yougotnotau t. may

[CONCLUÍDA] Olá sou Vante, fotógrafo paisagístico não profissional e prostituto. Não, isso não é uma das muitas brincadeiras que faço com vocês aqui no tumblr, vocês conhecem o que eu amo fazer, acho que está na hora de saberem um pouco sobre quem eu sou. Mas saiba que a partir daqui é escolha sua continuar lendo ou não (...) TH!POWERBOTTOM | JH!TOP (Fanfic postada também no Wattpad e Spirit Fanfiction.) Xx NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA. xX


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Aphrodite is rising from the shell;

(...) Bem, sei que desse momento em diante não serei mais o fotógrafo Vante e sim o fotógrafo e prostituto Vante, mas não se preocupe, não é como se eu me importasse em ser chamado assim aliás nunca neguei isso aos meus parentes, nem aos meus amigos, então espero que tenha ciência de que antes de tirar qualquer conclusão precipitada eu tenho orgulho disso.

Outro ponto que quero deixar claro, não vim aqui contar uma história triste, não há nada de comovente muito menos de interessante no que irei relatar, estou fazendo isso pela pura e simples vontade de falar.

E antes de qualquer coisa, sei que à essa altura provavelmente estou perdendo seguidores, porque ao que parece o que as pessoas fazem de suas próprias vidas incomodam a moral alheia, mas isso é outra coisa da qual não me importo também. No entanto, sei que assim como pessoas estão indo algumas estão vindo, ou porque já ouviram falar de mim ou porque são curiosas para saber da vida alheia, então pensando nisso eu vou me apresentar.

Meu nome é Kim Taehyung, tenho 28 anos, nasci em Daegu na Coréia do Sul, mas vivi a minha vida inteira em Seul então não tenho lembranças da minha cidade natal. Sou fotógrafo, não me considero um profissional afinal nunca quis me especializar muito, sempre tirei fotos simplesmente pela vontade de registrar algo bonito e singelo, e nada é mais delicado que a beleza da natureza por isso posso dizer que sou apaixonado por ela.

Agora que eu já me apresentei, vou resumir um pouco da minha história até a parte que te trouxe até aqui.

Nasci de uma família tradicional coreana e multimilionária, meus pais sequer fazem ideia de quanto dinheiro tem afinal mesmo gastando muito isso não deve refletir nem em um terço do patrimônio total deles. O meu convívio familiar se baseava em pais amorosos apesar de todo o tempo que era despendido em cuidar da empresa e das vinte filiais pelo mundo, não tenho o que reclamar de todo o carinho que recebi enquanto fui o que eles queriam que eu fosse.

Aos 14 anos eles me mandaram para o melhor instituto de ciências biológicas de Seul, é praticamente uma escola onde você é preparado para ser um médico, claro que, apesar de biologia ser muito mais abrangente que isso ninguém iria pra lá para seguir outra carreira que não fosse a medicina. Nessa época eu já tinha uma ideia vaga sobre a minha sexualidade, nunca havia sentido desejo sexual ou amoroso por alguém, mas já percebia os efeitos estranhos que meu corpo sentia toda vez que via os meus colegas na natação.

Alguns meses depois eu conheci meu primeiro parceiro sexual, não lembro qual o nome dele nem a idade, apenas o vi no laboratório químico sozinho e senti vontade, então fizemos. Me arrependo? Não, no entanto a experiência foi um fracasso já que ele passou o tempo todo com medo de alguém chegar ou de me machucar. Depois dele eu tive muitos outros, afinal ali era quase um internato, só tínhamos três dias para ficar em casa, o resto da semana éramos obrigados a ficar lá estudando feito robôs, então todo e qualquer tempo livre era aproveitado dessa forma.

Como em todo lugar do mundo fofocas se espalham rápido demais, um ano depois meus pais descobriram que seu filho não só era gay como já tinha passado conscientemente pelos braços de alunos e professores. Lembro-me bem desse dia, ao redor da mesa enorme eles me olhavam esperando uma resposta negativa, mas eu confirmei tudo o que disseram sobre mim afinal não era mentira mesmo. Como pais desesperados para "limpar" o meu nome, fui tirado de lá e mandado para um internato religioso integral, afinal eu estava imundo, precisava me redimir dos meus "atos impuros" já que aos olhos deles agora o seu amoroso TaeTae era uma aberração.

Lá eu conheci um grande amigo, que chamarei apenas pelas siglas "pjm" logo que senti confiança contei sobre como parei ali e mesmo sabendo que ele não me julgaria, sua atitude foi inesperada. Ele me apresentou um mundo ali dentro que eu não conhecia, apesar de rígido, graças à astúcia dele não havia nada que eu não pudesse fazer, ao contrário do que você provavelmente está pensando eu não bebi, fumei ou me droguei, sou straight edge desde os 14 anos de idade então realmente não tive sequer vontade de fazer quaisquer dessas coisas. Algum tempo depois eu estava com a mesma reputação da outra escola, mas como tudo era proibido e muito bem escondido as chances dos meus pais saberem beiravam o zero.

Um belo dia pjm me fez uma pergunta que me deixou intrigado: "O que você vai fazer quando sair daqui?"

Eu não fazia ideia, não queria ir para faculdade, não queria nenhuma das profissões convencionais e não tinha nenhuma pretensão de passar o resto da minha vida cuidando de empresas, então quando parei pra pensar no que eu gostava de verdade, eu só conseguia pensar em transar.

Antes que você tire mais uma conclusão precipitada eu não sou Satiromaníaco, por um tempo pensei que sim e até busquei ajuda médica, mas se vocês querem simplesmente achar algo para me "classificar" a doutora Jeon me informou que eu tenho um grau leve de Desejo Sexual Hiperativo, basicamente é somente quando alguém tem desejos sexuais além da média, traduzindo de maneira suja: alguém com uma imensa vontade de foder. A Satiromania (para os homens) e ninfomania (para as mulheres) é muito diferente, já que esta de fato é uma patologia e deve ser tratada com a ajuda de psicólogos e psiquiatras (nunca deve ser romantizada!)

Continuando. Todos os meses meus pais recebiam um relatório sobre o meu desenvolvimento e claro que nele sempre constavam as melhores informações sobre mim, acreditando que eu estava "curado" eles começaram a permitir novamente que eu recebesse dinheiro e usasse seus cartões, isso foi a minha porta de saída para fazer exatamente o que eu queria. Guardei tudo e saí de lá com uma pequena fortuna e isso iria me garantir estabilidade por um bom tempo, não fui pra casa, afinal aquele não era mais o meu lar, durante o período que eu fiquei no internato meu pai tratou de culpar minha mãe por ter gerado um "viadinho" segundo as palavras dele, sendo assim saiu de casa e soube que construiu uma outra família tratando de dizer publicamente que seus únicos dois filhos gerados no segundo casamento eram o seu orgulho.

Minha mãe? Depois de um tempo me culpando pela ida do meu pai passou a me visitar com cada vez menos frequência até que soube que o motivo era o seu novo affair dono de uma fabricante de veículos de luxo, então ocupou-se em fazer diversas plásticas e buscar por um outro casamento. Isso quer dizer que basicamente a minha única família é o Yeontan, cachorrinho que ganhei do Júpiter (mais na frente vocês saberão quem é).

Peço que por favor não ouse sentir pena de mim, vendo a forma como fui descartável para pessoas que juraram me amar a vida inteira eu não consigo me sentir triste por ter sido deixado de lado, com o passar do tempo eu pude compreender que talvez eles não amassem o filho em si e sim o que ele poderia oferecer e como poderiam exibi-lo, isso para mim não é amor. Aos que acreditam em perdão os admiro muito mas por favor não tentem me convencer de que isso é a melhor saída, pode parecer que não, mas eu sempre soube o que era bom para mim.

Encerrada essa parte introdutória e um tanto quanto melancólica vamos para a parte que a história começa a ficar interessante.

Para conseguir fazer o que eu queria precisava sair de Seul, afinal os meus pais sempre foram muito influentes e tinham conhecidos por toda parte, uma hora ou outra eles iriam me achar então permanecer estava fora de cogitação, comprei a primeira passagem para Tóquio e durante o tempo de espera das inúmeras escalas (consequência da passagem mais barata) pesquisei por casas de massagem ou qualquer coisa parecida que eu pudesse ficar, e uma me chamou a atenção por ser a mais procurada: a Blood Red Rose.

Pouco tempo depois de finalmente me instalar lá eu comecei a ganhar muito dinheiro por muitos motivos, era o único homem ali e modesta parte sempre fui dotado de muita beleza, o que realmente chamou atenção dos frequentantes lá. Quero que fique claro aqui que a Red Rose não é uma casa de exploração sexual, afinal isso é crime e eu repudio veementemente qualquer coisa parecida com isso então nunca faria parte ou apoiaria algo assim. Lá funciona para massagens e há serviço de acompanhantes como adicionais, as pessoas que lá moravam eram sustentadas temporariamente por seus clientes fixos.

Como eu era um dos novos integrantes de lá, mesmo fazendo bastante sucesso, diferente da vida das minhas colegas eu não tive tanta sorte de algo fixo logo cedo. Ao contrário da prostituição feminina exclusividade para homens era um pouco mais difícil, afinal a maioria dos clientes eram pessoas que costumavam manter casamentos bem sucedidos mediante a alta sociedade, então seria muito vergonhoso se descobrissem que nas horas livres eles estavam esparramados em lençóis de seda pedindo para um garoto ir mais rápido, mais fundo, mais forte...

Por lá eu fiquei por sete anos, nesse período comprei um apartamento de luxo e um carro, e ia apenas aos finais de semana, foi nessa época também que me apaixonei por fotografia graças à um cliente regular que trabalhava para celebridades então sempre levava a bolsa com diferentes câmeras e muitas lentes, me apaixonei pelas máquinas e depois foi apenas um passo para amar sua função e fazer dela a única coisa que eu me dedicaria. O tempo foi passando e aos 26 anos de idade eu decidi seguir minha vida e me dedicar apenas a isso, tinha dinheiro o suficiente e já ganhava relativamente bem com as minhas fotos, era o bastante para manter meu padrão de vida, então foi quando em uma noite fria de dezembro pouco antes do meu aniversário eu conheci o homem que me tiraria de lá e que devolveria à mim o mesmo padrão de vida no qual nasci e cresci.

Era meu último programa da noite, comecei a ter um lucro em que tinha uma agenda e pagamento antecipado nesse dia tive apenas ele e mais outro, quando o vi pela primeira vez não escondi minha cara de espanto ao me deparar com sua beleza. Naquele dia chovia muito e foi assim que ele apareceu pra mim: os cabelos molhados, de óculos escuros que mais tarde descobri que era para esconder sua identidade, um terno preto simples, camisa e calça também preta e também lisa, ambas as peças estavam coladas ao corpo devido a umidade e de certo modo ele suspirava como se tivesse corrido na chuva. Naquele dia eu tive uma das melhores transas da minha vida, meu corpo queimava e ardia como se estivéssemos em uma cama em chamas, minha voz naturalmente rouca falhara tantas vezes que cogitei não conseguir falar no dia seguinte e ao final de tudo quando rolei sozinho pela cama e olhei para o grande espelho no teto do quarto me vi marcado, não só pelas manchas roxas que cobriam minha cintura e pescoço, mas também internamente. Naquele dia eu percebi que estava completamente perdido.

As semanas se passaram e eu o via com cada vez mais frequência e era sempre a sensação do limbo entre o céu e o inferno, era sempre maravilhoso, marcante, intenso. Até que um dia quando consultei minha agenda eletrônica vi que todos os meus horários estavam reservados para uma única pessoa. Ele.

E foi nesse dia que eu descobri o que era exclusividade e porque tantas meninas almejavam ela, três dias depois eu me mudei novamente, dessa vez para Hong Kong, ganhei um apartamento no centro, um carro de luxo, um black card para meu uso pessoal e a satisfação de ser apenas de um homem só e ainda ser do homem que eu queria.

E cá estou eu, há quase dois anos vivendo assim, tenho tudo o que quero quando quero, viajo sempre que quero tirar novas fotos, ele continua sendo um homem maravilhoso na cama e me trata muito bem. Bem, à essa altura você deve estar se perguntando porque eu ainda me considero um prostituto já que em tese a exclusividade de certa forma me tirou do mercado. Então, porque ainda é assim, ele não tem compromisso comigo, não somos namorados, amantes, confidentes, nem nada disso, tanto é que durante esse tempo ele teve algumas namoradas e alguns casos e mesmo que de alguma forma isso me entristeça não é como se eu pudesse opinar sobre isso, eu concordei e eu gosto do que temos apesar de tudo então são os famosos "ossos do ofício" que eu não sou obrigado a aceitar mas que eu quero engolir.

Como disse antes na parte do óculos, ele é sim famoso então para efeitos práticos vamos chamá-lo apenas de Júpiter. O fato dele ser tão conhecido é o que faz com que eu odeie revistas e nunca olhe redes sociais como Instagram ou Twitter, sabe, apesar de ter plena consciência da minha posição nesse negócio é dolorido ver a pessoa que gostamos nos braços de um outro alguém e pensar que talvez ele nunca seja de fato seu. Eu prefiro evitar.

Se você leu até aqui antes de mais nada gostaria de agradecer, como eu disse lá em cima não há nada de tão interessante na minha vida e apesar desse final isso não é um desabafo ou algo do tipo, eu acredito que as coisas hoje em dia sejam exatamente como devem ser, e eu não me arrependo de nada disso. O intuito aqui era somente (finalmente) mostrar pra vocês um pouco da minha vida, quando criei a conta como Vante para divulgar minhas fotos e de vez em quando conversar com vocês, já tinha a noção de que um dia gostaria que conhecessem o Taehyung ou TaeTae para os mais íntimos, como dito anteriormente eu nunca escondi o que fazia da minha vida para ninguém, apenas quis que vocês conhecessem algo que eu amo tanto primeiro e depois soubessem quem vocês seguem.

Sei que vocês estão cheios de dúvidas e perguntas, então vou responder algumas previamente já que estarei desativando os comentários, estou ciente que na mesma medida das dúvidas também virão os julgamentos, afinal sempre há pessoas maldosas prontas para apontar os nossos erros então eu prefiro me abster de ler coisas ruins que sei que podem me afetar negativamente e me limitarei a responder apenas algumas coisas que sei que vocês querem saber.


Por que eu entrei nessa "vida"?


Sei que já dei uma breve explicação mais acima mas vou tentar explicar melhor, isso pode chocar algumas pessoas então espero que você tenha uma mente aberta para entender. Eu sempre tive um certo fascínio em conhecer o que as pessoas julgavam como errado, na minha cabeça era parte de tentar ser justo e dar voz aos dois lados antes de tirar conclusões precipitadas. Serei sincero com vocês, por favor não se iludam com o que acabei de contar, a vida na prostituição em 99% dos casos não tem glamour, não há escolhas, não há caminhos, então nunca em hipótese alguma é uma vida fácil, o que conto para vocês existe sim mas em casos raríssimos e isolados, então vocês podem estar se perguntando: "Se você sempre soube que era algo difícil por que entrou?" Porque eu quis.

Eu quis inicialmente por curiosidade e quis continuar por vontade própria, para alguns pode ser muito difícil acreditar que alguém queira se submeter à isso por pura vontade mas é exatamente o que aconteceu comigo, não há uma outra forma de tentar explicar. Se vocês querem que eu defina de uma forma mais concreta eu posso dizer que estar em camas desconhecidas, dar e receber prazer, ser olhado de forma lasciva sem nenhum pudor por homens que em muitos casos eu vi apenas uma vez na vida, me trazia felicidade. Então considerem isso como o meu "por quê."


Como eu me sinto sendo usado?


Eu sempre pensei nisso sabia? Sempre tentei entender os prós e contras de fazer isso, mas buscando internamente sobre como isso me feria eu nunca achei algo que realmente me entristecesse quanto à isso. Fui para tantas camas movido pelo desejo de ter aqueles homens, principalmente porque eu sempre tive escolha, nunca sequer uma vez na vida me entreguei a alguém que eu não queria, mas reforço que o meu caso é algo isolado, a maioria das pessoas que vivem assim não tem essa autonomia então sim para elas é doloroso ter que enfrentar isso. Eu conheci mulheres que se submeteram também pela falta de escolha ou por uma consequência da vida, eu as acolhi em meus braços quando elas choravam e sentia uma dor imensa por não saber como ajudar, e antes que alguém diga que eu era milionário e poderia dar meu dinheiro à elas tinham coisas que estavam além de valores monetários e também caso eu não tenha contado fui deserdado pelos meus pais. As leis da Coréia do Sul não permitiram isso então de qualquer forma eu seria herdeiro, então assim que soube tomei a providência de entrar com o pedido de renúncia prévia à minha parte da herança e destiná-la a ser dividida em partes iguais à todos os institutos que cuidam de idosos, animais, crianças e pessoas com doenças terminais no país.

Então se você avaliar dessa forma o único dinheiro que eu tinha era o que eu ganhei dos meus pais antes de sair do internato e o que os programas me garantiam, e não, eu não quero me justificar e muito menos tenho a intenção que vocês olhem para mim como alguém bondoso, esse dinheiro só serviria para futilidades, então que vá para pessoas que realmente precisam.

Acho que enrolei bastante para explicar algo simples então vamos para a próxima pergunta. rs


Qual a pior parte dessa profissão?


Então, como eu venho reforçando eu não passei por tantas coisas ruins que de fato acontecem todos os dias, então vou apontar três fatos que são comuns para todos que fazem parte disso.

Bem, não era sempre que pegávamos clientes educados, há muitas pessoas rudes lá fora e que acham que porque estão pagando obrigatoriamente devem ser tão ignorantes, e de qualquer forma é algo que temos que ouvir então o que somos obrigados a fazer é nos mostrarmos pacientes e xingá-los de todos os nomes possíveis apenas em pensamento. rs

Da mesma forma que não existem pessoas educadas também nos deparamos com as pessoas não higiênicas, era completamente frustrante e afastava todo e qualquer tipo de tesão ver que a pessoa nem ao menos tinha se dado o trabalho de tomar um banho, então o que na época eu utilizava era a técnica do: "Que tal tomarmos um banho, hm?"

Algo que também é praticamente impossível é encontrar algum(a) prostituto(a) ou acompanhante que nunca tenha reclamado de clientes agressivos, infelizmente é algo que acontece com uma certa frequência e acredite, na alta sociedade é mais comum do que vocês imaginam.


Há algum segredo?


Basicamente? sim, mas não falamos muito sobre isso afinal é segredo. No entanto vou contar sobre dois, um de fato é segredo e o outro a grande maioria das pessoas conhecem então irei apenas comentar.

Então, apesar de vocês pensarem que transar é algo relativamente fácil eu posso lhe garantir que para muitos não é, por várias vezes eu me deparei com pessoas com problemas psicológicos ou físicos que os impediam e isso nos obrigava à um longo tempo de conversa e às vezes a parar no meio do processo por causa disso, então é feito o uso de técnicas para "adiantar o gran finalle" se é que vocês me entendem.

O segundo é a questão do beijo que todo mundo conhece, sim de fato muitas prostitutas (uma grande parcela delas aliás) não beijam e o motivo é o mesmo que a grande maioria também conhece: para não se apaixonar. Beijo é algo envolvente e íntimo demais, apesar da prática sexual em si parecer tão intensa nada chega nem perto de ser tão profundo quanto um beijo, então para não correr o risco muitos de nós não fazemos isso.

E aí você pensa, mas todo mundo segue isso?

Não. Lembra que eu falei que nós encontramos pessoas rudes, ou não muito ligadas para higiene ou agressivas? Então, da mesma forma encontramos pessoas envolventes o suficiente para nos levarmos a fazer tal coisa, mesmo sabendo dos riscos. E como eu sei que vocês querem saber disso, sim eu já beijei, porém uma única vez e com o Júpiter na noite em que nos conhecemos.


Já ficou com uma mulher?


Sim, várias vezes inclusive. Esclarecendo sobre o assunto sexualidade, sim eu sou gay, no entanto como em qualquer profissão você precisa "fazer seu nome" no começo da minha estadia na Blood Red Rose eu precisava buscar alternativas para continuar lá, afinal como recebíamos relativamente bem o valor da porcentagem também era equivalente, então enquanto não consegui ter uma boa base de clientes fixos homens eu fiquei com a parcela feminina. Sabemos que a quantidade de mulheres que busca por um prostituto é muito pequena então sendo sincero não dá para sobreviver se você é hétero por exemplo e pretende atender só mulheres, isso é um fato no meio da prostituição, então se você conhece alguém que diz só atender mulheres provavelmente ele está mentindo ou apenas complementa sua renda com isso.

Ufa! Pensou que não ia terminar nunca não é? kkk

Pois bem, acho que pelo menos uma boa parte disso tudo ficou esclarecida, não tenho a intenção de me aprofundar nos assuntos: família e Júpiter. Ambos para mim são pessoais demais, e mesmo tendo exposto a minha vida aqui para vocês tenho o direito de me limitar e comentar somente sobre o que me sinto confortável.

É isto, eu espero que de alguma forma pelo menos uma parte de vocês tentem entender de verdade isso sem preconceitos ou rótulos, eu não pretendo falar mais nada sobre a minha vida pessoal e peço que por favor se você não tem mais a intenção de buscar o meu trabalho e se interessa apenas pelo o que contei aqui, se retire, porque para mim será a confirmação apenas do que já sei há tempos: Que a maioria das pessoas não se interessam pelo o que você faz se puderem ter nem que seja um fio para falar sobre quem você é.

Eu sei quem eu sou, eu amo o que sou, mas é pelo meu trabalho que estou aqui.

A propósito deixarei uma foto minha, já que ninguém conhece o meu rosto.

Beijos e até mais.

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Abriu os olhos relaxado o suficiente devido ao tempo considerável que havia passado naquela banheira, seus cabelos antes úmidos agora estavam quase secos pelo tempo que havia cochilado ali, a água turva pelos sais aromáticos agora fria e os dedos enrugados. Buscou com os olhos o aparelho celular que agora tocava Burden do Opeth quase inaudível, preguiçosamente o pegou e ao desbloquear pode ver as inacreditáveis vinte ligações daquele homem, suspirou cansado pelo sermão que provavelmente ouviria, mas não poderia reclamar ou sequer contestar, afinal recebia muito bem pela exclusividade e ouvi-lo era uma de suas obrigações.

Retornou a ligação já sabendo o que provavelmente ele queria, afinal sempre era assim pelo menos duas vezes na semana, vinha à Hong Kong resolver assuntos pendentes da filial, se encontrava com Taehyung, levava-o para jantar e depois fodiam.

Era uma rotina um tanto quanto repetitiva, para Tae era quase como ter um relacionamento mas gostava do privilégio de ser exclusivo, tinha sempre um bom dinheiro no banco, vestia e comia sempre nos lugares mais caros, tinha um carro para uso exclusivo e o que fazia tudo valer a pena era ter apenas um cliente. Aquele cliente.

O que eu disse sobre demora para atender o telefone? — foi agraciado com o tom de voz rude do outro lado da linha.

— Boa tarde... — olhou as horas no telefone. — Quase noite senhor Jung. — riu debochado apoiando o braço na borda da banheira.

Se arrume, vou pegar você às 19h e não se atrase, tenho que voltar ainda hoje pra Tóquio. — disse em tom seco.

— Não precisa. — pigarreou. — Me dê o endereço que eu apareço.

E por quê? Não está em casa?

— Porque eu quero, até mais tarde meu bem. — desligou.

Sorriu largamente ao ver o outro tornar a ligar e bloqueou a tela se afundando um pouco mais na banheira, sabia exatamente que tipo de consequência teria por agir dessa maneira o que de certo modo fazia seu corpo arrepiar-se só de imaginar.

Sem demorar mais se levantou e tomou um bom banho de chuveiro, aproveitando para fazer toda a lavagem externa e interna também, envolveu-se em seu roupão quente e se dirigiu até o closet enorme passando os olhos pela infinidade de opções de roupas de grife muitas delas ainda na etiqueta. Acabou por escolher um terno preto bem cortado, por dentro uma camiseta branca simples de botões com gola V, uma calça também preta e por fim uma choker de argolas douradas porém não muito chamativa. Arrumou os fios recentemente loiros para o lado como era de costume e sorriu ao se olhar no espelho e constatar o qual bonito era e como qualquer coisa lhe caía bem.

Se dirigiu até a sala buscando por sua carteira e seu relógio rolex, presente do mais velho em seu aniversário mais recente. Se deparou com Yeontan todo manhoso enquanto dormia no sofá, seu pelo mesclado entre o marrom e o preto era tão bem cuidado e macio que não resistiu em se aproximar e afundar os dedos longos na pelagem bonita o que de certa forma o assustou.

— Ei filho, calma. — sorriu brevemente, fez um carinho por entre as orelhas do bichinho que fez com que ele se acalmasse ao ponto de fechar os olhos e relaxar de novo. — Papai vai sair rapidinho, você vai ficar bem? Hum?

Continuaria acariciando seu filho pelo resto da noite se não tivesse levado também um susto, mas dessa vez era o seu celular que vibrava no bolso, abriu o aplicativo de mensagens que continha o endereço e se apressou para sair de casa, não era longe, mas mandar um endereço faltando dez minutos para o horário marcado era sacanagem.

Trancou tudo, deixou comida, água e um longo cheiro em seu companheiro que ficaria sozinho e se dirigiu às pressas até o elevador, seguiu em passos largos até a garagem mas paralisou assim que viu quem estava encostado em seu carro.

— Veio rápido. — sorriu cínico desencostando do veículo.

— Não disse que iria te encontrar no restaurante? — Tae o olhou com uma falsa confusão.

— E desde quando eu obedeço à você? — riu nasalado cortando a pouca distância e colando seu corpo ao outro. — Você tem estado muito rebelde, Taehy. — sussurrou manhoso no ouvido do mais alto aproveitando para apertar a cintura fina.

Tae quase derretia ali mesmo nas mãos daquele homem deliciosamente rude, mas não o fez, era atrevido e nunca se rendia facilmente, deve ser por isso que para Hoseok foi tão fácil querer apenas um homem em sua vida, porque diferente de qualquer outro ele o enlouquecia de uma forma incomparável.

— Espero que tenha me dado o endereço certo. - raspou os lábios finos no pescoço do outro. — Porque você só vai conseguir me alcançar lá. — saiu rapidamente entrando em seu carro e arrancando para fora dali.

Rolou com o veículo pelas ruas movimentadas em alta velocidade, o motor potente do seu Porsche 918 Spyder fazia o trabalho de distanciá-lo daquele que de forma alguma ficaria para trás, olhou rapidamente pelo retrovisor e viu a rapidez que o Bugatti Chiron de Hoseok ultrapassava os carros e por mais que aquele usasse toda a capacidade do motor ainda não se comparava a aerodinâmica de um carro como o dele. Poucos segundos se passaram até perceber o outro cortar luz atrás de si, riu-se mexendo nos cabelos claros. Ao pararem no sinal Taehyung lembrou-se que não havia prestado atenção onde ficava seu destino, assim que abriu o aplicativo de mensagens riu intensamente do que o mais velho havia planejado para essa noite.

Simplesmente iriam até o Sky 100, prédio mais alto de Hong Kong com vista de 360 graus de toda a cidade.

É, Hoseok era um homem surpreendente e exagerado.

Olhou para cima e o sinal ainda não havia aberto, então decidiu responde-lo:

Me [23/01 18:59]

Vamos subir há mais de trezentos metros de altura só para jantar mesmo?


Júpiter [23/01 18:59]

Queria que ficássemos bem perto do céu rs

Me [23/01 18:59]

Que bonito, isso vindo de você é realmente uma novidade kkk

Quer tocar as estrelas?


Júpiter <3 [23/01 19:00]

Não sou eu que vou tocar elas hoje, baby.

Vai ser você.

Suspirou profundamente olhando pelo retrovisor o outro atrás de si jogar o celular no banco e buzinar repetidamente, seu pequeno momento de desequilíbrio emocional causado pelo peso daquela mensagem fez com que ele esquecesse do sinal.

Alguns minutos depois e devido à pouca quantidade de carros aquela hora, chegarem no estacionamento do prédio. Tae apertou as mãos no volante ainda levemente afetado, era ilógico que mesmo depois de quase dois anos envolvido com o mais velho uma simples frase dita no momento certo ateasse fogo em seu corpo como gasolina em uma fogueira. Mesmo depois de tanto tempo ainda era intenso e absurdamente quente, quanto mais provava dele mais queria, era como se fosse um enorme buraco negro o puxando cada vez mais para dentro do caos e o pior de tudo era saber que não planejava fazer esforço algum para sair dele.

Abriu o porta-luvas para tirar sua carteira quando se assustou (pela segunda vez naquela noite) com o mais velho batendo os dedos levemente no vidro do carro.

Desceu rapidamente e o encontrou fumando um cigarro de menta, seu cheiro não era forte nem fraco, não incomodava mas dava para sentir de longe que era de fato um cigarro, a mão esquerda que segurava o filtro pairava ao lado do seu corpo enquanto a direita se aquecia dentro do bolso da calça.

— Você está tão bonito. — Tae disse observando como mesmo na pouca luz do estacionamento ele parecia belo em sua roupa completamente preta.

Hoseok deu um sorrisinho ladino e se aproximou do mais novo que ainda estava perto da porta do veículo.

— Eu sei. — sorriu baixinho. — Por que saiu correndo do prédio? — tirou a mão do bolso e empurrou levemente Tae até que ele estivesse encostado na porta do carro.

— Pra você me pegar? — encarou com obviedade nas palavras. — Você não gosta quando a gente brinca? — se concentrou na fumaça que abandonava os lábios vermelhos.

— Você sabe que se brincar demais com fogo pode sair machucado? — colou a bochecha na do outro e fez uma carícia levemente.

— Não, mas adoraria descobrir. — virou o rosto e capturou os lábios de Hoseok de uma vez.

Mesmo surpreso o mais velho não deixou de retribuir o ósculo lento que o maior o envolveu, a forma como ambos aproveitavam para sugar e mordiscar os lábios alheios os incentivavam a irem cada vez com mais sede, mais desesperados por aquele contato, cheio de saudade pela parte de ambos, mesmo que até então um não soubesse o tamanho do efeito que causava no outro. Hoseok largou seu cigarro recentemente aceso apenas para poder tocar melhor nele, agarrando com as duas mãos a cintura e se colocando no meio das pernas fazendo com que o quadril tivesse um contato direto.

Taehyung agarrou os cabelos escuros dele e arranhou a nuca com as unhas curtas vendo como o outro tinha leves espasmos por ser tão sensível ali, foi correspondido com uma última mordida no lábio inferior que parou o ósculo, assim que ambos abriram os olhos começaram a se encarar ali de tão perto o mais velho tratou de passar a ponta da língua pelos lábios entreabertos ao mesmo tempo que simulava com seu quadril ali uma estocada, o que instantaneamente fez o mais novo levar um susto.

— Calma... — riu baixinho rente aos lábios, simulou outra estocada vendo os olhos do loiro escurecerem, estava chegando onde queria.

Desviou da boca para o pescoço de Tae, onde deixou selares molhados e arranhou com os dentes a região, o cheiro do mais novo o deixava bêbado de desejo sabia que já agia por puro impulso, não controlava mais nada ali, a sua mente se desligou e era apenas comandado pela vontade insana de buscar naquele corpo mais. A medida que era tomado pelo descontrole foi aumentando a velocidade da fricção ali, seu falo já estava semiereto enquanto o do outro parecia duro feito pedra, isso fez com que ele parasse de mutilar o pescoço alheio e o olhasse.

— Você já está assim com tão pouco meu bem? — selou os lábios finos delicadamente. — Quer mais? Hum? — mordeu de leve a mandíbula marcada.

O mais novo, que a mente já voava fora da terra, sentia como se o ar de todo o planeta estivesse apenas ali entre os dois corpos meio ofegantes, então apenas meneou com a cabeça positivamente e tentou capturar os lábios de Hoseok que desviou.

— Pois você vai ter que esperar. — piscou se afastando dele de uma vez e rindo audível da expressão de incredulidade de Taehyung, este que encostou a cabeça no carro e fechou os olhos.

Maldito.

— Ei, cubra isso. — apertou de leve o pau do mais novo que marcava na calça escura. — Não quero ninguém te vendo assim. Sem permissão enfiou a mão dentro da calça de Tae puxando a parte do tecido da camisa que estava presa no cinto com certa brutalidade. — Bem melhor. Vamos.

Subiram pelo o único elevador que os levariam até o centésimo andar, era a única máquina que permitia acesso direto ao último andar.

De forma um tanto deslumbrada, Tae se permitiu observar a cidade enorme se reduzir a uma simples maquete aos seus olhos, os vidros claros lhe permitiam enxergar como à noite sempre era o horário mais bonito, as luzes da cidade, o pouco movimento nas ruas, os outdoors bonitos que ficavam mais ao longe, tudo isso em contraste com a noite escura o deixava inebriado, sentiu falta de sua inseparável polaroid, com certeza queria registrar a vista tão bonita do ponto mais alto da cidade.

Despertou do seu deslumbre quando ouviu o característico som do elevador indicando que já haviam chegado, saiu depressa da caixa metálica e paralisou ao ver que além dele próprio e Hoseok não havia ninguém. Achou estranho já que aquele prédio era comercial e de muito movimento, principalmente naquele andar que abrigava o observatório 360 graus, era um dos pontos turísticos mais visitados na cidade, principalmente naquele dia.

Uma noite de sábado.

— Hobi? Não tem ninguém aqui. — andou meio curioso só então observando que o lugar havia mudado um pouco.

— Que poder de observação hein? — riu soprado tirando seu terno e jogando de qualquer jeito em uma bancada. — Vamos ficar aqui essa noite.

— Mas você não disse que tinha que voltar hoje? — riu caminhando até ele e só então percebendo mais coisas diferentes.

O andar inteiro era arredondado e coberto por vidraças, normalmente ali não haviam muitos objetos, afinal sempre estava lotado de turistas e para auxiliar a visão do observatório era necessário a quantidade mínima de móveis possíveis. No entanto naquela ocasião o que mais existia ali eram móveis.

Uma bancada enorme do lado do elevador, nela continha um mini fogão automático, pratos, alguns talheres cobertos e taças, o que deixava ele iluminado era apenas a luminária de led em formato de lampião antigo de cobre, que deixava a bancada com uma luz alaranjada fraca mas muito charmosa.

Do seu lado direito, na parte da vidraça que dava a visão da cidade e das elevações montanhosas havia um colchão de ar armado com mais duas luminárias idênticas a da bancada uma de cada lado. E só aí ele se tocou do que tinha acontecido.

Hoseok alugou todo o andar para eles. Todo. o. Andar.

— Eu liguei e pedi para cancelarem a reunião. — arregaçou as mangas de sua camisa e começou a tatear dentro do móvel que só então Tae percebeu que tinha gavetas. Observou o mais novo ainda deslumbrado com a decoração simples mas ao mesmo tempo tão incrivelmente bela.

— Você fez tudo isso? — apontou incrédulo. — Olha eu estou surpreso de verdade. — riu-se divertido enquanto retirava o seu terno e colocava também em cima da bancada.

— Não, na verdade apenas disse o que queria e eles fizeram. — sibilou baixo colocando uma frigideira e uma panela média no fogo. — Eu não conheço absolutamente nada de decoração.

— Agradeça-os depois então, ficou realmente muito bonito. — sorriu mínimo sem mostrar os dentes e foi andando devagar até a frente da bancada. — Não acredito que vai cozinhar para nós?!

— Olha se eu fosse você não duvidaria dos meus dotes culinários. — arqueou a sobrancelha. — Eu sempre fazia isso para as... — interrompeu a frase quando percebeu o que ia dizer.

Para as suas namoradas Hoseok, eu sei. — completou Tae mentalmente. Afastou a forma como gradativamente seu cérebro queria deixá-lo triste e mostrou um sorriso mais animado.

— Então, o que vai fazer? — deu a volta ficando no mesmo lado do mais velho, dando um pequeno pulinho para sentar na bancada.

— Eu não tive tempo de pensar em algo muito elaborado, com certeza você deve estar esperando algum prato famoso mundialmente, mas para sua surpresa vamos comer um espaguete de uma receita que achei na internet. — disse de uma vez contendo a vontade de rir.

Taehyung gargalhou alto, jogando a cabeça para trás.

— Como assim? Mas você não é o Júpiter? O todo poderoso que consegue pedir para fecharem o andar mais famoso de Hong Kong apenas para o seu bel prazer, e não consegue buscar por um chefe de cozinha renomado para fazer o jantar? — desdenhou com um ar de riso.

Hoseok o olhou com uma falsa cara de raiva que o fez rir ainda mais.

Em poucos minutos a refeição estava pronta, se tratava de um espaguete simples feito com tomate-cereja, queijo parmesão, um molho pré-cozido e requeijão. Como não havia um lugar determinado para se sentar, ambos foram até perto do colchão e ficaram no chão mesmo, perto da janela.

— Hum. — limpou com o guardanapo o canto da boca ainda com a mesma cheia. — O que tem feito nos últimos dias?

— Ah, nada demais. — tomou o gole do refrigerante. — Apenas tenho buscado por novos lugares para as fotos, acho que as pessoas esperam por algo mais dinâmico.

— Você tem divulgado elas? — o mais velho engoliu enquanto o observava.

— Sim, eu paguei pela divulgação no Kaleidoscope, como é um site muito popular para os amantes de fotografia eu pensei que seria o ideal. — colocou mais uma porção na boca.

— Fez bem, boa sorte então. — sorveu um pouco do seu vinho branco.

— Obrigado. — disse o mais novo tímido enquanto olhava para a cidade. — É tudo tão lindo aqui de cima. — suspirou.

— Nunca veio aqui em cima? — o olhou confuso.

— Uma vez só, logo quando cheguei na cidade, mas não lembrava que era tão bonito. - sorriu contido ainda olhando a vista.

— É. É lindo. — Hoseok disse tão baixo que nem sequer o outro ouviu mas com certeza aquele elogio não era para a cidade em si.

— E você o que tem feito? — perguntou Tae com uma súbita curiosidade.

— Na empresa eu pensei em abrir uma nova filial em Seul, recebi o balanço mensal e uma só não está dando conta de tudo, se me dissessem há alguns anos atrás que administrar um negócio era tão difícil eu teria pelo menos repensado. — riu fraco e tomou o resto do líquido de uma vez. — Na vida pessoal bem... — meneou com a cabeça para o lado.

— Bem...? — Tae insistiu arregalando levemente os olhos.

— Eu estou conhecendo uma pessoa. — disse engolindo em seco e desviando rapidamente seu olhar para a janela.

— Sério? Que bom! — o mais novo exclamou em uma falsa animação tentando buscar por uma expressão positiva. — Vocês estão se dando bem?

— Sim. — respondeu simplesmente ainda sem encará-lo.

O sorriso já fraco que o mais novo sustentava nos lábios foi morrendo aos poucos, ele abaixou sua cabeça e se concentrou em comer o que havia em seu prato, era tão ilógico para si se sentir afetado mesmo que levemente com isso, afinal não era a primeira vez que o mais velho conhecia ou até namorava alguém estava acostumado e não o julgava era direito dele ser feliz com alguém que pudesse oferecer mais do que uma foda no meio da semana tediosa, então realmente entendia.

Mas por que daquela vez parecia doer? Algo em seu peito dizia que não era mais um caso qualquer que Hoseok estava tendo, sua vergonha ao dizer aquilo olhando em seus olhos denotou que talvez essa pessoa fosse mesmo tão especial ao ponto em que dessa vez ele iria partir.

Como alguém que sempre manteve os pés firmes no chão, ele sabia que isso um dia poderia acontecer e ao longo desse tempo buscou se preparar psicologicamente para lidar com isso acreditando que tanto o mais velho quanto ele mesmo poderiam mudar, eram inconstantes então era perfeitamente previsível afinal apesar de estarem nessa há tanto tempo Hoseok nada lhe devia, então não esperava dele fidelidade, carinho ou sequer amor. Mas saber que naquele momento poderia estar sendo deixado doeu e muito e pela primeira vez na sua vida se sentiu usado.

Era tão ilógico tal sentimento visto que nem mesmo quando se prostituía se sentiu assim, mas agora depois de tanto tempo novamente havia aquela mágoa em seu peito, a mesma que sentiu quando descobriu tão novo que os seus pais sequer se importavam mais consigo, se sentiu descartável. Quis chorar não de raiva dele, mas por ódio de si, que mesmo tendo consciência exatamente do seu papel deixou que o tempo o fizesse se apegar aquela pessoa, tentava compreender seus sentimentos visto que a partir do momento em que se revelava ao mundo as pessoas foram lhe deixando, então quando encontrou alguém disposto a mesmo distante se fazer presente seu coração se apegou.

E esse foi um dos seus maiores erros, e quando ele pensava em erros lembrava da primeira noite que teve com o mais velho, na forma como pela primeira vez havia esquecido que fazia aquilo tão somente pelo dinheiro. Por um momento esqueceu-se do seu papel, e isso para si era inadmissível, era profissional o suficiente para driblar isso e se manteria firme até o fim.

Então naquela noite à luz das luminárias ele se entregou mais uma vez, ele deu tudo de si como sempre foi, ele fez tudo aquilo que aprendeu na vida da prostituição, ele recebeu e ofereceu todos os chupões e mordidas, todos os tapas e lambidas tudo com o mesmo vigor de sempre, ele precisava se lembrar de quem era, ele precisava usar seu corpo para explicar à sua consciência que ele era apenas um prostituto, nada mais. Não como uma forma de auto flagelo, jamais ele deixaria de sentir orgulho do que foi mas sim para acordar de um sonho que nem mesmo ele percebeu que havia entrado.

Sabia que não conseguiria ficar ali pelo resto da noite, apesar de ser profissional seu cansaço tinha um limite e não se tratava de cansaço físico, era cansaço de sua consciência, era sua mente pedindo por uma pausa e não por mais sorrisos falsos. Precisava descansar. Foi motivado por isso que fingiu passar mal no banheiro apertado, só queria ir embora dali, sair de perto daquele homem.

Amanhã fingiria que nada aconteceu, acordaria novamente o desejando bom dia e tendo consciência de seu papel, mas hoje não. Hoje ele não queria e nem seria obrigado a fingir mais.

Assim que estacionou na sua vaga da garagem suspirou fundo apertando o volante e fechando os olhos com força, desceu do carro e encontrou um Hoseok com olhos preocupados tentando entender o que havia acontecido consigo e insistindo para levá-lo ao hospital.

Você vai curar o meu conflito interno, Hoseok? Você sabe que não. — respondeu mentalmente enquanto procurava pelas chaves do seu apartamento.

Foi guiado pelo outro até sua cama, rolou nos lençóis quentes enquanto observava as costas do mais velho que mexia no seu celular parecendo digitar algo, fechou os olhos e deu as costas para ele forçando sua mente a dormir, mas sem conseguir enfim, algum tempo depois o ouviu falar ao telefone muito alto para a hora que era e logo em seguida dizer que precisava partir já que tinha mais coisas para resolver em Seul, deixando em Tae um selo rápido nos cabelos macios e partindo.

...


Uma semana se passou, oito dias em que o mais velho não lhe dava um bom dia, no começo preocupou-se afinal mesmo com a vida corrida ele nunca se ausentava tanto, mas logo lembrou-se que talvez fosse por falta de tempo afinal ele devia dedicar mais atenção para aquela pessoa que estava gostando, mais uma vez ele entendeu.

A única coisa que não compreendeu era porque às 9h da manhã estava recebendo um homem de terno cinza em seu apartamento lhe dizendo que o mais velho havia pedido o imóvel de volta, segundo ele haviam planos para vendê-lo mas sabia exatamente o que aquilo significava. O homem, que depois descobriu se chamar Namjoon, deu à ele uma semana para que pudesse se organizar e deixar o imóvel já que aparentemente o suposto comprador queria-o para logo.

Como se ele fosse cair nessa bobagem, era evidente oque estava acontecendo ali, mas do contrário da noite mais linda e morna que teve em sua vida no ponto mais alto daquela cidade, não foi confusão que habitava em seu peito, ele já esperava por aquilo, uma das poucas qualidades que tinha era a forma como sentia quando a energia dos lugares e das pessoas mudavam, mesmo à trezentos metros de altura dava para sentir o quão tensa era a energia que Hoseok carregava, talvez por ter que contar aquilo ao mais novo ou qualquer outra coisa.

Durante esses poucos dias ele pensou muito sobre cada coisa da sua vida, sobre suas escolhas, sobre os caminhos que ainda queria seguir. Ele havia retomado o curso que sua mente havia perdido, novamente ele olhou para si e sabia quem era, e sabendo o que era e a forma como sempre teve controle de sua vida e autonomia para escolha, ele também tomou uma decisão naquele instante.

E escolheu seguir em frente.

Naquele mesmo dia durante a tarde ligou para Namjoon, entregou as chaves e saiu apenas com poucas roupas na sua mala, somente aquelas que havia comprado com o seu dinheiro da venda das fotos. De Hoseok nada queria, assim como nada quis de seus pais, sentiu que nada ali de fato o pertencia.

Deixou o apartamento com todos os móveis lá, entregou também as chaves do carro que tanto lhe serviu por tanto tempo e o black card, este último junto de um cheque que era suficiente para cobrir as despesas que havia gasto durante o último mês. Viu o olhar daquele homem desconhecido espantado sem entender o que estava acontecendo, mas aceitou tudo o que lhe foi entregue sem questionar.

Dali só levara seu fiel cachorro que nunca dormia sem estar perto do dono, que tinha um instinto protetor tão insano que por diversas vezes tentou morder o tal Namjoon, talvez ele soubesse de mais coisas do que o próprio Taehyung sabia.

Novamente ele se mudou, era a terceira vez na sua vida, mas para uma realidade que já conhecia, a grande e animada Tóquio. Iria refazer seu nome ali não mais como prostituto e sim como fotógrafo, ainda tinha alguns contatos por lá então logo que chegou conseguiu uma exposição em formato de fototeca sobre os pontos históricos da cidade, bem não era o seu tipo de trabalho mas já era um começo.

Naquela manhã ele comia o terceiro pacote de Pringles seguido, enquanto na grande ilha da cozinha organizava as fotos que pretendia expor, era sua quarta exposição em menos de dois meses e estava feliz pela forma como sua maneira de ver o mundo estava sendo bem aceita. Graças ao seu recente amigo Yoongi que conheceu seu trabalho através do Kaleidoscope e por coincidência também morava em Tóquio, finalmente conseguiu mais trabalhos fotografando a natureza, dessa vez iria expor em evento fechado que tratava sobre o meio ambiente, então precisava escolher bem o que mostrar para manter-se coerente com a temática escolhida.

Balançou a lata e só então percebeu que havia acabado com ela também, bufou frustrado e rodeou a ilha grande em direção ao lixo, mas parou no meio do caminho ao ouvir a campainha.

Revirou os olhos, com certeza era Yoongi que lhe atentava cedo do dia mais uma vez, o amigo tinha o péssimo costume de nunca avisar quando chegaria e nunca ter hora para ir embora, então sua inconveniência tinha uma certa frequência.

Atirou a lata da distância em que se encontrava e seguiu em direção à porta apenas arrumando o seu cabelo que estava grande e desgrenhado, mas não era como se ele se arrumasse tanto para receber o mais velho que já estava mais do que acostumado com sua cara de tédio e sua maneira de pouco importar-se com isso, apenas tratou de colocar a parte de cima do seu conjunto moletom já que não gostava de estar exposto dessa forma, quem o conhecia verdadeiramente nunca diria que um dia ele se prostituiu.

Abriu a porta com certo tédio e manteve essa expressão congelada ao se deparar com quem estava do outro lado, sua garganta parecia ter se fechado como se de repente todo o oxigênio do universo tivesse acabado de uma vez só.

Ali estava ele. O homem que não vi há dois meses. A pessoa que lhe ofereceu tudo e quando bem entendeu partiu sem uma explicação, mas o que mais chocou Tae além da própria presença dele era a forma como ele apareceu para si.

Molhado, os cabelos e as roupas grudadas em seu corpo, como da primeira vez que o vira naquela fatídica noite de dezembro. Mas tinha algo diferente em seus olhos, não era aquele brilho selvagem que recebeu da primeira vez, era algo parecido com... tristeza?

— Olá Taehyung. — encostou o braço na porta sua expressão foi se tornando mais séria. — Quanto tempo não é? — suspirava forte.

— Sim. — foi apenas o que conseguiu responder ainda paralisado.

— Não vai me convidar para entrar? — apontou com a cabeça para dentro.

Taehyung pensou, recuperando aos poucos seus sentidos e dissipando a sensação de surpresa e nostalgia que aquela cena lhe trouxe, respirou fundo tentando se manter firme e praguejou mentalmente por seu corpo ainda reagir tão intensamente aquele homem. Abriu a porta dando espaço para que ele passasse, o que foi torturante para si devido ao fato do cheiro amadeirado do outro estar mais forte pela pele perfumada estar molhada.

Fechou a porta e soltar aquela maçaneta foi mais torturante que colocar as mãos na boca do fogão, a partir do momento em que deixasse a porta tinha apenas a si mesmo para se apoiar e este era o seu medo.

— Seu apartamento é lindo. — o mais velho deu uma olhada ao redor. — Ainda é o mesmo?

— Sim. — caminhou devagar abraçado ao próprio corpo sentindo um frio repentino. — O inquilino cuidou bem dele.

Ficaram um tempo em silêncio e Tae se tocou de algo.

— Você está encharcado, vou pegar uma toalha e roupas quentes. — saiu rapidamente buscando em seu closet algo que coubesse no mais velho, felizmente apesar de ser mais alto tinham medidas corporais parecidas, pegou um outro conjunto moletom semelhante ao seu e uma toalha limpa.

Ao retornar à sala encontrou o mais velho debruçado na ilha da cozinha olhando as fotos e sorrindo mínimo. Por um minuto seu coração aqueceu. Droga, precisava se concentrar.

— Aqui está. — jogou as peças de uma vez perto das fotos dando um susto de leve no outro. — Tem um banheiro no corredor, segunda porta à direita, lá também tem escova nova e sabonete se você quiser tomar um banho quente sei lá. — tagarelou.

— Só as roupas está bom. — Hoseok riu sem mostrar os dentes, dirigindo as mãos aos botões abrindo-os sem nenhum pudor ali mesmo. — O que foi?

— Vai se trocar aí? — arregalou os olhos incrédulo. — Sabe que pode ter alguém aqui não sabe?

— E tem? — abriu toda a camisa molhada expondo o peitoral delicadamente definido, a pele úmida brilhava em contato com a luz da enorme janela de vidro da cozinha.

— Sim.

— Então chame ele aqui. — sua expressão se tornou mais séria enquanto com as mãos tratava de desprender o cinto e puxá-lo com certa brutalidade jogando no chão. — Vai que ele gosta da visão não é? — riu demente.

— Hoseok, o que exatamente você quer aqui? — irritou-se. — Eu estou ocupado então ficaria agradecido se fosse o mais breve possível.

— Eu vim atrás do que é meu. — arrancou a camisa e começou a baixar a calça.

— Não há nada aqui que seja seu, perdeu o seu tempo. — olhou seu chão molhado e apontou para as roupas. — Você vai limpar isso.

— Tem certeza? Não é o que parece. — chutou a calça com os pés. — Você nunca soube mentir mesmo. — riu pegando a toalha passando de leve no pescoço e nos braços.

Taehyung bufou, sua paciência era curta, não esperava que ele fosse aparecer depois de tanto tempo, não sabia o que ele queria ali depois de tudo o que se passou mas era a hora de dar um basta.

— Eu já disse não estou com tempo então vou ser direto, não sei o que você pretendia vindo aqui e muito menos como achou o meu endereço mas se veio aqui tentar se justificar eu peço que vá embora.

— Me justificar? — jogou a toalha em cima da bancada. — Eu me justificar, Taehyung? — seus olhos começavam a tomar um tom vermelho. — Eu vim aqui saber porque no meio de uma reunião eu recebi a notícia de que você tinha ido embora sem dizer um porquê, Tae, eu te procurei por todo o mísero canto de Hong Kong, eu cheguei até o desespero de pensar na sua morte, você tem noção do que é isso? Você consegue pensar em como eu fiquei?

- Como você ficou? Hoseok você está se ouvindo? - aumentou o tom de voz. - O que queria que eu fizesse? Que eu permanecesse correndo atrás de você como fiz durante uma semana? - passou as mãos no cabelo nervoso. - Você me deu tudo o que o dinheiro pode comprar, Jung, mas a única coisa que eu nunca coloquei à venda foi a minha dignidade.

- O que você está dizendo? - terminou de vestir as peças.

- Você deixou um recado bem claro pra mim quando mandou seu amigo pedir o apartamento, sumiu depois de dizer que estava conhecendo alguém e depois simplesmente me manda sair do imóvel porque é tão covarde para dizer a verdade que precisa se esconder e mandar alguém fazer isso por você. - suspirou pesadamente se aproximando. - Se te serve de consolo eu posso dizer que agradeço tudo o que fez por mim durante esse tempo, mas nem todo dinheiro do mundo me faria rastejar aos pés de um homem, ninguém nesse mundo é capaz de tirar de mim o meu amor próprio Hoseok, ninguém.

- Você me chamando de covarde? Depois de ter simplesmente saído do país sem mais nem menos? Ah essa é muito boa! - gargalhou passando a toalha pelos cabelos - Você nem ao menos deixou que eu te explicasse, nem ao menos quis entender!

- E não pretendo, eu entendi o seu recado e agora espero que entenda o meu. - apontou para o peito do mais velho. - Enquanto você pode fazer o que queria comigo eu deixei, eu permiti, mas a partir do momento em que você me manda embora isso para mim se tornou uma mensagem clara de que eu não fazia mais parte de qualquer merda que tínhamos, eu segui em frente assim como você. O mínimo que eu esperava quando te encontrasse de novo um dia, era poder olhar nos seus olhos e ter a maturidade de saber que tudo o que passamos era somente um negócio para ambos, nada demais, mas eu nunca esperei que esse encontro fosse resumido a você me culpando por algo que escolheu. - seu rosto se tornava avermelhado. - Sinceramente? eu esperava bem mais de você.

- E eu esperei que você pelo menos ficasse em Hong Kong para conversarmos, já que aparentemente as vozes da sua cabeça disse que tudo tinha acabado então que pelo menos tivesse uma certeza.

- Tudo o que? - abriu os braços. - Me diga Hoseok, tudo o que? A sua foda semanal? Porque era exatamente para isso que você me procurava, foi esse o motivo de você ter me tirado da Blood Red Rose e ter me dado todas aquelas coisas, então eu volto a perguntar, tudo o que?

- Mas foi isso o que nós queríamos, você nunca reclamou de sermos apenas pessoas que fodem por conveniência então porque parece que você esperou por muito mais?

- Eu não sei se você percebeu mas quem está no meu apartamento fazendo um escândalo por nada é você. Você veio até aqui para cobrar uma explicação, coisa que nunca lhe devi, você diz que veio buscar algo que era seu, mas nada aqui lhe pertence porque eu sempre pertenci a mim mesmo. - saiu da cozinha indo em direção à porta sendo acompanhado pelo outro. - Agora por favor vai embora. - abriu a porta e se encostou nela.

- Você esperou por mais, Tae? - Hoseok tinha o rosto completamente vermelho. - Responda o que eu perguntei.

- Eu já disse que não lhe devo satisfações. - revirou os olhos.

- E não me deve mesmo, mas se você fala de mim eu quero saber se o que diz é verdadeiro. - ficou cara a cara com o mais novo.

- Como assim? - o olhou confuso.

Naquele momento um casal passava pelo corredor e ao se deparar com a cena dos dois rapazes tão próximos pararam boquiabertos. Aquilo fez Tae bater a porta com violência, odiava gente fofoqueira.

- Sei que odeia ver redes sociais para evitar saber dos meus relacionamentos. - ainda o encarava. - Também sei que no dia em que você me recebeu teve a melhor transa da sua vida. - encarou a boca bonita à sua frente. - Sei que na cama éramos sempre intensos, marcantes... e o que mais me deixou impressionado naquilo tudo? Foi saber que doía em você me ver com outras pessoas, não por ciúmes ou por besteiras, simplesmente por gostar de mim. Eu sei tudo sobre você Vante, e eu sei de muito mais do que consta naquele texto enorme. Conheço quando você está insatisfeito com algo, porque sempre torce a boca rejeitando aquela ideia. Sei que você tem mania de roer as unhas quando está apreensivo. Seu corpo é lindo mas todos os dias você se olha no espelho procurando defeitos que só existem na sua cabeça. Você não consegue arrumar os cabelos sem cantarolar uma música que gosta e eu percebo que sempre são músicas calmas, eu me lembro de uma delas ser Asleep do Agua de Annique, aquilo foi para mim? Se foi eu entendi. - encostou a testa no do outro que por um instante fechou os olhos. - Eu soube naquele dia do Sky100 que você estava magoado, porque ao mesmo tempo em que me oferecia um sexo gostoso seu olhar parecia triste e nublado, eu odiei te ver assim principalmente por não ter entendido.

- Como soube disso? - encarou o mais velho apreensivo, afinal tinha exposto sua vida naquela página.

- Por favor só me escuta. - colocou o indicador no lábio do outro. - Você pode não querer olhar para mim se quiser, mas antes precisa me ouvir. - fez um carinho singelo na bochecha do outro. - Sabe de uma coisa que eu também sei? Você nunca olha os recados da caixa postal. - riu fraquinho. - Eu deixei mais de cinquenta mensagens avisando sobre a ida do Namjoon e porque eu precisava do apartamento, mas eu nem preciso perguntar pra saber que você não viu nenhuma delas. - levou a mão para a nuca do outro fazendo um carinho com as pontas dos dedos. - Eu vendi a filial da China e o imóvel que você morava era de propriedade da empresa, durante toda aquela semana eu corri para resolver toda a papelada, sabe como é difícil desvincular uma filial da sede? - viu o outro fazer um ar de riso mínimo. - Eu não me afastei porque eu quis, foi porque eu precisei.

- Hoseok, não precisa se explicar sobre isso. - se afastou um pouco segurando as mãos do mais velho. - Eu sei o que fomos, e sempre soube que à mim não cabia te cobrar absolutamente nada.

- Não. - suspirou. - Você sabe o que eu era para você, mas não sabe o que você é para mim.

Um breve silêncio se instalou e o mais velho prensou os lábios para não rir da expressão do outro.

- Se você for fazer uma declaração de amor saiba que a porta não está trancada e eu estou a menos de três passos dela, eu vou sair correndo por ela e espero que você não deixe o Yeontan correr atrás de mim, porque se eu perder ele eu te mato. - falou de uma vez, esfregando as mãos juntas.

Gargalhou alto se aproximando de Tae até que o mais novo estivesse colado à parede.

- Não vou fazer isso. - riu raspando de leve a boca nos lábios frios de Tae. - Me dê a oportunidade de mostrar tudo o que você é pra mim, mas dessa vez não como um negócio, eu quero começar de onde você permitir. - selou brevemente a boca do outro. - Não se preocupe, eu sei dos seus limites e sei que não quer um relacionamento sério, mas me dê a chance de mostrar que eu não estava errado quando disse que estava conhecendo alguém e me dando bem com ele. Eu amo a sua liberdade meu bem, então com um pouco de paciência e coragem será que um dia você me deixa voar contigo? - suspirou com as bocas coladas.

Parte da consciência de Tae estava nublada e a outra parte perdida naquele homem que tanto o enlouqueceu durante tanto tempo, e naquele momento ele teve outra lembrança nostálgica: quando se olhou pelo espelho de teto e se viu ferrado ao pensar que aquele homem foi para si mais do que um cliente.

Com certeza tinha ultrapassado todo e qualquer nível de loucura, porque o que quis fazer naquele momento de forma alguma soaria coerente para si depois, talvez se arrependesse, mas sempre seguiu firme mesmo que suas escolhas não fossem as mais corretas, então naquele momento seu pensamento era exatamente o mesmo de quando se viu refletido naquele espelho, mas dessa vez ele iria desligar sua consciência.

Cortou a já não existente distância entre si e beijou a boca de Hoseok com vontade, os lábios do mais velho ao contrário do seu estavam quentes, macios e com um gosto doce de desejo, do mesmo jeito que ele se lembrava. Pediu passagem com a língua que foi rapidamente cedida por ele, ambos os músculos travando uma batalha por espaço dentro das bocas alheias enquanto formavam sons de algo molhado que soava deliciosamente obsceno. A saudade e o desejo eram imensos o que ajudava a tornar aquele ósculo cada vez mais selvagem, desesperados por mais. Taehyung rodeava o pescoço de Hoseok com os braços enquanto com as unhas puxava os poucos fios de cabelo que terminava na nuca do mais velho, buscando ali algo em que se apoiar antes de derreter-se de vez nos braços daquele homem que dominava sua boca com vontade e usava de suas mãos sempre tão habilidosas para apalpar a carne farta de sua bunda, apertando sem o mínimo de delicadeza o que arrancou alguns gemidos manhosos de ambos.

Estavam loucos, famintos como leões que caçam durante dias e ao finalmente encontrar sua presa se saciam de uma forma inexplicavelmente prazerosa afinal o melhor banquete é aquele que se espera.

Hoseok prensou o mais novo ainda mais na parede, queria senti-lo mais perto mesmo que fisicamente aquilo já fosse impossível, mas o seu desejo era fundir-se com aquele moreno tão quente que fazia-o perder os sentidos tão facilmente.

Interromperam o beijo pela falta de ar, ambos respiravam com certa dificuldade mas se dependessem deles sufocariam tamanha a vontade que era nunca mais largar o outro. Tae fitou o pescoço claro e bonito que tanto gostava e distribuiu beijos molhados por ali, aproveitando para sugar minimamente a pele e morder sem cuidado algum quando recebia do mais velho um gemido grave em seu ouvido. Passeou pela mandíbula deixando mordidinhas mais leves e desceu até seu ponto favorito, o pomo-de-adão. Puxou os cabelos de Hoseok o que fez ele grunhir de dor ao ter seu couro cabelo repuxado sem dó e lambeu todo aquele ponto chamativo do pescoço, rodeou a língua com a mesma destreza que fazia mais abaixo, queria que o outro chegasse ao limite de sua sanidade.

Hoseok que a esse momento já fantasiava de olhos fechados todas as maneiras que gostaria de fodê-lo, agarrou também os cabelos do mais novo o puxando para cima e fazendo com que ele olhasse em seus olhos, sorriu sacana e mordeu levemente o lábio inferior. - Você me fez esperar dois meses, baby. - deixou um selinho e saiu de perto do mais novo indo em direção ao sofá, onde se acomodou de pernas abertas e retirou sua camisa, deixando exposto seu peitoral que tanto enfeitava os pensamentos de Tae. - Vem cá meu bem. - bateu com força na coxa. - Mostre que valeu a pena a espera. - por fim o chamando com o dedo.

Naquele momento o mais velho não pode perceber pela distância mas os olhos de Tae brilharam com tamanha intensidade que qualquer um poderia dizer que a própria luxúria vivia dentro das orbes negras do rapaz. Movido pelo tesão que a cena lhe proporcionou o mais novo seguiu em passos pesados e sentou-se com força no colo dele. Hoseok relaxou a cabeça no encosto do sofá, com os olhos entreabertos bateu com força na nádega direita de Tae, o que causou no mais novo um arrepio. - Rebola pra mim, vai... - falou arrastado ao senti-lo se acomodar em cima do seu pau.

Obediente como nunca gostou de ser, o mais novo ficou de joelhos ainda em cima de Hoseok e retirou sua camisa jogando em qualquer canto, e bem lentamente foi se sentando no colo do outro que já o olhava com certa impaciência devido a lentidão.

O loiro fechou os olhos ao sentir o volume gostoso pressionar a sua bunda, Hoseok era mediano porém grosso como nunca havia visto, então apenas o pensamento de tê-lo invadindo sua entrada apertada o fazia querer desesperar-se, começou a rebolar mais devagar que sua sanidade permitia, gostava de se torturar mas amava ainda mais torturar o mais velho. Teve seus cabelos agarrados com força para o lado, enquanto recebia em seu peito os chupões nada delicados dele, a língua quente ao tempo que explorava seu tórax de vez em quando escapava para os botões amarronzados. Se arrepiou ao sentir Hoseok rodear seus mamilos em uma lentidão sofrida, enquanto olhava suas reações ali de baixo.

- Ho-hobi. - o arrepio que começava em sua espinha se espalhava pelo seu corpo e se concentrava em seu baixo frente. - Mais. - rebolou com mais intensidade, tentando buscar alguma reação do mais velho que se mantinha firme enquanto o torturava.

- Você quer o que? - sugou um dos mamilos com força enquanto beliscava o outro, vendo que o mais novo não respondia continuou mordendo de leve e o encarando. - Olhe pra mim. - puxou o queixo dele para baixo. - O que você quer?

- Me chupa. - falou quase sussurrando, capturando os lábios avermelhados e se agarrando aos fios molhados do mais velho. — Por favor... - suplicou manhoso rente aos lábios.

Gemeu ao ter sua bunda estapeada pelo mais velho que logo em seguida o agarrou pela cintura e o jogou no sofá espaçoso impaciente, Tae salivou se apoiando nos cotovelos para poder contemplar a imagem do homem à sua frente, que mexeu em seu próprio membro masturbando-o por cima da calça escura. Seu atrevimento o fez estender a perna até aquela parte volumosa, passou o pé por toda a extensão marcada descendo aos poucos, antes que pudesse chegar na base teve seu pé agarrado e foi puxado com força até o encontro do quadril do outro, ficando com as pernas suspensas em seu ombro.

Sem paciência, Hoseok arrancou do mais novo a calça junto da boxe, fazendo o pênis grande saltar para a barriga dele que suspirou pelo alívio. A cena tão pornográfica fez Hoseok lamber os lábios, a pele bronzeada sendo levemente manchada na região do umbigo pelo pré gozo deixou tudo mais quente, mas nada se comparava a expressão nada casta daquele de cabelos loiros, que sorria sacana e mordia os lábios. Se deitou por cima dele fazendo questão de fazer pressão na pélvis, arrancou mais gemidos do mais novo esfregando o tecido da calça em seu pênis descoberto.

— Você vai me ajudar a te foder? — sussurrou no ouvido. — Vai, Tae? — gemeu a última frase fazendo-o suspirar.

— V-vou. — beijou o pescoço de Hoseok enquanto com as unhas arranhava de leve as costas dele.

— Bom menino. — mordeu o lóbulo da orelha dele e chupou de leve soltando de uma vez, enquanto sentia o outro apertar-se contra ele querendo mais do atrito gostoso do tecido em seu pau. — Abra a boca e me dê sua mão.

Tae demorou um pouco para reagir sem entender bem o que o outro queria mas a sua dúvida foi sanada assim que Hoseok tirou sua mão direita do pescoço dele e fechou os dedos apenas deixando o dedão levantado. — Chupe e só pare quando eu mandar. — enfiou o dedo grande na boca do mais novo com uma certa brutalidade.

Desceu os beijos para o pescoço, em seguida para o tórax de novo, passou apenas a ponta da língua por um dos mamilos e trilhou um caminho reto pela barriga, mas assim que chegou perto do pênis ele desviou a boca nem sequer encostando e indo direto para a cintura do rapaz, sua parte favorita.

A essa altura Tae já tinha perdido todo e qualquer grau de paciência que um dia já teve, apesar de amar a forma gostosa como o mais velho o torturava a demora o deixava nervoso, estava com tantas saudades do sexo maravilhoso que só aquele homem podia proporcionar que esperar por um minuto que fosse era o suficiente para que ele surtasse.

Foi por isso que enquanto chupava seu dedo imaginando estar chupando uma outra coisa, usou sua outra mão para puxá-lo pelos cabelos e direcioná-lo até seu membro esquecido.

— Me chupe agora. — retirou o dedo da boca para falar o olhando sério, mas pelo o olhar que recebeu soube na hora que estaria completamente ferrado, sorriu por dentro.

Sem dizer mais nada Hoseok agarrou o membro grande pela base e o encarou por uma última vez, maldoso. Abocanhou o membro lambuzado de uma vez parando apenas quando sentiu-o alcançar sua garganta, fazendo uma pressão na glande que fez o mais novo gemer alto e empurrar sua cintura para cima quase sufocando Hoseok.

Gemeu propositalmente com o pênis na boca o que fez Tae estremecer ainda mais com a sensação da cavidade molhada e quente o tomando com vontade juntamente a vibração. Hoseok subia e descia fazendo questão de esfregar a língua nas veias saltadas sem nenhum pudor, aumentava e diminuía a velocidade toda vez que sentia o rapaz estar a beira de um orgasmo.

— Hoseok... — gemia alto com o dedo ainda na boca, tentava chupar na mesma velocidade que o outro o tomava mas era muito difícil quando seu corpo só se concentrava na cena pornográfica do mais velho babando em seu pau enquanto esfregava a língua na glande.

Por um momento pensou que morreria de prazer ali, até ver o outro se afastar ficando de pé e retirar sua calça, fazendo o pênis bonito e rosado saltar de uma vez já que estava sem cueca. O mais novo salivou olhando fixamente para aquele ponto quase implorando para que ele o deixasse chupar.

— O que foi meu bem? Você quer? — olhou para baixo pegando no próprio pênis e o masturbando devagar enquanto caminhava chegando perto de Tae que virou rapidamente ficando de quatro e estendendo a língua. — Você vai me matar desse jeito... — viu o mais novo rir e essa foi a deixa para enfiar seu pênis na boca do rapaz atrevido junto com o seu dedo médio. — Chupe os dois bem direitinho hum?

Tae sugou os dois de uma vez, não se importava se apenas o pênis do mais velho era suficiente para preencher a sua boca iria chupá-los com toda a vontade do mundo. Fechou os olhos e aproveitou do pênis grosso e do dedo longo, ambos batendo em sua garganta fazendo com que vez ou outra ele tivesse ânsia que resultava em um barulho alto e lágrimas de tesão saindo de seus olhos. Sentiu que poderia gozar apenas pela forma como era observado pelo mais velho, que mordia os lábios e gemia rouco olhando diretamente para a sua bunda.

Ambos sentiam os corpos em chamas, parecia que nenhum contato era suficiente, ao mesmo tempo que Tae planejava sufocar com todo aquele volume em sua boca, Hoseok que o olhava de cima mas nem por isso sentia totalmente a dominância, tendo em vista que o outro poderia pisá-lo na cama que ele ainda sim sorriria e agradeceria, conseguia sentir o quão sedento ele mesmo estava por aquela boca tão habilidosa e que o recebia tão bem.

Hoseok retirou seu dedo da boca dele e puxou o braço direito de Tae por cima das costas do mesmo até que ele alcançasse a própria entrada. — Eu disse que você ia me ajudar a te foder não disse?

Tae o olhou em confusão até entender o que ele queria, então aos poucos ele mesmo foi introduzindo seu dedo devagar na sua entrada apertada pelo tempo que não transava de fato com alguém, ao contrário de Hoseok que também colocou o dedo lambuzado porém sem nenhuma delicadeza. O que fez Tae gemer longamente causando uma vibração intensa no pau do mais velho, devido a dor que sentia.

Fechou os olhos com força e se concentrou apenas em chupa-lo, enquanto fazia movimentos lentos com o seu dedo, o outro o invadia com cada vez mais rapidez, o contraste entre as velocidades e o fato de estar se masturbando ao mesmo tempo que era deliciosamente fodido pelo dedo do mais velho enquanto o chupava fez com que ele pensasse por longos segundos que iria morrer de tesão, recebia estímulos demais de uma só vez e estava sensível devido ao tempo que não transava com alguém então a qualquer momento poderia explodir apenas com aquilo.

E não era assim que queria gozar.

Com muito custo soltou o pênis do outro, retirou seu dedo e puxou o de Hoseok de uma vez, gemendo pelo vazio que sentiu dentro de si.

Seu corpo suado e mole só teve forças para se levantar de uma vez, jogando os cabelos úmidos para trás e puxando Hoseok pelo queixo para um beijo selvagem, com o mais novo machucando a mandíbula dele enquanto comandava aquele ósculo e o mais velho constantemente apertando e batendo em sua bunda já tão avermelhada.

— Senta aí agora. — Tae o empurrou para o sofá, fazendo com que ele caísse sentado e surpreso. Rapidamente sentou-se no colo do outro e levantou seu quadril deixando a glande bem na entrada. — Vamos ver se você ainda fode gostoso. — sorriu sacana se sentado de uma vez no pau grosso.

Gemeu longamente ao sentir cada centímetro o alargando, mesmo bem preparado e acostumado com o mais velho, ainda sentia que ia morrer pela grossura dele. Aquilo era uma dor tão gostosa para si que toda vez que a sentia agradecia aos céus por ser gay e amar tanto aquela tortura deliciosa. Agarrou os ombros de Hoseok e colocou a cabeça na curva do pescoço dele sentindo o cheiro amadeirado o acalmar, mas não era mais calma que ele queria, não agora.

Jogou a cabeça para trás e sorriu maldoso rebolando devagar para atiçá-lo ainda mais. — O que você está esperando? — falou o olhando nos olhos e rebolando mais uma vez. — Me mostre que ainda fode gostoso.

Aquela foi a deixa que Hoseok precisava para agarrar com força a bunda e se afundar no sofá, ficando levemente reclinado apenas para tomar impulso.

— Você que pediu. — passou a língua pelos lábios dando a primeira estocada com força, que fez Tae gemer manhoso em seu ouvido.

Aquilo o atiçou mais, começou a estocá-lo de forma mediana, apenas aproveitando a maravilha que era o interior tão apertado do outro esmagando seu pênis tentando o expulsar, mas não aguentou muito, poucos segundos depois começou a estocar com volúpia, sentindo o corpo esguio de Tae estremecer a cada vez que ia e voltava.

A medida que era invadido com velocidade o mais novo fazia questão de quicar no colo de Hoseok, tudo o que ele mais queria estava ali, o fodendo com força quase o quebrando devido ao tamanho do desejo que habitava em ambos. Ali daquela forma ele só queria que ele o tomasse com toda a força existente em seu corpo, como na primeira vez, como em todas as outras vezes durante tanto tempo.

Ao tempo que ele gemia desesperado para que o outro fosse mais fundo, Hoseok ali embaixo tinha a visão que para si era ainda melhor do que o paraíso, o corpo tão bem feito de Tae brilhava pelo suor, este que também escorria de sua testa molhando seu pescoço em uma trilha gostosa pelo corpo dourado. As expressões de prazer do mais novo o deixavam tão mais louco que em um momento não sabia mais medir sua própria velocidade, vendo-o gemer cada vez mais alto e mais rouco, com direito a lábios mordidos, unhas quase rasgando o tecido do sofá e olhos fechados com força, ele só pensava no quanto queria dar aquele homem que tanto habitava seus pensamentos mais. Movido por esse pensamento ele começou a estocar mais devagar, abraçando a cintura dele que o olhou confuso. Naquela vez ele não queria apenas transar loucamente com o seu menino, ele queria mais, queria senti-lo com mais calma.

O deitou delicadamente no sofá e buscou pelos lábios secos e os olhos confusos, beijando com calma, aproveitando do gosto doce que a língua habilidosa do mais novo sempre teve. Estocava mais devagar que sua sanidade permitia mas estava bom assim, não queria sentir apenas o corpo, queria sentir a alma. O beijo estava longe de ser o mais calmo, mas também nada muito selvagem, ele queria retirar dali o néctar mais puro que havia bebido em toda a sua vida porque para si do mesmo modo que aquele rapaz havia o apelidado de Júpiter pois em sua concepção ele era muito maior do que aquilo que mostrava ao mundo, Hoseok também havia o apelidado em segredo.

Taehyung para si era seu como a vênus ilegítima, como era conhecia Afrodite, pois ele acreditava que Tae também era uma pérola rara da concha mais bonita que o mundo já havia visto, era quente, sensual, mas ao mesmo tempo doce e belo como nunca viu.

Ele queria mais, então Hoseok sempre o daria mais.

Interrompeu o ósculo e o puxou pela cintura até ficar com o quadril suspenso, aumentou o ritmo estocando com vontade, do jeito que sabia que o mais novo gostava, na posição que o fazia ir cada vez mais fundo atingindo a próstata dele.

— Isso... hum. — mordeu os lábios fortemente sentido o gosto de ferrugem invadir sua boca, quanto mais gemia mais rápido Hoseok o fodia, ele não iria aguentar muito.

— Você vai gozar comigo. — o membro esquecido de Tae expeliu pré gozo anunciando o que estava por vir foi agarrado e bombeado pelo outro tão rápido quanto o fodia.

Cada vez que o mais novo era atingido em seu ponto mágico fazia questão de se contrair para apertá-lo ainda mais dentro de si, seu corpo tremulava ao sentir o formigamento delicioso em seu baixo ventre mas jamais perderia a oportunidade de massacrá-lo até o fim, mesmo que suas forças estivessem quase acabando.

— Gostoso... — Hoseok praticamente rosnou ao sentir o que o mais novo fazia, isso lhe deu impulso para ir ainda mais forte (se é que isso era possível.)

Não foi preciso muito mais para que ambos se desmanchassem na forma do líquido esbranquiçado que abandonavam seus corpos e o fizeram tremer intensamente. A visão dos corpos suados, as respirações ofegantes e a mistura do líquido viscoso que escorria da barriga de Tae e também de sua entrada vermelha e maltratada foram o cenário final.

O corpo do mais novo ainda sofria espasmos pelo orgasmo maravilhoso, se sentia fraco, suas pernas estavam tão firmes como uma gelatina, sua cabeça estava tão no lugar quanto uma bússola quebrada. Hoseok não estava diferente, aos poucos foi deitando-se por cima de Tae, ficando com a cabeça em seu peito que ainda ofegava, fechou os olhos e sorriu minimamente, estava feliz por ter reencontrado vênus e ele ainda ser exatamente como se lembrava.

Não sabia como seria daqui pra frente mas ambos guardaram aquele momento para sempre, pois a mesma afirmação rondavam suas cabeças: pela primeira vez não fizeram sexo, fizeram amor.

E aquilo os assustavam e muito.

Feb. 5, 2022, midnight 0 Report Embed Follow story
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