sanyzzly Sany Oliver

Em meio ao verão de 1986, Roseanne Park, uma estudante de Artes, resolve sair de Sydney, na Austrália, para finalmente experimentar a vida. Se matriculou em uma universidade chamada; Thinkers, em Durham, na Inglaterra, para concluir o seu curso e se manter longe das rédeas de sua mãe, Florence, que apesar de muito amável, a privou de inúmeras coisas desde a infância até a vida adulta. Em meio a essa nova realidade, Rosé começa a se questionar sobre suas preferências, quando se vê presa em uma atratividade mútua com Lalisa Manoban, uma estudante de literatura que é, definitivamente, uma fabrica de mistérios a serem desvendados e, sem sombras de dúvidas, a coisa mais parecida com uma obra-prima que ela já teve o prazer de contemplar. Chaelisa || Jensoo || Retrô || LGBTQIA+🏳️‍🌈 || AU || @sanyzzly 2021 ⚜ Início: 21/05/2021 ⚜ NÃO aceito adaptações dessa obra. ⚜ Plágio é crime. Sejam criativos! ⚜ Obra disponível apenas aqui, no Spirit, e no wattpad


Fantasy Celebrities For over 18 only. © Sanyzzly

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⚜PRÓLOGO⚜

Assim como um dia bem aproveitado proporciona um bom sono, uma vida bem vivida proporciona uma boa morte.

Leonardo da Vinci.

21 de Julho, 1986, VERÃO


ROSÉ


Após ter procurado meus pais por todo o andar de cima sem êxito algum, desci as escadas de minha casa com as mãos trêmulas, que faziam com que o papel, cujo conteúdo escrito nele mudaria minha vida, balançasse em simultâneo. Cheguei ao fim das escadas e avistei minha mãe sentada à mesa, tomando um chá acompanhada de minha avó Aurora.

Qualquer um notaria a minha presença ali pelo cheiro de tinta que estava à esvair de meu avental e mãos, resultado de uma nova pintura que estava aventurando meus pincéis. Me aproximei das duas com a respiração ofegante e um sorriso repleto de euforia, e disse:

— Mamãe, vovó... — suspirei de modo a me acalmar e deixar meu tom mais sóbrio. As duas repousaram suas xícaras sobre os pires de porcelana doando a atenção a mim. — Eu fui aceita em uma universidade na Inglaterra em Durham, se chama Thinkers, é apenas para mulheres e carrega um grande legado de mentes brilhantes. Me transferi para lá, irei morar nos dormitórios junto às outras moças, e irei me mudar daqui a duas semanas. — Disse tudo de uma vez, rápida como um espirro, mas muito clara e convicta.

As duas senhoras à minha frente pareciam congeladas, tentando processar tudo o que eu havia dito. Enquanto eu as observava com tamanha apreensão que meu estômago chegou a embrulhar.

Enquanto esperava alguma reação, coloquei uma mecha loira e revolta de meu cabelo de trás da orelha, tentando imaginar o que elas diriam, porém, não estava suportando o silêncio e abri a boca para falar novamente, mas me surpreendi com a fala de minha mãe.

— O que significa isso?! Quando decidiu?! Nunca permitirei que você vá! — Esbravejou com a voz estridente e acabei dando um passo para trás espantada, mas retomo minha posição.

— Mas mamãe, pela primeira vez eu não estou pedindo permissão, estou apenas informando que irei.

Eu sabia que ela estava furiosa por eu confrontá-la, e surpresa ao mesmo tempo, mas ao contrário dela, vovó Aurora me olhou com demasiada felicidade, o orgulho transparecia nas expressões de seu rosto. Então, se pronunciou aproveitando o breve silêncio:

— Rosé... Meu bem. — Chamou a minha atenção para que eu a olhasse e assim fiz. — Depois de todo esse tempo, você finalmente fez o que eu queria que fizesse.

Florence, minha mãe, direcionou um olhar confuso para a sogra.

— Você pensou por si mesma. — ela disse e segurou minha mão. — Não apenas pensou, como também agiu. Na minha época, não tive a oportunidade de decidir meu próprio destino, meus pais me fizeram casar com seu avô quando eu tinha apenas dezoito anos, fui criada para ser boa em serviços de casa e cuidar de filhos. Entretanto, quando vim morar com seu avô, vi aquela enorme biblioteca repleta de histórias, conhecimento, poesia, arte e tudo de mais instigante que há. Me apaixonei. — A esse ponto nós três já estávamos submersas na história.

— Florence, sua filha tem a oportunidade de ser quem ela quiser, de fazer tudo que bem entender, é uma mulher. Não corte as asas porque ela irá desabar. _ vovó se dirigiu a minha mãe, dessa vez, que manteve sua postura.

— Aurora, eu...— Minha mãe começou, mas vovó a interrompeu.

— Apoie os sonhos de sua filha, porque os sonhos, são a única razão pela qual vivemos. — Ela disse, e uma lágrima desceu pelo rosto de minha mãe. — Rosé, tenho orgulho de quem você é, e de quem poderá se tornar. Aproveite sua vida, meu bem.

— Obrigada vovó. — agradeci e me aproximei a abraçando e ela deixou um beijo no topo da minha cabeça.

Sempre existiu uma conexão de outro mundo entre nós duas, como se entendêssemos uma à outra mesmo antes de abrirmos a boca. Era uma conexão de almas.

— Eu te amo, equivalente a todas as estrelas. — Disse ela.

— Eu te amo, mais que todas as flores do nosso jardim.

Era um jardim gigantesco.



Quando a noite chegou, não consegui dormir, pois aquela situação havia me deixado aflita, estava com o coração apertado lembrando da reação de minha mãe, e pensando no quanto ela iria ficar arrasada com minha ida, ainda mais para ficar um ano e meio fora. Não era para tanto, já que poderíamos nos ver nos finais de semana, feriados, fim de semestre e outras oportunidades, mas o grande problema era que minha mãe havia criado uma grande dependência emocional de mim, o que fôra o pior erro. Os filhos não são pássaros em gaiolas, isso só me faz sentir sufocada.

Ao mundo viemos, a ele pertencemos, e um dia o deixaremos para trás.

Ouvi batidas na porta e olhei na direção, observando minha mãe entrar no quarto, já de camisola, preparada para dormir. Ela se aproximou da cama e passou a mão pelos fios de meu cabelo esparramados pelo travesseiro. Um sorriso surgiu em seus lábios, apenas um levantar dos cantos da boca.

— Permitirei que você vá, porque quero que seja feliz, seja aqui, em Durham ou em qualquer lugar do mundo.

Ela tinha total consciência que eu estava determinada a ir mesmo sem apoio algum, o que era justo, já que eu não era mais uma menininha rabiscando as paredes de casa ou correndo pelo jardim, era adulta, pensava por mim mesma.

Não precisava de permissão, e sim de apoio. Mamãe precisava cortar o cordão umbilical que ainda parecia nos prender uma à outra.

— Tudo bem, obrigada mãe! Prometo que virei visitá-la ou vocês podem ir me visitar nos finais de semana! Ou eu posso ligar todos os dias! — falei rapidamente a última parte, porque estava entusiasmada e acabara de tirar um peso do meu peito.

— Irei conversar com seu pai. — sorriu, mas eu senti uma pontada de aflição no ato.

Meu pai, uma figura que mal aparecia em casa, mas sempre estava lá aos domingos quando íamos todos à igreja, para manter a farsa da família perfeita.

— Tá bom. — fechei os olhos e suspirei aliviada.

— Eu te amo tanto...— Mamãe disse fazendo um carinho em meus cabelos, ocasionando em minhas pálpebras pesadas

— Eu te amo mais, mamãe. — sorri e fechei os olhos.



⚜NOTAS⚜


Olá para você que ler as notinhas da autora.

Espero que tenha gostado.

Vote, por favorzinho e serei eternamente grata!

Até o capítulo 1 que sairá amanhã.

Preparem as xícaras de café☕

Ou a bebida de sua preferência, acomode-se, porque a história começa agora! 📜

Boa leitura e sejam gentis🦋



Dec. 14, 2022, 9:38 p.m. 2 Report Embed Follow story
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