele ainda cantaria uma música produzida por Yoongi.

— Vocês são muito clichês, sério, sinto minha glicose aumentar muito perto de vocês — reclamava Taehyung.

— Isso tudo é inveja, só porque o Jungkook te troca pelos jogos dele. Ninguém mandou arrumar um namorado gamer — provocou o melhor amigo.


[...]


Já era primavera, e as flores das cerejeiras já haviam desabrochado, colorindo os grandes gramados da universidade e Jimin novamente se encontrava com Taehyung tagarelando ao seu lado quando notou uma flor em seu armário com um bilhete. Fazia um tempo que não recebia flores daquela forma — agora Yoongi preferia entregá-las pessoalmente —, então ele apressou o passo até o armário, tomado pela curiosidade, enquanto pegava a tulipa vermelha, que significava amor eterno.

Abriu o bilhete e leu, sentindo seu coração aquecer e sorrir ainda mais. Desta vez não era um poema.


"Eu não sei até quando será o nosso para sempre, mas quero que façamos desse tempo juntos nosso infinito, e é por isso que eu gostaria de saber se você gostaria de ser meu namorado?"


Jimin sentiu os braços de Yoongi abraçarem sua cintura e então se virou, olhando nos olhos de seu namorado, que a cada dia parecia mais bonito. Agora seu cabelo — que antes era preto — estava descolorido e o de Jimin permanecia na cor rosa; ele acreditava que a cor o tinha dado sorte.

— Então você aceita, Jiminnie? — sussurrou Yoongi em seu ouvido, causando arrepios em sua espinha.

— Sim, eu aceito. — Jimin deixou um selinho nos lábios de Yoongi.

— Você sabe, né? — Yoongi apertou sua mão.

— Sim, eu sei — respondeu.

Aquilo tinha virado o "eu te amo" único deles, apenas eles compreendiam aquele clichê único. Talvez tenha sido providência do universo deles, mas Jimin não acreditava em coincidência.

O amor nem sempre é óbvio, muitas vezes por nossas inseguranças deixamos de arriscar e viver algo único; Jimin sabia que talvez nunca teria tido a coragem de se declarar, mas agradecia aos céus pelo seu anjo anônimo — que agora não era mais tão anônimo assim, mas permanecia sendo seu anjo.

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Notas Finais: Espero que tenham gostado 💜💜

July 23, 2021, 10:31 p.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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